Informe C&T

198 Informe C&T no total
Edital/Chamamento:
Chamada MCTI – CNPq/MS-SCTIE-DECIT-SVS-DST-Aids n. 30/2014
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Beatriz Gilda Jegerhorn Grinsztejn
Período de Vigência:
2015-2015
Situação:
Concluída
Introdução e Justificativa:
Até o presente momento, existem poucas evidências sobre o verdadeiro papel dos reservatórios, dada a dificuldade operacional e técnica para avaliação precisa dos mesmos.
Objetivos:
Contribuir para o conhecimento dos reservatórios virais em crianças portadoras do vírus HIV por transmissão vertical, visto que foi demonstrado, anteriormente, que o uso de terapia antirretroviral precoce pode contribuir para o controle virológico do HIV, demonstrado, através da redução de carga viral, até mesmo a níveis indetectáveis.
Resultados - Parciais ou Finais:
Os dados deste projeto relativos ao estudo de reservatórios virais encontram-se ainda em fase de análise por nossos colaboradores nos EUA.
Conclusões:
O projeto proporcionou a melhoria da qualidade de assistência e da adesão ao tratamento das crianças durante todo o período do estudo. Isto refletiu-se nos dados sobre controle virológico e imunológico dos 18 participantes do estudo. A melhoria da adesão traduziu-se por uma redução na média em dias de comparecimento à farmácia para retirada dos antirretrovirais (de 74 para 53 dias). Foi observada também queda da carga viral do HIV em sete pacientes, sendo que dois deles ficaram indetectáveis durante o tempo de estudo, assim como a melhora do percentual de células CD4 em 12 pacientes e do número absoluto de células CD4, em 11, traduzindo uma possível melhora virológica e imunológica nestes pacientes.
Palavras-Chave:
HIV. Infection. Vertical transmission. Latent reservoir. Proviral DNA.
Divulgação e/ou Publicações:

NIELSEN-SAINES, Karin; BRYSON, Yvonne ; MOREIRA Christianne; PRIYA, Soni;; GOUVEA, Maria Isabel; TEIXEIRA, Maria de Lourdes; CRUZ, Maria Leticia S.; GOMES, Ivete; KERIN, Tara; PILOTTO, Jose H.; ESAÚ, João; GEFFEN, David. In: IXIAS Conferenceon HIV Science, julho de 2017 – Paris, França-International Aids Society. Pediatric Long Term Outcomes Following Enrollment in an HIV Perinatal Clinical Trial. (Apresentação de Trabalho/Congresso)

Aplicabilidade para o SUS:
Este Projeto poderá contribuir para nortear o tratamento antirretroviral precoce das crianças expostas à infecção perinatal pelo HIV, através do impacto pela redução/eliminação dos reservatórios virais.
Edital/Chamamento:
PROADI-SUS
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Eliana Márcia Wendland
Instituição:
Associação Hospitar Moinhos de Vento (AHMV).
Endereço:
Rua Ramiro Barcelos, 910, Porto Alegre, RS, Brasil.
Período de Vigência:
2016-2017
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Instituto do Câncer do Estado de São Paulo; Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Introdução e Justificativa:
O Papillomavirus humano (HPV) é a infecção sexualmente transmissível mais comum, atingindo 11,7% da população mundial. O vírus HPV é a principal causa do câncer cervical, além de verrugas genitais, câncer de pênis e de orofaringe. O câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Em 2014, foi iniciado o Programa Nacional de Vacinação para o HPV, usando a vacina quadrivalente, que contém os tipos (6, 11, 16 e 18), associados a verrugas genitais e neoplasias cervicais. Adicionalmente, o número de casos de câncer de orofaringe, associado ao HPV, vem crescendo a níveis epidêmicos. No entanto, apesar de existirem estudos locais sobre a prevalência do HPV, não existem estudos com abrangência nacional e com metodologia uniforme para avaliar sua prevalência e tipos mais frequentes.
Objetivos:
Determinar a prevalência da infecção pelo HPV e seus tipos no Brasil e nas diferentes regiões do País, além de avaliar fatores sociodemográficos e comportamentais associados.
Materiais e Métodos:
Ao todo, 8.626 homens e mulheres sexualmente ativos, entre 16 e 25 anos, foram recrutados por profissionais de saúde treinados em 119 Unidades Básicas de Saúde distribuídas nas 26 capitais brasileiras e Distrito Federal. Após consentirem, os participantes responderam a uma entrevista contendo dados sociodemográficos, comportamentais, história reprodutiva e sexual, conhecimento acerca do HPV e vacinação. Todos foram convidados a realizar uma coleta de HPV oral e HPV genital (peniano ou de colo uterino). As amostras foram encaminhadas para o laboratório central, onde o DNA foi extraído através de processo automatizado. Posteriormente, uma alíquota do material enviado para Universidade de São Paulo foi genotipado (Linear Array Roche®). Os dados foram ponderados pela população de cada capital e por sexo.
Resultados - Parciais ou Finais:
Ao final do estudo, 7.693 participantes foram incluídos na análise. A idade média foi de 21,6 anos, sendo que 33,8% pertencem à classe C, e 56,8% se autodeclararam pardos. A prevalência do HPV no Brasil, na faixa etária entrevistada, foi de 54%, sendo a prevalência de HPV significativamente maior nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, quando comparado à Região Sul. Dos jovens entrevistados, 15,7% referiram fumar cigarros, 72,4% relataram já terem feito uso de bebidas alcoólicas e 31,6% de drogas, ao longo da vida. Em relação às infecções sexualmente transmissíveis (IST), 13,8% referiram a presença de uma IST prévia ou apresentaram resultado positivo no teste rápido para HIV ou sífilis. A idade da primeira relação sexual foi semelhante entre os sexos, com idade média de 15,21 anos. Ainda, 71,33% referiram usar algum método anticoncepcional, sendo o anticoncepcional hormonal o mais utilizado. Cerca de 50% dos jovens referiu usar preservativo, e 33% tiveram dois ou mais parceiros no último ano.
Conclusões:
Tais resultados irão contribuir para o conhecimento epidemiológico necessário para fortalecer e redirecionar as políticas de controle do câncer de colo do útero e infecção pelo HPV no Brasil. A oportunidade da pesquisa levou jovens saudáveis, porém com comportamento de risco, a um atendimento preventivo em saúde, em que foi possível orientar e realizar testagem rápida para HIV, sífilis e hepatites. Ainda assim, o estudo terá continuidade nos próximos anos para avaliação da efetividade da vacinação no país.
Palavras-Chave:
HPV. Prevalência. Vacinação Papilomavirus.
Divulgação e/ou Publicações:

WENDLAND, Eliana Márcia. Prevalence of papillomavirus in Brazil: a systematic review protocol. BMJ Open, v. 6, n. 11, p. e011884, 22 nov. 2016. doi: 10.1136/bmjopen-2016-011884.

WENDLAND, Eliana Márcia. HPV In Rio 2016. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Prêmio de melhor trabalho oral. Data: 13 de julho de 2016. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).

WENDLAND, Eliana Márcia. XIX Congresso Brasileiro dez Patologia do Trato Genital Inferior e Coloposcopia. João Pessoa, Paraíba. Data: 03 de novembro de 2016. (Apresentação de Trabalho/Conferência).

WENDLAND, Eliana Márcia. I Simpósio de Infecções Sexualmente Transmissíveis: do laboratório à clínica. Manaus, Amazonas. Data: 21 de novembro de 2016. (Apresentação de Trabalho/Conferência).

WENDLAND, Eliana Márcia. 31st International Papilloma virus Conference – HPV 2017. Apresentação dos resultados da Revisão Sistemática: “PREVALENCE OF HUMAN PAPILLOMAVIRUS INFECTION (HPV) ON HEALTHY POPULATION IN BRAZIL: A SYSTEMATIC REVIEW AND META-ANALYSIS”. Cape Town, África do Sul. Data: 28 a 4 de março de 2017. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

WENDLAND, Eliana Márcia. 21º Congresso Internacional de Epidemiologia – WCE2017. Apresentação dos resultados do estudo piloto: Pilot data of nationwide prevalence of Papillomavirus in Brazil: POP-Brazil Study. Saitama, Japão. Data: 19 a 22 de agosto de 2017. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

WENDLAND, Eliana Márcia. HepAids 2017 (11º Congresso de HIV/Aids e 4º Congresso de Hepatites Virais – Prevenção Combinada: Multiplicando Escolhas.

APRESENTAÇÃO dos resultados preliminares de HIV e sífilis: “HIV e Sífilis em jovens: análise dos resultados do Estudo POP-Brasil”. Curitiba, Brasil. Data: 26 a 29 de setembro de 2017. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

Aplicabilidade para o SUS:
As informações levantadas são fundamentais para avaliar a adequação da vacina à realidade da população brasileira, além de ser imprescindível para avaliar o impacto do programa de vacinação do HPV. O conhecimento acerca das prevalências regionais e os fatores associados à positividade da infecção servirão como uma importante ferramenta para o planejamento de ações estratégica para o enfrentamento da infecção pelo HPV e cânceres a ele associados.
Edital/Chamamento:
PROADI-SUS
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Eliana Márcia Wendland
Instituição:
Associação Hospitalar Moinhos de Vento (AHMV).
Endereço:
Rua Ramiro Barcelos, 910, Porto Alegre, RS, Brasil.
Período de Vigência:
2018-2020
Situação:
Em execução
Edital/Chamamento:
PROADI-SUS
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Eliana Márcia Wendland
Instituição:
Associação Hospitalar Moinhos de Vento (AHMV).
Endereço:
Rua Ramiro Barcelos, 910, Porto Alegre, RS, Brasil.
Período de Vigência:
2018-2020
Situação:
Em execução
Edital/Chamamento:
PROADI-SUS
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Eliana Márcia Wendland
Instituição:
Associação Hospitalar Moinhos de Vento (AHMV).
Endereço:
Rua Ramiro Barcelos, 910, Porto Alegre, RS, Brasil.
Período de Vigência:
2018-2020
Situação:
Em execução
Edital/Chamamento:
PROADI-SUS
Pesquisador(es) Responsável(eis):
João Renato Rebello Pinho
Instituição:
Associação Hospitalar Moinhos de Vento (AHMV).
Endereço:
Av. Albert Einstein, 627/701, São Paulo, SP, Brasil.
Período de Vigência:
2018-2020
Situação:
Em execução
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 01/2012
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Orlando da Costa Ferreira Júnior
Instituição:
Laboratorio de Virologia Molecular, Departamento de Genética, Instituto de Biologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Endereço:
Av. Carlos Chagas Filho, 373, CCS, Bloco A, Sala 121, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Período de Vigência:
2012-atual
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Serviço de Hemoterapia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF); Laboratório de Pesquisa de Doenças Infecto-Parasitárias (DIP) do Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (LPDIP-HSE); Laboratório Cápsula, Policlínica Piquet Carneiro; Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Introdução e Justificativa:
A identificação de novos testes rápidos para HIV (TR) é importante não só para ampliar o número de opções de TR disponíveis como para identificar novas tecnologias que melhorem o diagnóstico rápido de HIV no País. No entanto, a avaliação de desempenho desses TR é importante para atestar a sua qualidade, antes de ser utilizada como ferramenta diagnóstica.
Objetivos:
Avaliar o desempenho de TR para o diagnóstico da infecção pelo HIV, para assegurar a qualidade dos testes utilizados no País.
Materiais e Métodos:
O LVM recebe e avalia os testes indicados pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV). Na avaliação, são utilizadas amostras de indivíduos negativos e positivos (pacientes em monitoramento da infecção pelo HIV). Para todo TR é calculado a sensibilidade e especificidade, e considerado os valores de sensibilidade > 99,5% e especificidade > 99,0% para aprovação.
Resultados - Parciais ou Finais:
O DIAHV encaminhou 10 TR para avaliação. Nove foram aprovados, e um foi reprovado. As tabelas abaixo mostram valores de sensibilidade e especificidade.
Conclusões:
A contínua avaliação de TR é necessária para garantir a qualidade do teste e, por conseguinte, do diagnóstico rápido de HIV no País.
Palavras-Chave:
Teste rápido. HIV. Avaliação. Diagnóstico rápido.
Divulgação e/ou Publicações:

FERREIRA JR., Orlando da Costa et al. Brazilian program for HIV Point-of-Care test evaluation: a decade’s experience. International Archives of Medicine, v. 10, nov. 2017. ISSN 1755-7682. Disponível em: http://imedicalsociety.org/ojs/index.php/iam/article/view/2690. Doi: https://doi.org/10.3823/2532.

FERREIRA JR., Orlando da Costa. Validación de pruebas rápidas para El diagnóstico de VIH em Brasil. Taller de Pruebas Rápidas para VIH, Colón, Panamá, abril de 2013.

FERREIRA JR., Orlando da Costa. Evaluación de desempeño de test rápidos: experiencia de Brasil. Misión Conjunta Tratamiento 2.0, para La expansión y sostenibilidad de la atención integral al VIH, Montevideo, Uruguay, novembro de 2013.

FERREIRA JR., Orlando da Costa. Avaliação de Testes Rápidos usados no Brasil. IV Workshop “Testes de Diagnóstico com Qualidade Assegurada e Acessíveis para Programas de Saúde Pública”, Brasília, DF, novembro de 2014.

Aplicabilidade para o SUS:
Estes resultados servem para garantir a qualidade do diagnóstico rápido de HIV e dar apoio a ações e intervenções que visem aumentar o acesso seguro do diagnóstico de indivíduos infectados pelo HIV.
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 01/2012
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Luiza Bazzo
Instituição:
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Endereço:
Rua Profª. Maria Flora Pausewang, s./nº, Trindade - Florianópolis, SC, Brasil.
Período de Vigência:
2012-2017
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Laboratório de Biologia Molecular, Microbiologia e Sorologia, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais - DIAHV; Laboratório de Imunologia da disciplina de Infectologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Laboratório de Virologia Molecular – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Laboratório de Hepatites Virais, Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)/RJ.
Introdução e Justificativa:
A Avaliação Externa da Qualidade (AEQ) tem como propósito identificar erros analíticos e possibilitar aos serviços as ações para eliminar causas das não conformidades. Os testes de proficiência, como AEQ, têm importante papel na qualidade do resultado de testes diagnósticos por monitorar variações/erros aleatórios ou sistemáticos inerentes aos testes/procedimentos, mas que podem interferir significativamente nos resultados. Cada rodada AEQ permite que o laboratório ou serviço compare seus resultados com os de outros que executaram testes em condições semelhantes. No Brasil, a política de ampliação do acesso ao diagnóstico e monitoramento da infecção pelo HIV/Aids, sífilis e hepatites virais são sustentadas por redes de laboratórios/serviços. A preocupação com qualidade, por meio do DIAHV/MS, data de 1996, quando iniciaram ações de AEQ isoladas para cada marcador, reunidas em um Programa-AEQ, em 2009. O Programa-AEQ inclui produção e distribuição de painéis, determinação dos parâmetros de avaliação, análise de resultados, emissão de relatórios, indicações de possíveis causas de não conformidades e visitas técnicas às instituições participantes.
Objetivos:
Avaliar o desempenho dos laboratórios quanto à qualidade dos procedimentos e dos resultados obtidos para os testes de carga viral (HIV, HCV e HBV), genotipagem (HIV e HCV) e contagem de linfócitos TCD4/CD8.
Materiais e Métodos:
O Programa-AEQ envia painéis de proficiência, até três vezes por ano, para a Rede Nacional de Laboratórios para Quantificação da Carga Viral (CV) do HIV, composta por 85 laboratórios; para a Rede Nacional de Laboratórios para Contagem de linfócitos TCD4+/CD8+, formada por 93 laboratórios; para laboratórios que realizam genotipagem do HIV e do HCV. Ainda, são avaliados 55 Laboratórios de CV do HCV, e 51 Laboratórios de CV do HBV que integram a Rede de Monitoramento das Hepatites Virais.
Resultados - Parciais ou Finais:
A análise dos resultados de cada laboratório em comparação com a média de todos os participantes permite classificá-los em aprovados com excelência (100% de acerto), aprovados (99 a 70% de acerto) e reprovados (acerto igual ou inferior a 69%). A média de aprovação em 12 rodadas de AEQ para os laboratórios para Contagem de linfócitos T CD4+/CD8+ foi de 87,2%. Em quatro rodadas de AEQ para laboratórios de CV de HBV, a média de aprovação foi de 78%. Ao passo que em quatro AEQ para laboratórios de CV de HCV, a média de aprovação foi de 82,3%. Já em 12 rodadas de AEQ para laboratórios de carga viral de HIV, a média de aprovação foi de 76,6%. Por fim, em 11 rodadas AEQ para laboratórios de genotipagem de HIV, a média de aprovação foi de 90%, e em quatro rodadas de genotipagem para HCV houve 100% de aprovação.
Conclusões:
Os desafios para atingir padrões de qualidade próximos a 100% de acerto em todas as rodadas faz com que o Programa-AEQ trabalhe permanentemente com as instituições participantes, envolvendo especialistas nas metodologias avaliadas, rigorosos programas de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos da rede e treinamentos. A cada rodada avaliada, de acordo com os resultados encontrados, são determinadas as ações para imediata correção de não conformidades.
Palavras-Chave:
Qualidade. HIV. Hepatite viral. CD4. Carga viral. Genotipagem. Sífilis.
Divulgação e/ou Publicações:

BAZZO, M. L. et al. Programa da Qualidade da Rede Nacional de Laboratórios para Diagnóstico e Monitoramento da Infecção pelo HIV no Brasil no período de 2008 a 2015. In: 10º CONGRESSO BRASILEIRO DE HIV/AIDS e 3º CONGRESSO BRASILEIRO HEPATITES VIRAIS (HepAids 2015), João Pessoa, 2015. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

Aplicabilidade para o SUS:
O programa é uma ferramenta essencial para o monitoramento da Rede Nacional de Laboratórios para Diagnóstico e Monitoramento da Infecção pelo HIV e Hepatites Virais. Somente laboratórios com comprovada qualidade podem garantir aos usuários do SUS resultados confiáveis. A participação na AEQ reflete compromisso dos laboratórios e demonstra o empenho das equipes em atingir elevado nível de proficiência.
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 01/2012
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Luiza Bazzo
Instituição:
Laboratório de Biologia Molecular, Microbiologia e Sorologia; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Endereço:
Rua Profª. Maria Flora Pausewang, s./nº, Trindade - Florianópolis, SC, Brasil.
Período de Vigência:
2012-2017
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Fundação de Dermatologia Tropical e Venereologia Alfredo da Matta (FUAM); Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais; Secretaria de Vigilância em Saúde; Ministério da Saúde.
Introdução e Justificativa:
O diagnóstico das infecções sexualmente transmissíveis é um desafio às instituições dos programas de saúde pública do Brasil. As políticas de acesso ao diagnóstico e as estratégias de prevenção da transmissão vertical da infecção pelo HIV e sífilis têm encorajado o uso dos testes rápidos (TR). Embora os TR sejam simples e de fácil execução, quando executados por profissionais treinados, necessitam de verificação regular da qualidade dos resultados por meio da participação em Programas de Avaliação Externa da Qualidade (AEQ). O Programa AEQ-TR integra o Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade para a rede de Diagnóstico e Monitoramento da infecção pelo HIV, Sífilis e Hepatites Virais, e vem contribuindo para aumentar a confiabilidade e credibilidade dos resultados dos TR, para a difusão da cultura da qualidade entre os profissionais da saúde e indicando necessidades de intervenções (treinamentos, avaliação de lotes de kits) pelas autoridades de saúde.
Objetivos:
Avaliar, individualmente, cada profissional que realiza TR e avaliar a qualidade de todos os serviços que executam TR no Brasil.
Materiais e Métodos:
Por ser o Brasil um país continental que apresenta enorme desafio logístico no envio de amostras clínicas, devido às diferenças climáticas significativas, com altas e baixas temperaturas, umidade elevada e clima árido, foi escolhida a metodologia DTS, do inglês Dried Tube Specimens [amostras secas em tubo] para a confecção dos painéis AEQ-TR. Dessa forma, as amostras são estáveis para serem enviadas por correio com qualidade, contemplando a participação de profissionais de todo o País. Atualmente, integram o programa AEQ-TR, hospitais, maternidades, serviços de assistência especializada, Centros de Testagem e Aconselhamento, Distritos Sanitários Especiais Indígenas e Unidades Básicas de Saúde, entre outros. Para este trabalho, foram analisados os relatórios de oito rodadas AEQ-TR (2014 e 2016) que apresentam a síntese dos resultados, segundo os dados inseridos no sistema “Quali-tr” pelos participantes. O desempenho dos profissionais foi calculado de acordo com a concordância entre os resultados inseridos e os esperados para as amostras dos painéis.
Resultados - Parciais ou Finais:
A média de instituições cadastradas nas oito rodadas foi de 347 unidades. Na sexta rodada AEQ-TR participaram 499 instituições, pois pela primeira vez os hospitais e maternidades foram incluídos. No entanto, embora 257 instituições de alta complexidade tenham se cadastrado na 6AEQ-TR, apenas 45% inseriram resultados no sistema. As instituições que se abstiveram na AEQ-TR foram excluídas das rodadas posteriores. Nas oito rodadas verificou-se média de 843 profissionais avaliados; esse número vem aumentando a cada rodada (545-1075). Quanto ao desempenho, em média, 87% obtiveram excelência na avaliação das amostras para sífilis, enquanto para HIV apenas 61%. Na avaliação para HIV, os profissionais também são avaliados quanto ao conhecimento e adoção da legislação para diagnóstico recomendada pelo Ministério da Saúde brasileiro. O desconhecimento dessa legislação parece estar comprometendo o êxito nas avaliações.
Conclusões:
O programa AEQ-TR tem contribuído para percepção da relevância da qualidade nos TR executados no Brasil e está em constante monitoramento, para atender novas demandas e suprir as necessidades dos profissionais participantes.
Palavras-Chave:
Testes rápidos. Qualidade. HIV. Sífilis. Avaliação Externa da Qualidade. Ensaio de proficiência.
Divulgação e/ou Publicações:

BAZZO, Maria Luiza et al. Evaluation of seven rapid tests for syphilis available in Brazil, using defibrinated plasma panels. Sexually Transmitted Infections Journal, v. 93, p. S46-S50, 2017. DOI - 1 O.1136/sextrans-2017-053177.

BEBER, A. M. B. et al. External quality assessment in the voluntary counseling and testing centers in the Brazilian Amazon using dried tube specimens: results of an effectiveness evaluation. Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 48, p. 87-97, 2015.

BENZAKEN, A. S. et al. External quality assurance with dried tube specimens (DTS) for point-of-care syphilis and HIV tests: experience in an indigenous populations screening programme in the Brazilian Amazon. Sexually Transmitted Infections (Print), v. 89, p. 1-5, 2013.

BAZZO, M. L. Entrenador em la capacitación regional de formadores em prueba rápida de HIV: implementación y técnicas de aseguraniento de calidad. 2013. (Apresentação de Trabalho/Simpósio).

BAZZO, M. L. et al. Avaliação externa da qualidade para testes rápidos de sífilis em serviços de saúde pública do Brasil. In: X CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST, IV CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS, 2015, São Paulo. Caderno de Resumos, 2015. v. 1.

BIGOLIN, Á. et al. Avaliação externa da qualidade para testes rápidos de HIV em instituições de um país continental. In: 10o CONGRESSO BRASILEIRO DE HIV/Aids e 3o CONGRESSO BRASILEIRO HEPATITES VIRAIS (HEPAIDS 2017), 2015, João Pessoa. 2015. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

GASPAR, Pâmela Cristina et al. HIV rapid test external quality assessment: Brazil’s experience. In: 9TH IAS CONFERENCE ON HIV SCIENCE, 2017, Paris, France. IAS 2017-Abstract Book, 2017.

GASPAR, Pâmela Cristina et al. Syphilis rapid test external quality assessment: Brazil’s experience. In: STI AND HIV WORLD, CONGRESS ABSTRACTS, July 9-12, Rio de Janeiro, Brazil, 2017. Policy, Advocacy, and Community Engagement in STI/HIV Research. p. A253.3.

GOLFETTO, L. et al. DTS (Dried Tube Specimens): um método simples e de baixo custo para Avaliação Externa da Qualidade de Testes Rápidos para HIV. In: XXI CONGRESSO LATINOAMERICANO DE MICROBIOLOGIA, 2012, Santos. XXI ALAM - Congresso Latinoamericano de Microbiologia. São Paulo: Sociedade Brasileira de Microbiologia, 2012. v. 1. p. 115-115.

BIGOLIN, A. et al. Avaliação Externa da Qualidade para Testes Rápidos. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. (Material Instrucional). (Manual).

BAZZO, M. L. et al. Avaliação de conjuntos diagnósticos para sífilis registrados na ANVISA e comercializados no Brasil, 2015. (Relatório Técnico).

MACHADO, H. M. Avaliação dos efeitos da conversão do plasma sobre reatividade e estabilidade de painéis sorológicos para diagnóstico da sífilis. Trabalho de conclusão de curso, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil. 2017.

Aplicabilidade para o SUS:
Com treinamento e medidas de correção sugeridas nos relatórios, o Programa AEQ-TR fornece subsídios para que cada profissional reflita sobre suas práticas, execute os testes com segurança, forneça resultados confiáveis aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e que gestores tenham uma visão objetiva do desempenho da rede.
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 01/2012
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Inês Costa Dourado
Instituição:
Instituto de Saúde Coletiva (UFBA).
Endereço:
Rua Basílio da Gama, s./nº, Campus do Canela, Salvador, BA, Brasil.
Período de Vigência:
2014-2017
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB); Secretaria de Saúde de Salvador (SMS) através dos Centros de Referência de DST/HIV/Aids e CTAs; Colaboradores: Millena Passos, Presidente - ATRAS/Bahia; Keila Simpson - Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT/Bahia; Sofia Gruskin, USC; Amy Nunn, Brown University; Padre Alfredo Dorea - IBCM; Projeto Muriel - Maria Amélia Veras e equipe/FCMSCSP.
Introdução e Justificativa:
A saúde de travestis e transexuais (TRANS) tem recebido crescente atenção mundial, como mostram relatórios de diversos países, apresentando taxas substancialmente mais elevadas de HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). Mulheres transexuais apresentam uma carga elevada de HIV e necessitam urgentemente de serviços de prevenção, tratamento e cuidados. Uma revisão sistemática de 2012 estimou uma prevalência do HIV de 19,1% (17,4 -20,0) entre 11.066 mulheres transexuais de 15 países. Entre 7.197 mulheres transexuais amostrados em 10 países de renda baixa e média, a prevalência foi 17,7% (15,6 -19,8). E a razão de chances (OR) de infecção por HIV entre mulheres transexuais em comparação com todos os adultos em idade reprodutiva nos 15 países foi de 48,8 (21,2 -76,3). Com relação ao Brasil, um estudo com 638 mulheres transexuais, a prevalência foi 33,1% e uma razão de chances de infecção por HIV de 85,3 em comparação com todos os adultos em idade reprodutiva. Apesar disso, pouco se sabe sobre a saúde e os fatores que contribuem para o aumento do risco para as IST entre os indivíduos trans. Nessa direção, este projeto reconhece a necessidade de pesquisas quantitativas e qualitativas para entender a complexidade dos problemas que as travestis e mulheres transexuais enfrentam em Salvador/BA, vinculados a suas condições e modos de vida.
Objetivos:
Investigar as condições e modos de vida de travestis e transexuais em Salvador/BA, bem como a prevalência de HIV, sífilis, hepatites virais e fatores associados a essas infecções, a fim de dar subsídios para a adoção de políticas públicas de prevenção, promoção de saúde e assistência a essa população.
Materiais e Métodos:
Para o desenvolvimento do estudo, foi utilizado um desenho de pesquisa que possibilite produzir dados quantitativos (inquérito sociocomportamental e biológico) da população de travestis e mulheres transexuais (TrMT) em Salvador/BA, como também dados qualitativos (narrativas) referentes a atores específicos dessa população. O inquérito epidemiológico visa coletar dados socioeconômicos e demográficos sobre práticas e comportamento sexual e de uso de drogas, dados de modificações no corpo com o uso de hormônios e silicone, situações de violência, estigma e aprisionamento e acesso a serviços públicos de saúde. Para a realização da pesquisa, foram contatadas, antecipadamente, várias pessoas trans, identificadas em diversos locais da cidade, ou indicadas pelo movimento social, ou no meio virtual (Facebook, Orkut, Skype), visando alcançar o maior número de integrantes da população. Após esse primeiro mapeamento, utilizamos uma técnica de recrutamento de participantes denominada Respondent Driven Sampling (RDS), indicada para populações “de difícil acesso”. Análises descritiva, bivariada e multivariada foram ponderadas pelo inverso do tamanho da rede social das TrMT.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram recrutadas 127 TrMT entre 2015 e 2016: 46,2% se autoidentificaram como travesti; 53,8%, como mulher transexual (MT); 57,2% tinham idade entre 15-24 anos; 80,4% eram negras/pardas; 91,3% tinham ≤ 12 anos de escolaridade; 71,3% exerciam trabalho sexual ou estavam desempregadas; uso de preservativo (sempre/às vezes) foi 95,2%, 97,7%, e 62,7% com parceiros casuais, clientes e parceiros fixos, respectivamente. Dados demográficos não diferiram por identidade, mas a prevalência do HIV diferiu significativamente: 14,5%-travestis; 4,3%-MT (p=0,06); assim como o sexo comercial: 96,9%-travestis, 87,9%-MT (p=0,07). A prevalência ponderada de uso de silicone industrial (SI) foi de 34%. As TrMT mais velhas (42,1%); de cor autorreferida branca (43,4%); com menos escolaridade (35,6%); com maior renda (44,7%) apresentaram maiores proporções de uso de SI. Assim como aquelas na prostituição (39,7%); que usam hormônio (35%); positivas para HIV (44,8%); e positivas para sífilis (42,6%).
Conclusões:
Os dados confirmam taxas desproporcionalmente elevadas de HIV entre as TrMT, mas principalmente entre aquelas que se identificaram como “travestis”, assim como o sexo comercial, importante fator de vulnerabilidade para o HIV. O contexto local deste estudo destacou a importância da autoidentificação e análise de terminologia que as próprias participantes usaram. Esses resultados são importantes para pesquisas futuras, assim como para políticas públicas inclusivas, no momento em que o Brasil amplia, em alguma medida, serviços públicos de saúde para pessoas trans.
Palavras-Chave:
Travestis. Mulheres transexuais. HIV. Aids. Sífilis. IST. PrEP. Discriminação.
Divulgação e/ou Publicações:

DOURADO Inês et al. Construindo pontes: a prática da interdisciplinaridade. Estudo PopTrans: um estudo com travestis e mulheres transexuais em Salvador, Bahia, Brasil. Cad. Saúde Pública, v. 32, n. 9, p. e00180415, 2016.

MACCARTHY, S. et al. Mind the gap: implementation challenges break the link between HIV/Aids research and practice. Cad. Saúde Pública, v. 32, n. 10, p. e00047715, 2016.

Bolsa da CAPES - Cátedra CAPES - Brown University. Professora da Universidade Brown na Escola de Saúde Pública, janeiro a maio de 2015. Estudo Pop Trans.

Aplicabilidade para o SUS:
Apresentados em conjunto com o trabalho “Conhecimento e aceitabilidade da PrEP (profilaxia Pré-Exposição ao HIV) entre travestis e mulheres transexuais em Salvador, Bahia” (TC 256/2013).
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 01/2012
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Agdemir Waléria Aleixo
Instituição:
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Faculdade de Medicina.
Endereço:
Av. Professor Alfredo Balena, 190, sala 131, Santa Efigênia, Belo Horizonte, MG, Brasil.
Período de Vigência:
2012-2016
Situação:
Concluída
Introdução e Justificativa:
A resistência do HIV aos antirretrovirais (R-ARV) representa um obstáculo ao sucesso terapêutico, sendo importante observar a tendência da sua prevalência em todas as classes de droga, ao longo do tempo. Um fator associado à progressão de doença é a alteração do tropismo do HIV para CXCR4 durante a infecção. O uso do CCR5 ou CXCR pelo HIV caracteriza variantes virais R5 ou X4 trópicos. A alça V3 da gp120 do HIV, incluindo os aminoácidos nas posições 11 e 25, é determinante do tropismo viral.
Objetivos:
Analisar a resistência do HIV aos ARV e identificar o tropismo do HIV-1 em diferentes fases da infecção em pacientes infectados pelo HIV, em uso de TARV e em falha terapêutica.
Materiais e Métodos:
Para a análise da resistência da protease (PR) e transcriptase reversa (RT) do HIV aos antirretrovirais e alça V3, foram consideradas as amostras de pacientes em falha terapêutica e em uso de TARV que entraram no serviço de genotipagem do HIV/Laboratório DIP/Faculdade de Medicina/UFMG/Belo Horizonte/MG, encaminhadas pelos serviços de saúde do Estado de Minas Gerais no período de 2002 a 2014. A alça V3 foi analisada pela ferramenta de bioinformática Geno2pheno. Métodos de regressão logística e análise multivariada com o SPSSv18 foram utilizados para análise estatística.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram analisadas 2.185 sequências de PR/RT do HIV oriundas de pacientes de 18 clínicas e 14 cidades. Observou-se pelo menos uma MRA (mutações de resistência antirretroviral) em qualquer classe de drogas em 2020 (92,4%) sequenciais, sendo 84,2%, 69,5% e 50,5% para ITRN (inibidores de transcriptase reversa análogos de núcleos(t)ídeos), ITRNN (inibidores de transcriptase reversa não nucleosídeos) e IP (inibidores de protease), respectivamente. Pelo menos uma MRA foi encontrada em 31,1% dos casos nas três classes, simultaneamente. Observou-se redução na prevalência de pacientes com pelo menos uma MRA nas três classes simultaneamente ao longo de 11 anos, de 40,5% para 20,7% (p
Conclusões:
Observou-se diminuição da prevalência de MRA e R-ARV similar à de países desenvolvidos. O teste de genotropismo mostrou prevalência de isolados R5 na população. Não houve correlação entre alteração de tropismo e tempo de infecção. Análises da terceira entrada de amostras serão realizadas para avaliação do tropismo na população em estudo.
Palavras-Chave:
HIV. Aids. Imunodeficiência. Tropismo. HIV. Ativação celular. Resistência ARV.
Divulgação e/ou Publicações:

DUANI, Helena; ALEIXO, Agdemir Waléria; TUPINAMBÁS, Unaí. Trends and predictors of HIV-1 acquired drug resistance in Minas Gerais, Brazil: 2002-2012. The Brazilian Journal of Infectious Diseases, v. 21, n. 2, p. 148-54, 2017.

ALEIXO, Agdemir Waléria et al. Tendência da prevalência de resistência antirretroviral no tratamento do HIV em Minas Gerais. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE DE ACADÊMICOS DE MEDICINA DE MINAS GERAIS, 31 de outubro a 02 de novembro de 2014.

DECLÍNIO da prevalência de resistência antirretroviral em Minas Gerais, Brasil: 2002 a 2012. In: 9o CONGRESSO PAULISTA DE INFECTOLOGIA, 21 a 24 de maio de 2014. (E-pôster).

DUANI, Helena et al. Tendência e fatores de risco da resistência antirretroviral do HIV-1 em Minas Gerais: 2002 a 2012. In: XIX CONGRESSO DE INFECTOLOGIA, 26 a 29 de agosto de 2015. (Pôster).

DUANI, Helena; TUPINAMBÁS, Unaí. Mulheres em Minas Gerais têm menor risco de resistência antirretroviral do HIV-1: estudo retrospectivo 2002 a 2012. In: XIX CONGRESSO DE INFECTOLOGIA, 26 a 29 de agosto de 2015. (Pôster).

MARTINEZ, Yuppiel Franmil et al. Avaliação de perfis de imunossenescência em células do sangue periférico de pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA). In: XX CONGRESSO BRASILEIRO DE INFECTOLOGIA, Rio de Janeiro, 2017a.

MARTINEZ, Yuppiel Franmil et al. Perfis celulares de senescência em PVHA e sua correlação com valores de CD4. In: XX CONGRESSO BRASILEIRO DE INFECTOLOGIA, Rio de Janeiro, 2017b.

SARAIVA, Isadora Sofia Borges et al. Ativação celular em pessoas saudáveis e em pacientes infectados pelo HIV. In: XIX CONGRESSO DE INFECTOLOGIA, 26 a 29 de agosto de 2015. (Pôster).

MARTINEZ, Yuppiel Franmil. Analisar por citometria de fluxo, a ativação celular crônica e imunossenescência de linfócitos T CD4 + e CD8 + circulantes em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), com idade entre 18 e 55 anos. [Em andamento. Estudante].

RIGOTTO, Luana. Tropismo do HIV em pacientes em uso de HAART e falha terapêutica em Minas Gerais: 2002 a 2014. [Em andamento. Estudante].

SARAIVA, Isadora Sofia Borges. Ativação celular em pessoas saudáveis e pacientes infectados pelo HIV. 2015. (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde – Infectologia e Medicina Tropical). Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015.

Aplicabilidade para o SUS:
A caracterização e o monitoramento da resistência do HIV aos ARV permitem entender a evolução da resistência ao longo do tempo, contribuindo para as políticas de saúde pública no controle da infecção. Os resultados gerados de tropismo informam a prevalência de variantes R5 e X4; a alteração do tropismo viral nos pacientes em seguimento no serviço público; a identificação de variantes virais em relação ao tropismo na infecção recente e, por fim, a correlação entre tropismo viral x dados clínicos dos pacientes, tempo de infecção e sua possível correlação com a progressão para doença.
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 01/2012
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Rodrigo Vellasco Duarte Silvestre
Período de Vigência:
2012-2013
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Governo do Estado do Pará; Ambulatório de Ginecologia da Polícia Militar do Estado do Pará; Centro Saúde Escola do Marco, Universidade do Estado do Pará.
Introdução e Justificativa:
A relação entre a infecção por Papiloma Vírus Humano (HPV) de alto risco oncogênico e o câncer de colo uterino vem sendo investigada há mais de três décadas, e hoje, depois de uma vasta avaliação por estudos epidemiológicos e moleculares, podemos dizer que o HPV de alto risco oncogênico é o agente causal de tal neoplasia maligna. Vários fatores celulares e inerentes ao vírus podem influenciar no aparecimento e progressão de lesões precursoras, porém o exame mais específico para essa finalidade já possui mais de 50 anos e é baseado em avaliação subjetiva do examinador (Papanicolau). Alguns programas de rastreamento para essas lesões precursoras em países desenvolvidos usam uma associação de metodologias moleculares e o exame citológico (Papanicolau) para aumentar o poder preditivo negativo, ou seja, garantir que um resultado negativo citológico, associado ao resultado negativo molecular, possa garantir que essa paciente não irá desenvolver lesão de alto grau nos próximos três anos, fazendo com que o intervalo entre os retornos para rastreio seja maior, barateando o custo anual por paciente avaliada nesses programas.
Objetivos:
Em reconhecimento a todos os avanços já citados, e como estratégia para o rastreamento do câncer de cérvice uterina em nossa população, propomos a realização de um estudo prospectivo, de cinco anos de seguimento, para o rastreamento de lesões precursoras (NIC I, II e III) e do câncer de colo uterino, associando o exame citológico (Papanicolau) ao diagnóstico molecular para HPV através do sistema de Captura Híbrida de 2ª geração.
Materiais e Métodos:
Este sistema utiliza sondas específicas para tipos de alto (16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 68) e baixo risco oncogênico (6, 11, 42, 43 e 44). Posteriormente, a avaliação de cada amostra positiva será feita para identificação do tipo viral específico, utilizando-se o sistema de PCR mais Hibridação tipo específica da ROCHE, Linear Array HPV Genotyping Test, para a identificação tipo específica dessas infecções para cada tipo viral de alto ou baixo risco oncogênico para que os dados epidemiológicos possam estar mais completos.
Resultados - Parciais ou Finais:
Nas 1.394 amostras coletadas, 212 (15,2%) foram identificadas positivas pelas metodologias empregadas, sendo que 182 (85,8%) infecções são por tipos de alto risco oncogênico, e 30 por tipos de baixo risco. Em relação à citologia dessas amostras, 970 apresentaram exame citológico sem alterações, e nestas, 159 (16,4%) eram positivas para HPV, sendo 142 (89,3%) para alto risco e 17(10,7%) para baixo risco.
Conclusões:
Este estudo pode indicar que a maioria das infecções nos serviços de atendimento ginecológico públicos são por tipos de alto risco oncogênico de HPV e que há um percentual importante das pacientes atendidas no sistema público, com citologia normal, porém ainda submetidas aos riscos decorrentes da infecção por tipos de alto risco dos Papiloma vírus, causalmente associados aos casos de câncer de colo uterino, o que de forma geral poderia ser detectado e mantido sob vigilância mais específica se o teste viral fosse associado ao exame citológico.
Palavras-Chave:
Papiloma vírus. Câncer de colo uterino. Rastreamento.
Divulgação e/ou Publicações:

SILVESTRE, R. V. D. et al. Prevalence of human papillomavirus infection and phylogenetic analysis of HPV-16 E6 variants among infected women from Northern Brazil. Infectious Agents and Cancer, v. 5, n. 9, p. 25, 2014 Aug. Doi: 10.1186/1750-9378-9-25. E Collection 2014.

PAIXÃO, C.G.S. da et al. Association of the HPV Molecular Test to the Cytology Exam in Routine Gynecology. In: XXIV BRAZILIAN CONGRESS OF VIROLOGY AND VIII MERCOSUL VIROLOGY MEETING, Porto Seguro, Bahia, Brasil, de 01 a 04 de setembro de 2013.

SILVA, A. K. et al. Differences in the incidence of the HPV types at a northern population in Brazil, based in the worldwide profile. In: XXV BRAZILIAN CONGRESS OF VIROLOGY AND XIX MERCOSUL VIROLOGY MEETING, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, 28 de setembro a 01 outubro 2014.

SILVA, A. K. et al. Paradigm Shift in Diagnosis of Patients Attends for Gynecologic Routine Exam in Belém Metropolitan Region, Pará. In: XXV BRAZILIAN CONGRESS OF VIROLOGY AND XIX MERCOSUL VIROLOGY MEETING; Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, 28 de setembro a 01 outubro 2014.

SILVESTRE, R.V.D. et al. High and low risk HPV prevalence in women with cytological diagnostic of high and low sil (CIN I, II and III). In: XXVI BRAZILIAN CONGRESS OF VIROLOGY AND X MERCOSUL VIROLOGY MEETING; Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 11 a 14 de outubro 2015.

SILVESTRE, R. V. D. et al. Integration status of the HPV 16 genome and its relation with the cytological results in women assisted in a routine of gynecology public service in Belém – Pará - Brazil. In: XXVI BRAZILIAN CONGRESS OF VIROLOGY AND X MERCOSUL VIROLOGY MEETING. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 11 a 14 de outubro 2015.

SILVESTRE, R. V. D. et al. Prevalence of human papillomavirus in normal/inflammatory cytology. In: XXVI BRAZILIAN CONGRESS OF VIROLOGY AND X MERCOSUL VIROLOGY MEETING, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 11 a 14 de outubro 2015.

OLIVEIRA, Onayane dos Santos. Avaliação epidemiológica de pacientes atendidas em um Programa de Rastreamento para o CCU e suas lesões precursoras, em uma Unidade Básica de Saúde de Belém, Pará. 2016. Dissertação (Mestrado em Virologia) – Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, 2016.

CORDOVIL, Darciane Coelho. Seguimento de mulheres com exame citopatológico alterado do colo do útero, em uma Unidade de Referência em Belém-Pará. Aluna do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia e Vigilância em Saúde do Instituto Evandro Chagas. (Provável conclusão, 2018).

FERREIRA, Lumara Silvia Santana. Estudo da prevalência de HPV de alto e baixo risco oncogênico em pacientes com diagnóstico de lesão intraepitelial escamosa de alto e baixo grau LSIL e HSIL, (NIC I, II e III). Monografia – (Bacharelado em Biomedicina), Faculdade Metropolitana da Amazônia (FAMAZ), Belém, PA, 2016.

FONSECA, Lana Patricia da Silva. Avaliação retrospectiva da prevalência de HPV em um grupo amostral de tumores de colo uterino no período de 2008 a 2012. Monografia – (Bacharelado em Biomedicina), Faculdade Metropolitana da Amazônia (FAMAZ), Belém, PA, 2017. (Em conclusão.) PAIXÃO, Camila Gabriela da Silva. Incidência da infecção por Papiloma vírus humano (HPV) de alto e baixo risco oncogênico em pacientes atendidas para exames de rotina ginecológica na Região Metropolitana de Belém-PARÁ. Monografia – (Graduação em Farmácia), Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ), Belém, PA, 2014.

Gabriela da Silva Paixão (2015) - Processamento das amostras no laboratório de Papiloma vírus. [Trabalho concluído]; Lumara Silvia Santana Ferreira (2016) - Processamento das amostras no laboratório de Papiloma vírus. [Trabalho concluído]; Laryssa Danielle da Silva Reis (2017) - Processamento das amostras no laboratório de Papiloma vírus. [Trabalho em andamento].

Aplicabilidade para o SUS:
A associação entre a infecção pelo Papiloma vírus humano e o carcinoma de células escamosas da cérvice uterina é única na epidemiologia do câncer. Essa associação independe da população estudada, do modelo do estudo e do método de detecção usado, pois o DNA do HPV é encontrado em virtualmente todos os casos (>99%) de câncer de cérvice uterina, em até 94% das mulheres com neoplasia intraepitelial de cérvice (NIC) e em até 46% de mulheres com citologia normal. Dessa forma, o HPV é considerado agente causal do carcinoma de cérvice uterina e atende aos critérios de causalidade em estudos epidemiológicos, incluindo a consistência, a especificidade, a relação temporal, o gradiente biológico, a plausibilidade biológica, a coerência e a evidência experimental (BOSCH et al. 2002; SCHEURER et al., 2005). Programas de triagem para o câncer de colo uterino usando citologia têm sido uma importante ferramenta de intervenção em saúde pública, atingindo reduções na incidência do câncer de cérvice de até 80% quando praticado efetivamente (FRANCO et al. 2001). Contudo, o exame de Papanicolau foi introduzido há cerca de 50 anos, e alguns estudos têm demonstrado que esse teste possui limitações significantes (OGILVIE et al., 2010). Entre as limitações a serem relatadas, a variabilidade e um controle de qualidade efetivo e monitorado, são pontos decisivos para que se possam obter resultados mais claros e seguros, do ponto de vista da qualidade da citologia pública que é entregue aos pacientes, com isso, um sistema associado ao exame citológico, como um teste molecular específico para detecção do HPV nas amostras, traria um poder resolutivo que a citologia isolada não possui. Para isso, seria estabelecida uma rede de laboratórios credenciados por esta secretaria ou pelo próprio Ministério da Saúde do Brasil, para realizar esse monitoramento. Esses laboratórios integrariam uma rede de rastreamento para o câncer de colo uterino, com avaliações entre os laboratórios para manutenção da qualidade, o que tornaria o sistema de busca e rastreamento ginecológico mais amplo, preciso e eficaz. Com esse sistema, o próprio analisador das citologias indicaria quais amostras deveriam seguir para a análise molecular, o que tornaria o sistema mais preciso, estabelecendo um percentual de até 30% das amostras analisadas por um determinado analisador, para o encaminhamento de detecção viral de HPV por um teste molecular a ser discutido. Este estudo mostrou que é possível associar as metodologias, através de coleta em meio líquido ou convencional, utilizando os frascos ou as lâminas, pois estas foram também testadas com sucesso como amostras para detecção molecular de HPV. Como foi feito em outros países, um sistema dito “CoTeste” pode ter um impacto na redução dos tumores malignos do colo uterino capaz de reverter o quadro sempre crescente dessa neoplasia, segundo os dados do INCA desde 2008 até 2016, especialmente no Norte do País.
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 01/2012
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Alberto José da Silva Duarte, Ester Sabino, Luciano Araújo
Período de Vigência:
2016-2017
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP).
Objetivos:
O projeto foi concebido e realizado visando dois grandes objetivos: a concepção de ferramentas para criação e análise de indicadores dos dados clínicos e moleculares de pacientes HIV para gestão e tomada de decisão do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde e a Implementação do Teste de Genotipagem para detecção de mutações que geram resistência ao Inibidor de Entrada – Enfuvirtida – em pacientes submetidos ao HAART, mas sem tratamento prévio com esta classe de drogas. Dado os objetivos, as atividades realizadas foram divididas em dois subprojetos: CG 85014 e o CG 85001. No CG 85014, os principais objetivos eram: 1. Verificar o perfil de resistência do HIV-1 ao Enfuvirtida, através do sequenciamento genético do domínio HR1 da gp41 do envelope viral em pacientes virgens de tratamento para esta droga, mas com múltiplas falhas terapêuticas frente ao HAART; 2. Pesquisar a presença de mutações acessórias nos códons 126, 137 e 138 no domínio HR2 da gp41 do envelope viral já descritas previamente (SHAFER et al., 2003) e que aumentam a capacidade replicativa do HIV-1 (fitness viral). Para o total atingimento das metas, as principais atividades realizadas foram: capacitação técnica para entendimento do protocolo que permitirá verificar o perfil de resistência da gp41 do HIV-1 ao Enfuvirtida; capacitação para domínio e aplicação das técnicas de extração de material genético, da transcrição reversa do RNA viral, da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), da purificação do DNA obtido, da realização de gel de agarose a 1% para visualizar o fragmento alvo amplificado, da Reação de Sequenciamento Genético e da Genotipagem do HIV-1; identificação das associações entre mutações e resistência genotípica ao antirretroviral inibidor de Entrada (Enfuvirtida); No CG85001, o objetivo principal era: A construção de ferramentas para criação e análise de indicadores dos dados clínicos e moleculares de pacientes HIV para gestão e tomada de decisão do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério. Para o total atingimento das metas, foram realizadas as seguintes atividades: disponibilização dos sistemas DBCollHIV e HIVdag em produção e a geração de indicadores clínicos e moleculares. Atualização do algoritmo brasileiro para a análise de mutações de resistência nos genes de Protease e RT. Integração para identificação de mutações, tendo como entrada a sequência em formato FASTA. Aprimoramento da infraestrutura de serviços computacionais do algoritmo brasileiro e atualização de regras. Todas as etapas do CG85014 foram concluídas, e foi entregue o ensaio para a análise genotípica do domínio HR1/HR2 da gp41 frente ao Enfuvirtida em condições de ser utilizado pela Microrrede em questão e atender os pacientes previamente selecionados pelos médicos de referência em genotipagem do HIV1. Todas as etapas do CG85001 foram executadas e finalizadas, e as ferramentas propostas desenvolvidas e instaladas no ambiente montado. Os resultados gerados por tais ferramentas são objetos de pesquisa e poderão ser muito utilizados no apoio ao tratamento de pacientes HIV positivo. Além disso, a automatização dos algoritmos e a geração de indicadores proveem uma maior agilidade na avaliação de mutações e resistências os arquivos FASTA, colaborando com o trabalho dos pesquisadores e podendo ser utilizados para controle dos protocolos aplicados.
Palavras-Chave:
Aids. Mutação. Resistência. Algoritmos. Enfuvirtida. Falha terapêutica. FASTA.
Divulgação e/ou Publicações:

DIAZ, Ricardo Sobhie et al. The virological and immunological characteristics of the HIV-1-infected population in Brazil: from initial diagnosis to impact of antiretroviral use. Plos One, v. 10, p. e0139677, Oct. 2015.

Aplicabilidade para o SUS:
O projeto atualizou a plataforma do Algoritmo Brasileiro de Genotipagem, que é utilizado para avaliar o nível de resistência do HIV aos medicamentos utilizados para o tratamento do paciente. Essa plataforma já é utilizada para o atendimento dos pacientes do SUS que se encontram em falha terapêutica e necessitam de avaliação médica para ajuste do tratamento. Portanto, o projeto contribui com o SUS ao oferecer aos médicos a avaliação do nível de resistência do paciente aos medicamentos, o que permite uma avaliação detalhada e apoio à tomada de decisão sobre o melhor tratamento para cada paciente. Dessa forma, o SUS economiza ao oferecer o medicamento mais adequado ao paciente e ao reduzir gastos com doenças oportunistas.
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 20/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Inês Costa Dourado
Instituição:
Instituto de Saúde Coletiva (UFBA).
Endereço:
Rua Basílio da Gama, s./nº, Campus do Canela, Salvador, BA, Brasil.
Período de Vigência:
2014-2017
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB); Secretaria de Saúde de Salvador (SMS) através dos Centros de Referência de DST/HIV/Aids e CTAs; Colaboradores: Millena Passos, Presidente - ATRAS/Bahia; Keila Simpson - Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT/Bahia; Sofia Gruskin, USC; Amy Nunn, Brown University; Padre Alfredo Dorea - IBCM; Projeto Muriel - Maria Amélia Veras e equipe/FCMSCSP.
Introdução e Justificativa:
A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) com uso de antirretrovirais (ARV) em indivíduos HIV está sendo investigada em ensaios clínicos, na prevenção da infecção pelo HIV com diferentes populações em países com epidemia generalizada. O Brasil foi um dos países participantes no ensaio clínico iPrEx para avaliar a eficácia da PrEP entre HSH e mulheres transexuais. Este estudo encontrou uma redução na aquisição de HIV de 44%, e de 90% naqueles aderentes a PrEP. Uma revisão sistemática de 2012 estimou uma prevalência do HIV de 19,1% entre 11.066 mulheres transexuais de 15 países. No Brasil, um estudo com 638 mulheres transexuais, a prevalência foi 33,1% e uma razão de chances de infecção por HIV de 85,3 em comparação com todos os adultos em idade reprodutiva. Documento recente da OMS sobre orientações de uso da PrEP oral para casais sorodiscordantes, mulheres transexuais, HSH com alto risco de HIV, recomenda que os países desenvolvam estudos que demonstrem aceitabilidade e viabilidade dessa estratégia de prevenção. E travestis e mulheres transexuais apresentam uma carga elevada de HIV, necessitando, urgentemente, de serviços de prevenção, tratamento e cuidados em saúde.
Objetivos:
Investigar o conhecimento, aceitabilidade e viabilidade da PrEP por travestis e mulheres transexuais em Salvador-BA.
Materiais e Métodos:
Para a realização da pesquisa, foram contatadas antecipadamente várias pessoas trans, identificadas em diversos locais da cidade, ou indicadas pelo movimento social, ou no meio virtual (Facebook, Orkut, Skype), visando alcançar o maior número de integrantes da população. Após esse primeiro mapeamento, utilizamos uma técnica de recrutamento de participantes denominada Respondent Driven Sampling (RDS), indicada para populações “de difícil acesso”, para realização do inquérito sociocomportamental com aplicação das entrevistas.
Resultados - Parciais ou Finais:
Apenas 18,4% das mulheres conheciam a PrEP. No entanto, ao tomar consciência, a disposição de usar a PrEP foi elevada. Duas classes latentes foram identificadas: Classe 1 – aceita usar a PrEP (91,3%); Classe 2 – não aceita usar a PrEP (8,7%). A maioria das participantes identificou a PrEP como uma importante medida de prevenção do HIV para as travestis e mulheres transexuais. Os fatores sociocomportamentais associados à Classe 2 foram: não ser negra; ter renda mensal superior a R$ 900,00; e o não uso regular de preservativos nas relações sexuais.
Conclusões:
Fazer esse documentário foi uma maneira de acomodar o desejo das participantes do PopTrans de falarem sobre a vida desse grupo, indo além das questões de Saúde. Foi uma maneira de apresentar os resultados da pesquisa para um público não muito interessado no ambiente formal da universidade. A aceitabilidade da PrEP foi alta – 91% das participantes indicaram interesse no método no Nordeste do Brasil. Embora o acesso à PrEP ainda seja limitado, a disposição a usar provavelmente seja elevada quando for disponibilizada no SUS, mesmo entre aquelas que usam preservativos regularmente. No entanto, é importante levar em conta fatores sociocomportamentais e discutir a condição de vulnerabilidade ao HIV. Esses dois Projetos (Projeto 1 – TC 254/2012 e Projeto 2 – TC 256/2013) foram desenvolvidos dentro do Estudo PopTrans – um esforço da prática da interdisciplinaridade no cotidiano da Pesquisa e uso de distintas técnicas para a produção de dados e conhecimento científico. Apresentaremos os itens solicitados para esses dois projetos em conjunto. Além disso, produzimos um documentário.
Palavras-Chave:
Travestis. Mulheres transexuais. HIV. Aids. Sífilis. IST. PrEP. Discriminação.
Divulgação e/ou Publicações:

MAGNO, Laio et al. Gender-based discrimination and unprotected receptive anal intercourse among transgender women in Brazil: a mixed methods study. PLoS ONE, v. 13, n. 4, p. e0194306, abr. 2018a.

MAGNO, Laio; DOURADO, Inês; SILVA, Luís Augusto Vasconcelos da. Estigma e resistência entre travestis e mulheres transexuais em Salvador, Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 2018b. doi: 10.1590/0102-311X00135917.

CERQUEIRA, Caio Felipe Campos et al. Pro que der e vier: um documentário sobre a população trans feminina de Salvador. Congresso da UFBA- 14 a 17 de julho de 2016, Salvador-Bahia. (Apresentação de trabalho/Congresso).

DOURADO, I. et al. Vand the PopTransGroup. Local context is everything: a study of transvestite, transsexual and transgender women in north-east Brazil. Abstract number: THPEC187. XXI International AIDS Conference, Durban, South Africa, 18-22 de julho de 2016. (Apresentação de trabalho/Pôster).

DOURADO, Inês et al. Entendendo o contexto local: um estudo entre travestis e mulheres transexuais no Nordeste do Brasil. In: I ENCONTRO BRASILEIRO DE SAÚDE TRANS – BRPath- 1 a 4 de novembro de 2017. Teatro Marcos Lindemberg, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). (Apresentação de trabalho/Comunicação).

DOURADO, Inês et al. Estupro e fatores associados ao HIV entre mulheres transgênero: um estudo RDS em Salvador-Bahia. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA- EPI 2017- Abrasco - 7 e 11 de outubro de 2017, em Florianópolis, Santa Catarina. (Apresentação de trabalho/Pôster).

DOURADO, Inês et al. Experiências de mulheres transgêneras e homens trans em Salvador-BA: convergências e divergências na elaboração de suas necessidades e demandas de saúde. In: I ENCONTRO BRASILEIRO DE SAÚDE TRANS – BRPath- 1 a 4 de novembro de 2017. Teatro Marcos Lindemberg, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). (Apresentação de trabalho/Comunicação).

DOURADO, Inês et al. Uso do silicone industrial entre travestis e mulheres transexuais em uma cidade no Nordeste brasileiro. In: I ENCONTRO BRASILEIRO DE SAÚDE TRANS – BRPath- 1 a 4 de novembro de 2017. Teatro Marcos Lindemberg, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). (Apresentação de trabalho/Comunicação).

DOURADO, Inês. Escolhas analíticas e metodológicas dos dados do Estudo PopTrans. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA- EPI 2017- Abrasco- 7 e 11 de outubro de 2017, em Florianópolis, Santa Catarina. (Apresentação de trabalho/palestra).

DOURADO, Inês. et al. Fatores associados ao hiv entre mulheres transgênero: um estudo RDS em Salvador-Bahia. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA - EPI 2017- Abrasco - 7 e 11 de outubro de 2017, em Florianópolis, Santa Catarina. (Apresentação de trabalho/Comunicação).

DOURADO, Inês. et al. Transcending barriers for prevention. SESSION TYPE: Poster Discussion Session/Tuesday 25 July, 13:00-14:00. CO-CHAIRS: YazdanYazdanpanah, Alícia Krüger, Ministry of Health, Brazil. In: 9th IAS Conference on HIV Science, Paris, France-23-26 July 2017. (Apresentação de trabalho/Comunicação).

DOURADO, Inês; SILVA, Luis Augusto V. Coordenadores do simpósio temático intitulado “Interdisciplinaridade no estudo das questões de saúde, discriminação e direitos humanos de travestis e transexuais no Brasil”. In: 2ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE PSICOLOGIA LGBT e campos relacionados: enfrentar o impacto da discriminação contra pessoas LGBT em todo o mundo. Rio de Janeiro, 8 a 11 de março de 2016. (Organização/Simpósio).

DOURADO, Maria Inês (Moderadora). Costa GRINSZTEJN, Beatriz; GRANGEIRO, Alexandre. Debate: lições aprendidas sobre a da implementação da PrEP no SUS. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA- EPI 2017- Abrasco- 7 e 11 de outubro de 2017, Florianópolis, Santa Catarina. (Mesa-redonda/Moderadora).

DOURADO, Maria Inês Costa. “Aceitabilidade da PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) entre travestis e transexuais em Salvador-BA”. Palestra na Oficina sobre Promoção da Saúde, Prevenção e Tratamento do HIV/Aids para Travestis e Mulheres Transexuais no LaPClin-Aids/INI/FIOCRUZ. (2015);(Apresentação de trabalho/Palestra).

DOURADO, Maria Inês Costa. “Integrando abordagens e métodos em estudos com travestis e mulheres transexuais” - Projeto PopTrans: Maria Inês Costa Dourado (BA). In: “Construindo pontes em estudos com travestis e transexuais”. In: 10° CONGRESSO DE HIV/Aids e o 3° CONGRESSO DE HEPATITES VIRAIS, 17-20 de novembro de 2015- João Pessoa. (Apresentação de trabalho/Mesa redonda). Moderador: Ranulfo Cardoso Júnior (PB).

DOURADO, Maria Inês Costa. “TRANSGENDER health and opportunities for public health intervention in Northeastern Brazil: An interdisciplinary study” em dois momentos na Universidade de Brown 1- Brown School of Public Health Lecture: Wednesday, March 4th, 10:00am - 11:00am e 2- Albert Medical School Lecture - Tuesday, April 24th, 12:00am - 1:00 pm. (Apresentação de trabalho/mesa-redonda).

DOURADO, Maria Inês Costa. A prática da interdisciplinaridade em estudo com travestis e transexuais em Salvador-Bahia. In: Painel: Construindo pontes: a prática da interdisciplinaridade em estudo com populações de difícil acesso. In: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA - Vitória, Espírito Santo, 7 a 10 de setembro de 2014. (Apresentação de trabalho/Palestra).

DOURADO, Maria Inês Costa. Apresentação dos dados do PopTrans no I Seminário de Direitos Humanos e Saúde: um olhar sobre a população de travestis e transexuais em 2014 e no II Seminário Projeto Muriel em a 05 de novembro de 2015, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa São Paulo, em parceria com CRT-DST/AIDS. (Apresentação de trabalho/Congresso).

DOURADO, Maria Inês Costa. Transgender health and opportunities for public health intervention in Northeastern Brazil: an interdisciplinary study. Brown University/EUA e New York University outubro 2014. (Apresentação de Trabalho/Palestra).

DOURADO, Maria Inês Costa. Transgender health and opportunities for public health intervention in Northeastern Brazil: an interdisciplinary study. Brown University Seminar at School of Public Health - Providence, Rhode Island, 17 de outubro de 2014. (Apresentação de Trabalho/Palestra).

DOURADO, Maria Inês Costa. Transgender health and opportunities for public health intervention in Northeastern Brazil: an interdisciplinary study. New York University Steinhardt School of Culture, Education, and Human Development/Department of Nutrition, Food Studies, and Public Health: Lunch Time Seminar- New York 20 de outubro de 2014. (Apresentação de Trabalho/Palestra).

GOMES, Fabiane Soares et al. Respondent driven sampling. Congresso da UFBA - 14 a 17 de julho de 2016, Salvador-Bahia. (Apresentação de trabalho/Congresso).

GRINSZTEJN, Beatriz. Estudo transcender: desafios e principais resultados. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA- EPI 2017- Abrasco- 7 e 11 de outubro de 2017 em Florianópolis, Santa Catarina. (Apresentação de trabalho/palestra).

SOARES, Fabiane et al. Amy Nunnand the PopTransGroup. Transgender women willingness to use PrEP in Northeastern Brazil. In: 9th IAS Conference on HIV Science, Paris, France-23-26 July 2017. (Apresentação de trabalho/Pôster).

SOUSA, Laio Magno Santos de. Estigma interpessoal e sexo anal desprotegido entre travestis e mulheres transexuais: uma análise de classes latentes. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA-EPI 2017- Abrasco-7 e 11 de outubro de 2017, em Florianópolis, Santa Catarina. (Apresentação de trabalho/palestra).

SOUSA, Laio Magno Santos de et al. Testagem sorológica e ética: contribuições da pesquisa qualitative em estudos com travestis e transexuais. Vitória, Espírito Santo, 7 a 10 de setembro de 2014. (Apresentação de trabalho/Pôster).

SOUSA, Laio Magno Santos de et al. Autorrelato de discriminação entre travestis e mulheres transexuais em Salvador-BA. In: INTERDISCIPLINARIDADE NO ESTUDO DAS QUESTÕES DE SAÚDE, DISCRIMINAÇÃO E DIREITOS HUMANOS DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NO BRASIL. Congresso da UFBA - 14 a 17 de julho de 2016, Salvador, Bahia. (Apresentação de trabalho/mesa-redonda).

VERAS, Maria Amélia de Sousa Mascena. A construção do caminho analítico e metodológico do Projeto Muriel. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA- EPI 2017- Abrasco-7 e 11 de outubro de 2017, em Florianópolis, Santa Catarina. (Apresentação de trabalho/Palestra).

Bolsa da CAPES - Cátedra CAPES - Brown University. Professora da Universidade Brown na Escola de Saúde Pública, de janeiro a maio de 2015. Apresentação do projeto do Estudo PopTrans para obtenção da Bolsa Capes.

GOMES, Fabiane Soares. Aceitabilidade de novas estratégias de prevenção para o HIV entre travestis e mulheres transexuais em Salvador-Bahia. 2017. Dissertação (Mestrado em Saúde Comunitária) – Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, 2017.

ARAÚJO, Tarcia Munyra Barreto. Investigação da aceitabilidade da PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) entre travestis e transexuais em Salvador-Bahia. 2014. Iniciação Científica (Instituto de Saúde Coletiva) - Universidade Federal da Bahia, 2014.

JÚNIOR, Ailton Jesus da Silva. Investigação do conhecimento da PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) entre travestis e transexuais em Salvador-Bahia. 2014. Iniciação Científica (Bacharelado Interdisciplinar em Saúde) - Universidade Federal da Bahia, 2014.

OLIVEIRA, Ailton Novaes de. Modificações corporais de travestis e transexuais em Salvador. 2013. Iniciação Científica (Instituto de Saúde Coletiva) - Universidade Federal da Bahia, 2013.

SOUZA, Victor Santos de. Acesso de travestis e transexuais aos serviços públicos de saúde. 2013. Iniciação Científica (Instituto de Saúde Coletiva) - Universidade Federal da Bahia, 2013.

VILELA, Ana Lúcia da Silva. Discriminação e estigma entre travestis e mulheres transexuais em Salvador. 2015. Iniciação Científica (Instituto de Saúde Coletiva) – Universidade Federal da Bahia, 2015.

SILVA, Ricardo. Mudanças corporais e a infecção por HIV e sífilis em travestis e mulheres transexuais no Nordeste brasileiro. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. [Em andamento].

SOUSA, Laio Magno Santos de. Estigma e vulnerabilidade de populações LGBT ao HIV/Aids: uma perspectiva etnoepidemiológica. 2017. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2017.

Aplicabilidade para o SUS:
Os dados do PopTrans confirmam taxas desproporcionalmente elevadas de HIV (9,0%) e de sífilis (32%) entre TrMT, ao compararmos com a população brasileira em geral; informam sobre a importância dos determinantes sociais para a infecção pelo HIV, como a baixa escolaridade e a discriminação perpetrada por pessoas do convívio íntimo (família e vizinhos). Esses dados de prevalência são fundamentais para orientar políticas públicas, demonstrando a urgência de prevenção das IST nesta população-chave para a epidemia. Os dados sobre aceitabilidade da PrEP que estamos produzindo são de grande importância para o novo cenário da prevenção do HIV/Aids em populações-chave, uma delas a população de travestis e mulheres transexuais. O conhecimento de PrEP foi baixo entre as TrMT (18,4%). No entanto, ao tomar consciência pelos pesquisadores do PopTrans, a disposição de usar a PrEP foi elevada (em torno de 90%). A PrEP hoje faz parte da chamada “Estratégia de prevenção combinada para o HIV/Aids". E o Brasil, através do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais/Ministério da Saúde, se prepara para incorporar a PrEP para compor o cardápio de prevenção do HIV em Unidades do SUS. Esses resultados são importantes para futuras pesquisas, assim como para políticas públicas inclusivas, no momento em que o Brasil amplia, em alguma medida, serviços públicos de saúde para pessoas trans. Projetos de investigação com travesti e mulheres trans devem buscar aproximar o Projeto com o movimento social e com outras interlocutoras; conhecer e entender o contexto local; considerar o papel das redes sociais on-line. Acolhimento das participantes no local de coleta de dados é fundamental. Por fim, devemos buscar aproximar pessoas trans a vários setores da sociedade.
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 20/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Marise Oliveira Fonseca
Período de Vigência:
2014-2015
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Faculdade de Farmácia da UFMG.
Introdução e Justificativa:
A Profilaxia Oral Pré-Exposição (PrEP) tem se mostrado como uma promissora estratégia na redução da transmissão do Vírus da Imunodeficiênvia Humana (HIV) em populações de alta vulnerabilidade. No entanto, muitas questões, tais como o esquema antirretroviral, a sua frequência e duração, requerem investigação. Até o momento, os antirretroviaris avaliados foram o Tenofovir ou a combinação da Emtricitabina e Tenofovir. Considerando a equivalência clínica e farmacológica entre emtricitabina e lamivudina, e a disponibilidade dessa última no Brasil e em outros países em desenvolvimento, o presente estudo optou por avaliá-la como componente da PrEP.
Objetivos:
Investigar a tolerância, segurança e adesão da PrEP, constituída por Lamivudina, combinada com Tenofovir, em homens que fazem sexo com homens (HSH) e avaliar o comportamento sexual dos participantes durante o uso dos medicamentos.
Materiais e Métodos:
Trata-se de um ensaio clínico de fase I, cujos participantes elegíveis eram voluntários HSH acompanhados em coorte aberta (Projeto Horizonte) com 18 anos ou mais de idade, HIV e hepatite B negativa, sem problemas renais e que relataram sexo anal desprotegido ou uma infecção sexualmente transmissível no ano anterior. O regime de drogas avaliado foi Tenofovir (300 mg/dia) e Lamivudina (300 mg/dia), administrado diariamente por quatro meses. Os participantes realizaram quatro visitas mensais (V1, V2, V3 e V4) com avaliação de eventos adversos laboratoriais e clínicos; dosagem dos medicamentos no sangue; testagem para hepatite b, sífilis e HIV e verificação da adesão à medicação. Estudo qualitativo foi realizado por meio de Grupos Focais para avaliação da experiência dos voluntários participantes do ensaio clínico. Foram incluídos 40 voluntários com idade média de 37,6 ± 7,2 anos, 72,5% (n = 29) pardos. Trinta e três participantes (82,5%) completaram as quatro visitas do estudo, e as razões para aqueles que não o finalizaram não foram relacionadas aos eventos adversos. A proporção de ocorrência de eventos adversos relacionados aos medicamentos estudados foi maior na primeira visita (43,6%, IC 95%: 29,3-59,0); e a chance de ocorrência de eventos adversos também foi maior na V1, em comparação com as demais (OR = 0,2 na V2, OR = 0,1 na V3 E OR = 0,1 na V4, IC 95%). A adesão média ao esquema foi de 74,6%, e não foram encontradas associações da adesão com idade, comportamento sexual e efeitos adversos. À regressão logística não foi encontrada diferença significativa no comportamento sexual dos participantes ao longo do estudo.
Conclusões:
Este é o primeiro estudo a avaliar a Lamivudina como uma droga alternativa no esquema de Profilaxia Pré-Exposição. Boa tolerância, adesão e ausência de eventos adversos graves sugerem que a PrEP composta de Lamivudina e Tenofovir é segura para uso na população estudada e pode ser uma alternativa eficaz para países que não têm acesso a Emtricitabina.
Palavras-Chave:
Profilaxia oral pré-exposição. Homens que fazem sexo com homens. Lamivudina. Tenofovir. HIV. Prevenção.
Divulgação e/ou Publicações:

Apresentação de pôster e trabalho oral no X Congresso da Sociedade Brasileira de DST e VI Congresso Brasileiro de Aids (São Paulo 17 a 20 de maio de 2015). (Apresentação de trabalho/Congresso).

Apresentação de pôster no XIX Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto2015), 26 e 29 de agosto de 2015, Gramado/RS. (Apresentação de trabalho/Congresso).

X Congresso de HIV/Aids e III Congresso de Hepatites Virais, 17 a 20/11/2015, Jõao Pessoa/PB. (Apresentação de trabalho/Congresso).

MANCUZO, Alessandra. Avaliação da profilaxia oral pré-exposição em homens que fazem sexo com homens: estudo clínico de fase 1. 2017. Dissertação (Mestrado em Infectologia e Medicina Tropical) – Universidade Federal de Minas Gerais, 2017.

CARVALHO, Luisa Vilela. Avaliação da hepatite C no município de Belo Horizonte: prevalência, coeficiente de mortalidade, características sociodemográficas, notificação, vigilância e acesso ao diagnóstico e tratamento. Início: 2013. Iniciação Científica (Graduando em Graduação em Medicina) - Faculdade de Medicina da UFMG. (Orientador).

CARVALHO, Graziela Couto de. Avaliação da hepatite C no município de Belo Horizonte: prevalência, coeficiente de mortalidade, características sociodemográficas, notificação, vigilância e acesso ao diagnóstico e tratamento. Início: 2013. Iniciação Científica (Graduando em Graduação em Medicina) - Faculdade de Medicina da UFMG. (Orientador).

Aplicabilidade para o SUS:
Possibilidade de incluir a associação Lamivudina e Tenofovir como constituintes da PrEP no País, medicamentos já disponíveis no SUS, representando menor custo. Contribuição do relato dos participantes do estudo para implementação da PrEP.
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 20/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Jaila Dias Borges Lalawani
Período de Vigência:
2013-2016
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
ILMD-Fiocruz-AMAZONAS; IMTSP-USP; HEMOAM e SEMSA.
Introdução e Justificativa:
Os vírus linfotrópicos de células T humanas, tipos 1 e 2 (HTLV-1 e HTLV-2), são retrovírus, com ampla distribuição mundial, e é endêmico em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. A maioria dos estudos de prevalência do HTLV advém de doadores de sangue; no Brasil esta prevalência é 0,47%, e em Manaus, 0,14%. O vírus possui disseminação silenciosa, principalmente no seio familiar, especialmente entre casais e de mãe para filho. O HTLV-I apresenta sete subtipos virais, sendo o mais prevalente em regiões endêmicas o subtipo “a” Cosmopolita.
Objetivos:
Estudar o perfil epidemiológico da infecção pelo HTLV-1 e pelo HTLV-2 em doadores de sangue, de leite humano e gestantes da cidade de Manaus/AM.
Materiais e Métodos:
Para a pesquisa de anticorpos anti-HTLV1/2 utilizou-se o método de ELISA (MUREX HTLV I + II GE 80/81, Dia Sorin®). O teste confirmatório foi o nested PCR. Nos portadores da infecção por HTLV-1 foi quantificada a carga proviral e as células TCD4/TCD8. As amostras positivas para HTLV-1 foram submetidas ao sequenciamento e análise filogenética. Foi feita uma investigação epidemiológica em familiares dos portadores da infecção por HTLV que desejaram participar do estudo. Ao todo foram recrutados 1.712 indivíduos, incluindo doadores de sangue (12) com sorologia reagente para HTLV1/2, doadoras de leite humano (1.000) e gestantes (700).
Resultados - Parciais ou Finais:
A prevalência de HTLV na população de doadoras de leite e gestantes foi 0%. Dos 12 doadores de sangue com sorologia reativa para HTLV1/2, seis tiveram o diagnóstico molecular confirmado (5 HTLV-1 e 1 HTLV-2). Foi possível realizar a contagem de TCD4+ e TCD8+ em três doadores HTLV -1 positivos e três HTLV negativos, e não houve diferença significante entre esses grupos. A quantificação da carga proviral (CPV) foi realizada nos cinco indivíduos HTLV-I positivos, e em dois indivíduos foi possível detectar a CPV. Dos seis doadores positivos, três concordaram em convidar seus familiares para participar da investigação epidemiológica para averiguar o status sorológico da infecção por HTLV. A triagem sorológica para diagnóstico de HTLV- 1/2 foi feita nos cônjuges (3) destes doadores e na mãe de uma doadora. Entre os quatro familiares, um apresentou sorologia reagente para HTLV1/2. Este familiar é marido de uma doadora, e o diagnóstico molecular confirmou a infecção por HTLV-1. Este indivíduo teve CPV detectável. Este caso sugere uma possível transmissão sexual. Foi identificado o genótipo viral de três doadores e do marido de uma doadora – todos pertenciam ao subtipo Cosmopolita do subgrupo Transcontinental.
Conclusões:
Os resultados sugerem que a prevalência de HTLV1/2 em doadoras de leite e gestantes da cidade de Manaus é baixa, porém, levando-se em consideração que o índice de detecção do HIV em gestantes no Amazonas é o terceiro maior do País, seria relevante a triagem sorológica para HTLV durante o pré-natal de mulheres portadoras do HIV e outros agentes sexualmente transmissíveis. Nosso trabalho ressalta a necessidade de confirmação da infecção por HTLV em doadores de sangue com sorologia reagente, para que sejam aconselhados, avaliados periodicamente e haja o controle e prevenção da disseminação do vírus no seio familiar.
Palavras-Chave:
HTLV1/2. Grávidas. Doadores de sangue. Doadoras de leite humano. Amazonas.
Divulgação e/ou Publicações:

LEITE, Anne Marjorie de Oliveira. Avaliação de parâmetros imunológicos, virológicos e epidemiológicos de portadores da infecção pelo HTLV-1/2. 2014. Dissertação (Mestrado em Imunologia Básica e Aplicada) – Universidade Federal do Amazonas, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, 2014.

D’AVILA, Priscilla Soares. Prevalência de HTLV em gestantes atendidas em UBS de Manaus. 2015. Iniciação Científica. (Graduação em Medicina) – Universidade Federal do Amazonas, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, 2015. Orientadora: Jaila Dias Borges.

IRIE, Melina Ramana Bruce. Parâmetros clínicos e epidemiológicos de portadores da infecção pelo HTLV. 2015. Iniciação Científica. (Graduando em Farmácia) – Universidade Federal do Amazonas, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, 2015. Orientadora: Jaila Dias Borges.

TEIXEIRA, Carlos Eduardo Garcez. Prevalência de infecção por herpesvírus 8 humano (HHV-8) em indivíduos transfundidos na cidade de Manaus. 2014. Iniciação Científica – Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas. Orientadora: Jaila Dias Borges.

TEIXEIRA, Carlos Eduardo Garcez. Prevalência de HTLV-1/2 em nutrizes da cidade de Manaus. 2015. Iniciação Científica - Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas. Orientadora: Jaila Dias Borges.

Aplicabilidade para o SUS:
Devido aos modos de transmissão do HTLV, é preocupante o atual nível de desinformação acerca deste vírus no Brasil, inclusive entre profissionais de saúde. A partir dos resultados deste projeto, conhecemos, em parte, o perfil epidemiológico do HTLV-1/2 na cidade de Manaus; e foi possível sugerir ao Banco de Sangue do Amazonas (HEMOAM) a necessidade da implantação de um programa de aconselhamento dos indivíduos portadores da infecção por HTLV, identificados nessa instituição, tendo como um dos objetivos principais interferir na cadeia de transmissão do vírus no ambiente intrafamiliar. Outro desdobramento deste projeto, de grande relevância no âmbito da saúde pública em nossa região, foi iniciar a discussão da necessidade e viabilidade da inserção do teste sorológico para detecção de HTLV1/2 durante o pré-natal das gestantes assistidas no estado do Amazonas, bem como nos bancos de leite da cidade de Manaus, uma vez que não foi detectado nenhum caso da infecção por HTLV nesta população que participou do estudo. Outra importante aplicabilidade do nosso trabalho junto ao SUS foi a utilização do método de PCR para confirmar o diagnóstico de HTLV em doadores de sangue com sorologia positiva, uma vez que atualmente como teste confirmatório o HEMOAM utiliza o método de Western Blot, considerado de elevado custo em larga escala e subótimo.
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 20/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Ana Maria de Brito
Instituição:
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM); Fundação Oswaldo Cruz/Pernambuco.
Endereço:
Av. Professor Moraes Rego, s./nº, Cidade Universitária, Campus da UFPE, Recife, PE, Brasil.
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Programa ATITUDE da Secretaria Executiva de Políticas Sobre Drogas - Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude de Pernambuco; Programa Estadual de Controle de DST/Aids e Programa Estadual de Controle da Tuberculose da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco; Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (LACEN/PE) da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco; Secretaria Municipal de Saúde do Cabo de Santo Agostinho/PE; Secretaria Municipal de Saúde de Caruaru/PE; Secretaria Executiva de Promoção da Saúde de Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Mobilização Social de Jaboatão dos Guararapes/PE; Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura da Cidade do Recife/PE; Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID); Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Introdução e Justificativa:
O crack tornou-se uma preocupação nacional em decorrência do avanço de consumo nos últimos anos, de seu impacto na vida dos usuários, familiares e comunidade, tornando-se grande desafio para a saúde pública.
Objetivos:
Em decorrência da diversidade social e cultural do País, faz-se necessário conhecer os contextos locais para melhor enfrentamento do problema. Este estudo teve como objetivo conhecer o perfil dos usuários e a cultura de uso de crack, assim como as taxas de infecção pelo HIV, sífilis e hepatites virais dos usuários de crack, em Pernambuco.
Materiais e Métodos:
Estudo de corte-transversal, com amostra dos usuários de crack, por sexo, atendidos pelo Programa ATITUDE nos municípios do Recife, Jaboatão, Cabo e Caruaru, maiores de 18 anos, que usavam regularmente crack por qualquer via, e realizaram testes rápidos para detecção de HIV, sífilis e hepatites B e C.
Resultados - Parciais ou Finais:
Dos 1.062 entrevistados, 819 eram homens (77,1%), entre 18 e 34 anos (59,1%), negros (65, % pardos e 15,5% pretos). A análise por sexo mostrou diferenças significativas de muitas características: as mulheres são mais jovens (média = 27,3 anos), homens (média = 29,7 anos); têm menor escolaridade (13,6% ingressaram no Ensino Médio versus 21,6%, homens); maior proporção morava com companheiro (29,6% contra 16,8%); tiveram mais filhos (84,0% contra 58%). Entre as que têm filhos, 19% moram com eles (homens, 4%); maior envolvimento em trabalho sexual como fonte de renda (21,4% contra 2,4%), e na troca de sexo por dinheiro para comprar drogas (19,8% e 4,2%). Quanto ao consumo de crack, as mulheres iniciam o consumo mais jovens (26,7% antes dos 15 anos, e os homens, 15%); utilizam mais o crack apenas em cachimbos (26,3%), sem misturar a outras drogas, do que os homens (17,8%); e consumiam mais pedras por dia (27 versus 24); 45% das mulheres referiram ter trocado sexo por crack, contra 8% dos homens, que têm maior participação no tráfico em troca de crack. Cerca de 42% referiram mais de 10 parceiros sexuais no último ano; somente 24,6% usaram preservativo em todas relações. A quase totalidade (96,3%) sofreu algum tipo de violência: psicológica (83,6%), e/ou violência física (77,7%); 58,4% foram feridos com arma branca/fogo. As mulheres sofreram cinco vezes mais violência sexual (54,3% versus 10,6%). A prevalência da infecção HIV foi de 6,9% (IC95% 5,5-8,4), 17 vezes mais do que a estimada para a população brasileira (0,4%); a de sífilis, de 29,8% (27,2-32,8). Em relação à hepatite B, foi 4,3% (3,2-5,6), e a de hepatite C, 1,6% (0,9-2,4).
Conclusões:
Uma expressiva parcela de usuários de crack em Pernambuco vive em situação de rua, envolvidos com atividades ilícitas e/ou comercialização do sexo, em contexto de elevada vulnerabilidade individual, com maior exposição, tanto a situações de violência, como de riscos para infecção pelo HIV e outras IST, que se refletem nas prevalências obtidas de sífilis, hepatite B, hepatite C e HIV, superiores às estimadas para a população brasileira. Os dados também apontam para a necessidade de estratégias de prevenção e controle das IST que considerem a perspectiva das desigualdades de sexo.
Palavras-Chave:
Usuários de drogas. Cocaína. Crack. Soroprevalência de HIV. Sorodiagnóstico da sífilis. Hepatite B. Hepatite C.
Divulgação e/ou Publicações:

ALMEIDA, R. B. F. et al. Tratamento da dependência na perspectiva das pessoas que fazem uso de crack. INTERFACE - Comunicação, Saúde, Educação, v. 22, n. 66, p. 745-56, 2018.

SANTOS, Naíde Teodósio Valois; ALMEIDA, Renata Barreto Fernandes de; BRITO, Ana Maria de. Vulnerabilidade de usuários de crack ao HIV e outras doenças transmissíveis: estudo sociocomportamental e de prevalência no estado de Pernambuco. In: CADERNO DE APRESENTAÇÃO DE DADOS PRINCIPAIS (Pesquisa) - Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, [s.n.], 2016.

11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA – ABRASCO, Goiânia, ago./2015. Crack virado: análise do uso em um Programa de Proteção Social Especial – Programa Atitude do Estado de Pernambuco, Brasil (Resultados Preliminares). (Apresentação/Comunicação).

11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA – ABRASCO, Goiânia, ago./2015. Mudanças no padrão de consumo de crack após ingresso em Programa de Proteção Social Especial – Programa Atitude do Estado de Pernambuco, Brasil (Resultados Preliminares). (Apresentação/Comunicação).

CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHÃES, Fundação Oswaldo Cruz, Recife; Departamento de Medicina Preventiva, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo; Instituto de Medicina Tropical, Universidade de São Paulo (Apresentação/Comunicação).

CONGRESSO INTERNACIONAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA MULTIDISCIPLINAR DE ESTUDOS SOBRE DROGAS, Brasília, dez./2015. Avaliação dos usuários acerca de mudanças no padrão de consumo de crack após ingresso em Programa de Proteção Social Especial – Programa ATITUDE do Estado de Pernambuco. (Apresentação/Comunicação).

DEPARTAMENTO de Medicina Preventiva, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo; Departamento de Saúde Coletiva, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Pernambuco HPV in Rio 2016, Rio de Janeiro, Jul./2016. Antecedentes de DST e acesso a tratamento entre usuárias de crack de um estado do Nordeste brasileiro. [Certificado Melhor Trabalho Pôster].

HPV in Rio 2016, Rio de Janeiro, jul./2016: Antecedentes de DST e acesso a serviços de saúde para tratamento entre usuários de crack do estado de Pernambuco. (Pôster).

Realização de Seminário “Vulnerabilidade de usuários de crack ao HIV e outras doenças transmissíveis: estudo sociocomportamental e de prevalência no Estado de Pernambuco”, Recife, abril/2016.

V CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE DROGAS e o II SEMINÁRIO DE PESQUISA E EXTENSÃO EM ÁLCOOL E DROGAS, São João Del Rey, MG, nov./2015. Formas de consumo de crack entre usuários de Pernambuco. (Apresentação/Comunicação).

X CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST e VI CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS, SP: maio/2015. Prevalência de HIV e fatores associados em usuários de crack atendidos em um programa de proteção social especial – Programa ATITUDE do Estado de Pernambuco, Brasil (resultados preliminares). (Apresentação/Comunicação).

X CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST e VI CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS, SP: maio/2015. Sífilis em usuários de crack: estudo de prevalência em um programa de proteção social especial – Programa ATITUDE do Estado de Pernambuco, Brasil (resultados preliminares); (Apresentação/Comunicação).

ALMEIDA, Renata Barreto de. Caminho das pedras: cultura do uso de crack em Pernambuco. 2017. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2017.

JACQUES, Iracema de Jesus Almeida Alves. Relações sexuais desprotegidas entre usuários de crack no estado de Pernambuco. 2016. Dissertação (Mestrado Programa em Saúde Pública) – Fundação Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Recife, 2016.

SANTOS, Daianny de Paula. Situações de violência entre mulheres usuários de crack no Estado de Pernambuco. 2016. Monografia (Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva) – Fundação Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Recife, 2016.

SANTOS, Daianny de Paula. Fatores associados à violência de gênero e uso de drogas: um estudo sobre vulnerabilidade entre usuárias de crack no Estado de Pernambuco. Fundação Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Recife. [Em curso].

Aplicabilidade para o SUS:
Os achados obtidos nesta pesquisa revelam questões importantes a serem consideradas para maior cobertura e efetividade das ações de prevenção e assistência à saúde da população de usuários de crack em Pernambuco, entre os quais: foi observado um consumo de múltiplas drogas entre os usuários pesquisados, sendo elevado o consumo de álcool, tabaco, maconha, inalantes e cocaína. É importante ressaltar a redução de quase três vezes do consumo médio de pedras de crack após acessarem o Programa ATITUDE, além das mudanças positivas no padrão de uso. No que se refere ao uso de alguma outra droga para substituir ou diminuir os efeitos negativos do crack, quase metade dos usuários referiram usar a maconha com esse objetivo. Já em relação ao álcool, os usuários referiam usar tanto para aumentar o efeito do crack como para diminuir a fissura ou “nóia”. Assim como em pesquisas realizadas desde 2009 com a população usuária de crack no Recife, foi verificada forma peculiar de consumo da droga na região – o uso do virado. Esta droga é feita a partir da maceração do crack e da adição de ácido bórico, formando o borato de cocaína, que depois de seu aquecimento e raspagem após esfriamento, transforma-se num pó que é cheirado. Essa forma de uso traz consigo novas formas de exposição a infecções decorrentes do consumo de crack, associadas a lesões causadas na mucosa nasal, além do compartilhamento de canudos. O acesso a serviços da saúde e assistência social foi outro aspecto abordado, e verificou-se ainda baixo acesso a serviços da assistência social, além do Programa ATITUDE. Contudo, o percentual de acesso a CAPS e outros serviços de saúde foi mais elevado do que o observado no perfil nacional dos usuários de crack, o que pode estar relacionado aos encaminhamentos e articulação do Programa com a rede de saúde, apesar do acesso aos serviços de urgência e emergência ser maior que aos postos ou centros de saúde. Em relação a situações de maior vulnerabilidade para a infecção pelo HIV, sífilis e hepatites, observou-se que a maioria dos usuários compartilha cachimbos e canudos, além de já terem feito tatuagens e colocado piercings. A troca de sexo também se faz presente como uma alternativa para conseguir o crack sem dinheiro. Por outro lado, os usuários são referenciados pelo Programa ATITUDE para os Centro de Testagem e Aconselhamento do SUS (CTA), o que reflete no percentual observado de cobertura para testagem do HIV, mais elevado do que o verificado para a população geral e nos demais estudos realizados com esse subgrupo populacional. As prevalências de HIV e sífilis foram acima das observadas para a população geral, como verificado no perfil nacional dos usuários de crack. Contudo, a prevalência de tuberculose verificada foi a metade da observada no perfil nacional, podendo estar relacionada ao encaminhamento dos sintomáticos pelo ATITUDE para a rede de saúde para diagnóstico e tratamento. A prevalência de violência sofrida pelos usuários de crack nos mostra uma população extremamente vulnerabilizada, assim como o quantitativo que já foram presos ou detidos, especialmente por assalto e roubo, meios que utilizam para conseguir a droga, mas também por tráfico, uso e posse de drogas. As mulheres, mesmo em menor número, precisam de um olhar diferenciado, observando as peculiaridades em seu perfil. Apresentam elevada prevalência de troca de sexo por droga, de violência sexual e de sífilis e HIV, bem acima do observado para os homens. Quanto ao Programa ATITUDE, ação governamental no campo da proteção social, com base nas diretrizes do SUAS (Sistema Único de Assistência Social), convivência comunitária, redução de danos e exercício da cidadania, os achados nos mostram que pode ser uma importante estratégia na constituição de redes de cuidado para usuários de crack e de outras drogas, incluindo o controle de doenças infecciosas mais prevalentes nessa população.
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 20/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Aldemir Branco de Oliveira Filho
Período de Vigência:
2014-2016
Situação:
Concluída
Introdução e Justificativa:
O uso de drogas ilícitas tornou-se um importante problema de saúde pública no mundo. No Brasil, o uso de drogas ilícitas aumentou consideravelmente nas últimas décadas. Por consequência, o Brasil tornou-se a segunda maior área de consumo de cocaína no mundo, tornando-se, inclusive, área epidêmica de derivados da cocaína, como: crack e pasta de cocaína. Atualmente, a caracterização epidemiológica da população de usuários de drogas ilícitas (UD) é uma ferramenta importante para combater e controlar a dependência química. Por outro lado, as infecções pelo vírus da hepatite B (HBV) e vírus da hepatite C (HCV) também representam importantes problemas de saúde pública. Os UD estão expostos às infecções virais e constituem potenciais e perigosos reservatórios de vírus para seus parceiros sexuais, compartilhadores de drogas e, em geral, para a sociedade; e ainda são escassas informações sobre as infecções pelo HBV e HCV nesse grupo no Norte do Brasil.
Objetivos:
Determinar as prevalências, as frequências genotípicas e os fatores associados às infecções pelo HBV e HCV em UD, no Pará, Amazônia Brasileira.
Materiais e Métodos:
A pesquisa foi desenvolvida em duas etapas: (1) Coleta/Diagnóstico; e (2) Análise/Divulgação. A 1a etapa foi constituída pela coleta de informações e amostras biológicas e diagnóstico das infecções pelo HBV e HCV em usuários de drogas ilícitas, oriundos de diversas clínicas de tratamento de dependência química e em áreas de consumo de drogas em 19 municípios no estado do Pará. As amostras foram avaliadas para presença de antígeno (HBsAg), anticorpos (anti-HBc, anti-HBs e anti-HCV) e material genético do HBV e HCV por ELISA e PCR em tempo real. As informações foram coletadas por meio de entrevista face a face utilizando formulário estruturado. Já a 2a etapa, foi constituída pela análise dos dados coletados na 1a fase e divulgação dos resultados do estudo. A identificação de fatores associados às infecções virais foi realizada por regressões logísticas simples e múltiplas. A genotipagem viral foi realizada por PCR em tempo real (HBV) e sequenciamento de nucleotídeos seguida de análise filogenética (HCV).
Resultados - Parciais ou Finais:
No total, 1.029 usuários de drogas foram abordados neste estudo. Entretanto, somente 927 (90,1%) aceitaram fornecer informações e material biológico. A maioria (n = 574) deles foi selecionada em área de tráfico e comércio de drogas nos municípios paraenses; o restante, (n = 327), em clínicas para tratamento de dependência química. A maioria dos usuários pertencia ao sexo masculino (76,5%); possuía até 10 anos de estudos (60,8%); disponibilizava de renda mensal de até três salários mínimos (81,1%); e se declarou heterossexual (88,6%). Todos os usuários utilizavam, preferencialmente, drogas não injetáveis. Entretanto, 119 (13,2%) usuários já experimentaram pelo menos uma vez na vida alguma droga injetável. Além disso, muitos usuários (82,5%) relataram já ter utilizado mais de uma droga ilícita durante a vida. Sendo assim, os usuários de drogas ilícitas foram agrupados de acordo com a droga utilizada frequentemente: crack/oxi (31,7%), maconha (15,6%), maconha + pasta de cocaína (17,4%), pasta de cocaína (13,2%), cocaína em pó (10,8%), maconha + crack (10,6%) e outros (0,7%). Em 927 UD, 294 (31,7%) UD apresentaram marcadores sorológicos indicativos de exposição ao HBV (HBsAg, Anti-HBc e Anti-HBs), dos quais 71 (7,7%) UD apresentaram HBV-DNA. Os genótipos A (45,1%), D (32,4%) e F (22,5%) foram identificados. Oito fatores associados à infecção pelo HBV foram identificados: gênero masculino, idade ≥ 35 anos, tatuagem, uso de droga injetável, uso de drogas superior a três anos, sexo desprotegido, múltiplos parceiros sexuais e relação sexual com outro UD. Em 927 UD, 240 (25,9%) apresentaram resultados sorológicos indicativos de exposição ao HCV (anti-HCV positivo ou indeterminado), dos quais 148 (16,0%) UD apresentaram cDNA-HCV. Os genótipos 1 (78,4%), 2 (1,3%) e 3 (20,3%) foram identificados. Cinco fatores associados à infecção pelo HCV foram identificados: tatuagem, uso de droga injetável, uso compartilhado de equipamentos para consumo de drogas, uso de drogas superior a três anos e uso diário de drogas. As informações coletadas foram utilizadas para o desenvolvimento de trabalhos acadêmicos, apresentações de trabalhos em eventos científicos e publicações em revistas e livros especializados, assim como relatórios técnicos estão sendo enviados e discutidos com secretarias de saúde de diversos municípios paraenses.
Conclusões:
O estudo revelou importantes informações epidemiológicas sobre as infecções pelo HBV e HCV em UD que poderão ser utilizados para planejamento e execução de estratégias de controle e de prevenção às infecções virais, assim como para o direcionamento de medidas de assistência à saúde em UD no Pará.
Palavras-Chave:
Hepatites virais. Uso de drogas. Epidemiologia.
Divulgação e/ou Publicações:

ANDRADE, A. P. et al. Characterization of hepatitis B virus infection among illicit drug users in the Marajó Archipelago, northern Brazil. Archives of Virology, v. 162, n. 1, p. 227-233, 2017. DOI: 10.1007/s00705-016-3060-z.

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Epidemiological aspects of HIV-1 infection amongst illicit drug users in the Marajó Archipelago, Brazilian Amazon. Abstracts of the HIV Drug Therapy in the Americas. Journal of the International AIDS Society, v. 17, 2014. (Suppl. 1). Disponível em: .

OLIVEIRA-FILHO, A.B. et al. Epidemiological aspects of HCV infection in non-injecting drug users in the Brazilian state of Para, eastern Amazon. Virology Journal, n. 38, v. 11, 2014.

PACHECO, S.D. B. et al. Prevalence of HCV infection and associated factors among illicit drug users in Breves, State of Pará, northern Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 47, p. 367-370, 2014.

GASPAR, Izadora R. et al. Epidemiology of hepatitis B virus infection among non-injecting drug users in the state of Pará, Brazilian Amazon. In: REID, T. (Ed.). Substance Abuse: Influences, Treatment Options and Health Effects (ISBN: 978-1-63485-612-6). Series: Substance Abuse Assessment, Interventions and Treatment. Nova Science, New York NY, USA, 2016. p. 95-108. Disponível em: .

SOUSA, Ronaldo Adriano C. et al. Syphilis among illicit drugs users in the state of Pará, Brazilian Amazon. In: Tropical Medicine. Telangana, India: Avid Science, 2017. Disponível em: .

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Characteristics and health indicators of cocaine users and their derivatives in municipalities of the Brazilian Amazon: initial report. In: Drug Addiction. Telangana, India: Avid Science (In construction).

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Aspectos epidemiológicos da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) em usuários de drogas ilícitas no município de Breves, Pará, Norte do Brasil. In: XVII CONGRESSO MÉDICO AMAZÔNICO, 2014, Belém PA, Brasil. Anais... Belém, PA: Sociedade Médico-Cirúrgica do Pará, 2014, v. 17, SCE 104. (Publicação de trabalho/Anais).

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Prevalência e fatores associados à infecção pelo HCV entre usuários de drogas ilícitas no município de Curralinho, Pará. In: XVII CONGRESSO MÉDICO AMAZÔNICO, 2014, Belém, PA, Brasil. Anais: Sociedade Médico-Cirúrgica do Pará, 2014, v. 17, SCE 227. (Publicação de trabalho/Anais).

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Prevalência e fatores associados à infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) entre usuários de drogas ilícitas no Arquipélago do Marajó, Norte do Brasil. In: XVII CONGRESSO MÉDICO AMAZÔNICO, 2014, Belém/PA, Brasil. Anais... Belém/PA: Sociedade Médico-Cirúrgica do Pará, 2014, v. 17, SCE 102. (Publicação de trabalho/Anais).

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Caracterização da infecção pelo vírus da hepatite C em usuários de drogas no Arquipélago do Marajó, Pará, Amazônia Brasileira. In: 51º CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, Fortaleza, CE, 2015. Anais... MedTrop 2015. (Publicação de trabalho/Anais).

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Prevalência de infecção oculta pelo vírus da hepatite B entre usuários de drogas ilícitas no estado do Pará, Amazônia Brasileira. In: 51º CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, Fortaleza, CE, 2015. Anais... MedTrop 2015. (Publicação de trabalho/Anais).

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Prevalência de infecções pelos vírus da hepatite C e vírus da imunodeficiência humana em usuários de drogas ilícitas no município de Marituba, Pará. In: 51º CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, Fortaleza (CE), 2015. Anais... MedTrop 2015(Publicação de trabalho/Anais).

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Prevalência e distribuição de genótipo do vírus da hepatite B em usuários de cocaína e seus derivados no município de Bragança, Pará. In: ANAIS DO 22º CONFERÊNCIA MUNDIAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE. SAÚDE E SOCIEDADE (ISSN: 0104-1290), 25 (Sup.1), p. 1667-1668. Curitiba, Paraná, 2016. (Publicação de trabalho/Anais).

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Prevalência de infecções pelos vírus da hepatite C e vírus da imunodeficiência humana entre usuários de cocaína e seus derivados no município de Bragança, Pará. In: ANAIS DO 22º CONFERÊNCIA MUNDIAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE. SAÚDE E SOCIEDADE (ISSN: 0104-1290), 25 (Sup. 1), p. 170. Curitiba, Paraná, 2016. (Publicação de trabalho/Anais).

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Prevalência e fatores associados à infecção pelo HIV-1 em usuários de drogas ilícitas no município de Curralinho, Pará. V Congresso Online - Gestão, Educação e Promoção da Saúde, 2016. (Apresentação de trabalho/Congresso).

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Prevalência e fatores associados à infecção pelo HBV entre usuárias de drogas ilícitas no Pará, Amazônia Brasileira. In: 52º CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, Maceió, Alagoas, 2016. (Apresentação de trabalho/Congresso).

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Genótipos do HBV e mutações de resistência antiviral em usuárias de drogas ilícitas no Pará, Amazônia Brasileira. In: 52º CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, Maceió, Alagoas, 2016. (Apresentação de trabalho/Congresso).

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Prevalência e fatores associados à infecção pelo Treponema pallidum entre usuários de drogas ilícitas no município de Capanema, Pará, Brasil. In: 52º CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, Maceió, Alagoas, 2016. (Apresentação de trabalho/Congresso).

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Genótipos e mutações de resistência antiviral em usuários de drogas ilícitas com infecção oculta pelo HBV no Pará, Brasil. In: 52º CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, Maceió, Alagoas, 2016. (Apresentação de trabalho/Congresso).

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Prevalência de infecções pelo HTLV-1 e HTLV-2 em usuários de drogas ilícitas no Pará, Norte do Brasil. In: XX CONGRESSO BRASILEIRO DE INFECTOLOGIA, Rio de Janeiro, RJ, 2017. (Apresentação de trabalho/Congresso).

OLIVEIRA-FILHO, A. B. et al. Prevalência e fatores associados à infecção pelo Treponema pallidum em usuários de drogas ilícitas no Pará, Norte do Brasil. In: XX CONGRESSO BRASILEIRO DE INFECTOLOGIA, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017. (Apresentação de trabalho/Congresso).

ANDRADE, Andréia Pereira. Epidemiologia da infecção pelo HBV em usuários de drogas ilícitas no Arquipélago do Marajó, Norte do Brasil. 2015. (Licenciatura em Ciências Naturais), Universidade Federal do Pará, Belém, 2015.

CAVALCANTE, Romário Reis. Características sociodemográficas, econômicas, de saúde e relacionadas ao uso de drogas entre usuários de cocaína e seus derivados nos municípios de Capanema e Castanhal, nordeste do Pará. 2017. (Licenciatura em Ciências Naturais), Universidade Federal do Pará, Belém, 2017.

DAMASCENO, Jailson das Merces. Características, padrões e determinantes em saúde de usuários de crack no município de Capanema, Pará. 2017. Trabalho de conclusão de curso. (Licenciatura em Ciências Naturais), Universidade Federal do Pará, Belém, 2017.

GASPAR, Izadora Rodrigues. Infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) em usuários de drogas não injetáveis no estado do Pará, Amazônia Brasileira. 2015 (Licenciatura em Ciências Naturais), Universidade Federal do Pará, Belém, 2015.

MAGALHÃES, Maria Jaqueline Oliveira. Prevalência e fatores associados à infecção pelo HIV-1 entre usuários de drogas não injetáveis no estado do Pará, Amazônia Brasileira. 2015. (Licenciatura em Ciências Naturais), Universidade Federal do Pará, Belém, 2015.

MARQUES, Eliezer Dourado. Prevalência e fatores associados à sífilis entre usuários de drogas ilícitas no Pará. 2016. (Licenciatura em Ciências Naturais), Universidade Federal do Pará, Belém, 2016.

NASCIMENTO, Cleberson P. Caracterização dos usuários de cocaína e seus derivados nos municípios de Marabá e Parauapebas, Pará. 2017. (Licenciatura em Ciências Naturais), Universidade Federal do Pará, Belém, 2017.

PACHECO, Suzy Danielle Barbosa. Prevalência e fatores associados à infecção pelo HCV entre usuários de drogas ilícitas no município de Breves, Pará, Norte do Brasil. (Licenciatura em Ciências Naturais), Universidade Federal do Pará, Belém, 2014.

PINTO, Viviane de Sousa. Prevalência e fatores associados à infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) em usuários de drogas ilícitas no município de Breves, Pará. (Licenciatura em Ciências Naturais), Universidade Federal do Pará, Belém, 2015.

REIS, Elizá do Rosário. Padrões, barreiras e determinantes para uso de serviços por usuários de drogas ilícitas em Bragança, Pará. (Licenciatura em Ciências Naturais), Universidade Federal do Pará, Belém, 2015.

RIBEIRO, Gladison das Chagas. Prevalência e fatores associados à infecção pelo HIV em usuários de drogas ilícitas no município de Curralinho, Pará. 2016. (Licenciatura em Ciências Naturais), Universidade Federal do Pará, Belém, 2016.

SANTOS, Francisco Junior Alves dos. Perfil social, demográfico, econômico e de saúde em usuários de drogas ilícitas em municípios paraenses, Norte do Brasil. 2016. (Licenciatura em Ciências Biológicas), Universidade Federal do Pará, Belém, 2016.

SANTOS, Otávio Nascimento dos. Aspectos epidemiológicos da infecção pelo HCV em usuários de drogas ilícitas no município de Curralinho, Pará, Norte do Brasil. (Licenciatura em Ciências Naturais), Universidade Federal do Pará, Belém, 2014.

SILVA, Fabrício Quaresma. Infecção oculta pelo HBV entre usuários de drogas ilícitas no Pará, Norte do Brasil. 2016. (Licenciatura em Ciências Biológicas), Universidade Federal do Pará, Belém, 2016.

SOUSA, Ronaldo Adriano da Costa. Sífilis entre usuários de drogas ilícitas no estado do Pará, Amazônia Brasileira. 2017. (Licenciatura em Ciências Naturais), Universidade Federal do Pará, Belém, 2017.

ANDRADE, Andreia Pereira. Prevalência e fatores associados às infecções pelo HBV e HBV-HCV em usuários de drogas ilícitas no Arquipélago do Marajó. PIBIC-UFPA 2013/2014.

SANTOS, Francisco Junior Alves dos. Características sociodemográficas, econômicas, de saúde e relacionadas ao uso de drogas entre usuários de cocaína em dois municípios paraenses, Norte do Brasil. PIBIC-CNPQ 2014/2015.

SILVA, Fabricio Quaresma. Caracterização da infecção oculta pelo vírus da hepatite B (HBV) entre usuários de drogas ilícitas no estado do Pará, Amazônia Brasileira. PIBIC-CNPq 2014/2015.

CORDEIRO, Ana Caroline Costa. Prevalência e fatores associados à infecção pelo HBV em usuárias de drogas ilícitas no estado do Pará, Amazônia Brasileira. 2016. (Residência Multiprofissional em Saúde da Mulher e da Criança), Universidade Federal do Pará, Belém, 2016.

SOUZA, Andreia Polliana Castro de. Prevalência e fatores associados às infecções pelos retrovírus HIV-1 e HTLV-1/2 em usuárias de drogas ilícitas no Pará, Amazônia Brasileira. 2017. (Residência Multiprofissional em Saúde da Mulher e da Criança), Universidade Federal do Pará, 2017. (Em desenvolvimento.).

Aplicabilidade para o SUS:
Os resultados deste estudo poderão ser utilizados pela comunidade científica e, principalmente, pelas autoridades de saúde local, regional e nacional para o planejamento de estratégias e políticas públicas de prevenção, controle e tratamento ao uso de drogas ilícitas e, sobretudo, às hepatites virais. Especificamente, as informações deste trabalho poderão contribuir com informações precisas para a próxima agenda estratégica da Secretaria de Vigilância em Saúde no Estado do Pará: a) elaboração do plano de redução de risco e vulnerabilidade às hepatites virais para as pessoas que usam drogas ilícitas; b) direcionamento do atendimento com medicamentos a população para tratamento das pessoas portadoras de hepatites virais.
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 20/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Luís Cristóvão Moraes Sobrino Pôrto
Período de Vigência:
2013-2016
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
UERJ - Hospital Universitário Pedro Ernesto; Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP).
Introdução e Justificativa:
A testagem de HIV com testes rápidos (TR) é importante para a expansão do diagnóstico. Os TR adotados no País utilizam sangue total, obtido por punção da polpa digital (PD) e fluido oral (FO). O TR permitiu que a testagem do HIV fosse realizada fora das Unidades de Saúde (US). É importante observar que no modelo anterior, em que o resultado não era imediato, havia uma perda de 20% a 25% de indivíduos que não retornavam à US. Apesar dos progressos, a expansão do diagnóstico do HIV só será realmente eficaz quando associada à retenção do indivíduo HIV positivo, a fim de garantir sua assistência de saúde. É possível que uma parcela da população brasileira não tenha acesso ao diagnóstico do HIV. No que concerne a este projeto, é particularmente interessante o contingente que aguarda atendimento em laboratórios. Neste cenário, as oportunidades para intervenções são múltiplas. Assim, foi proposta uma intervenção para avaliar algoritmo de testagem utilizando TR associado à quantificação rápida de linfócito T CD4+ em indivíduos positivos.
Objetivos:
Avaliar algoritmo de TR para HIV, empregando TRPD e TRFO; avaliar a eficácia de utilizar a testagem rápida de linfócitos T CD4+ para determinar a carga viral seguido por agendamento de consulta em US; avaliar a preferência e/ou aceitação dos TR.
Materiais e Métodos:
Os voluntários foram testados em duas situações: laboratório do SUS e no campus de uma Universidade. Foi aplicado um questionário para avaliar a experiência com o TR antes e após a testagem. Os indivíduos com resultado negativo foram liberados, e aqueles positivos foram encaminhados para aconselhamento, quando foi realizada a quantificação rápida de CD4 (PIMA, Alere S.A.). Seguiu-se agendamento para consulta clínica. Como padrão-ouro, foram realizados testes sorológicos (ELISA+WB/NAT). Os indivíduos com mais de 18 anos de idade e que aceitaram participar do estudo assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Pedro Ernesto.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram recrutados 2.105 participantes. A preferência prévia foi: 459 (21,8%) TRFO, 254 (12,1%) TRPD e 1.392 (66,1%) não tiveram preferência pelos testes. Após a vivência, do grupo cuja preferência prévia era pelo TRFO, 332 (72,3%) mantiveram a preferência, enquanto 24 (5,2%) e 103 (22,4%) mudaram suas opções para TRPD ou para não ter preferência, respectivamente. Do grupo cuja preferência prévia era pelo TRPD, 156 (61,4%) mantiveram a opção, e 41 (16,1%) e 57 (22,4%) mudaram suas opções para TRFO e para a não ter preferência, respectivamente. Entre os que não tinham preferência prévia, 226 (16,2%) e 122 (8,8%) optaram pelo TRFO e TRPD, respectivamente. Ao final, 599 (28,5%) preferiram TRFO, 302 (14,3%) preferiram TRPD e 1.204 (57,2%) não tiveram preferência pelos testes. Entre os voluntários que tiveram a preferência final pelo TRFO, 85,8% relataram ser um teste mais confortável/menos doloroso, e dos que optaram pelo TRPD, 57,6% acreditam ser este mais confiável.
Conclusões:
Estes resultados mostram uma aceitabilidade do TRFO comparável ou superior ao TRPD. O TRFO é um teste não invasivo e abre a oportunidade de expansão do diagnóstico através da estratégia de autotestagem. Estas contribuições poderão subsidiar intervenções do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério nas áreas de diagnóstico e vigilância de HIV/Aids.
Palavras-Chave:
HIV. Teste rápido. Autotestagem.
Divulgação e/ou Publicações:

11º Congresso de HIV/Aids e 4 Congresso de Hepatites Virais. (Apresentação de trabalho/Pôster).

Aplicabilidade para o SUS:
Estas contribuições poderão subsidiar intervenções do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde nas áreas de diagnóstico e vigilância de HIV/Aids.
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 20/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Demócrito de Barros Miranda Filho
Instituição:
Universidade de Pernambuco (UPE); Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde.
Endereço:
Rua Arnóbio Marques, 310, Santo Amaro, Recife, PE, Brasil.
Período de Vigência:
2014-2018
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
London School of Hygiene and Tropical Medicine; University of London; Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde (IATS).
Introdução e Justificativa:
O diagnóstico da infecção pelo HIV é prioridade das políticas de saúde, por favorecer o acesso à terapia antirretroviral (ARV), levando ao melhor prognóstico e controle da transmissão. Por outro lado, avaliar o custo-efetividade dos esquemas ARV em uso é também importante para orientar decisões futuras quanto aos esquemas preferenciais.
Objetivos:
Este é um estudo bidirecional para estimar razões custo-efetividade da expansão do teste rápido para diagnóstico da infecção pelo HIV (TR-HIV) para as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e dos regimes ARV iniciais oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento de pessoas vivendo com HIV/Aids (PVH) no Recife.
Materiais e Métodos:
O estudo divide-se metodológica e operacionalmente em dois eixos: 1) o “componente diagnóstico” compara grupos de indivíduos testados pelo teste convencional (TC) e pelo TR-HIV quanto ao tempo de acesso ao diagnóstico, à primeira consulta no SAE e aos resultados de CD4 e CV, e quanto ao valor do CD4 e à presença de sintomas de Aids; 2) para o “componente ARV”, o estudo é de coorte bidirecional, para verificar os benefícios da TARV (6 meses e 1 ano após início); quanto à efetividade virológica; recuperação imune; eventos clínicos; efeitos adversos de curto e longo prazo; razões para troca de ARV. Para comparar os grupos serão aplicadas técnicas de análise de coorte ou de caso controle, quando necessário. Para estimar custos financeiros e econômicos utiliza-se o método de micro-costing, e para análise da razão custo-efetividade serão avaliados os esquemas iniciais de ARV e os esquemas subsequentes usados no período estudado. O ponto de vista da análise é o SUS e será feita análise de sensibilidade probabilística para IC de 95 %. O projeto encontra-se em fase de finalização. Parte dos resultados refere-se a duas dissertações de mestrado recentemente concluídas: uma delas com objetivo de identificar fatores associados à modificação de ARV por eventos adversos. Foi um estudo caso-controle, realizado em dois serviços de referência de Recife/PE.
Resultados - Parciais ou Finais:
Identificamos que 1/4 das modificações de ARV ocorridas no primeiro ano de tratamento foram por eventos adversos. O tempo mediano decorrido entre o início dos ARV e a modificação por eventos adversos foi pouco maior que dois meses. Os principais eventos adversos foram dermatológicos, neuropsiquiátricos e gastrointestinais, sendo os dermatológicos os mais precoces. O Efavirenz foi a droga mais prescrita e a mais modificada no período de estudo. Na análise multivariada encontramos associação entre o uso de esquema contendo AZT e mudança de ARV por eventos adversos. A outra dissertação comparou um grupo de pessoas que tiveram diagnóstico de infecção pelo HIV pelo TC com outro que fez o TR no CTA de Recife. O tempo entre o resultado do teste anti-HIV e a primeira consulta com o infectologista foi menor no grupo de TR. No grupo do TR, o tempo entre a testagem e o resultado da contagem de CD4 e de CV também foi menor do que no grupo do TC. Valor mediano de CD4 no grupo do TR foi maior do que no grupo do TC. Não houve diferença entre os grupos quanto à condição clínica na primeira consulta. Há diferença de custo entre os dois testes, favorecendo o TR.
Conclusões:
Eventos adversos mais frequentes foram dermatológicos, neuropsiquiátricos e gastrointestinais. Na análise multivariada, o uso do esquema antirretroviral com AZT foi associado à mudança de TARV por eventos adversos. O TR no CTA reduz de forma significante o tempo para a primeira consulta com o infectologista do SAE e para a realização dos exames de CD4 e CV, com menor custo, confirmando ser vantajoso para o paciente, bem como para o SUS. Outras duas teses de doutorado que completam os estudos derivados deste projeto estão em fase de análise de dados e devem complementar as conclusões ora apresentadas.
Palavras-Chave:
HIV. Terapia antirretroviral. Sorodiagnóstico HIV. Economia da saúde. Custo-efetividade.
Divulgação e/ou Publicações:

MIRANDA-FILHO, Demócrito de Barros et al. Does rapid HIV testing result in an early diagnosis and reduce the waiting time for patients to receive medical care? AIDS. Care, p. 1-7, Aug. 2017. DOI: 10.1080/09540121.2017.1360996. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1080/09540121.2017.1360996.

AZEVEDO, Larissa Negromonte. Fatores associados à suspensão ou modificação da Terapia Antirretroviral inicial por eventos adversos em pacientes com HIV/Aids. 2017. Orientador: Demócrito de Barros Miranda Filho. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2017.

CAVALCANTI, Aracele Tenório de Almeida e. Efetividade e custos financeiros e econômicos dos diferentes esquemas antirretrovirais para o tratamento de pessoas vivendo com HIV no Estado de Pernambuco. 2018. Orientador: Demócrito de Barros Miranda Filho. 2018. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2018.

DESDOBRAMENTO do projeto original em cinco projetos vinculados ao Convênio e ao Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde e orientado por pesquisadores da Equipe do Projeto/Convênio.

FALCÃO, Ilka Veras. Avaliação dos benefícios clínicos e dos custos financeiros e econômicos da expansão do teste rápido para HIV nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Recife-PE. Orientador: Demócrito de Barros Miranda Filho. 2018. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2018.

LIMA, Rosário Antunes Fonseca. Adesão à terapia antirretroviral em pessoas que vivem com HIV/AIDS e fatores associados à não adesão: um estudo em serviços de referência do Recife. Orientador: Ricardo Arraes de Alencar Ximenes. 2018. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2018.

MOURA, Priscila Santos Leal. Comparação entre dois métodos de diagnóstico da infecção pelo HIV e estimativa econômica e financeira do Teste Convencional e do Teste Rápido em um centro de testagem e aconselhamento. Orientador: Demócrito de Barros Miranda Filho. Mestrado do Programa Associado de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2017.

Aplicabilidade para o SUS:
Os resultados serão úteis para orientar políticas públicas no que se refere ao diagnóstico e ao tratamento da infecção pelo HIV, de forma racional e com base em dados de nossa realidade.
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 20/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Liz Cunha de Oliveira
Instituição:
Universidade Católica de Brasília (UCB).
Endereço:
Campus I, QS 07, Lote 01, EPCT, Águas Claras - Brasília, DF| Campus Avançado Asa Norte, SGAN 916 Módulo B Avenida W5, Brasília, DF.
Homepage:
Período de Vigência:
2013-2018
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Gerência de DST/Aids da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (DF).
Introdução e Justificativa:
A presença de vírus na corrente circulatória, em especial o vírus da hepatite B (HVB), vírus da hepatite C (HCV), atribuem um risco de exposição ocupacional entre os prestadores de serviços em salões de beleza, notadamente as manicures e suas clientes.
Objetivos:
Avaliar o conhecimento, atitude e prática das manicures em relação às hepatites B e C no Distrito Federal (DF).
Materiais e Métodos:
Trata-se de um inquérito avaliativo usando o método “Conhecimento Atitude e Prática” (CAP). O instrumento de coleta foi um questionário autoaplicável, estruturado em cinco blocos: dados sociodemográficos; as variáveis de conhecimentos, de atitudes; as práticas para prevenir a hepatite; e, por fim, os fatores de risco para hepatite. Foi submetido a avaliadores e estudiosos sobre o tema. A amostra foi estratificada nas sete regiões de saúde do Distrito Federal (DF); em cada região foram incluídas 100 manicures; a coleta de dados ocorreu no próprio local de trabalho das manicures. A análise de dados foi por frequência e percentual.
Resultados - Parciais ou Finais:
Responderam ao questionário 700 manicures, porém 67 questionários foram excluídos por incompletude, permanecendo então 633 questionários respondidos na íntegra. Quanto ao sexo, 630 eram do sexo feminino, e três do sexo masculino; quanto à qualificação profissional, 412 (65,1%) dos entrevistados não realizaram nenhum curso de capacitação para ser manicure.
Conclusões:
Verificou-se que os conhecimentos, as atitudes e a prática na população estudada são inadequadas. Surge a necessidade de promover a educação em Saúde.
Palavras-Chave:
CAP. Conhecimento atitude e prática em saúde. Hepatite B/transmissão. Hepatite C/transmissão. Precauções universais. Manicure. Biossegurança. Centros de beleza e estética. Exposição a agentes biológicos/prevenção e controle.
Divulgação e/ou Publicações:

ANDRADE, Ana Caroline Maia de. Conhecimento atitude e prática sobre hepatites B e C por manicures e pedicures do Núcleo Bandeirante-DF. (Concluído).

BARROSO, Rayssa Martins Braga Alves. Conhecimento, atitude e prática sobre hepatite B e C por manicures da Asa Sul-DF. (Concluído/2014).

BISPO, Gustava da Silva Batista. Conhecimento, atitudes e prática sobre hepatite B e C por manicures do Recanto das Emas-DF. (Concluído/2013).

CELESTINO, Aline Pereira. Conhecimento atitude e práticas sobre hepatites B e C por manicures de Brazilândia. (Concluído/2014).

FEITOSA, Dryelle Cristina da Costa. Conhecimento atitude e prática sobre hepatites B e C por manicures e pedicures de Taguatinga-DF. (Concluído).

FEITOSA, Natália Thayse A. Conhecimento, atitude e prática, sobre hepatites b e c por manicures e pedicures de Brasília-DF. (Concluído/2014).

FERREIRA, Azilene Lopes. Conhecimento, atitude e prática sobre hepatite B e C por manicures de Samambaia-DF. (Concluído/2013).

FREITAS, Naianne Carneiro de. Conhecimento atitude e prática sobre hepatites B e C por manicures e pedicures do Riacho Fundo-DF. (Concluído/2014).

MORAES, Carol Romeiro. Conhecimento, atitudes e prática sobre hepatite B e C por manicures do Guará-DF. [Em andamento].

PEDROSA, Yara Vasques. Conhecimento, atitudes e práticas das manicures, pedicures sobre Hepatites B e C nos salões de beleza de Santa Maria - DF. (Concluído/2013).

SILVA, Francilene Trajano da. Conhecimento, atitudes e prática sobre hepatite B e C por manicures do Brasilândia-DF. [Em andamento].

Aplicabilidade para o SUS:
O hábito de retirar as cutículas das unhas é uma prática cultural típica do Brasil e pode ser um fator importante de contaminação das hepatites B e C, devido ao risco de transmissão; e isto potencializa-se quando manicures e pedicures desconhecem e não utilizam medidas de biossegurança. Com esta pesquisa, observou-se um grande grau de desinformação e a necessidade desta parcela de profissionais de terem acesso à informação sobre hepatite B e C – uma temática de importância fundamental para a saúde pública. As secretarias de Saúde dos Estados e Municípios devem estar atentas a estas profissionais. Quanto maior conhecimento sobre esta doença, menor o risco de transmissão em salões de beleza.
Edital/Chamamento:
Chamamento Público nº 20/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Lirane Elize Defante Ferreto de Almeida
Instituição:
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Curso de Medicina; Campus de Francisco Beltrão.
Endereço:
Rua Maringá, 1200, Vila Nova, Francisco Beltrão, PR, Brasil.
Período de Vigência:
2013-2018
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Departamento Penitenciário do Estado do Paraná; Universidade de São Paulo; Curso de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto/SP.
Introdução e Justificativa:
Pessoas submetidas às penas de privação de liberdade podem ser considerados de alto risco para infecção do Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) e hepatites virais, devido às condições oportunistas encontradas dentro das prisões para a propagação de doenças, por exemplo, superlotação, promiscuidade, sexo desprotegido em relações homossexuais, a partilha de lâminas de barbear, para uso de drogas ilícitas e a tatuagem em condições inseguras.
Objetivos:
Medir a prevalência de HIV e hepatite B e C e suas associações em presos do sistema prisional do Paraná.
Materiais e Métodos:
Levantamento epidemiológico transversal para infecção pelo vírus da hepatite C realizado em nove penitenciárias masculinas do Paraná no período de maio de 2015 a dezembro de 2016. O estado do Paraná apresenta 23 estabelecimentos penitenciários masculinos fechados, com uma população carcerária de 16.657 homens encarcerados em regime fechado. Os estágios da investigação incluíram aconselhamento, informações sobre intervenção, orientação sobre infecções sexualmente transmissíveis, Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para a coleta de dados e amostragem de sangue para o teste de marcadores para hepatite B, C e HIV realizada em um laboratório certificado. No caso do HIV, para os casos positivos foi realizado um segundo exame Wester Bloot. A análise dos dados foi baseada nas estimativas de predominância com intervalos de confiança.
Resultados - Parciais ou Finais:
No total, 1.192 homens foram dirigidos; 1.133 (95%) foram submetidos a um diagnóstico para o teste de HIV, hepatite B e C. A prevalência da infecção pelo HIV a partir desta avaliação em diante foi de 1,59% (intervalo de 95% [IC]: 0,86-2,32%), da infecção de hepatite C foi de 2,7% (IC 95% [IC]: 1,8% - 3,8%) e hepatite B foi de 11,9% (IC 95% [IC]: 10,2% - 13,9%). A infecção nas prisões no Paraná de HIV variou de 0% (PEF – Francisco Beltrão, PEP I e PEP II, em Curitiba) para 3,17% na Penitenciária Estadual em Curitiba (IC 95%: 0,86-5,48%). No caso da hepatite B, variou de 3,2% (PEP II em Curitiba) a 31,1% na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, e a infecção da hepatite C variou de 0% (CCL-Londrina, PEP I e CCJ em Curitiba) a 11,1% na Penitenciária Estadual de Piraquara II.
Conclusões:
Os resultados revelaram uma preocupante situação de saúde, apresentando uma alta prevalência de hepatite B, C e HIV/Aids na população encarcerada no estado do Paraná; o fato agrava-se diante da disponibilidade de vacina para hepatite B na rede pública de saúde. Fica evidente a necessidade de medidas urgentes na redução da infecção destas doenças dentro do sistema carcerário, sendo estes dados de extrema importância no desenvolvimento de estratégias públicas no controle e combate à infecção.
Palavras-Chave:
Prisões. Prisioneiros. Hepatites virais. HIV/Aids. Fatores de risco.
Divulgação e/ou Publicações:

LED, Ferreto de Almeida et al. Prevalenceos HIV infections between incarcerated men in Brazil: cross-sectional study at the Paraná state penitentiary system. Journal of the International AIDS Society, v. 20, p. 26-27, 2017.

HOLLER, F.de O. et al. Doenças infectocontagiosas no sistema prisional do Paraná e suas implicações para a saúde pública. In: XX CONGRESSO BRASILEIRO DE INFECTOLOGIA, 2017. (Apresentação de trabalho/Congresso).

LED, Ferreto de Almeida et al. Hepatite B em uma população encarcerada do sexo masculino no Estado do Paraná. In: 11º CONGRESSO de HIV/AIDS e 4º CONGRESSO DE HEPATITES VIRAIS, Curitiba, 2017. (Publicação de trabalho/Anais).

LED, Ferreto de Almeida et al. Prevalência de hepatite C entre homens encarcerados no estado do Paraná. In: 11º CONGRESSO DE HIV/AIDS e 4º CONGRESSO DE HEPATITES VIRAIS, Curitiba, 2017. (Apresentação de trabalho/Congresso).

OLIVEIRA, F. H. de. et al. Doenças infecciosas no sistema prisional do Paraná e suas implicações para saúde pública. In: II CONGRESSO NACIONAL DE CIÊNCIAS APLICADAS À SAÚDE, Anais... Unioeste, 2017. (Publicação de trabalho/Anais).

TEBALDI, G. D. et al. Hepatite B na população carcerária do estado do Paraná. In: II CONGRESSO NACIONAL DE CIÊNCIAS APLICADAS À SAÚDE, Anais... Unioeste, 2017. (Publicação de trabalho/Anais).

COL, Sara Honke Dal. Estimativa de custo da hepatite B no sistema prisional paranaense. Programa de Pós-Graduação em Gestão e Desenvolvimento Regional, linha de pesquisa desenvolvimento regional, Período 2017 a 2019.

HOLLER, Fabiana; TEBALDI, Daniel. Doenças infecciosas no sistema prisional do Paraná e suas implicações para saúde pública.

SILVA, Tania Maria Pazin Marques. Estudo de controle de caso para identificar fatores de risco para infecção por vírus da hepatite C no sistema prisional do Paraná. 2009. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Medicina, linha de pesquisa fisiopatologia.

Aplicabilidade para o SUS:
Contribuir para que políticas públicas sejam elaboradas e executadas, para o monitoramento das doenças infectocontagiosas, em especial hepatite B, C e HIV/Aids, e estabelecer uma rede de investigação e monitoramento com vistas a manter a saúde do prisioneiro, diminuindo, assim, os custos do SUS para o tratamento das morbidades, para o sistema econômico, a viabilidade de um indivíduo egresso com condições de trabalhar e socialmente capaz de se inserir na sociedade.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Paulo Eduardo de Abreu Machado, PhD
Instituição:
Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP).
Endereço:
Distrito de Rubião Júnior, s./nº, Botucatu, SP, Brasil.
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Hospital Amaral Carvalho.
Introdução e Justificativa:
Vírus da hepatite C (VHC) é causa de doença inflamatória crônica hepática, com progressão variável para fibrose e cirrose. Cerca de 30 a 40% dos pacientes têm manifestações extra-hepáticas, e parte destas associadas ao vírus. A entrada do VHC em células suscetíveis pode ocorrer por infecção direta, mediada, principalmente, pelos receptores CD81 e Claudina-1(CLDN1), desencadeando internalização e replicação viral, ou por contato célula a célula, mediada por CLDN1 e Ocludina (OCLN). Estudos evidenciam a interação plaquetas-VHC, mas não demonstram claramente se somente aderem às partículas virais ou são infectadas pelo vírus, visto que não expressam CD81. Durante a vida fetal o fígado é um órgão hematopoiético, e em reação secundária a doenças mieloproliferativas ou de origem idiopática, pode ocorrer reativação desta função, levando à hematopoese extramedular (HEM), ou seja, metaplasia mieloide. Diante da característica de hepatotropismo do VHC, bem como as manifestações extra-hepáticas comumente observadas nos pacientes, poderia o vírus atuar como gatilho para ativação de HEM.
Objetivos:
Avaliar a existência de HEM hepática em pacientes com hepatite C crônica e a influência na gênese da fibrose hepática.
Materiais e Métodos:
Foram inclusos pacientes VHC crônicos, estratificados conforme classificação METAVIR (biópsia hepática): pacientes nos estágios F1 (G1); F2 (G2); F3 (G3); F4 (G4); grupo controle - saudáveis (G5). Foram realizadas quantificações plasmáticas de quimiocinas (CXCL8, CCL5, CXCL9, CCL2 e CXCL10) e fatores de crescimento (TGF-b, VEGF, FGF, PDGF) e investigada HEM em cortes histológicos hepáticos por imuno-histoquímica com uso dos marcadores CD61/CD34/Fator VIII. Além disso, megacariócitos (MK) e plaquetas, ambos de doadores saudáveis, foram infectados in vitro com plasma VHC+, avaliadas por citometria de fluxo, microscopia confocal e biologia molecular. Os parâmetros analisados foram presença ou ausência viral e expressão dos receptores CLDN1 e CD81.
Resultados - Parciais ou Finais:
Nossos dados demonstram que o VHC pode induzir HEM hepática, localizada no infiltrado inflamatório periportal, demonstrada por células de fenótipo CD61+, CD34+, Fator VIII+. Dentre as quimiocinas, observou-se aumento de todas as concentrações plasmáticas nos pacientes VHC versus grupo controle, havendo associações positivas entre grau de fibrose e níveis de CXCL8 e CXCL10. Os níveis de PDGF têm associação negativa com o grau de fibrose. Na análise comparativa, mediante presença ou ausência de HEM hepática, houve expressiva redução dos níveis de PDGF nos pacientes HEM. Com relação à presença do VHC em superfície e citoplasma, o vírus foi identificado em ambas as regiões celulares, tanto em plaquetas quanto em MK. Possivelmente, CLDN1 seja o receptor responsável pela interação VHC-plaquetas, via infecção por contato, visto que estas não expressam CD81. Já MK, são CD81+/CLDN1+, característica que os categoriza como células suscetíveis à infecção direta. Análises quali/quantitativas, buscando a presença do vírus por biologia molecular, também demonstraram que o VHC pode interagir com MK diretamente, sugerindo que o vírus encontrado na plaqueta pode advir da fragmentação de MK infectado.
Conclusões:
Nosso trabalho permitiu concluir que plaquetas, além de interagirem com VHC, expressam o vírus no seu interior, tornando-se veículos e reservatórios virais. O acúmulo intra-hepático de plaquetas pode induzir HEM hepática, podendo este fenômeno contribuir com a evolução da fibrose hepática nesses pacientes.
Palavras-Chave:
Fibrose. Megacariócitos. Metaplasia. Plaquetas. VHC.
Divulgação e/ou Publicações:

MACHADO, Paulo Eduardo de Abreu et al. 10º CONGRESSO DE HIV/Aids e 3º CONGRESSO DE HEPATITES VIRAIS: metaplasia mieloide hepática na hepatite C crônica, João Pessoa/PB, 2015. (Apresentação de Trabalho/e-Pôster).

MACHADO, Paulo Eduardo de Abreu et al. 11º CONGRESSO DE HIV/Aids e o 4º CONGRESSO DE HEPATITES VIRAIS - setembro de 2017: Interação in vitro de megacariócitos e plaquetas com VHC: influência na fisiopatologia da hepatite C. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).

MACHADO, Paulo Eduardo de Abreu et al. I ENCONTRO NACIONAL ENTRE OS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DOENÇAS TROPICAIS: metaplasia mieloide hepática na hepatite C crônica. Botucatu/SP. 2015. (Apresentação de Trabalho/Banner).

MACHADO, Paulo Eduardo de Abreu et al. III FÓRUM DE JOVENS PESQUISADORES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE HEPATOLOGIA (SBH): avaliação da infecção de megacariócitos e plaquetas pelo VHC e a influência na fisiopatologia da hepatite C. São Paulo/SP, 2016. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).

MACHADO, Paulo Eduardo de Abreu et al. Premiado em 2º Lugar na sessão de apresentação de pôster da área 2 (Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado) do I Encontro Nacional entre os Programas de Pós-graduação em Doenças Tropicais, Botucatu – UNESP: metaplasia mieloide hepática na hepatite C crônica. Botucatu/SP. 2015. (Apresentação de Trabalho/Pôster).

ROSSO, Aline Márcia Marques Braz. Interação entre citocinas, plaquetas e fibrogenese na investigação da metaplasia mieloide hepática. 2016. Orientado pela Profa Dra Márjorie de Assis Golim, e coorientado pelo Prof. Dr. Paulo Eduardo de Abreu Machado com a finalidade de Projeto Acadêmico.

SOUZA, Nathália Almeida. Etecção in vitro do vírus da hepatite C (VHC) em megacariocitos provenientes de indivíduos não infectados expostos ao vírus conduzido. Orientado pela Profa. Dra Rejane Maria Tommasini Grotto, e coorientado pelo Prof. Dr. Paulo Eduardo de Abreu Machado com a finalidade de Projeto Acadêmico.

WATANABE, Caroline Mitiká. Avaliação da infecção de megacariócitos e plaquetas pelo VHC e a influência na fisiopatologia da hepatite C. Orientado pelo Prof. Dr. Paulo Eduardo de Abreu Machado, e coorientado pela Profa. Dra Márjorie de Assis Golim com a finalidade de Projeto Acadêmico.

Aplicabilidade para o SUS:
Novos conhecimentos sobre a fisiopatologia da doença e mecanismos que podem contribuir com agravos, como a progressão da fibrose. A infecção de megacariócitos pelo VHC permitiu demonstrar que plaquetas oriundas de megacariócitos infectados podem ser formadas já carreando o vírus. O conhecimento da fisiopatologia norteia novos protocolos, viabilizando melhor qualidade de vida e novos métodos que podem intervir na história natural da doença e seu controle.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Ana Gabriela Álvares Travassos
Instituição:
Fundação Baiana de Infectologia(FBaI).
Endereço:
Rua João das Botas, 185, sala 703, Salvador, BA, Brasil.
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP); Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (LACEN-BA).
Introdução e Justificativa:
Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) bacterianas causadas pela Chlamydia trachomatis (CT) e a Neisseria gonorrhoeae (NG) apresentam recrudescimento no mundo. A coinfecção do HIV e as IST bacterianas potencializam a transmissibilidade destes agentes. Esta situação parece decorrer do aumento de linfócitos T CD4 e citocinas pró-inflamatórias capazes de induzir replicação viral local do HIV. As infecções por CT e NG em sítios extragenitais, como em região anal, habitualmente não são diagnosticadas, possibilitando a persistência da cadeia de transmissão destas infecções.
Objetivos:
Identificar a prevalência de infecção genital e anal por CT e NG em PVHA, atendidas no Centro Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP), Salvador, Bahia, e as características associadas a estas infecções.
Materiais e Métodos:
Estudo de corte transversal, realizado no período de junho de 2013 a junho de 2015. Foram avaliadas PVHA atendidas no ambulatório especializado do CEDAP, independentemente de sinais e sintomas. Foram incluídas PVHA que tinham ou já tiveram vida sexual, e excluídos os que utilizaram antibióticos 30 dias antes da inclusão, gestantes com complicações obstétricas e mulheres histerectomizadas. Realizaram-se entrevistas face a face por meio de questionário padronizado. Foram colhidas amostras de urina em homens e de endocérvice em mulheres para investigação de CT e NG. A pesquisa por CT e NG foi realizada por meio de teste de qPCR, em sistema fechado – IVD do Cobas 4800® (Roche, Mannhein, Germany), utilizando-se o meio de transporte Cobas® PCR Media Female, para as amostras de endocérvice e região anal, e o Cobas® PCR Media Urine para as amostras de urina somente masculinas. Todo o material foi coletado durante o atendimento médico realizado no CEDAP e processado no LACEN-Bahia. Foi colhida amostra sanguínea para avaliar a contagem de linfócitos T CD4+, realizada por meio de citometria de fluxo (Facscalibur, Becton and Dickinson, Califórnia, EUA) e a carga viral do HIV quantificada usando PCR Real time (Abbot molecular, Illinois, EUA). A análise estatística foi realizada com o pacote Statistical Package Social Sciences (SPSS), versão 20.0.
Resultados - Parciais ou Finais:
A frequência de casos positivos de CT e NG foi de 12,2% (61/498) no total, 9,2% (28/305) casos entre mulheres e 17,1% (33/193) entre homens. Encontramos 14,1% (27/193) de casos positivos no ânus, e 3,1% (6/193) na região genital em homens, enquanto 5,6% (17/305) e 3,6% (11/305) em mulheres, respectivamente. Entre os homens, a infecção anal foi associada com idade50 cópias/ml (p=0,020), e nenhum uso antirretroviral (p=0,008). A infecção anal nas mulheres foi associada com idade
Conclusões:
As oportunidades perdidas do diagnóstico de IST bacterianas em sítios extragenitais podem afetar a transmissão do HIV. A ampliação dos sítios de pesquisa destas infecções em PVHA é necessária para o diagnóstico e tratamento precoce.
Palavras-Chave:
Infecções anogenitais. HIV. Chlamydia trachomatis. Neisseria gonorrhoeae. Infecções sexualmente transmissíveis.
Divulgação e/ou Publicações:

TRAVASSOS, Ana Gabriela Álvares. Anogenital infection by Chlamydia trachomatis and Neisseria gonorrhoeae in HIV-infected men and women in Salvador, Brazil. Brazilian Journal of Infectious Diseases (BJID). DOI: 10.1016/j.bjid.2016.09.004. 2016.

TRAVASSOS, Ana Gabriela Álvares. In: 4º CONGRESSO BRASILEIRO SOBRE HIV - Aids E VÍRUS, 2014a. (Apresentação de trabalho/Comunicação).

TRAVASSOS, Ana Gabriela Álvares. In: IX SIMPÓSIO SOBRE AVANÇOS NA PATOGENIA E MANEJO DA AIDS, 7 e 8 de agosto de 2014b. (Apresentação de trabalho/Comunicação).

TRAVASSOS, Ana Gabriela Álvares. In: X CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST, e VI CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS, no período de 17 a 20 de maio de 2015. (Apresentação de trabalho/Comunicação/Publicação de Resumos).

Aplicabilidade para o SUS:
O nosso trabalho aponta para a necessidade de avaliação de infecções sexualmente transmissíveis em sítios extragenitais. Em mulheres heterossexuais vivendo com HIV, esta investigação deve ser realizada principalmente em gestantes, adolescentes e jovens. O critério de relato de sexo anal em mulheres, critério utilizado para indicar esta investigação em outros países, não foi associado em nossa população feminina. Em homens vivendo com HIV, observamos necessária a investigação de sítios extragenitais, principalmente em homens jovens e que praticam sexo anal. Com os resultados, sugerimos a inclusão da investigação de infecções sexualmente transmissíveis em região anal como recomendação no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para assistência a IST em pessoas vivendo com HIV, de forma mais ampla para um rastreamento eficiente que leve a redução da transmissão do HIV e outras IST. A partir de nossos dados, sugerimos a realização de pesquisas para a investigação das IST em sítios extragenitais, como orofaringe e região anal, em pessoas que não estão infectadas pelo HIV, porém já tem diagnóstico de outras IST ou que apresentam vulnerabilidades como adolescentes, gestantes e homens que fazem sexo com homens. Essas informações poderiam contribuir para a formulação de novas estratégias de rastreamento e prevenção secundária.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Kátia Bones Rocha
Instituição:
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul(PUC-RS).
Endereço:
Av. Ipiranga, 6681, Partenon, Porto Alegre, RS, Brasil.
Homepage:
Período de Vigência:
2013-2014
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
União Brasileira de Educação e Assistência (UBEA); Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS); Ambulatório de Dermatologia Sanitária de Porto Alegre (ADS); Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul.
Introdução e Justificativa:
O Rio Grande do Sul é o Estado com maior incidência de casos de Aids (40,2/100.000 hab.), o dobro da taxa nacional (20,2/1000.000 hab.), sendo a situação de Porto Alegre alarmante (95,3/100.000 hab.).
Objetivos:
Avaliar a implementação da política de teste rápido de HIV, sífilis e hepatites B e C no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do Ambulatório de Dermatologia Sanitária (ADS), em Porto Alegre.
Materiais e Métodos:
A pesquisa possuiu etapas quantitativas e qualitativas. A primeira etapa foi a realização de um estudo de caso e controle comparando dois CTA de POA (Plano Operativo Anual), um que implementou o teste rápido (caso) e outro que não (controle). Foi realizado ainda um estudo de tendência no CTA/ADS para verificar o número e o perfil das pessoas testadas antes e depois da implementação do teste rápido.
Resultados - Parciais ou Finais:
Os resultados mostram que, no período de 12 meses, após a implementação do teste rápido, o CTA controle obteve uma média menor de testes realizados (m=113; DP=19,8) comparado ao CTA, que implementou o teste rápido para todos os usuários (m=228; DP=28,0), sendo estas diferenças significativas estatisticamente (p<.001 por="" outro="" lado="" no="" per="" de="" meses="" anterior="" implementa="" do="" teste="" passava="" o="" contr="" cta="" controle="" realizava="" uma="" m="" testes="" superior="" dp="24,6)" caso="" sendo="" estas="" diferen="" significativas="" estatisticamente="" que="" implementou="" r="" comparando="" pr="" e="" p="" observou-se="" as="" pessoas="" consideradas="" popula="" tiveram="" duas="" vezes="" mais="" chance="" testar-se="" ic="" cabe="" destacar="" este="" aumento="" foi="" ainda="" significativo="" entre="" portadoras="" alguma="" infec="" sexualmente="" transmiss="" quatro="" para="" estudo="" qualitativo="" foram="" entrevistados="" profissionais="" da="" sa="" gestores="" usu="" a="" fim="" avaliar="" como="" estes="" diferentes="" atores="" perceberam="" aconselhamento="" tecnologia="" cuidado.="" partir="" das="" entrevistas="" os="" seguintes="" eixos="" tem="" analisados:="" processo="" equipe:="" pontos="" positivos="" negativos="" barreiras="" acesso="" resist="" tecnologia:="" confi="" redu="" tempo="" espera.="" em="" rela="" ao="" analisados="" eixos:="" aspectos="" informativos="" apoio="" emocional="" avalia="" riscos="" mudan="" com="" testagem="" poss="" ressignifica="" epidemia.="" vulnerabilidades="" hiv="" na="" aten="" prim="" nos="" centros="" situa="" vulnerabilidade.="">
Conclusões:
Os resultados do presente estudo avaliaram como positiva a implementação do teste rápido nos CTA. Além disso, problematizaram algumas questões associadas às mudanças no processo de trabalho e alguns tópicos conceituais, como o conceito de “vulnerabilidade,” a questão de território e estigmas e o próprio aconselhamento.
Palavras-Chave:
HIV/Aids. Aconselhamento. Teste rápido. Psicologia. Vulnerabilidade. Avaliação de políticas públicas.
Divulgação e/ou Publicações:

ROCHA, K. B. et al. Counselling in STD/HIV/AIDS in the context of rapid test: Perception of users and health professionals at a counselling and testing centre in Porto Alegre. Journal of Health Psychology, v. 21, p. 379-389, 2016.

ROCHA, K. B. et al. Impacto de la implementación de la prueba rápida del VIH/ITS en un centro de atención especializada en Brasil. Revista Gerencia y Politica de Salud, v. 16, p. 108-119, 2016.

ROCHA, Kátia B. Avaliação de políticas públicas de saúde: o teste rápido em questão. In: IX CONGRESSO DA SBDST e V CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS, 2013, Salvador. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

ROCHA, Kátia B. Promovendo o acesso a testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C em um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA): resultados preliminares. In: IX CONGRESSO DA SBDST e V CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS, 2013, Salvador. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

ROCHA, Kátia B. O teste rápido de HIV/Aids na atenção primária e secundária: impactos no acesso de pacientes em vulnerabilidade. In: XV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA PUCRS, 2014/2, Porto Alegre. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

ROCHA, Kátia B. Perspectivas de integrantes de movimentos LGBT sobre o acesso ao teste rápido e aconselhamento. In: XVII ENCONTRO NACIONAL ABRAPSO, 2013/2, Florianópolis. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

ROCHA, Kátia B. Testes rápidos para doenças sexualmente transmissíveis: análise do impacto desta tecnologia de cuidado. In: XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGS, 2013/2, Porto Alegre. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

ROCHA, Kátia B. Avaliação da implementação do teste rápido para HIV, sífilis e hepatites em um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) a partir da percepção de profissionais. In: SEMINÁRIO INTERNO DE AVALIAÇÃO DA INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA PUC-RS 2014/1, Porto Alegre. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

ROCHA, Kátia B. Avaliação da política do teste rápido de HIV na atenção primária a partir das percepções dos profissionais. In: XXVI SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA UFRGS 2014/2, Porto Alegre. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

ROCHA, Kátia B.; VEZZOSI, J. I. P. Avaliação da implementação do teste rápido para HIV, sífilis e hepatites em um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) a partir da percepção de profissionais. In: SEMINÁRIO INTERNO DE AVALIAÇÃO DA INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA PUCRS 2014 e encontro de Bolsistas 2014. Porto Alegre. Seminário Interno de Avaliação da Iniciação Científica da PUCRS e encontro de Bolsistas, 2014. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

ROCHA, Kátia B. Testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais: análise do impacto dessa tecnologia de cuidado no acesso a populações em situação de maior vulnerabilidade em um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Porto Alegre/RS. Brasília: Ministério da Saúde: Secretaria de Vigilância em Saúde. 1º Encontro Científico de Pesquisas Aplicadas à Vigilância em Saúde, 2014. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

ROCHA, Kátia B. et al. Aconselhamento em DST/HIV/Aids e contexto de testes rápidos: percepções dos usuários e profissionais de saúde em um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) em Porto Alegre. In: V CONGRESSO BRASILEIRO E IV CONGRESSO IBEROAMERICANO E LUSO-BRASILEIRO DE PSICOLOGIA DA SAÚDE, 2016, Florianópolis. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

ROCHA, Kátia B. Percepções de usuários e profissionais da saúde de um CTA acerca da vulnerabilidade, teste rápido para HIV/Aids e aconselhamento: um olhar para a integralidade do cuidado. In: V CONGRESSO BRASILEIRO E IV CONGRESSO IBEROAMERICANO E LUSO-BRASILEIRO DE PSICOLOGIA DA SAÚDE, 2016, Florianópolis. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

CONZ, Jaqueline. Testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais: análise do impacto dessa tecnologia de cuidado no acesso a populações em situação de maior vulnerabilidade em um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Porto Alegre/RS. 2013. Iniciação Científica. (Graduando em Psicologia) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Ministério da Saúde. Orientadora: Kátia Bones Rocha.

GOMES, Gustavo Affonso. Testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais: análise do impacto dessa tecnologia de cuidado no acesso a populações em situação de maior vulnerabilidade em um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Porto Alegre/RS. 2013. Iniciação Científica. (Graduando em Psicologia) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Ministério da Saúde. Orientadora: Kátia Bones Rocha.

VEZZOSI, Jean Ícaro Pujol. Testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais: análise do impacto dessa tecnologia de cuidado no acesso a populações em situação de maior vulnerabilidade em um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Porto Alegre/RS. 2013. Iniciação Científica. (Graduando em Psicologia) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientadora: Kátia Bones Rocha.

EW, Raquel de Souza. Prevenção em HIV/Aids e práticas sexuais em homens que fazem sexos com homens (HSH). Início: 2015. Situação: Em andamento.

Aplicabilidade para o SUS:
No estudo quantitativo realizado, buscou-se avaliar o impacto da implementação do teste rápido para HIV em um CTA de Porto Alegre, tanto em relação ao número de testes realizados como em relação ao perfil dos atendidos. Os dados mostraram um aumento significativo de testes após a implantação da oferta universal de testagem rápida. Entende-se que a nova modalidade de testagem possa estar associada à maior busca por atendimentos no CTA. No que se refere ao perfil dos atendidos, destaca-se o significativo aumento de testagem em pessoas consideradas mais expostas ao vírus, entre elas os grupos considerados chave pelo Ministério da Saúde. Reforçando esse achado, identificou-se significativa diminuição de procura por pessoas classificadas como população geral, o que pode estar relacionado à ampliação do teste rápido na rede de atenção primária, política que vem sendo implementada desde 2004. O aumento dos testes entre as populações mais expostas reforça a importância do CTA na atenção a segmentos populacionais em situação de maior vulnerabilidade, reforçando também a importância da implementação da testagem rápida nos demais CTA do estado e do País. Ressalta-se que esta expansão deve estar aliada à adoção de estratégias que vão ao encontro das necessidades da população, numa perspectiva contextualizada social e culturalmente, com a disponibilização de aconselhamento a todos que desejem e possam se beneficiar dessa técnica, numa perspectiva mais ampla de prevenção. De forma geral, conclui-se como muito positiva a implementação da política de oferta universal de testagem rápida para HIV no CTA/ADS, ampliando o acesso da comunidade ao teste de HIV, o qual vem combinado com a oferta de testes rápidos de sífilis e hepatites B e C. Além disso, o exame do perfil dos atendidos reforçou o papel do CTA de priorizar o acesso a populações consideradas mais vulneráveis. Considera-se a implementação do teste rápido em CTA como uma boa forma de dar uma resposta programática por parte do Estado às diferentes necessidades de saúde da população, priorizando as especificidades das pessoas assistidas. Adicionalmente, entende-se que o estudo realizado, utilizando grupos de caso e controle, representa um esforço e um estímulo à prática de avaliação em serviço. Formular políticas públicas baseadas em evidências científicas contribui para atenuar a distância entre uma velha oposição entre teoria versus prática e entre setores acadêmicos e prestadores de serviços como possíveis atores da formulação destas políticas. Outro aspecto identificado foi a importância do vínculo entre usuário e equipe de profissionais como fator crucial na qualidade do serviço. Este vínculo ocorre em âmbito micropolítico, por meio de relações dialógicas, o que amplia as vias de acesso, na medida em que anula a neutralidade das políticas públicas de saúde e eleva os processos individuais, programáticos e sociais para o nível da relação. Assim, trabalhar nos serviços de saúde a partir da lógica relacional é uma forma de desconstruir estratégias higienistas de saúde, muitas vezes demarcadoras de estigmas. Os resultados do presente estudo foram apresentados em diferentes encontros científicos e foram e serão divulgados por meio de artigos publicados em revistas nacionais e internacionais. Outro aspecto a destacar é que a devolução dos resultados do presente estudo permitirá a ampliação da discussão sobre o acesso ao teste e às diferentes implicações nos diferentes níveis de atenção na ampliação do acesso ao diagnóstico. Os resultados da presente pesquisa foram apresentados na Reunião da COGE - Comissão de Gestão das Ações de DST/Aids, promovida pelo governo do estado do Rio Grande do Sul: 27 de abril de 2015. Nestes diferentes eventos, foram apresentados dois audiovisuais com os principais resultados da presente pesquisa. Um dos audiovisuais é direcionado para profissionais e gestores e o outro, para usuários. Os audiovisuais já foram divulgados nas mídias sociais e em diferentes eventos cinéticos e acadêmicos, além de ter sido distribuído em formato físico para diferentes serviços de saúde. A seguir, enviamos os links dos audiovisuais:
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Cassia Maria Buchalla
Instituição:
Centro de Apoio a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (CEAP-FSP).
Endereço:
Av. Dr. Arnaldo, 715, Prédio da Biblioteca, 2º andar, Cerqueira Cesar, São Paulo, SP, Brasil.
Homepage:
Período de Vigência:
2013-2014
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
CRT-DST/Aids – São Paulo; Programa Municipal DST/Aids de São Paulo.
Introdução e Justificativa:
A ocorrência de IST é elevada, e a infecção por HIV aumenta a chance de contaminação por outros agentes.
Objetivos:
Estimar a prevalência e os fatores de risco associados à infecção por Chlamydia trachomatis (CT) em mulheres vivendo com HIV, em São Paulo.
Materiais e Métodos:
Estudo transversal com mulheres vivendo com HIV acompanhadas em 16 serviços de saúde do SUS, em São Paulo, de outubro de 2013 a março de 2014. Todas as participantes responderam a um questionário com questões sociodemográficas, comportamentais e de características clínicas. Uma amostra de urina foi coletada para teste de Chlamydia trachomatis (CT) e Neisseria gonorrhoeae (NG), usando o teste da reação em cadeia da polimerase (PCR). A análise do banco foi realizada por teste de Chi quadrado e modelo de regressão logística para avaliar associações com infecções por CT e NG.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram avaliadas 836 mulheres. A média de idade foi de 40,5± 0.34 anos, e as prevalências de infecção por CT e NG foram 1.8% e 0.5%, respectivamente. A infecção por CT foi associada com CD4+
Conclusões:
Apesar de observarmos baixa prevalência da infecção por CT entre as mulheres vivendo com HIV, idades mais jovens foram associadas com alto risco de infecção. O screening para CT deve ser incluído como rotina de assistência para esta população.
Palavras-Chave:
Chlamydia. HIV. STD. Sexual and reproductive health. Screening. Clamidia. Gonorreia. HIV. DST. Mulheres.
Divulgação e/ou Publicações:

BUCHALLA, Cássia Maria et al. Prevalence and factors associated with Chlamydia trachomatis infection among women with HIV in São Paulo. Rev. Soc. Bras. Med Trop, v. 49, n. 3, p. 312-318, May-June 2016. doi: 10.1590/0037-8682-0169-2016.

Aplicabilidade para o SUS:
Rastreamento com diagnóstico precoce da infecção por CT e diminuição da morbidade entre MVHIV.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Rita Polo Gascón
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Divisão de Psicologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo e CEPSIC (Curso de Especialização em Neuropsicologia).
Introdução e Justificativa:
A introdução da terapia antirretroviral de alta potência (HAART - highly active antirretroviral therapy) mudou o curso da história natural das alterações neurocognitivas associadas ao HIV (HAND - HIV - associated neurocognitive disorders), estabilizando ou melhorando a sintomatologia de grande parte dos casos mais graves. Apesar desses avanços, HAND continua causando importante morbidade: 15-55% dos pacientes infectados pelo HIV apresentam HAND, proporção que permanece similar àquela relatada na era pré-HAART. Contudo, observou-se diminuição da forma mais grave (HAD, demência associada ao HIV) e aumento das formas mais leves (MND - mild neurocognitive disorder e ANI - asymptomatic neurocognitive impairment). Atualmente, estimam-se prevalências de 15-30% para ANI, 20-50% para MND e 2-8% para HAD. A HAND pode afetar de forma negativa a qualidade de vida e a adesão aos antirretrovirais em pacientes com HIV.
Objetivos:
Determinar a prevalência e os fatores associados às alterações neurocognitivas em pacientes infectados por HIV-1, em segmento ambulatorial no Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
Materiais e Métodos:
Estudo de delineamento transversal, em pacientes infectados pelo vírus HIV-1, em segmento ambulatorial no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, com idade igual ou superior a 18 anos e com escolaridade mínima de 4 anos que não apresentaram os critérios de exclusão e que consentiram em participar do projeto no período entre maio de 2013 a março de 2015. Foi utilizada escala de rastreio para verificar o uso de substâncias psicoativas, escala de atividade de vida diária, inventário Beck de Depressão e uma bateria abrangente de testes neuropsicológicos. Para classificação da HAND foi utilizado critério de Franscatti. Foi realizada análise descrita dos dados (média, desvio padrão e frequência) para identificar fatores de risco específicos de prevalência de HAND (HAD e MND) sintomática; as variáveis foram dicotomizadas usando o teste X2 e p
Resultados - Parciais ou Finais:
Quatrocentos e doze pacientes infectados pelo HIV foram incluídos [masculino: 281 (68%), idade média de 45,3 anos]. A maioria deles [n = 340 (83,7%)] apresentava carga viral indetectável. A prevalência de HAND foi de 73,6% (n = 303), sendo que 210 (50,9%) apresentaram comprometimento neurocognitivo assintomático (ANI), 67 (16,2%) apresentaram transtorno neurocognitivo leve (MND) e 26 (6,3%) apresentaram demência associada ao HIV (HAD). Entre as funções cognitivas que se destacam como comprometidas, utilizando Critérios Frascati (Zscore
Conclusões:
A frequência de HAND foi alta, com predominância das formas ANI e MILD, mesmo em um local com fácil acesso ao tratamento clínico e medicamentoso e em pacientes com alta taxa de controle virêmico.
Palavras-Chave:
HIV. Complexo Aids. Demência. Desordem neurocognitiva – Cognição. Síndrome da imunodeficiência adquirida.
Divulgação e/ou Publicações:

GASCÓN, Maria Rita Polo; VIDAL, José Ernesto; MAZZARO, Yolanda Marques; Jerusa SMID, MARCUSSO, Rosa Maria Nascimento; CAPITÃO, Claudio Garcia; COUTINHO, Elizeu Macedo; BENUTE, Glaucia Rosana Guerra; LUCIA, Mara Cristina Souza de; OLIVEIRA Augusto César Penalva de. Neuropsychological Assessment of 412 HIV-Infected Individuals in São Paulo, Brazil. AIDS PATIENT CARE and STDs Volume 32, Number 1, 2018.

GASCÓN, Maria Rita Polo. In: 1º ENCONTRO CIENTÍFICO DE PESQUISAS APLICADAS À VIGILÂNCIA EM SAÚDE: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS ÀS ALTERAÇÕES NEUROCOGNITIVAS EM PACIENTES INFECTADOS COM HIV-1 AIDS. Distrito Federal, Brasília – 23 a 26 de setembro de 2014. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).

GASCÓN, Maria Rita Polo. In: 2nd INTERNATIONAL CONFERENCE ON HIV/AIDS, STDs & STIs. (OMICS Group Conference). October 27-29, 2014 – Embassy Suites Las Vegas, USA. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).

GASCÓN, Maria Rita Polo et al. HIV Associated neurocognitive disorder in a Brazilian sample: preliminary date publicações: J AIDS Clin Res 2014, 5:11. (Apresentação de Trabalho/Palestra).

GASCÓN, Maria Rita Polo. Sixth International Meeting. HIV Infection of the Central Nervous System. Neuro HIV., Matera, Italy- Casa Cava, 8-10 de outubro de 2015. High Prevalence of Asympthomatic or Mild Neurocognitive Disorders in Brazilian HIV-Infected Patients. (Congresso).

GASCÓN, Maria Rita Polo. In: VI WORKSHOP DE COMORBIDADES E EVENTOS ADVERSOS EM HIV/AIDS. São Paulo/SP, 17-19 de agosto. HAND. (Congresso).

Aplicabilidade para o SUS:
Esta pesquisa possibilitou contextualizar a real prevalência das alterações neurocognitivas na população brasileira, bem como os preditores associados a estas alterações. Os resultados deste projeto possibilitaram a estruturação de uma avaliação neuropsicológica completa adaptada à população de pacientes portadores de HIV-1, além de um instrumento neuropsicológico simplificado que possa ser aplicado em escala nacional para detecção das alterações neurocognitivas. Este instrumento possibilitará o reconhecimento rápido de possíveis alterações, para que se possa realizar encaminhamento para avaliação neuropsicológica completa. Tal bateria pode ser utilizada por profissionais treinados, e por não terem direitos autorais, podem ser impressos, facilitando o uso em serviços de saúde com baixo recurso financeiro e que não disponham de profissionais da área da Neuropsicologia. Após o rastreio, se comprovado o risco de alterações cognitivas, deve-se contar com o encaminhamento pertinente do profissional que o realizou. Tal encaminhamento fará com que o paciente seja beneficiado, pois se diagnosticado precocemente, poderá ter tratamento adequado, retardando o processo de evolução das alterações cognitivas decorrentes de sua infecção pelo HIV-1 e podendo usufruir de melhor qualidade de vida e independência para suas atividades de vida diária e laborais. Com estes dados, serviços de saúde especializados no atendimento aos portadores de HIV-1 poderão implementar esta avaliação como um dos itens de rotina de atendimento a estes pacientes, possibilitando assim o diagnóstico precoce e o encaminhamento pertinente.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Telma Maria Evangelista de Araújo
Instituição:
Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Endereço:
Av. Universitária, s/nº, Campus Min. Petrônio Portela, Departamento de Enfermagem, Ininga, Teresina, PI.
Período de Vigência:
2013-2014
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
SESAPI/UFPI/SEJUS.
Introdução e Justificativa:
A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) apresenta uma expressiva relevância epidemiológica na contemporaneidade, com taxas de prevalência relativamente baixas na população geral, em contraste com prevalências mais elevadas em subgrupos populacionais de maior vulnerabilidade. Desde o início da epidemia, no mundo, mais de 78 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV. Estima-se 1,9 milhões de pessoas vivendo com HIV na América Latina e Caribe, sendo o Brasil o país mais afetado, com um terço dos casos (UNAIDS, 2017). A Organização Mundial de Saúde (OMS) define “populações-chave” os segmentos populacionais que, devido adoção de comportamentos que conferem alto risco específico, possuem maiores chances de infecção pelo HIV. Dentre as populações específicas, destaca-se a privada de liberdade, pois o confinamento estimula práticas que aumentam o risco de transmissão de doenças infecciosas.
Objetivos:
Analisar a prevalência da infecção pelo HIV e fatores associados em internos de presídios do Estado do Piauí.
Materiais e Métodos:
Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, analítico, desenvolvido com 2.131 presidiários do Piauí. A coleta de dados foi realizada de novembro/2013 a maio/2014, por meio da aplicação de formulário pré-testado e realização de teste rápido para diagnóstico do HIV. Os dados foram digitados e analisados com a utilização do software SPSS. Foram realizadas análises univariadas, por meio de estatísticas descritivas simples. Na estatística inferencial, foram aplicados testes de hipóteses bivariados e multivariados, com a utilização de regressão logística simples (Oddis ratio não ajustado) e múltipla (Oddis ratio ajustado). O nível de significância foi fixado em p≤0,05.
Resultados - Parciais ou Finais:
Dois mil cento e trinta e um (2.131) presidiários participaram do estudo; 1.116 (52,4%) eram residentes do interior do Estado; 1.037 (48,6%) estavam na faixa etária de 23 a 32 anos; 1.977 (92,8%) eram do sexo masculino; e 1.342 (63,0%) referiram escolaridade compatível com ensino fundamental incompleto; 1.312 (61,6%) se declararam pardos; 1.235 (58,0) em situação conjugal solteiros/separados/viúvos; e 793 (37,2%) sem renda pessoal. Verificou-se uma prevalência geral de 1,0% (IC 95%: 0,6 – 1,4) para a infecção pelo vírus HIV, sendo 1% dentre aqueles do sexo masculino e 1,3% do sexo feminino. Observou associação estatisticamente significativa entre a prevalência do HIV e a prática sexual com parceiros do mesmo sexo (p=0,05), seleção de parceiros por atributos físicos (p=0,04) e prática de sexo por via vaginal (p
Conclusões:
A prevalência de HIV em internos do Piauí é superior à da população geral no País, evidenciando a necessidade de ações públicas de saúde, incluindo articulação entre esferas governamentais e entre gestão da Saúde e da Justiça, para elaborar estratégias de modo a contemplar a demanda de saúde dos internos do Sistema Prisional do Estado. Faz-se oportuna a ampliação de ações relacionadas ao diagnóstico do HIV na admissão e rotina, atividades contínuas de educação em saúde, capacitação dos profissionais de saúde que compõem a equipe da Justiça para fortalecer a promoção da saúde, prevenção e controle das IST/HIV/Aids.
Palavras-Chave:
HIV. Prevalência. Prisões.
Divulgação e/ou Publicações:

ALMEIDA, Priscilla Dantas; ARAÚJO, Telma Maria Evangelista de; OLIVEIRA, Francisco Braz Milanez; SOUSA, Alvaro Francisco Lopes de; FILHO, Augusto Cézar Antunes de Araújo. Aids no Piauí: análise do perfil epidemiológico. REUOL, v. 9, n. 6, p. 8660-8664, 2015.

Antonio SOUZA, Tiago da Silva; PINHEIRO, Daniela Mendes; ARAÚJO, Telma Maria Evangelista de; ROCHA, Silvana Santiago da. As influências socioculturais sobre as doenças sexualmente transmissíveis: análise reflexiva. Rev. Interdisciplinar, v. 8, n. 1, p. 240-246, 2015.

VARELA, Danielle Souza Silva; SILVA, Andréia Alves de Sena; MONTEIRO, Claudete Ferreira de Souza; ARAÚJO, Telma Maria Evangelista de, ROCHA, Silvana Santiago da. Faces da família frente ao processo de drogadição e encarceramento dos usuários: uma reflexão. Rev. Enferm. UFPI, v. 3, n. 2, p. 115-120, abr. jun. 2014.

SOUSA, Karinna Alves Amorim de; ROCHA, Silvana Santiago da; NERY, Inez Sampaio; ARAÚJO, Telma Maria Evangelista de. Contexto social de viver positivamente com HIV: um estudo reflexivo. Revista de Enfermagem da UFPI, 2015. v. 3, n. 3, p. 109-114, jul. set. 2014.

SOUSA, Karinna Alves Amorim de; ARAÚJO, Telma Maria Evangelista de; TELES, Araújo Sheila; RANGEL, Elaine Maria Leite, NERY, Inez Sampaio. Fatores associados à prevalência do vírus da imunodeficiência humana em população privada de liberdade. Rev.Esc. Enferm. USP, v. 51, p. 1-9, dez. 2017.

ARAÚJO, Telma Maria Evangelista de. Fatores de risco ao HIV/Aids relacionados à prática sexual de internos do sistema prisional do Piauí. In: X CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST, 2015.

DIFICULDADES em executar ações de saúde em ambiente prisional. In: I CONGRESSO INTERNACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA DO DELTA DO PARNAÍBA, 2015. (Apresentação de trabalho/Comunicação).

ARAÚJO, Telma Maria Evangelista de. Prevalência do HIV associada a fatores de risco em sistema prisional do Piauí. In: II CONGRESSO IBERO AMERICANO DE EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA, 2015. (Apresentação de trabalho/Comunicação).

ARAÚJO, Telma Maria Evangelista de. Prevalência do HIV, sífilis, hepatites B E C em internos de presídio no Piauí - 65 CBEn – 2013. (Apresentação de trabalho/Comunicação).

ARAÚJO, Telma Maria Evangelista de. Vulnerabilidades associada às DST em penitenciária feminina de uma capital do Nordeste - 65 CBEn – 2013. (Apresentação de trabalho/Comunicação).

TORRES, Vanessa da Silva. Perfil epidemiológico dos casos de HIV/Aids em detentos do Piauí. Trabalho Conclusão de Curso (TCC), 2014.

SOUSA, Karinna Alves Amorim de. Prevalência do HIV e fatores associados em internos do sistema prisional do Piauí. 2015. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2015.

DIAS, Samya Raquel Soares. Vulnerabilidade de pessoas privadas de liberdade ao vírus da imunodeficiência adquirida. PIBIC, 2015.

Aplicabilidade para o SUS:
Sabe-se que muitas populações ainda vivem marginalizadas, apresentando vulnerabilidades individuais, sociais e programáticas. Os presidiários se encontram entre elas. Soma-se a isso o fato da carência de dados recentes, envolvendo saúde no ambiente prisional no Brasil, especialmente na região Nordeste, o que torna os problemas desconhecidos e/ou mascarados. A assistência à saúde das pessoas privadas de liberdade é um dever do setor Saúde e Justiça. Nessa perspectiva, esta pesquisa tem subsidiado a articulação entre eles, sendo que as ações propostas, com base nos seus resultados e conclusões, têm apresentado o potencial de serem incorporadas pelo SUS, na esfera estadual. Este estudo possibilitou uma transformação da atenção à saúde nos presídios do Piauí, de modo a fortalecer a promoção da saúde, prevenção e controle das IST/HIV/Aids no sistema prisional, pois a partir das suas recomendações observou-se o planejamento e a implantação das atividades, a saber: ações de ampliação do diagnóstico das IST na admissão e rotina das unidades penais, atividades contínuas de educação em saúde e disponibilização de insumos de prevenção, capacitação dos profissionais de Saúde e da Justiça nos ambientes prisionais e vacinação contra hepatite B dos suscetíveis. Destaca-se a sua importância na redução da vulnerabilidade individual e programática, uma vez que os casos reagentes ao HIV/Aids foram encaminhados para os serviços de referência do Estado, onde iniciaram o tratamento e acompanhamento. Assim, a descoberta e o tratamento oportuno das IST vêm favorecendo o controle da cadeia de transmissão dessas infecções.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Luíne Rosele Renaud Vidal
Instituição:
Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Endereço:
Rua XV de Novembro, 1299, Centro, Curitiba, PR, Brasil.
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Introdução e Justificativa:
Os vírus HTLV 1/2 pertencem à família Retroviridae, sendo o HTLV 1 o primeiro retrovírus humano isolado em 1980 e reconhecido como o agente etiológico da leucemia da célula T do adulto (LTA), posteriormente da paraparesia espástica tropical (PET). Os vírus apresentam diferentes modos de transmissão: contato sexual, transfusão de hemocomponentes, injeção intravenosa entre usuários de drogas, além da transmissão vertical.
Objetivos:
Padronizar técnicas de biologia molecular para confirmação e tipagem do HTLV 1/2 em amostras de pacientes com suspeita clínica de LTA/PET e portadores assintomáticos e estabelecer um algoritmo de confirmação molecular.
Materiais e Métodos:
Para o desenvolvimento do estudo, coletaram-se, de todos os participantes da pesquisa, após assinatura do TCLE, amostras de sangue total com EDTA, do qual foi obtido o plasma, para pesquisa de anticorpos anti-HTLV, por meio do método de quimioluminescência (QMIA) e também a separação do concentrado de leucócitos para a pesquisa do DNA proviral. O concentrado de leucócitos foi submetido à extração do DNA genômico, o qual foi utilizado para o desenvolvimento dos métodos moleculares. Para a padronização dos métodos moleculares foram definidos os grupos: (a) pacientes com diagnóstico de PET (N=06); (b) portadores assintomáticos do HTLV (N=13); (c) doadores de sangue (N=30); (d) pacientes com Aids (N=30); e (e) paciente com esclerose múltipla N=01. Pelo método de QMIA, detectaram-se anticorpos para HTLV em 20 amostras: 06 PET, um Aids e 13 portadores assintomáticos. Estas foram submetidas ao teste confirmatório, Western Blot (WB), e 15 resultaram reagentes. Todas as amostras foram analisadas por meio da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para os genes pol/tax do HTLV.
Resultados - Parciais ou Finais:
Observou-se como características operacionais dos testes de PCR convencional, em relação ao critério de testagem sorológica do HTLV, os parâmetros: Sensibilidade: 70% (IC 95%-46-88%); Especificidade: 100% (IC 95%-94-100%); VPN: 91% (IC 81-96%); VPP: 100% (IC 95% 77), Índice de Youden = 0,7. Realizou-se um levantamento de amostras reagentes nos testes sorológicos em dois bancos de sangue da cidade de Curitiba, no período de 1994 a 2015. Observou-se que de um total de 865.000 doações nos dois hemocentros a prevalência de doadores com anticorpos HTLV foi de 0,08%. Outro estudo foi realizado para a análise da prevalência de anticorpos anti-HTLV em gestantes de alto risco, atendidas na unidade de Tocoginecologia do HC-UFPR. Analisou-se um total de 643 amostras pelo método de QMIA, sendo quatro (0,6%) reagentes para HTLV, das quais dois (0,3%) foram confirmadas pelo método de PCR, sendo detectados os dois tipos de HTLV 1 e HTLV 2. Nenhuma das pacientes apresentou manifestações clínicas neurológicas ou hematológicas devido à infecção pelo HTLV.
Conclusões:
Concluiu-se que o fluxo de diagnóstico laboratorial foi válido para confirmar prevalência de anticorpos para o HTLV em região de baixa endemicidade. Sendo o teste de WB ainda problemático com relação aos resultados indeterminados e ao alto custo, os testes moleculares se mostraram uma alternativa para melhor definir os resultados, confirmando ou descartando os resultados positivos nos testes de triagem, além de tipar o HTLV, confirmando o diagnóstico laboratorial.
Palavras-Chave:
HTLV. Diagnóstico molecular. PCR. Gestantes. Pré-natal. Doadores de sangue.
Divulgação e/ou Publicações:

VIDAL, Luíne Rosele Renaud. Impact of human T-lymphotropic virus (HTLV I/II) diagnosis on the frequency of mood disorders in a non-endemic area. International Journal of Virology and AIDS, 2015.

VIDAL, Luíne Rosele Renaud et al. Confirmatory molecular method for HTLV-1/2 infection in high-risk pregnant women. Jornal of Medical Virology, 2017.

VIDAL, Luíne Rosele Renaud. Molecular Diagnostic of HTLV in patients of a Non-Endemic Region. In: XIV CURSO INTERNACIONAL DE EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR EM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS EMERGENTES, 2014. (Apresentação de Trabalho/Resumo).

VIDAL, Luíne Rosele Renaud. Apresentação dos resultados no 1° Encontro Científico de Pesquisas Aplicadas à Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, 2014. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

KILP, Elisa Dimmer. Estudo epidemiológico em doadores com sorologia positiva para o HTLV I/II no teste imunoenzimático em bancos de sangue na cidade de Curitiba (Biobanco, Hemobanco) no período e 1993 a 2015. 2014-2015. Trabalho de Conclusão do Curso de Biomedicina da UFPR.

MIRAVALHES, Rafaela. Trabalho de Conclusão de Residência no Programa de Residência Multiprofissional do HC-UFPR. 2014.

MEDEIROS, Ana Cristina Matheus. Investigação da infecção por vírus linfotrópico das células T humanas (HTLV) em de alto risco. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia. Setor de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2016.

FERIN, Aline Naiara. Levantamento Epidemiológico de HTLV em gestantes atendidas no Serviço de Tocoginecologia do HC-UFPR. 2015-2016. Trabalho de Iniciação Científica – Bolsa UFPR/TN – Edital PIBIC.

Aplicabilidade para o SUS:
Introdução dos métodos sorológicos para HTLV para as gestantes de alto risco atendidas nos hospitais terciários ou postos de saúde mesmo em região não endêmica; levantar dados epidemiológicos para adoção de medidas de aconselhamento e de prevalência do vírus nas várias regiões do País; atendimento aos pacientes com síndromes relacionadas ao HTLV.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Marcos Tadeu Nolasco da Silva
Instituição:
Faculdade de Ciências Médicas; Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Endereço:
Rua Tessalia Vieira de Camargo, 126, Campinas, SP, Brasil.
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Objetivos:
Avaliar a adesão ao tratamento em doenças crônicas (HIV/Aids e fibrose cística - FC) em adolescentes acompanhados em serviços de referência e analisar associações entre adesão e características psicossociais dos pacientes e cuidadores.
Materiais e Métodos:
Estudo analítico, observacional, de corte transversal. Foram avaliados 54 adolescentes com HIV/Aids e 45 cuidadores, 43 com FC e 35 cuidadores. A adesão no grupo de adolescentes com doenças crônicas foi avaliada pelo autorrelato (do responsável pela administração) sobre a tomada da medicação nos sete dias e 24 horas anteriores à entrevista. No grupo de adolescentes com HIV/Aids, consultamos o registro de dispensação da farmácia (RDF) sobre retirada dos medicamentos nos três meses anteriores. Foram coletados dados de variáveis demográficas, psicossociais e clínicas dos adolescentes, além de instrumentos para avaliação da resiliência (Escala de resiliência de Wagnild-Young), depressão e ansiedade (Inventários de Beck), percepção de suporte familiar (Inventário de Percepção do Suporte Familiar) e qualidade de vida (QV) (Versão brasileira do Youth Quality of Life Instrument-Research – YQOL-R). Para os cuidadores aplicamos as mesmas escalas de resiliência, ansiedade e depressão, além do Neo Five Factor Inventory-Revised (NEOFFI-R) e também a versão breve do World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref). Os desfechos psicossociais foram comparados a um grupo de controle saudável (GC), composto por 69 díades adolescente/cuidador.
Resultados - Parciais ou Finais:
Os valores médios de adesão pelo autorrelato foram 86,8% (24h, HIV), 89,2% (7d, HIV), 88,1% (24h, FC) e 89,9% (7d, FC), sendo a prevalência de adesão pelo RDF no grupo HIV de 53,7%. Observou-se um risco significativamente mais elevado nos seguintes desfechos: depressão nos adolescentes portadores de infecção pelo HIV, em relação ao GC; depressão nos cuidadores de adolescentes infectados pelo HIV, em relação aos cuidadores de adolescentes com fibrose cística, e do GC; ansiedade nos cuidadores de jovens infectados pelo HIV, em relação ao GC; menor resiliência dos cuidadores de adolescentes portadores de FC quando comparados ao GC. Os cuidadores de adolescentes com infecção pelo HIV apresentaram menores escores de saúde física (QV) e Extroversão (domínio de personalidade) quando comparado aos dois outros grupos. Observou-se uma taxa de adesão significativamente superior, na categoria “adesão – 7 dias”, no grupo de adolescentes infectados pelo HIV. As seguintes variáveis independentes apresentaram associação estatisticamente significativa com a adesão: Autorrelato 24h e 7d; Adolescentes – Adesão inferior: falta às consultas, uso de álcool. Adesão superior: prática de religião e cuidadores responsáveis pela medicação, adaptação familiar, QV relacional, ambiental, total e relações sociais. Cuidadores – Adesão inferior: percepção do cuidador sobre os efeitos adversos causados pelos medicamentos no adolescente, uso de tabaco. Adesão superior: menor número de residentes no domicílio, menor tempo gasto com o tratamento do adolescente. Adesão RDF. Adolescentes – adesão inferior: falta às consultas, efeitos adversos, maior tempo gasto com o tratamento, depressão. Adesão superior: adaptação familiar. Cuidadores – Adesão inferior: depressão.
Conclusões:
Desfechos psicossociais mostraram-se relacionados à experiência da doença crônica e adesão ao tratamento. Tais achados alertam para a necessidade de uma abordagem sistemática da saúde mental no cenário das doenças crônicas em adolescentes.
Palavras-Chave:
Doença crônica. Adesão ao tratamento. Qualidade de vida. Resiliência psicológica. Personalidade. Ansiedade. Depressão. Família. Adolescente. Cuidador. HIV. Fibrose cística.
Divulgação e/ou Publicações:

1º ENCONTRO Científico de Pesquisas Aplicadas à Vigilância em Saúde, em Brasília no dia 25 de setembro 2014. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).

SILVA, Marcos Tadeu Nolasco da et al. Adesão ao tratamento em doenças crônicas em Adolescentes: características de pacientes e cuidadores na infecção pelo HIV e na fibrose cística. In: 14° CONGRESSO Brasileiro de Ensino e Pesquisa, em Campinas de 10 a 12 de dezembro de 2014. (Apresentação de Trabalho/Uma Comunicação e três pôsteres).

SILVA, Marcos Tadeu Nolasco da et al. In: V CONGRESSO BRASILEIRO DE FIBROSE CÍSTICA - 22 a 25 de abril em Gramado/RS (Apresentação de trabalho/uma Comunicação, três pôsteres comentados e dois pôsteres simples).

SILVA, Marcos Tadeu Nolasco da et al. In: VIII SEMANA de Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp – em Campinas/SP, de 18 a 21 de maio de 2015. (Apresentação de Trabalho/Quatro pôsteres). Trabalho agraciado com Menção Honrosa.

SILVA, Marcos Tadeu Nolasco da et al. In: 10th INTERNATIONAL CONFERENCE ON HIV Treatment and Prevention Adherence, realizada em Miami, FL, EUA, 28 e 30 de junho de 2015. (Apresentação de trabalho/Três pôsteres).

SILVA, Marcos Tadeu Nolasco da et al. In: VII CONGRESSO BRASILEIRO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA, São Paulo, 30 de junho a 3 de julho de 2015. (Apresentação de Trabalho/Três comunicações).

PIRES, Daiana Couto. Associação entre adesão ao tratamento em adolescentes com fibrose cística e a personalidade dos cuidadores. 2016. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade de Campinas, Campinas, 2016.

SOUZA, Poliany Cristina de. Associação entre adesão ao tratamento e qualidade de vida em adolescentes vivendo com o HIV e seus cuidadores. 2016. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade de Campinas, Campinas, 2016.

ERNESTO, Aline Santarem. Adesão ao tratamento em doenças crônicas em adolescentes: características psicossociais de pacientes e cuidadores na infecção pelo HIV e na fibrose cística. 2016. Tese (Doutorado Ciências) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade de Campinas, Campinas, 2016.

Aplicabilidade para o SUS:
O impacto das condições crônicas em crianças e adolescentes pode ser influenciado pelo tipo da doença e gravidade. O impacto também pode ser determinado por fatores externos, tais como apoio da família, acesso a serviços médicos e outros, eficácia do tratamento, reabilitação, intervenções e aceitação pela comunidade. Os conhecimentos obtidos em nosso projeto, quando plenamente analisados, deverão ser incorporados ao diálogo científico e acadêmico (por meio das várias modalidades de divulgação propostas). As contribuições deverão ser incluídas ao conjunto de conhecimentos integrativos do acompanhamento clínico e psicossocial de adolescentes portadores de doenças crônicas. Pretendemos, dessa forma, fornecer subsídios ao incremento da qualidade do cuidado de pacientes com doenças crônicas no contexto do SUS.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Regina Maria Bringel Martins
Instituição:
Universidade Federal de Goiás (UFG).
Endereço:
Av. Esperança s./n., Campus Samambaia, Prédio da Reitoria, Goiânia, GO, Brasil.
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Universidade Federal de Goiás; Fundação Oswaldo Cruz; Universidade Federal do Ceará.
Introdução e Justificativa:
Após quase 50 anos da identificação do vírus da hepatite B (HBV) e da disponibilidade da vacina por mais de 30 anos, a hepatite B continua sendo um importante problema de saúde pública. Homens que fazem sexo com homens (HSH) apresentam maior vulnerabilidade para infecção pelo HBV, quando comparados à população em geral. No Brasil, o perfil epidemiológico e molecular dessa infecção em HSH ainda é pouco conhecido.
Objetivos:
Estimar a prevalência dos marcadores sorológicos de exposição ao HBV (anti-HBc) e de infecção (HBsAg) em HSH em Goiânia-GO, e analisar os fatores associados, bem como investigar a ocorrência de infecção oculta pelo HBV e realizar a caracterização molecular dos isolados virais, identificando os genótipos/subgenótipos circulantes e mutações no genoma do HBV.
Materiais e Métodos:
Estudo transversal conduzido em HSH na Região Metropolitana de Goiânia-GO. De março a novembro de 2014, um total de 522 participantes foi recrutado utilizando o método respondent-driven sampling (RDS). Após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, os HSH foram entrevistados utilizando um questionário estruturado, contendo perguntas sobre características sociodemográficas, comportamentos/práticas sexuais e outros considerados de risco para o HBV. A seguir, foi coletada uma amostra de sangue de cada participante, e os soros foram separados/estocados, adequadamente. Todas as amostras foram testadas por ensaio imunoenzimático (ELISA) para detecção dos marcadores sorológicos da hepatite B e submetidas à extração e amplificação do HBV DNA. Os isolados do HBV foram sequenciados para determinação dos genótipos e subgenótipos do vírus por análise filogenética e para identificação de mutações no genoma viral. Os dados foram analisados utilizando os programas RDSAT e SPSS. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Goiás (Protocolo no. 042/13 CEP-UFG).
Resultados - Parciais ou Finais:
A prevalência global de exposição ao HBV (anti-HBc) foi de 15,4% (IC 95%: 8,7-25,8) e do HBsAg, de 0,6% (IC 95%: 0,2-1,6). Idade acima de 25 anos, sexo anal receptivo, relação sexual com mulheres e história de infecções sexualmente transmissíveis (IST) foram fatores associados à infecção pelo HBV. O DNA viral foi detectado apenas nos indivíduos HBsAg positivos, não sendo observada infecção oculta na população estudada. Os isolados do HBV foram classificados como pertencentes ao genótipo A/subgenótipos A1 e A2. Mutações nas regiões S (T131N), promotora basal do core (BCP) (A1762T/G1764A) e Pré-C/C (G1862T/G1888A e G1862T) do genoma viral, foram identificadas. Adicionalmente, cerca de 40% (IC 95%: 32,3-48,8) dos participantes tinham evidência sorológica de vacinação contra hepatite B (anti-HBs isolado), e 44,3% (IC 95%: 36,1-52,9) dos HSH eram suscetíveis à infecção pelo HBV.
Conclusões:
Estes resultados revelam uma prevalência global elevada de exposição ao HBV na população estudada e sua associação com comportamentos sexuais de risco e, em contraste, uma frequência baixa do marcador sorológico de vacinação contra hepatite B, evidenciando a necessidade de políticas públicas contínuas de saúde voltadas para os HSH, incluindo estratégias para aumentar a cobertura vacinal, além do monitoramento dos indivíduos portadores do HBV, visto que nos isolados virais foram identificadas mutações que podem ter impacto no prognóstico da infecção.
Palavras-Chave:
Hepatite B. HSH. Epidemiologia. Vacinação. Genótipos. Mutações.
Divulgação e/ou Publicações:

OLIVEIRA, M. P.; SILVA, A. M. C.; ANDRADE, A. A.; SANTANA, E. B. R.; FREITAS, N. R.; MATOS, M. A. D.; LOPES, C. L. R.; SPITZ, N.; ARAUJO, N. M.; MARTINS, R. M. B. Prevalence, risk behaviors, and virological characteristics of hepatitis B virus infection in a group of men who have sex with men in Brazil: results from a respondent-driven sampling survey. PLoS One, v. 11, n. 8, Aug. 2016, p. e0160916. doi: 10.1371/journal.pone.0160916.

OLIVEIRA, M. P.; SILVA, A. M. C.; ANDRADE, A. A.; SANTANA, E. B. R.; FREITAS, N. R.; MATOS, M. A. D.; LOPES, C. L. R.; SPITZ, N.; ARAUJO, N. M.; MARTINS, R. M. B. Prevalence and virological characteristics of hepatitis B virus infection among men who have sex with men in Central Brazil: a respondent-driven sampling. In: XXVII CONGRESSO BRASILEIRO DE VIROLOGIA, 2016. (Apresentação de Trabalho/Comunicação/Resumo).

OLIVEIRA, M. P.; SILVA, A. M. C.; ANDRADE, A. A.; SANTANA, E. B. R.; FREITAS, N. R.; MATOS, M. A. D.; LOPES, C. L. R.; SPITZ, N.; ARAUJO, N. M.; MARTINS, R. M. B. Prevalência e fatores associados à infecção pelo vírus da hepatite B em homens que fazem sexo com homens em Goiânia-GO, utilizando o método respondent-driven sampling (RDS). In: XIV SEMINÁRIO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA & VII SEMANA DE BIOTECNOLOGIA, 2016. (Apresentação de Trabalho/Pôster/Resumo).

OLIVEIRA, Marina Pedroso de. Rastreamento sorológico e molecular do vírus da hepatite B em homens que fazem sexo com homens em Goiânia-Goiás, utilizando empregando o método respondent-driven sampling (RDS). 2017. Orientadora: Profa. Dra. Regina Maria Bringel Martins. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.

Aplicabilidade para o SUS:
Do ponto de vista epidemiológico, resultados como a prevalência elevada do marcador de exposição ao HBV, associada a comportamentos sexuais de risco nos HSH estudados e, por outro lado, uma frequência baixa do marcador sorológico de vacinação, contra a hepatite B, são indicadores relevantes para subsidiar o aprimoramento de políticas/ações de vigilância, prevenção e controle da hepatite B/HIV-Aids e outras IST, voltadas para a população de HSH, com ênfase em atividades educativas e de promoção da vacinação contra hepatite B. Adicionalmente, os achados moleculares desta investigação reforçam a importância do acompanhamento clínico-laboratorial adequado dos portadores do HBV quanto à progressão da doença, visto que nos isolados virais foram identificadas mutações que podem ter impacto no prognóstico da infecção.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Unaí Tupinambás
Instituição:
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Departamento de Clínica Médica.
Endereço:
Av. Professor Alfredo Balena, 190, Santa Efigênia, Belo Horizonte, MG, Brasil.
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Introdução e Justificativa:
A melhora na sobrevida entre os pacientes com HIV/Aids em uso de terapia antirretroviral combinada (TARV), devido à reconstituição imune, vem modificando o padrão de morbidade-mortalidade nesta população. Nos pacientes em TARV, além da atenção das complicações da imunodeficiência, grande importância tem sido dada ao envelhecimento, toxicidade da terapia, prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, tais como: diabetes mellitus, hipertensão arterial, dislipidemias, doenças renais crônicas, doenças ósseas e neurológicas (notadamente déficits cognitivos).
Objetivos:
Avaliar em um estudo longitudinal a mortalidade por causas infecciosas e não infecciosas nesta população, notadamente aquela que ocorre dentro de 24 meses após início da TARV. Está sendo analisada a prevalência das complicações não infecciosas nos pacientes vivendo com HIV/Aids e em tratamento antirretroviral (ARV) acompanhados em serviço de referência.
Materiais e Métodos:
Foram incluídos no estudo pacientes de ambos os sexos, com 18 anos ou mais de idade, que iniciaram TARV a partir de março de 2014 até maio 2015, totalizando 100 participantes. Nesta população, foram avaliadas a prevalência dos fatores de risco para DCV e a prevalência de complicações não infecciosas. Foram coletados dados demográficos, comportamentais (focando aqueles relacionados com maior risco de desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas, como tabagismo, etilismo, sedentarismo, fatores de risco para doenças cardiovasculares, etc.), e laboratoriais para avaliar a efetividade (genotipagem pré-tratamento, carga viral do HIV, contagem de subpopulações de linfócitos) e segurança (hemograma, ureia, creatinina, TGO, TGP, bilirrubinas totais e frações, glicemia de jejum, colesterol total e frações, triglicérides, urina) da TARV. Todos estes exames fazem parte da rotina do atendimento na rede SUS. Além destes exames, foram solicitados os seguintes exames para pacientes incluídos após a aprovação do estudo: ultrassom de artérias carótidas, dosagem de vitamina D, PTH, densitometria óssea, dosagem de marcadores inflamatórios (PCR ultrassensível us-PCR, dímero-D, citocinas inflamatórias e moléculas endoteliais antes e 24 meses após início da terapia antirretroviral. Avaliação de adesão ao tratamento foi realizada por meio de análise dos registros de dispensação da farmácia do centro onde será realizado a pesquisa, utilizando instrumentos validados. Os dados foram coletados em fichas clínicas de estudo formuladas especificamente para este projeto. A base de dados foi constituída utilizando o programa EpiData 3.2, e a análise estatística realizada no software STATA. Associações entre exposições e desfechos foram estimadas por razões de taxas, riscos, odds ou hazards, através de modelos lineares generalizados, para controle de possíveis efeitos de confusão. O estudo contribui para melhor entendimento da mortalidade precoce (dentro de 12 meses após início da TARV), obtenção de conhecimentos sobre o impacto da terapia antirretroviral nas modificações dos fatores de risco para doença cardiovascular (DCV) e outras complicações não infecciosas, fornecendo subsídios ao Ministério da Saúde para a elaboração de políticas públicas de saúde e dos guias terapêuticos nacionais.
Resultados - Parciais ou Finais:
Os dados gerados ainda estão em análise (em agosto de 2017, fizemos a coleta final de acompanhamento de 24 meses após início da terapia antirretroviral). No entanto, as análises basais e os dados de revisão sistemática sobre antropometria já foram publicados (ver publicações), contribuindo, sobremaneira, no manejo e diagnóstico de complicações não infecciosas da infecção pelo HIV. Destaco o artigo a ser publicado indicando a concordância entre as médias antropométricas e uso de densitometria óssea para o diagnóstico de lipodistrofia. Outro dado intrigante, apesar de a amostragem não ter sido calculada para este desfecho, foi o encontro de Resistência transmitida a drogas (~13,5%) – a grande maioria para a classe ITRNN. Nessa situação, mesmo na presença das mutações para esta classe, após 24 meses os pacientes mantiveram carga viral indetectável com a terapia estruturada com ITRNN (artigo em execução, foi apresentado dados no congresso de infectologia em 2015, com 12 meses de seguimento).
Palavras-Chave:
HIV/Aids. Estudo coorte. Doenças crônicas não transmissíveis. Complicações não infecciosas. Efetividade. TARV.
Divulgação e/ou Publicações:

DUANI, Helena; ALEIXO, Agdemir Waleria; TUPINAMBÁS, Unaí. Trends and predictors of HIV-1 acquired drug resistance in Minas Gerais, Brazil: 2002-2012. The Brazilian Journal of Infectious Diseases. Disponível em: http://www.bjid.org.br.

GUIMARAES, N. S.; FAUSTO, Maria Arlene; KAKEHASI, A. M.; TUPINAMBÁS, Unaí. Agreement between central fat measurement methods in adults living with HIV without antiretroviral treatment. Nutricion Clinica y Dietetica Hospitalaria, v. 37, p. 82-88, 2017. Disponível em: http://revista.nutricion.org/.

GUIMARAES, N. S.; FAUSTO, Maria Arlene; TUPINAMBÁS, Unaí. Prevalência de excesso de peso, obesidade central e risco de comorbidades metabólicas em adultos com HIV/AIDS sem terapia antirretroviral. Rev. Bras. Promação da Saúde, v. 29, p. 399-405, jul./set. 2016.

GUIMARAES, N. S.; GRECO, Dirceu B; KAKEHASI, A. M.; FAUSTO, Maria Arlene; GUIMARAES, M. M. M.; TUPINAMBÁS, Unaí Prevalência e Motivos para recusar participação em pesquisa clínica. Revista Bioética (Impresso), v. 24, p. 286, 2016. Disponível em: http://revistabioetica.cfm.org.br.

SERNIZON GUIMARÃES, Nathalia; FAUSTO, Maria Arlene; KAKEHASI, Adriana Maria; NAVARRO, Anderson Marliere; TUPINAMBÁS, Unaí. Can anthropometry measure the body fat of people living with HIV/AIDS?: A systematic review. Revista Española de Nutrición Humana y Dietética (Actividad Dietética), v. 21, p. 101-111, 2017.

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PAULA, M. G. P.; GUIMARAES, M. M. M.; GUIMARAES, N. S.; CAPORALI, J. F. M.; KAKEHASI, A. M.; FAUSTO, M. A.; GUIMARAES, A. R.; PIMENTEL, P.; FERREIRA, N. R. S.; BRAGA, V. A. R.; CARVALHO, B. G. L.; TANAJURA, P. R.; TUPINAMBÁS, Unaí. Avaliação das alterações da massa óssea em pessoas vivendo com HIV-Aids, virgens de TARV, em centro de referência em doenças infecciosas HC-UFMG - SMSA BH - Projeto Quarup, 2015. (Congresso, Apresentação de Trabalho). Disponível em: http://www.infecto2015.com.br/; Local: Gramado; Cidade: Gamado; Evento: XIX Congresso Brasileiro de Infectologia; Inst. promotora/financiadora: Sociedade Brasileira Infectologia.

PAULA, M. G. P.; GUIMARÃES, N. S.; KAKEHASI, A. M.; GUIMARÃES, A. R.; TUPINAMBÁS, Unaí; GUIMARÃES, M. M. M. Marcadores do metabolismo mineral ósseo e da densidade mineral óssea em pacientes vivendo com HIV-A ids virgem de terapia antirretroviral, 2015. (Congresso, Apresentação de Trabalho). Disponível em: http://www.endocrino.org.br/tags/sbem-mg/; Local: Belo Horizonte.

Cidade: Belo Horizonte; Evento: XV Congresso Mineiro de Endocrinologia e Metabologia; Inst. promotora/financiadora: Sociedade Mineira de Endocrinologia e Metabologia Regional de Minas Gerais.

PENIDO, M. G.; GUIMARÃES, M. M. M.; GUIMARAES, N. S.; CAPORALI, J. F. M.; FAUSTO, M. A.; CARVALHO, P.; GUIMARÃES, A. R.; TANAJURA, P. R.; TUPINAMBÁS, Unaí. Avaliação da prevalência de alterações vitamina D e outros marcadores do metabolismo mineral ósseo em pessoas vivendo com HIV/Aids, virgens de TARV, em centro de referência Doenças Infecciosas HC-UFMG - SMSA BH. Projeto Quarup, 2015. (Congresso, Apresentação de Trabalho). Disponível em: http://www.infecto2015.com.br/; Local: Gramado; Cidade: Gramado; Evento: XIX Congresso Brasileiro de Infectologia; Inst. promotora/financiadora: Sociedade Brasileira de Infectologia.

SARAIVA, I.; SILVA, M. L.; ROCHA, I. A. C.; SARAIVA, I. E. B.; TUPINAMBÁS, Unaí. Ativação celular em pessoas saudáveis e em pacientes infectados pelo HIV, 2015. (Congresso, Apresentação de Trabalho). Disponível em: http://www.infecto2015.com.br/; Local: Gramado RS; Cidade: Gramado; Evento: XIX Congresso Brasileiro de Infectologia; Inst. promotora/financiadora: Sociedade Brasileira de Infectologia.

Aplicabilidade para o SUS:
O financiamento deste projeto trouxe grandes benefícios para o Sistema Único de Saúde. Primeiramente, destacamos a formação de recursos humanos. Vários alunos de graduação e pós-graduação tiveram seu primeiro contato com a pesquisa em serviço e vivenciaram “o que é fazer pesquisa clínica”. Propiciando reflexão crítica em relação do processo de produção de conhecimento seus pontos fortes e suas contradições. Nos diversos seminários realizados na pesquisa foram discutidos os problemas relacionados aos conflitos de interesse e ética em pesquisa clínica com seres humanos, contribuindo para a formação de profissionais comprometidos com assistência de qualidade com equidade e resolutividade.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Keila Correia de Alcântara
Instituição:
Universidade Federal de Goiás (UFG); Faculdade de Farmácia.
Endereço:
Rua 240, esquina com 5ª avenida, Setor Leste Vila Nova, Goiânia, GO, Brasil.
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Introdução e Justificativa:
Os caminhoneiros estão frequentemente associados à alta prevalência de infecções sexualmente transmissíveis (IST) e uso de estimulantes, para cumprimento da carga horária de trabalho.
Objetivos:
Estimar a soroprevalência de IST e uso de drogas em caminhoneiros.
Materiais e Métodos:
Estudo transversal descritivo com caminhoneiros que trafegavam pela BR-153, passando pelo Estado de Goiás. Caminhoneiros foram convidados a participarem do estudo, em um posto de combustível (km-515 da BR-153), entre fevereiro/2014 e fevereiro/2015. Aqueles que aceitaram participar do estudo responderam um questionário estruturado para avaliar o perfil sociodemográfico, histórico de IST, comportamento sexual e ao questionário ASSIST sobre o uso de drogas. Foram coletadas amostras de sangue para a realização de sorologia por enzima imuno ensaio anti-HIV-1/2, anti-HBc total, HBsAg, anti-HBs, anti-HCV e anti-Sífilis Total; Western Blot para confirmar anti-HIV-1/2 positivo, e amostras de urina para ensaio imunocromatográfico para cocaína, maconha e anfetaminas. Realizaram-se análises univariadas pelo cálculo do valor de Odds Ratio (OR) (IC 95%) e regressão logística múltipla para testar associação entre as variáveis.
Resultados - Parciais ou Finais:
Dos 697 caminhoneiros incluídos neste estudo, 30% relataram relações sexuais desprotegidas com parceiros ocasionais, e 21,1%, relações sexuais com profissionais do sexo. Um total de 22,8% relatou IST prévia, e cerca de 30% relatou uso de drogas; 687/697 caminhoneiros forneceram amostra de sangue, e 21,9% destes foram positivos para as IST: 0,7% para HIV, 8,5% para sífilis, 10,1% para hepatite B e 2,6% coinfecção sífilis/HBV. Não foi encontrada positividade para HCV. Observou-se 19,3% de imunização para hepatite B. O risco para IST aumentou com a idade e esteve associado ao relato de IST prévia (p
Conclusões:
As IST ainda estão presentes entre os caminhoneiros, chegando a mais de 20% das amostras analisadas, sendo hepatite B e sífilis as mais prevalentes; e 12% fazem uso de anfetaminas, cocaína e maconha. Estratégias preventivas devem ser direcionadas, especificamente a esse grupo em situação de vulnerabilidade.
Palavras-Chave:
Brasil. IST. Caminhoneiros.
Divulgação e/ou Publicações:

ALCÂNTARA, Keila Correia de. In: 11º CONGRESSO de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Goiás, Goiânia/GO. 2014. (Congresso).

ALCÂNTARA, Keila Correia de. In: 1º ENCONTRO Científico de Pesquisas Aplicadas à Vigilância em Saúde, Brasília/DF. 2014. (Congresso).

ALCÂNTARA, Keila Correia de. In: V CONGRESSO Brasileiro de Toxicologia Clínica – Salvador/BA. PREMIAÇÃO: 3º lugar na apresentação oral de trabalhos. 2014. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

ALCÂNTARA, Keila Correia de. In: X CONGRESSO da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, São Paulo, 2015. (Congresso).

ALCÂNTARA, Keila Correia de. In: II CONGRESSO de Ciências Farmacêuticas do Brasil Central, Goiânia/GO, 2015. (Congresso).

COSTA, Carla Danielle Dias. Uso de álcool e drogas por caminhoneiros que trafegam pela BR-153. 2014. Dissertação (Mestrado em Assistência e Avaliação em Saúde) – Universidade Federal de Goiás, 2014. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientadora: Keila Correia de Alcântara.

RODRIGUES, Diogo Sousa. Doenças sexualmente transmissíveis, HIV-1, hepatites B e C em caminhoneiros que trafegam pela BR-153. 2014. Dissertação (Mestrado em Assistência e Avaliação em Saúde) – Universidade Federal de Goiás, 2014. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás. Orientadora: Keila Correia de Alcântara.

BARBOSA, Renata Montes Garcia. Hepatite C em Caminhoneiros que trafegam pela BR153 passando pelo Estado de Goiás no Centro-Oeste brasileiro. 2014. Iniciação Científica. (Graduando em Medicina) - Universidade Federal de Goiás. Orientadora: Keila Correia de Alcântara.

DINIZ, Suzana de Paiva. Hepatites B em caminhoneiros que trafegam pela BR153 passando pelo Estado de Goiás no Centro-Oeste brasileiro. 2014. Iniciação Científica. (Graduando em Medicina) - Universidade Federal de Goiás, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Keila Correia de Alcântara.

Aplicabilidade para o SUS:
O Brasil conta com vários programas ou ações de prevenção para IST/Aids, para populações vulneráveis, como homens que fazem sexo com homens (HSH), gays e travestis, como, por exemplo, o Plano de Enfrentamento da Epidemia de Aids e das IST entre gays, HSH e travestis, que são ações voltadas para a população penitenciária, jovens e mulheres. No entanto, para a saúde dos caminhoneiros, são escassas e isoladas, pontuadas, principalmente, pelo programa do Ministério da Saúde “Fique Sabendo”, que é uma mobilização de incentivo e conscientização da população sobre a importância da realização do exame para HIV-1. Assim, apesar de o caminhoneiro ser associado mundialmente como uma importante ponte facilitadora da disseminação de IST e HIV-1 entre grupos em situação de alta vulnerabilidade, como as profissionais do sexo e a população geral, ele continua sem uma política de diagnóstico e prevenção das IST/Aids. Os gestores do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde do Brasil poderão fazer uso desses resultados para planejarem uma estratégia de ação específica para esse grupo, enfatizando a importância do sexo seguro em 100% das relações sexuais, conscientizando que a transmissibilidade das IST existe e, além de prejudicarem sua própria saúde, caminhoneiros infectados com agentes causadores de ISTs, com práticas heterossexuais desprotegidas, podem atingir mulheres em idade fértil, que, por sua vez, podem transmitir a doença a seus filhos, caso engravidem. Além disso, o uso de álcool e drogas lícitas e ilícitas está diretamente associado ao comportamento de risco, pois o efeito excitatório e relaxante das drogas propicia atitudes que normalmente não seriam tomadas na ausência do álcool e/ou drogas. Em nosso estudo, aproximadamente, 12% dos caminhoneiros apresentaram resultado positivo para drogas, sendo cocaína a mais prevalente. Drogas estimuladoras, como a cocaína e as anfetaminas, estimulam as ações dopaminérgica e noradrenérgica, estando diretamente relacionadas ao aumento da euforia e encorajamento para práticas sexuais extraconjugais e desprotegidas. Os resultados sociodemográficos e de soroprevalência podem ajudar o Sistema Único de Saúde (SUS) a alcançar seus princípios de Universalidade, Equidade e Integralidade da atenção à saúde. Ao levar até à população em situação de vulnerabilidade o acesso aos testes sorológicos, o projeto contribuiu para a universalização, ou seja, um processo de extensão de cobertura dos serviços e que deve se tornar acessível a toda a população. Foi possível observar que muitos caminhoneiros não têm moradia fixa ou vivem em pequenos municípios com baixo grau de desenvolvimento econômico ou habitam a periferia das grandes cidades, não dispondo de condições mínimas de acesso aos serviços, e por causa da profissão, não têm tempo hábil para ir a uma unidade de saúde. Além disso, o trabalho mostrou o quanto as barreiras econômica, cultural e social se interpõem entre a população e os serviços, pelo simples fato de muitos não saberem o que é um correio eletrônico ou ainda acharem muito difícil manusear um computador, e os vários endereços incorretos que nos foram passados, fazendo com que os resultados de exames não chegassem até estes. Ao priorizar a atenção para o grupo de caminhoneiros, cujas condições de vida e saúde são mais precárias e enfatizar essa ação específica para esse determinado grupo, este estudo ajuda o SUS a desenvolver o princípio da equidade, contribuindo ainda mais se houver formulação e implantação de políticas específicas voltadas ao atendimento de necessidades desse segmento que está exposto a riscos diferenciados de adoecer e morrer, em função de características econômico-sociais e culturais. Ou seja, é preciso “tratar desigualmente os desiguais”. Os resultados apresentados podem ajudar na Integralidade de Atenção à Saúde, pois fez o diagnóstico do comportamento sexual, do uso de drogas lícitas e ilícitas e da “epidemia” das IST em um grupo em situação de vulnerabilidade, comprovando a real necessidade de ações para a detecção precoce de doenças, sejam ações de diagnóstico, tratamento e reabilitação para esse grupo em especial.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Cintia Mara Costa de Oliveira
Instituição:
Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado.
Endereço:
Av. Pedro Teixeira, 25, Dom Pedro, Manaus, AM, Brasil.
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Universidade Federal do Amazonas.
Introdução e Justificativa:
O vírus da hepatite B (VHB) é um Orthohepadnavirus, cujo genoma se replica através de um RNA intermediário, tornando-o suscetível a elevada taxa de mutações (104 a 105 substituições de bases/sítio/ano). No presente, são reconhecidos 10 genótipos (A-J), e diversos estudos têm indicado padrões característicos quanto à distribuição geográfica desses genótipos. Nas Américas, verifica-se uma associação forte entre os genótipos e populações nativas das Américas Central e do Sul. O genótipo F apresenta a mais elevada divergência entre todos. No Brasil, são encontrados os genótipos A, B, C, D e F. Na Amazônia, o genótipo F predomina entre os indígenas, e o A, entre a população em geral, seguido do D. Em relação ao tratamento, os análogos nucleot(s)ídeos apresentam grandes vantagens sobre a terapia com interferon, pois podem ser administrados oralmente e são relativamente livres de efeitos adversos. Além disso, são potentes inibidores da replicação viral. Contudo, o tratamento com esses medicamentos deve ser mantido por longos períodos, levando à seleção de vírus com mutações de resistência, o que constitui uma das principais limitações ao tratamento, pois quando transmitidos a novos hospedeiros, constituem importante barreira para o eventual controle dessa infecção. A detecção dessas mutações de resistência é importante para o monitoramento da dinâmica viral associada ao tratamento.
Objetivos:
Descrever a epidemiologia molecular do vírus da hepatite B e identificar perfis de mutações de resistência ao uso de antivirais em pacientes portadores do VHB na Amazônia Ocidental Brasileira.
Materiais e Métodos:
Seleção de amostras com carga viral do VHB acima de 350 UI/mL; extração de DNA/VHB; amplificação dos genes S e Polimerase por PCR; sequenciamento e análise das sequências nucleotididias para caracterização dos genótipos, subgenótipos, pesquisa de mutações de resistência e dados socioepidemiológicos.
Resultados - Parciais ou Finais:
No período de 26 de novembro de 2013 a 28 de fevereiro de 2015, foram incluídas no estudo um total de 345 amostras de pacientes que apresentavam carga viral acima de 350 UI/ml, selecionadas da demanda do ambulatório de hepatites virais da FMT-HVD. Foi realizada a amplificação do DNA VHB por PCR de todas as 345 amostras. Destas, 239 (75,6%) foram PCR positivas. Após o sequenciamento e análise filogenética, obteve-se os seguintes resultados: genótipo A= 165 (69,04%); Genótipo F= 28 (11,71%); genótipo D= 42 (17,57%); genótipo C= 2 (0.84%); e genótipo E= 2 (0.84%). Os subgenótipos identificados foram: A1, A2; F1, F2; D1, D2, D3, D4. A pesquisa de mutações de resistência no gene da polimerase do VHB identificou seis pacientes infectados com VHB mutantes. Sendo um paciente infectado com VHB, droga resistente na posição A181S (Lamivudine, Adefovir); quatro infectados com VHB, droga resistente posição M204I (Lamivudine, Entecavir, Telbivudine); em ambas as situações, os pacientes não faziam uso de antivirais; e uma paciente infectada com VHB droga resistente (posição A181T) resistentes a Lamivudine, Telbivudine, Adefovir, que relatou ter feito uso de Lamivudine por seis meses durante gravidez.
Conclusões:
Os genótipos A, F e D são os mais prevalentes na região; existe a presença de VHB mutante droga resistentes circulando na região, inclusive em pacientes que nunca fizeram uso de antivirais.
Palavras-Chave:
Mutações de Resistência. Amazônia. Genótipos.
Divulgação e/ou Publicações:

MENDES, Filipe de Souza. Caracterização molecular e epidemiológica do vírus da hepatite B circulantes no estado do Amazonas e sua relação com a virulência. Início: 2016. Dissertação (Mestrado profissional em Biotecnologia) – Universidade Federal do Amazonas, 2016. (Orientador).

NÓBREGA, Vânia Valesca Aguiar Da. Caracterização de mutações de resistência antivirais do vírus hepatite B. Início: 2015/2016. Iniciação Científica (Graduando em Farmácia) – Centro Universitário do Norte. Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas. (Orientador).

Aplicabilidade para o SUS:
A identificação de mutações de resistência antivirais do VHB, tanto primária quanto secundária, é de extrema importância para a condução terapêutica dos pacientes. No mundo inteiro, a comunidade científica tem demandado esforço no sentido de investigar a presença de cepas mutantes entre os portadores do VHB. Sabe-se também que a indicação do medicamento adequado é fundamental para o sucesso do Programa de Controle das Hepatites Virais, mantido pelo SUS; portanto, nesse sentido, esta pesquisa traz informações inéditas sobre a biologia molecular das cepas de VHB que circulam no estado do Amazonas, subsidiando as informações nacionais do SUS.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Adele Caterino de Araujo
Instituição:
Universidade de São Paulo (USP).
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Introdução e Justificativa:
Desde a década de 1990, o Instituto Adolfo Lutz de São Paulo (IAL) tem realizado o diagnóstico da infecção por Vírus Linfotrópicos de Células T Humanas dos tipos 1 e 2 (HTLV-1 e HTLV-2), e, desde então, têm sido reportadas as dificuldades, principalmente no diagnóstico de HTLV-2, em especial em pacientes infectados pelo HIV-1.
Objetivos:
Estabelecer um grupo de Vigilância e Diagnóstico de Infecção por HTLV-1/2 em População Infectada pelo HIV/Aids de São Paulo; avaliar várias técnicas de diagnóstico (testes de triagem e confirmatório) hoje disponíveis (kits comerciais e testes in house); e estabelecer o melhor algoritmo de testes laboratoriais para ser empregado nestes indivíduos.
Materiais e Métodos:
A população analisada foi composta por dois grupos provenientes de Serviços de Assistência Especializados em HIV/Aids de São Paulo: um pioneiro [Grupo 1 (G1), n=1.608] e outro com histórico mais recente [Grupo 2 (G2), n=1.383]. Ambos os grupos foram formados, na maioria, por indivíduos do sexo masculino [G1 (76,9%) e G2 (67,2%)] com média de idade de 44,3 (G1) e 35,6 (G2) anos. Os testes empregados na triagem sorológica das 2.991 amostras de sangue foram os ensaios imunoenzimáticos de 3ª geração (Murex e Gold ELISA); e aquelas com resultados reagentes foram subsequentemente avaliadas pelos testes sorológicos confirmatórios de Western Blot (WB) e INNO-Lia (LIA), e pelos ensaios moleculares in house de reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR - pol) e nested-PCR-RFLP (tax).
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram consideradas HTLV-1/-2 positivas as amostras que apresentaram reagentes em qualquer um dos quatro testes confirmatórios, e foram detectadas prevalências de 3,1% e 4,2% de infecção por HTLV-1/2, respectivamente, nos G1 e G2. Houve diferença em relação ao sexo (G2) e à idade entre as populações mono e coinfectadas por HIV-1/HTLV-1/-2. Entre os coinfectados, 47,0% (G1) e 51,7% (G2) eram do sexo feminino, e a média de idade foi maior no G1 (49,5 versus 43,5 anos). Houve associação de coinfecção HIV/HTLV e idade mais avançada, gênero feminino, cor negro/parda, UDI, infecção por HCV e HBV. Os kits de triagem disponíveis no mercado foram sensíveis e específicos para detectarem infecção por HTLV nesta população, desde que considerada a “zona cinza”. Houve diferença na sensibilidade dos testes confirmatórios: WB 82,4%, LIA 97,2%, qPCR 68,9% e PCR-RFLP 68,4%.
Conclusões:
Embora a qPCR tenha sido pouco sensível, ela foi capaz de distinguir casos com padrão HTLV não tipado no WB e LIA. Uma vez que nenhum teste confirmatório foi capaz de detectar 100% das amostras positivas para HTLV-1/2 em indivíduos infectados por HIV-1, faz-se necessário o uso de combinação de testes. O algoritmo de melhor custo-benefício para esta população foi considerado a combinação da qPCR como teste de primeira escolha, seguido do LIA na avaliação de amostras negativas. Em laboratórios que não dispõem de infraestrutura para realizar a PCR, utiliza-se apenas o LIA.
Palavras-Chave:
HTLV 1. HTLV 2. HIV 1/Aids. Coinfecção. Algoritmo de Testes Laboratoriais. Qpcr. LIA.
Divulgação e/ou Publicações:

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Prevalência de infecção por HTLV-1 e HTLV-2 em pacientes infectados pelo HIV em serviço especializado de São Paulo. BEPA – Boletim Epidemiológico Paulista, v. 11, n. 130, p. 3-12, out. 2014. ISSN 1806 423-X. Disponível em: http://www.ccd.saude.sp.gov.br.

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Comparação de dois ensaios imunoenzimáticos para pesquisa de anticorpos anti-HTLV-1/2 em população infectada pelo HIV. Bol. Inst. Adolfo Lutz, v. 24, n. 1, p. 26-28, 2014.

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. And the Group of Surveillance and Diagnosis of HTLV of São Paulo (GSuDiHTLV-SP). Current prevalence and risk factors associated with HTLV-1 and HTLV-2 infections among HIV/AIDS patients in São Paulo, Brazil. AIDS Res Human Retroviruses, v. 31, n. 5, p. 543-549, 2015. Doi:10.1089/AID.2014.0287.

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Comparação de testes laboratoriais para o diagnóstico de infecção por vírus linfotrópicos de células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) e tipo 2 (HTLV-2) em pacientes infectados por HIV-1. Rev. Inst. Adolfo Lutz, v. 74, n. 1, p. 57-65, 2015.

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Comparative performances of serologic and molecular assays for detecting HTLV-1 and HTLV-2 in patients infected with HIV-1. Brazilian J. Infect. Dis., v. 21, n. 3, p. 297-305, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.bjid.2017.02.005.

CAMPOS, K. R.; GONÇALVES, M.G.; CATERINO-DE-ARAUJO A. Failures in detecting HTLV-1 and HTLV-2 in patients infected with HIV-1. Aids Res Human Retroviruses, v. 33, n. 4, p. 382-385, 2017. DOI: 10.1089/AID.2016.0191.

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Vigilância e diagnóstico de infecção por HTLV-1 e HTLV-2 em indivíduos infectados pelo HIV. In: MARCOZERO PPSUS – São Paulo, 2014, São Paulo. Caderno de resumos... p. 54-55. (Publicação de trabalho/Resumo).

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Prevalência de infecção por HTLV-1 e HTLV-2 em pacientes infectados pelo HIV em serviço especializado de São Paulo. In: 4º CONGRESSO BRASILEIRO SOBRE HIV E VÍRUS RELACIONADOS, 2014. Salvador, BA. (Publicação de trabalho/Resumo AO-10).

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Comparação de dois ensaios imunoenzimáticos, um de procedência nacional e outro estrangeira, na pesquisa de anticorpos anti-HTLV-1/2 em população infectada pelo HIV. In: X ENCONTRO DO INSTITUTO ADOLFO LUTZ, II Simpósio Internacional de Vigilância e Respostas Rápidas, 2014, São Paulo, SP. (Publicação de trabalho/Resumo E-pôster V43-31).

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Vigilância de infecção por HTLV-1 e HTLV-2 em pacientes infectados pelo HIV em serviço especializado de São Paulo. In: X ENCONTRO DO INSTITUTO ADOLFO LUTZ, II Simpósio Internacional de Vigilância e Respostas Rápidas, 2014, São Paulo, SP. (Publicação de trabalho/Resumo E-pôster V44-31).

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. A. Padronização de ensaio de PCR em tempo real em formato multiplex aplicado ao diagnóstico de infecções por HTLV-1 e HTLV-2. In: X ENCONTRO DO INSTITUTO ADOLFO LUTZ, II Simpósio Internacional de Vigilância e Respostas Rápidas, 2014, São Paulo, SP. (Publicação de trabalho/Resumo E-pôster V45-31).

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Comparação de dois ensaios imunoenzimáticos, um de procedência nacional e outro estrangeira, na pesquisa de anticorpos anti-HTLV-1/2 em população infectada pelo HIV. In: XI ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNINOVE, 2014, São Paulo, SP. (Publicação de trabalho/Resumo Área Biológica).

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Impact of the HIV infection in diagnosing HTLV-1 and HTLV-2. In: XII INTERNATIONAL SYMPOSIUM OF HTLV IN BRAZIL AND IV PAULISTA SYMPOSIUM OF HTLV, 2014, São Paulo, SP. Oral Presentation. Abstract Book, p.18-19. (Apresentação de trabalho/Comunicação).

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. and the Group of Surveillance and Diagnosis of HTLV of São Paulo (GSuDiHTLV-SP). Prevalence and risk factors associated with HTLV-1 and HTLV-2 infections among HIV/AIDS patients in São Paulo, Brazil. In: XII INTERNATIONAL SYMPOSIUM OF HTLV IN BRAZIL AND IV PAULISTA SYMPOSIUM OF HTLV, 2014, São Paulo, SP. Oral Presentation. Abstract book p.19-20. (Apresentação de trabalho/Comunicação).

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Development of a multiplex real-time PCR assay for the rapid detection and differentiation of HTLV-1 and HTLV-2 infections. In: XII INTERNATIONAL SYMPOSIUM OF HTLV IN BRAZIL AND IV PAULISTA SYMPOSIUM OF HTLV, 2014, São Paulo, SP. Poster. Abstract Book p. 38-39. (Publicação de trabalho/Resumo).

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. and the Group of Surveillance and Diagnosis of HTLV of São Paulo (GSuDiHTLV-SP). Prevalência e fatores de risco associados à infecção por HTLV-1 e HTLV-2 em pacientes infectados pelo HIV em serviço especializado de São Paulo. In: 10º CONGRESSO DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 6º CONGRESSO DE AIDS, 2015, São Paulo, SP. Pôster 207. (Apresentação de trabalho/Pôster).

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Comparação de dois ensaios imunoenzimáticos, um de procedência nacional e outro estrangeira, na pesquisa de anticorpos anti-HTLV-1/2 em população infectada pelo HIV. In: 10º CONGRESSO DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 6º CONGRESSO DE AIDS, 2015, São Paulo, SP. Pôster 234. (Apresentação de trabalho/Pôster).

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Desempenho de testes confirmatórios de infecção por HTLV-1 e HTLV-2 em população infectada pelo HIV. In: 10º CONGRESSO DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 6º CONGRESSO DE AIDS, 2015, São Paulo, SP. Pôster 237. (Apresentação de trabalho/Pôster).

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Vigilância e diagnóstico de infecção por HTLV-1 e HTLV-2 em indivíduos infectados pelo HIV. In: SEMINÁRIO DE AVALIAÇÃO PARCIAL PPSUS – 2012-2013, 2015, São Paulo, SP. Caderno de resumos... p. 48-49. (Publicação de trabalho/Resumo).

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Diagnóstico da infecção por HTLV-1/2 na coinfecção por HIV: desempenho de testes confirmatórios. In: XVIII REUNIÃO DO SERVIÇO DE HTLV IIER, 2016, São Paulo, SP. Oral 1 (Mesa Coinfecções).

CATERINO-DE-ARAUJO, A. et al. Sexually Transmitted Infections, v. 93, S2, A93, 2017. Doi: 10.1136/sextrans-2017-053264.238. STI & AIDS Congress, XI Congresso da Sociedade Brasileira de DST/AIDS, VII Congresso Brasileiro de Aids. 2017, Rio de Janeiro. P3.01. (Apresentação de trabalho/Congresso).

Diego Freire - Agência FAPESP 11/05/2015 - Pesquisa brasileira sobre HIV e HTLV é apresentada em vídeos internacionais. Disponível em: http://agencia.fapesp.br/pesquisa_brasileira_sobre_hiv_e_htlv_e_apresent....

Matéria divulgada pela Agência FAPESP, em 11 maio 2015 Disponível em: http://ses.sp.bvs.br/.

Matéria divulgada no site de notícias do Instituo Adolfo Lutz, em 19 maio 2015. Disponível em http://intranet.ial.sp.gov.br/homepage/coluna-centro/noticias/2015/pesqu....

CAMPOS, Karoline Rodrigues. Desafios no diagnóstico da infecção por HTLV-1 e HTLV-2 em pacientes infectados com o HIV. 2016. Dissertação (Mestrado - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo) – São Paulo, 2016. Bolsista CAPES.

BARRETO-DAMIÃO, Carlos Henrique. Prevalência de infecção por HTLV-1 e HTLV-2 em pacientes infectados pelo HIV. Bolsista de IC FAPESP # 13/19775-2.

GONÇALVES, Maria Gisele. Padronização da PCR em tempo real no formato multiplex para ser usada no diagnóstico e monitoramento de infecção por HTLV-1 e HTLV-2 usando diferentes plataformas moleculares. Tese de Doutorado em andamento dentro do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

COSTA, Nadia Aparecida. “Vigilância e diagnóstico de infecção por HTLV-1 e HTLV-2 em pacientes infectados pelo HIV”. Bolsista TT3 FAPESP # 2014/15845-9.

SANTANA, Marcela Brito de. “Vigilância e diagnóstico de infecção por HTLV-1 e HTLV-2 em pacientes infectados pelo HIV”. Bolsista TT3 FAPESP # 2013/21014-0.

Aplicabilidade para o SUS:
Com esta pesquisa foi possível determinar a real prevalência de infecção por HTLV-1 e HTLV-2 em população infectada pelo HIV/Aids de São Paulo no momento atual (Caterino-de-Araujo et al. ARHR, 2015; Campos et al., ARHR 2017) e qual o melhor algoritmo de testes confirmatórios para ser empregado nesta população de indivíduos. O algoritmo que apresentou melhor custo-efetividade foi o emprego da qPCR, seguida do LIA nas amostras negativas no teste molecular de infecção por HTLV-1 e HTLV-2 (Dissertação de Mestrado de Karoline Rodrigues Campos e trabalho publicado: Campos; Gonçalves; Caterino-de-Araujo, BJID 2017). Este algoritmo diminuirá o custo do exame de sorologia para HTLV que vem sendo adotado pelo Instituto Adolfo Lutz como rotina. Além disso, de importância para o SUS foi a padronização e validação da qPCR (pol) no formato multiplex para ser usada em diferentes aparelhos e com reagentes de diversos fabricantes. Esta metodologia poderá ser comercializada e/ou repassada a todos os Laboratórios de Saúde Pública do Brasil (LACEN), uma vez que não existe até o momento um kit comercial para determinação de carga proviral (CPV) de HTLV disponível no mercado, embora já exista produto patenteado no Brasil. A metodologia de qPCR faz parte da tese de doutorado de Maria Gisele Gonçalves, que vem sendo mantida sob sigilo até sua defesa. Finalmente, de importância para o SUS foi a vigilância da infecção por HTLV-1/2 em população HIV/Aids e sua tendência, que varia de acordo com as categorias de exposição aos retrovírus humanos. Foi demonstrado que ela estava associada ao UDI e que há uma tendência à transmissão pela via sexual (CATERINO-DE-ARAUJO et al., 2015; CATERINO-DE-ARAUJO; CAMPOS, STI, 2017). Também cabe destacar que durante a execução do projeto alguns trabalhos serviram de subsídio ao Ministério da Saúde na elaboração de documento enviado à CONITEC para incluir os testes confirmatórios de WB, LIA e PCR, na Tabela SUS nos casos de ATL. Além disso, os resultados obtidos vêm auxiliando no melhor acompanhamento do paciente e na incorporação efetiva da sorologia para HTLV em todos os serviços de DST/Aids da capital e do interior de São Paulo. Isto se deve em parte à divulgação feita em congressos, mídia eletrônica e trabalhos publicados. Neles, foi dada ênfase à recomendação do Ministério da Saúde para incluir a sorologia HTLV no primeiro atendimento ao paciente com HIV que consta do “Guia de manejo clínico da infecção pelo HTLV” e do “Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em adultos”, disponibilizados nos sites do MS: e . De fato, temos observado uma crescente demanda de exames originários de Centros de Atendimento a pacientes com HIV/Aids de São Paulo, motivo de descentralização dos Exames de Diagnóstico de infecção por HTLV-1 e HTLV-2 para as Unidades do IAL de Araçatuba (CRL-Araçatuba) e São José do Rio Preto (CRL-SJRP).
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Luciana Bertocco de Paiva Haddad
Instituição:
Fundação Faculdade de Medicina; Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Endereço:
Rua. Dr. Ovídeo Pires de Campos, 225, Prédio da Administração 5º andar, Cerqueira César, São Paulo, SP, Brasil.
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Objetivos:
O objetivo primário do estudo foi analisar prospectivamente os custos do paciente cirrótico em hospital de alta complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, incluindo as complicações decorrentes da cirrose, o período de espera em lista de transplante, o transplante hepático e o seguimento de um ano pós-transplante. O objetivo secundário foi relacionar fatores clínicos relacionados aos custos com o paciente cirrótico pré-transplante e avaliar o impacto do MELD (Model for End-Stage Liver Diseas) pré-transplante e das complicações relacionadas à cirrose no custo do transplante hepático. Este subprojeto insere-se em linha de pesquisa em desenvolvimento pela coordenadora para avaliação econômica em saúde. Nesta linha, realizamos a avaliação dos custos do transplante hepático em hospital de alta complexidade no SUS, incluindo período de espera em lista de transplante, internação para o transplante hepático e seguimento pós-transplante.
Materiais e Métodos:
Assim, desde janeiro de 2012, todos os doentes inclusos em lista de transplante hepático no Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo, foram acompanhados em relação aos custos ambulatoriais e ao das internações, devido às complicações e para o transplante. Foram incluídos nesta análise 627 pacientes cirróticos em lista para transplante hepático. Destes, 79 pacientes foram transplantados em 2012; 76 pacientes transplantados em 2013; 103; em 2014; e 20 até a finalização deste estudo, incluindo transplantes com doador vivo. Todos os pacientes transplantados que receberam alta hospitalar foram acompanhados para a avaliação de custos pós-transplante. Nessa mesma linha de pesquisa, foi realizado um estudo de avaliação do custo-efetividade do manejo ambulatorial da ascite refratária em cirróticos, dentro de um projeto de Iniciação Científica. Neste estudo, acompanhamos todos os pacientes com diagnóstico de ascite refratária acompanhados nessa instituição para determinar os custos com seu acompanhamento e complicações, bem como foram acompanhados 87 pacientes com ascite refratária. A inclusão desta linha de pesquisa no Subprojetos de Pesquisa em IST, HIV/Aids e Hepatites Virais permitiu a ampliação e o aparelhamento da equipe já consolidada e com experiência em avaliações econômicas. Isso possibilitou um enfoque maior sobre o paciente cirrótico e suas complicações, com o acompanhamento de cerca de 627 pacientes cirróticos. Esta análise permitiu avaliar os custos reais com o tratamento desses doentes, possibilitando que fossem determinados os custos dos pacientes que faleceram devido a complicações da cirrose, e os custos dos pacientes que foram submetidos ao transplante hepático, incluindo o desfecho após o mesmo.
Palavras-Chave:
Transplante hepático. Custo-efetividade. Avaliação econômica. Cirrose hepática.
Divulgação e/ou Publicações:

TURRI, J. A. O.; HADDAD, Luciana Bertocco de Paiva; ANDRAUS, W.; DINIZ, M. A.; D’ALBUQUERQUE, L. A. C. Maintenance cost of the cirrhotic patient on the waiting list for Liver Transplantation. Impact of MELD, gravity and time on waiting list. In: ILTS 2014, 2014, Londres. Liver Transplantation. London: Wiley, 2014. v. 20. p. s115.

MENDES, L. R.; HADDAD, L. B. P. ; D’ALBUQUERQUE, L. A. C. COST-EFFECTIVENESS OF EVEROLIMUS IN LIVER TRANSPLANTATION. ISPOR – International Society for Pharmacoeconomics and Outcomes Research. 2015. Value in Health, v. 18, p. A626, 2015.

ANDRADE, K. R.; HADDAD, L. B. P.; NACIF, Lucas-Souto; MANIN, C. B.; ANDRAUS, W.; D’ALBUQEURQUE, LAC. Correlation of Adverse Drug Reactions (ADRs) Triggered By Immunosuppressive Therapy With Re-Admissions in Post-Liver Transplant. In: ILTS 2014, 2014, Londres. Liver Transplantation. London: Wiley, 2014. v. 20. p. 173. (Publicação de Trabalho/Resumo).

ANDRADE, K. R.; HADDAD, Luciana Bertocco de Paiva et al. Custos do transplante de fígado de pacientes com hepatocarcinoma em um hospital público de alta complexidade. In: VII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. 2014. (Apresentação de Trabalho/Resumo/Pôster).

CONTE, Tatiana. Custo efetividade do TIPS para tratamento da ascite refratária em cirróticos. 2015. Iniciação científica (Graduando em Gastroenterologia) Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, 2015. (Orientador).

TURRI, José Antônio Orellana. Custos do paciente cirrótico em lista de transplante hepático. Início: 2013. Dissertação (Mestrado em Ciências em Gastroenterologia) – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo. (Orientador).

MENDES, Luana Regina Baratelli Carelli. Custo-utilidade do everolimus na imunossupressão após transplante hepático. Início: 2016. Tese (Doutorado em Ciências em Gastroenterologia) – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (Orientador).

ANDRADE, Karla Rodrigues. Estudo farmacoterapêutico e farmacoeconômico com pacientes transplantados hepáticos. 2014. Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em Farmácia) – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Fundação do Desenvolvimento Administrativo. 2014. Orientador: Luciana Bertocco de Paiva Haddad.

Aplicabilidade para o SUS:
Obtivemos dados concretos dos valores do custo do transplante hepático, dos custos de manutenção de pacientes em lista de espera e dos custos pós-transplante; dados de custo de cada material, medicamento, exame laboratorial, exame de imagem de cada especialidade médica e não médica e de todo recurso humano empregado no atendimento dos pacientes atendidos neste hospital; dados de intercorrências, melhoras, pioras de quadro e sua correlação com dados clínicos iniciais e diagnósticos; e dados que correlacionam custos com o MELD dos pacientes atendidos e suas implicações em lista de espera e no transplante. Com esses dados obtidos, é possível avaliar o impacto do custo do cirrótico em lista de transplante. Assim, é possível trabalhar as prioridades de tratamento, como tratar precocemente os doentes infectados pela hepatite C, evitando as complicações da cirrose. Podemos também estabelecer prioridades na fila do transplante hepático, adequando as políticas em saúde.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Theolis Costa Barbosa Bessa
Instituição:
Instituto Gonçalo Moniz; Fundação Oswaldo Cruz.
Endereço:
Rua Waldemar Falcão, 121, Candeal, Salvador, BA, Brasil.
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Hospital Especializado Octávio Mangabeira; Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa; Serviço Municipal de Assistência Especializada.
Introdução e Justificativa:
A coinfecção tuberculose (TB)-vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um dos maiores desafios para o controle global da TB. O diagnóstico precoce da infecção HIV em pacientes com TB é essencial para o tratamento eficaz de ambas as infecções, possibilitando melhor prognóstico e contribuindo para diminuir a mortalidade nessa população. A aceitação do teste para HIV pode sofrer influência de fatores individuais. Conhecer esses fatores pode auxiliar na proposição de estratégias que ampliem a testagem para HIV e contribuam para melhora da atenção à saúde dos portadores de TB.
Objetivos:
Determinar a taxa de aceitação e identificar os fatores associados à não aceitação do teste para HIV entre pacientes recém-diagnosticados com TB em um hospital de referência para o diagnóstico e tratamento desta doença.
Materiais e Métodos:
Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal com amostragem de conveniência.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram recrutados 329 pacientes, dos quais 292 (88,8%) aceitaram, e 29 (11,2%) não aceitaram realizar o teste para HIV. Foi observada associação entre a não solicitação do teste e sua não aceitação (RP 2.14, IC 1.17-3.90). Os principais motivos para a aceitação do teste foram a solicitação médica seguida pelo aconselhamento ofertado. Não foi observada associação entre características individuais e a recusa ou aceitação do teste para HIV, porém as variáveis CAGE positivo e sexo com pessoas do mesmo sexo mostraram-se modificadoras da associação entre a não solicitação do teste e sua não aceitação em modelo multivariado, sugerindo a necessidade de maior atenção a estes grupos. Observações realizadas de forma não sistemática sugerem que uma melhor adequação logística para a realização do teste mais próximo do local de consulta médica pode favorecer a sua efetiva realização após o aconselhamento.
Conclusões:
A solicitação sistemática do teste pode ter impacto direto na aceitação do mesmo pelo paciente, pelo fato de o exame ser oferecido junto com o pacote de cuidados ofertado pelo serviço durante o atendimento inicial para TB. Há a necessidade de conscientização e treinamento sobre a testagem para HIV entre os profissionais de saúde.
Palavras-Chave:
Testagem. HIV. Coinfecção tuberculose. Aceitação.
Divulgação e/ou Publicações:

TURRI, J.A.; HADDAD, L.B.; ANDRAUSS, W.; D’ALBUQUERQUE, L.A. ; DINIZ, M. A. The high cost patients on waiting list for the Liver Transplantation. main burdens and consequences for the Public Health System. Value in Health, v. 18, p. A224, 2015. ISPOR – International Society for Pharmacoeconomics and Outcomes Research. 2015.

ANDRADE, K. R.; HADDAD, Luciana Bertocco de Paiva et al. Custos com medicamentos utilizados no transplante hepático de pacientes com hepatocarcinoma. In: VII Congresso Brasileiro de Farmacêuticos em Oncologia. 2014. (Apresentação de Trabalho/Resumo/Pôster).

ROCHA, Michael Santos. Avaliação da adesão ao teste para HIV em pacientes recém-diagnosticados com tuberculose. 2016. Orientador: Theolis Costa Barbosa Bessa. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa) – Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 2016.

Aplicabilidade para o SUS:
Nossos dados podem ser utilizados para análise e treinamento de equipes no oferecimento da testagem para o HIV entre pacientes com tuberculose. Realizar a conscientização dos profissionais para a importância do oferecimento da testagem implicará melhor conhecimento da clínica do paciente, o que trará resultados para a melhoria do manejo do paciente e potencialmente para uma melhor adesão ao tratamento. Sugerimos trabalhar aumentando a indicação médica do teste, desconstruindo o preconceito e assegurando o sigilo do resultado, esclarecendo sobre a necessidade de realização periódica e oferecendo o teste de forma mais acessível e rápida. O conhecimento dos genótipos dos patógenos envolvidos no mono- e coinfecção TB-HIV contribuirá imediatamente para a vigilância das linhagens circulantes em nosso meio, o que pode ter aplicação imediata para o SUS, caso sejam evidenciados associação entre linhagens de TB e de HIV em indivíduos coinfectados, casos de introdução de novas linhagens ou detecção de surtos. Em médio prazo, os resultados contribuirão para os esforços de desenvolvimento de vacinas contra ambos os patógenos, não sendo possível precisar um prazo para a sua aplicabilidade.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Rosilane de Lima Brito Magalhães
Instituição:
Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Endereço:
Campus Universitário Ministro Petrônio Portella, Bairro Ininga (Departamento de Enfermagem), Teresina, PI, Brasil.
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Universidade Federal do Piauí; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP/USP); Universidade Federal do Ceará (UFC); Universidade Federal de Goiás (UFG).
Introdução e Justificativa:
De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids, existem atualmente cerca de 35 milhões de pessoas infectadas pelo HIV no mundo. No que se refere à hepatite B, cerca de dois bilhões de pessoas já foram infectadas pelo vírus da hepatite B, e 240 milhões são portadoras crônicas. Mulheres profissionais do sexo apresentam elevado risco para essas infecções, pois se encontram em condições desfavoráveis, quando fazem um acordo verbal com seus clientes; na maioria das vezes, realizam suas atividades em ambientes poucos seguros, e em algumas situações deixam de usar o preservativo durante a relação sexual. A vacina contra hepatite B é a medida mais eficaz para prevenção dessa infecção. Embora seja recomendada e disponível gratuitamente para profissionais do sexo, uma baixa cobertura vacinal tem sido observada nesta população.
Objetivos:
Analisar os incidentes críticos positivos e negativos relacionados ao HIV e à hepatite B relatados por mulheres profissionais do sexo e verificar as condições de saúde de mulheres profissionais do sexo relacionadas à infecção pelo HIV e hepatite B.
Materiais e Métodos:
Inicialmente, realizou-se um estudo transversal. A seguir, foi formada uma coorte de mulheres para vacinação contra hepatite B. Para o recrutamento das participantes, foi realizado contato com a Associação de Mulheres Profissionais do Sexo do Estado do Piauí, e em seguida, foram selecionadas sete mulheres dessa população-alvo, denominadas de “sementes”, que apresentaram características diversificadas, para buscar uma amostra representativa. Um total de 416 mulheres participou do estudo. Todas foram entrevistadas, utilizando-se um instrumento que foi validado quanto à forma e conteúdo. A seguir, foram testadas para o HBsAg e anti-HIV pelo teste rápido.
Resultados - Parciais ou Finais:
A maioria era jovem; possuía baixa escolaridade; solteiras e referiu parceria fixa e/ou casual remunerada na prostituição, parceria afetiva fora da prostituição e uso inconsistente do preservativo com parceria fixa. O consumo do álcool foi elevado (81,5%), sendo o crack a principal droga. Doze mulheres nunca realizaram o exame para prevenção do câncer do colo uterino. Todas as participantes aceitaram realizar os testes rápidos, e foram detectados 12 (2,9%) casos positivos para anti-HIV, e dois casos (0,4%) para HBsAg. As mulheres com resultados positivos foram encaminhadas para o Serviço de Assistência Especializado de Teresina. Do total, somente 28,3% referiu vacinação prévia contra hepatite B. Das mulheres que iniciaram o esquema vacinal, 16,3% concluíram as três doses. A prevalência do anti-HIV nas profissionais do sexo de Teresina foi quase nove vezes maior do que a encontrada em gestantes do Estado do Piauí (2.9% versus 0.33%), acrescido da elevada frequência de comportamentos de risco evidencia o risco de infecção pelo HIV nesta população-chave.
Conclusões:
A elevada aceitabilidade da primeira dose da vacina, associada à baixa completude do esquema vacinal em profissionais do sexo, evidenciam a necessidade de estratégia mais persuasiva que vá além da oferta da vacina no local de trabalho.
Palavras-Chave:
Profissionais do sexo. Mulher. Hepatite B. HIV. Aids. Vacina.
Divulgação e/ou Publicações:

GIR, E., MAGALHAES, R. L. B., PEREIRA, F. M. V., REIS, R. K., LOPES, L. P., GALVAO, M. T. G., CANINI, S. R. M. S. P3.414 Adherence to Hepatitis B Vaccine by Female Sex Workers in a Northeast City of Brazil. Sexually Transmitted Infections (Print). http://admin-apps.isiknowledge.com/JCR/JCR?RQ=RECORD&rank=1&journal=SEX+.... 89, p. A278-A278, n. 2013.

MAGALHAES, R. L. B.; CARVALHO, V. M., BRITO, G. M. I.; OLIVEIRA, L. B.; GALVAO, M. T. G., GIR, E. Risk practices and immunization against hepatitis B among female sex workers. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, v. 17, p. 636-642, 2016.

MAGALHAES, R. L. B.; TELES, S. A.; REIS, R. K.; GALVAO, M. T. G.; GIR, E. Low completion rate of hepatitis B vaccination in female sex workers. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 70, p. 514-519, 2017.

WORLD STI & HIV 2015 CONGRESS BRISBANE AUSTRÁLIA, 2015. MAGALHÃES, R. L. B.; GALVAO, M. T. G.; FLECKREINATO, L. A.; REIS, R. K.; TELES, S. A.; GIR, E. Women sex workers living with HIV in a capital of northeastern Brazil - Preliminary Results. Sexually Transmitted infections, v. 91, p. 219-219, 2015. (Publicação de Trabalho/Anais).

IV CONGRESSO de Investigação em Enfermagem Ibero-americano e de Países de Língua Oficial Portuguesa, 2014, Coimbra. IV Congresso de Investigação em Enfermagem Ibero-americano e de Países de Língua Oficial Portuguesa, 2014, Lisboa.

MAGALHÃES, R. L. B.; GALVAO, M. T. G.; GIR, E. Uso de álcool por mulheres profissionais do sexo de uma capital do nordeste do Brasil. Referência Suplemento, v. 2, p. 182-182, 2014. (Publicação de Trabalho/Anais) STD Prevention Conference, 2014, Atlanta.

GIR, E.; MAGALHÃES, R. L. B.; REINATO, L. A. F.; PEREIRA, F. M. V.; REIS, R. K.; GALVAO, M. T. G. Prevalence of HIV infection in sex workers in a capital city of northeast Brazil, Atlanta, v. 41. p. 84-84, 2014. (Publicação de Trabalho/Anais) STI AIDS, 2013, Viena.

GIR, Elucir; MAGALHÃES, R. L. B.; PEREIRA, F. M. V.; LOPES, L. P.; GALVAO, M. T. G.; CANINI, S. R. M. Adherence to hepatiteis B vacine by female sex workers in a northeast city of Brazil. Sexually Transmitted Infections, v. 89. p. A311-A311, 2013. (Publicação de Trabalho/Anais) STI AIDS World Congress 2013, Viena.

GIR, E.; MAGALHÃES, R. L. B.; PEREIRA, F. M. V.; REIS, R. K.; GALVAO, M. T. G. Adherence to hepatitis B vaccine by female sex workers in a northeast city of Brazil. Sex Transm Infect. Viena-Austria: Epidemiology and Prevention Sciences Track, v. 89. p. 89- 278, 2013. (Publicação de Trabalho).

GIR, E.; MAGALHAES, R.; REINATO, L. A. F.; PEREIRA, F. M. V.; REIS, R. K.; GALVÃO, M. T. G.; TELES, S. A. Prevalence of HIV infection in sex workers in a capital city of northeast Brazil, 2014. (Publicação de Trabalho/Anais).

BRITO, Giselle Mary Ibiapina. Prevalência da sífilis em mulheres profissionais do sexo e fatores associados. (PIBIC).

MARTINS, Polyanna Maria Oliveira. Caracterização de mulheres profissionais do sexo com diagnóstico sorológico positivo para HIV. (ICV).

MARTINS, Polyanna Maria Oliveira. Seguimento do HIV em mulheres profissionais do sexo. (PIBIC).

OLIVEIRA, Vanessa Moura Carvalho de. Levantamento da situação vacinal contra Hepatite B de mulheres profissionais do sexo da zona central de Teresina/PI. (PIBIC).

OLIVEIRA, Vanessa Moura Carvalho de. Caracterização de mulheres profissionais do sexo com diagnóstico sorológico positivo para sífilis. (ICV).

Aplicabilidade para o SUS:
Os resultados demonstram ainda a necessidade de garantir o acesso de populações de maior vulnerabilidade em unidade de saúde. Garantir capacitação de profissionais referente à realização de testes rápido em diferentes níveis de atenção. A detecção de 12 casos de HIV poderá ser impactante na redução de novos casos. Um aumento da vacinação contra hepatite B poderá ter impacto na redução de novos casos de novas infecções. Urge investir na promoção da saúde com vista à realização de educação em saúde sobre a prevenção de vários agravos que esta população está exposta; ampliar estratégia de rastreamento de casos de HIV e hepatite B, C e sífilis nesta população; desenvolver melhor acolhimento dos casos detectados nos Serviço Ambulatorial Especializado e também nas Unidades Básicas de Saúde, para melhor adesão do tratamento do HIV e redução da transmissibilidade.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
André Reynaldo Santos Périssé
Instituição:
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca; Fundação Oswaldo Cruz.
Endereço:
Rua Leopoldo Bulhões, 1480, Manguinhos, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Período de Vigência:
2014-2015
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (Fiocruz); Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro; Grupo Arco-Íris e Grupos Pela Vida.
Introdução e Justificativa:
Homens que têm sexo com homens (HSH) respondem por mais de 32% do acumulado de casos notificados de Aids, de 1980 a 2010, entre os homens com mais de 13 anos de idade. Para que medidas preventivas específicas sejam utilizadas, é preciso conhecer bem as variáveis associadas ao risco de soroconversão neste grupo populacional. Variáveis como internalização homonegativa, revelação sorológica para parceiros e adaptação sorológica têm sido associadas à soroconversão, mas nunca foram estudadas em nosso meio. Além disso, estudos envolvendo as redes sociais de HSH são raros entre nós.
Objetivos:
Conhecer os fatores associados à aquisição do HIV entre um grupo de homens que fazem sexo com homens.
Materiais e Métodos:
Estudo transversal, em que pessoas que se identificam como HSH foram entrevistadas sobre variáveis individuais; elucidaram parceiros sexuais e de afinidade; responderam a perguntas específicas sobre estes parceiros e sobre as possíveis interações entre todos os membros da rede pessoal. Posteriormente, as pessoas entrevistadas ofereceram a participação no estudo para os parceiros elucidados. Somente os indivíduos que responderam ao questionário no local da pesquisa foram testados para o HIV.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram incluídos no estudo 341 voluntários. A maioria deles era mestiço, solteiro, de idade média de 30,6 anos, e com nível de instrução superior. A prevalência do HIV foi de 13,9%. Dois modelos de regressão logística foram elaborados, um de sexo anal receptivo e outro de sexo anal insertivo. Ambos os modelos mostraram uma associação com o HIV entre aqueles voluntários que relatavam parceiro sexual positivo para o HIV (Odds Ratio≈2.5) e ente aqueles com uma alta autopercepção de adquirir HIV (Modelo 1: Odds Ratio≈7/Modelo 2: Odds Ratio≈10). O baixo uso de preservativos na relação sexual anal receptiva com parceiros ocasionais teve associação direta com a soropositividade ao HIV. Os 341 voluntários descreveram 625 parceiros sexuais. A análise de rede de parceiros mostrou miscigenação por idade (66,3%), nível socioeconômico (76,9%) e estado civil (37,6%) para todos, sem diferença, segundo resultado do teste HIV. A análise multivariada mostrou que ter em sua rede de parceiros sexuais pelo menos uma relação com o compartilhamento de drogas está associada a ser HIV reagente (OR = 4.24 - 95%CI = [1.1419 -15.723] p = 0.03).
Conclusões:
O estudo identificou uma alta prevalência de HIV entre um grupo de homens que fazem sexo e fatores de risco individuais semelhantes entre aqueles HIV reagente ou não reagente. Nesse contexto, as informações de rede de parceiros são de especial interesse para compreensão da dinâmica de transmissão do HIV.
Palavras-Chave:
HIV. Aids. Homens que têm sexo com homens. Estudo de redes sociais. Rede egocêntrica.
Divulgação e/ou Publicações:

TORRES, R. M. C.; CRUZ, M. M. D.; PÉRISSÉ, A. R. S.; PIRES, D. R. F. High HIV infection prevalence in a group of men who have sex with men. Braz J Infect Dis, 2017 Jul 8, pii: S1413-8670(17)30091-0. doi: 10.1016.

PÉRISSÉ, André Reynaldo Santos et al. Perfil de comportamento sexual entre homens que fazem sexo com homens (HSH) e a soroconversão para o HIV. In: X CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST E VI CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS, São Paulo, maio de 2015. (Apresentação de trabalho/Congresso).

PÉRISSÉ, André Reynaldo Santos et al. Caracterização dos parceiros sexuais e infecção pelo HIV em HSH no Rio de Janeiro/Brasil. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA, Florianópolis, outubro de 2017. (Apresentação de trabalho/Congresso).

PÉRISSÉ, André Reynaldo Santos et al. Análise de rede de parceiros sexuais de uma população HSH e infecção pelo HIV/Aids no Rio de Janeiro. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA, Florianópolis, outubro de 2017. (Apresentação de trabalho/Congresso).

ROBINEAU, Olivier - Doutorado. Título do trabalho (tema de estudo): L’intérêt des réseaux sociaux dans la prise en charge, la transmission et la prévention des maladies infectieuses (Interesse nas redes sociais e aplicação da aquisição, transmissão e prevenção de doenças infecciosas) – Doctorant en épidémiologie de l’université Pierre et Marie Curie (Institut Pierre Louis d’Epidémiologie et de Santé Publique).

TORRES, Raquel Maria Cardoso. Doutorado em andamento em Saúde Pública (Conceito CAPES 4). Fundação Oswaldo Cruz, FIOCRUZ, Brasil. Título: Avaliação de efetividade da intervenção? quero fazer? para a redução dos comportamentos de risco entre HSH e da soroconversão para o HIV/Aids no município do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Orientador: Marly Marques da Cruz. Coorientador: André Reynaldo Santos Périssé.

Aplicabilidade para o SUS:
Adaptação de medidas preventivas contra o HIV, levando-se em conta os dados de rede egocêntrica. Com isso, medidas que visem identificar pessoas com maior chance de adquirir e transmitir o HIV poderão ser implementadas, como a testagem de indivíduos centrais em unidade de testagem e aconselhamento ou unidades móveis.
Edital/Chamamento:
Chamada MCTI – CNPq/MS-SCTIE-DECIT-SVS-DST-Aids n. 30/2014
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Lia Laura Lewis-Ximenez de Souza Rodrigues
Instituição:
Instituto Oswaldo Cruz; Fundação Oswaldo Cruz.
Período de Vigência:
2014-2016
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Fundação Oswaldo Cruz; Massachusetts General Hospital/Harvard Medical School.
Introdução e Justificativa:
A vacina para hepatite B é recomendada a todos os indivíduos portadores de hepatite C no Brasil. Entretanto, a resposta vacinal na produção de anticorpos protetores (anti-HBs) é reduzida quando comparada a indivíduos saudáveis. A presença de infecções virais latentes, tais como Epstein-Barr, Citomegalovírus humano (CMV), HIV, etc., está associada à redução da eficiência da resposta imune a diversas vacinas em portadores crônicos do vírus da hepatite C (VHC). Porém, a influência destas infecções na resposta vacinal para hepatite B, na população brasileira com VHC, ainda não é conhecida.
Objetivos:
Avaliar a resposta imune após vacinação por meio de sorologia e citometria de fluxo.
Materiais e Métodos:
Foram realizadas comparações entre 36 amostras de indivíduos portadores do VHC vacinados para hepatite B, sendo 13 portadores crônicos e 23 indivíduos com resolução viral espontânea (RVE).
Resultados - Parciais ou Finais:
Na resposta humoral, foi observado que 23/36 (63,8%) dos indivíduos com VHC apresentaram o anti-HBs detectável após três doses da vacina. Notou-se que a maioria dos indivíduos com RVE (64,7%) eram positivos para anti-HBs no período de 1 a 12 meses da primeira dose, enquanto todos portadores crônicos do VHC apresentavam níveis detectáveis de anti-HBs somente após 12 meses da primeira dose. Depois de 1-3 meses da 3a dose, naqueles indivíduos com RVE, o anti-HBs foi detectado em 17/23 (73,9%), dos quais 10/17 (58,9%) apresentaram títulos elevados de anti-HBs (>100UI/mL). Já os portadores crônicos de VHC, somente 6/13 (46,2%) responderam a vacina, e destes, 2/6 (33,3%) com títulos de anti-HBs>100UI/mL. Considerando os indivíduos negativos para o anti-HBs depois da 3a dose, os resultados mostraram que 13/36 (36,1%) pertencem a este grupo, sendo 7/13 (53,8%) portadores crônicos. Quanto à pesquisa de células TCD8 HBs-específicas após a 3a dose, 15 pacientes foram investigados (n=7 crônicos; n=8 com RVE), em que 7/15 (46,6%) (n=4 crônicos; n= 3 com RVE) apresentaram baixo número de células TCD8 HBs-específicas no sangue periférico (n=1-3 células/100mil linfócitos). Entre os crônicos com resposta TCD8 HBs-específicas, 3/4 (75%) não tinham níveis de anti-HBs detectáveis após vacinação. Na pesquisa de células TCD8 CMV-específicas em amostras negativas para anti-HBs após três doses da vacina, foi verificado que 12/13 (92,3%) dos indivíduos com VHC apresentavam células CMV-específicas circulando (>100 células/100mil linfócitos).
Conclusões:
Em suma, a maioria dos portadores crônicos do VHC não possuem níveis de anti-HBs detectáveis após vacinação para hepatite B. A presença de células TCD8 CMV-específicas pode estar envolvida em uma progressiva redução da resposta imune vacinal para hepatite B, principalmente em portadores crônicos. Futuros estudos são necessários para investigar o perfil das células T antígeno-específicas nesta população. O monitoramento da vacinação para hepatite B em portadores do VHC é essencial e deve incluir a pesquisa de outras infecções latentes.
Palavras-Chave:
Hepatite C crônica. Vacina hepatite B. Resposta imune.
Divulgação e/ou Publicações:

MELGAÇO, Juliana Gil; SOUSA, Paulo Sergio Fonseca de; BAPTISTA, Bruna Silva; TONERRE, Pierre; TORRES-CORNEJO, Almudena; KVISTAD, Daniel; ROBIDOUX, Maxwell; WOLSKI, David; LEWIS-XIMENEZ, Lia Laura; LAUER, Georg M. Portadores de hepatite C que apresentam células TCD8-Citomegalovírus-específicas tem dificuldade em produzir anti-HBs após vacinação. In: 11º CONGRESSO DE HIV/Aids; 4º CONGRESSO DE HEPATITES VIRAIS: PREVENÇÃO COMBINADA: MULTIPLICANDO ESCOLHAS, 26 a 29 de setembro de 2017, Curitiba, PR, MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, Anais... p. 199. (Apresentação de trabalho/Resumos e Anais).

MELGAÇO, Juliana Gil; SOUSA, Paulo Sergio Fonseca de; BAPTISTA, Bruna Silva; TONERRE, Pierre; TORRES-CORNEJO, Almudena; KVISTAD, Daniel; ROBIDOUX, Maxwell; WOLSKI, David; LEWIS-XIMENEZ, Lia Laura; LAUER, Georg M. Influence of Chronic Hepatitis C on the Phenotype of CD8 T Cells Targeting other Viruses. In: 15TH ANNUAL MGH GASTOINTESTINAL UNIT CLINICAL AND BASIC SCIENCE RESEARCH RETREAT MEETING, Massachusetts General Hospital, EUA. (Apresentação de trabalho/Resumos e Anais).

MELGAÇO, Juliana Gil. Título: Influência da hepatite C crônica no fenótipo de células T CD8 antígeno-específicas após vacinação para hepatite B. (Pós-doutorado).

Aplicabilidade para o SUS:
A vacinação para hepatite B em portadores crônicos de hepatite C é importante para monitorar a prevenção e controle de coinfecções nas hepatites virais. A investigação de outros agravos, que induzem infecções latentes, como Citomegalovírus e Epstein-Barr devem receber atenção futura, principalmente, em portadores crônicos de hepatite C, podendo auxiliar nas medidas preventivas e de tratamento deste agravo.
Edital/Chamamento:
Processos Licitatórios 171/2013 - UNESCO
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Monica Siqueira Malta
Instituição:
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Endereço:
Av. Brasil, 4365, Biblioteca de Manguinhos, sala 229, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Período de Vigência:
2015-2017
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO); Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
Introdução e Justificativa:
Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), a população de travestis tem até 49 vezes mais chances de adquirir o HIV, quando comparados à população adulta em geral. Ainda segundo a UNAIDS, estima-se que 19% da população de travestis do mundo viva com HIV/AIDS. Entre a população de travestis, o principal fator associado à infecção pelo HIV tem sido o envolvimento com sexo comercial desprotegido, seguido de uso de drogas. No entanto, os dados acerca desta população são escassos e geralmente baseados no autorrelato da infecção pelo HIV (ou da emergência da síndrome clínica, a Aids), e não em resultados laboratoriais objetivos, razão pela qual este grupo foi identificado pela UNAIDS como prioritária para realização de estudos e intervenções voltadas para minimizar o impacto da epidemia de HIV/Aids entre travestis.
Objetivos:
Sistematizar e analisar comportamentos, atitudes, práticas e prevalências de HIV, Sífilis, HCV e HBV entre travestis e mulheres transexuais de 12 municípios brasileiros, a saber: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA).
Materiais e Métodos:
Foi utilizada a metodologia de amostragem RDS (Respondet Driven Sampling), a qual se inicia com algumas participantes identificadas como “sementes”. O critério de elegibilidade foi: passar a maior parte do tempo do dia no município onde foi recrutada; identificar-se com alguma identificação de gênero feminino; ter sido registrada ao nascimento com sexo masculino; e ter 18 anos ou mais. As convidadas elegíveis e que concordavam em participar da pesquisa (com assinatura do TCLE) respondiam a uma entrevista com a aplicação de questionário que abordava informações sociodemográficas; conhecimento acerca das formas de transmissão de HIV e algumas infecções sexualmente transmissíveis; comportamento sexual; uso de álcool e outras drogas; necessidades de saúde; experiências de discriminação e violência; visibilidade trans, integração e participação social. Testagens para IST: A todas as participantes foi oferecida a realização de testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C. Os testes foram realizados através de punção venosa, inclusive para os testes confirmatórios. Todas as participantes com resultados reagentes foram encaminhadas para o serviço de saúde pública mais próximo de sua residência, para iniciar o acompanhamento e tratamento necessários. As prevalências, bem como seus respectivos intervalos de credibilidade de 95%, foram calculadas para cada uma das 12 cidades separadamente, utilizando um estimador bayesiano, denominado RDS-B. Para cálculo da prevalência de sífilis “ativa”, foram considerados os casos que apresentaram titulação maior que 1:8 dentre aqueles que fizeram teste.
Resultados - Parciais ou Finais:
No total, foram entrevistadas 2.846 travestis e mulheres trans nas 12 cidades onde a pesquisa foi realizada, entre 2016/2017. Em São Paulo, foram realizadas 386 entrevistas, com o seguinte perfil: idade média de 31,1 (30,1-32,0) anos, identificação de gênero travesti (47,4%; [40,2%-54,6%]), pardas (46,0%; [38,7%-53,3%]), ensino fundamental (58,0%; [51,5%-64,5%]), profissional do sexo (38,6%; [33,9%- 43,6%]), renda média de R$ 1.047,8 [R$ 881,2 – R$ 1.214,4), com prevalência de ISTs de 2,63% (0,0-12,9%) para HBV; 40,2% (32,3%-48,1%) para HIV; 2,8% (0,0-13,1) para HCV e 26,9% (18,1%-35,7%) para sífilis ativa. Para a cidade de Manaus, foram 230 entrevistas, e o perfil foi composto por idade média de 25,6 (24,5-26,7) anos; identidade de gênero travesti (58,3%; [50,0%-66,7%]); pardas (79,2%; [73,1%-85,4%]); com ensino médio (57,0%; [48,5%-65,5%]); profissional do sexo (49,1%; [42,7%-55,6%]); renda média de R$967,23 (R$822,3-R$1.112,1); prevalência de HBV de 1,0% (0,0%-14,9%), de HIV de 26,1% (15,0%-37.2%) de HCV de 0,6% (0,0-15,3%) e 28,6% (17,6%-39,5%) para sífilis ativa. Em Salvador, foram 166 entrevistas, sendo a idade média de 29,21 (27,62-30,79) anos; identidade de gênero como mulher trans 35,1% (22,9%-47,4%); pretas (50,4%; [39,2%-61,6%]); ensino médio (52,9%; [42,5%-63,4%]); profissional do sexo (45,9%; [38,4%-53,5%]); renda média de R$1.317,8 (R$1.089,6-R$1.545,9); prevalência de HBV de 4,4% (0,0-20,1%), HIV de 24,4% (10,6%-38,2%) e HCV de 2,7% (0,0-18,8%) e 34,3% (21,5%-47,0%) para sífilis ativa. Na cidade de Belo Horizonte, foram 181 entrevistas, sendo a idade média de 29,4 (28,0-30,8) anos; identificação de gênero como mulher trans (42,0%; [30,9%-53,1%]); pardas (48,7%; [38,2%-59,2%]; ensino médio (64,3%; [55,5%-73,2%]); trabalho por conta própria/autônoma (43,0%; [36,0%-50,3%]); renda média de R$1.420,1 (R$1.080,2-R$1.759,9); sendo a prevalência de HBV de 1,5% (0,0%- 17,8%); de HIV 25,4% (12,1%-38,8%) e para HCV 0,4% (0,0-23,2%) e 25,2% (11,6%- 38,8%) para sífilis ativa. Em relação ao Distrito Federal, realizou-se 201 entrevistas, com o seguinte perfil: idade média de 28,2 (26,9-29,5) anos; identificação de gênero como mulher trans (51,6%; [42,0%-61,2%]; pardas (51,1%; [41,2%-61,0%]); ensino médio (47,8%; [37,9%-57,8%]), profissional do sexo (44,4%; [(37,6%-51,4%]); renda média de R$2.166,2 (R$1.874,2-R$2.458,3), com prevalência de HBV de 0,6% (0,0-17,7%), HIV de 20,0% (7,1%-32,9%), não tendo prevalência de HCV e 32,2% (20,4%-44,0%) para sífilis ativa. Na cidade de Fortaleza, foram 348 entrevistas, sendo a idade média de 27,6 (26,7-28,5) anos; identificação de gênero como travesti (45,2%; [37,4%-52,9%]); pardas (64,9%; [58,6%-71,2%]); ensino fundamental (52,2%; [45,0%-59,5%)]; profissional do sexo (33,1%; [28,3%-38,2%]), renda média de R$937,5 (R$789,4-R$1.085,6), com 1,6% (0,0%-12,5%) de prevalência de HBV, 20,5% (11,0%-30,1%) de HIV, sem casos de HCV e 30,8% (21,9%-39,6%) para sífilis ativa. Em Campo Grande, foram 108 entrevistas, com o seguinte perfil: idade média de 28,2 (26,6-29,9) anos; identidade de gênero como travesti (41,8%; [27,4%-56,1%]); parda (47,3%; [33,1%-61,4%]), ensino médio (58,6%; [46,5%-70,7%]); trabalho por conta própria/autônoma (47,9%; [38,6%-57,3%]); renda média de R$1.476,5 (R$1.265,6-R$1.687,58), sendo 1,6% (0,0-23,3%) de prevalência de HBV, 21,6% (4,0%-39,2%) de HIV; 1,3% (0,0%-23,7%) para HCV e 34,8% (18,9%-50,7%) para sífilis ativa. Em Belém, foram 259 entrevistas, sendo a idade média de 26,6 (25,5-27,7) anos, identidade de gênero travesti (41,4%; [32,0%-50,8%], parda (62,5%; [54,9%-70,1%]), ensino médio (59,9%; [52,2%-67,6%]), trabalhadora por conta própria/autônoma (33,4%; [27,9%-39,3%]); renda média de R$767,5 (R$659,4-R$875,7), tendo prevalência de HBV de 1,1% (0,0-16,8%), 22,2% (9,1%-35,3%) de HIV, sem prevalência de HCV e 28,6% (16,4%-40,8%) para sífilis ativa. Na cidade de Recife, foram 350 entrevistas, com o seguinte perfil: idade média de 28,1 (27,1-29,1) anos; identidade de gênero travesti (44,9%; [37,1%-52,7%]); parda (58,6%; [51,8%-65,4%]); ensino médio (52,6%; [45,3%-60,0%]); profissional do sexo (54,3%; [49,0%-59,4%]); renda média de R$928,5 (R$421,68-R$1.435,5), sendo 1,2% (0,0%-12,2%) de prevalência de HBV, 28,5% (19,6%-37,4%) de HIV; 0,2% (0,0%-16,3%) de HCV e 30,5% (21,7%-39,4%) para sífilis ativa. Na cidade de Curitiba, foram 246 entrevistas, sendo o perfil composto por idade média de 28,8 (27,7-30,0) anos, identidade de gênero mulher trans (46,2%; [37,0%-55,3%]); branca (52,5%; [43,8%-61,2%]), ensino médio (51,1%; [42,3%-59,8%]), trabalhadora por conta própria/autônoma (35,9%; [30,2%-42,1%]), renda média de R$1.955,5 (R$1.703,5-R$2.207,6), com prevalência de 0,7% (0,0-16,1%) para HBV, de 19,7% (7,4%-31,9%) para HIV; de 1,2% (0,0%-15,6%) para HCV e 22,9% (10,9%-34,9%) para sífilis ativa. No Rio de Janeiro, foram 292 entrevistas, sendo a idade média de 29,9 (28,8-31,2) anos, identidade de gênero mulher trans (35,9%; [26,8%-45,1%]), pardas (40,7%; [31,7%-49,7%]); ensino médio (49,3%; [41,1%-57,4%]); profissional do sexo (51,5%; [45,8%-57,2%]); renda média de R$1.141,8 (R$995,8-R$1.287,8), com prevalência de 5,9% (0,0%-18,0%) para HBV, de 35,9% (26,0%-45,8%) para HIV; de 1,7% (0,0%-14,4%) para HCV e 27,5% (17,0%-38,0%) para sífilis ativa. Em Porto Alegre, foram realizadas 79 entrevistas com o seguinte perfil: idade média de 33,7 (31,3-36,2) anos, identidade de gênero mulher trans (33,8%; [16,0%-51,7%]), brancas (49,2%; [33,45-65,0%]), ensino fundamental (47,3%; [31,3%-63,2%]), trabalhadora por conta própria/autônoma (39,6%; [29,4%-50,9%]), renda média de R$1.436,4 (R$1.146,2-R$1.726,6), sendo 4,0% (0,0-26,8%) de prevalência de HBV, 65,3% (52,3%-78,3%) para HIV; 3,5% (0,0%-26,6%) para HCV e 35,3% (17,5%-53,1%) para sífilis ativa.
Conclusões:
A grande maioria identificou-se como travesti ou mulher trans, parda, e declarou escolaridade de, no máximo, ensino médio. No geral, as taxas de infecção por HIV e sífilis foram muito altas, com alguma variação entre diferentes cidades. Não obstante, os achados são de grande preocupação, uma vez que a população de travestis e mulheres transexuais, por vezes, enfrenta preconceitos tendo a maioria dificuldade de acesso a serviços de saúde.
Palavras-Chave:
HIV. Infecções sexualmente transmissíveis. Inquérito. Travestis. AIDS.
Aplicabilidade para o SUS:
Auxiliar na formulação de ações para diagnóstico de doenças e problemas de saúde em populações de difícil acesso; Apoiar a capacitação/treinamento/qualificação de profissionais de saúde no tratamento a população trans; Subsidiar protocolos terapêuticos; Apoiar o desenvolvimento/melhorias dos procedimentos terapêuticos da população trans; Melhorar o acesso a informações de populações de difícil acesso.
Edital/Chamamento:
Processos Licitatórios 172/2013 - UNESCO
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Célia Landmann Szwarcwal
Instituição:
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT); Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Ministério da Saúde; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz).
Endereço:
Av. Brasil, 4365, Pavilhão Haity Moussatché, Manguinhos, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Período de Vigência:
2015-2017
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais; Secretaria de Vigilância em Saúde; Ministério da Saúde.
Introdução e Justificativa:
No Brasil, usuários de drogas injetáveis (UDI), homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres profissionais do sexo (MPS) são considerados os grupos mais expostos à infecção por HIV. Estima-se que o grupo de MPS represente 0,8% da população feminina brasileira de 15 a 49 anos, representando cerca de meio milhão de mulheres, aproximadamente.
Objetivos:
Estimar as taxas de prevalência de HIV, sífilis, hepatite B e C, bem como identificar os fatores associados à infecção do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis entre as TS, incluindo as características sociodemográficas, características da profissão, práticas sexuais e uso de drogas lícitas e ilícitas.
Materiais e Métodos:
A amostra foi coletada pelo método de amostragem denominado Respondente driven-sampling (RDS) (RDS), no qual a seleção dos participantes é realizada por pares do mesmo grupo populacional por meio de sucessivos ciclos de recrutamento (ondas). O tamanho de amostra foi de 350 entrevistas por cidade. A execução do trabalho de campo foi em unidades de saúde. Para cada município, foram escolhidas de cinco a 10 participantes iniciais, denominadas “sementes”, escolhidas de forma não aleatória (dirigida). Cada “semente” recebeu três convites para recrutar outras três TS conhecidas. Foram consideradas elegíveis as mulheres com 18 anos ou mais, que trabalhavam como TS no município de estudo, que tiveram pelo menos uma relação sexual em troca de dinheiro nos quatro meses anteriores à pesquisa e que apresentaram um convite válido. O questionário foi modular e incluiu informações sociodemográficas, características do trabalho sexual, conhecimento sobre a transmissão do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), práticas sexuais, histórico de teste de HIV, sífilis e hepatites B e C, uso de álcool e drogas ilícitas, acesso às atividades de prevenção e serviços de saúde e discriminação e violência. Foi realizada a coleta de sangue venoso para a realização de testes rápidos para HIV, sífilis, hepatites B e C, obedecendo aos protocolos recomendados pelo Ministério da Saúde. As amostras reagentes foram encaminhadas para realização de exames confirmatórios posteriores.
Resultados - Parciais ou Finais:
Na amostra total de 4328 TS, aproximadamente, 50% tinha menos de 30 anos, 48% não completaram o ensino fundamental. Em relação às características do trabalho, 46% trabalham em pontos de rua, e mais de 70% cobram menos do que R$100,00 por programa. Chama a atenção que 38% iniciaram o trabalho sexual com menos de 18 anos. Percentual bem pequeno (8%) participa de alguma ONG de promoção e defesa dos direitos das trabalhadoras do sexo. O uso regular de camisinhas com clientes no sexo vaginal foi de 81%. A cobertura do teste de HIV foi de 84%, alguma vez na vida, e de 44% nos últimos 12 meses. A cobertura de exame ginecológico no último ano foi de 32%. O fato de nem sempre se revelar como trabalhadora do sexo nos serviços de saúde foi o principal fator, associado à baixa cobertura de exame ginecológico. A prevalência de HIV foi de 5,3%, a de sífilis foi de 8,5%, e as prevalências de hepatites B e C foram de 0,4% e 0,9%, respectivamente.
Conclusões:
O monitoramento de indicadores de comportamentos, atitudes e práticas sexuais de TS e as prevalências de Infecções sexualmente transmissíveis nesta população são fundamentais para subsidiar políticas públicas de promoção da saúde e prevenção de comportamento de risco. Os resultados do estudo demonstraram que as TS estão expostas a múltiplos danos, incluindo o uso de drogas ilícitas, a violência e a criminalidade, a exploração, bem como o estigma e a discriminação. Assim como há uma grande ascendência da prevalência de sífilis nesta população. Nesse sentido, intervenções sociais abrangentes devem se concentrar nas múltiplas necessidades desta população vulnerável, incluindo fatores individuais e contextuais que podem influenciar o comportamento sexual.
Palavras-Chave:
Mulheres profissionais do sexo. Prevalência de HIV. Sífilis. Hepatite B e C. Respondente driven-sampling.
Divulgação e/ou Publicações:

SZWARCWALD, Célia Landmann; DAMACENA, GN; SOUZA-JR, P. R. B.; GUIMARÃES, M. D. C.; ALMEIDA, W. S.; FERREIRA, A. P. S.; FERREIRA-JR, O. C.; DOURADO, I. The Brazilian FSWGroup. Factors associated with HIV infection among female sex workers in Brazil. Medicine, May 2018.

SZWARCWALD, Célia Landmann; DAMACENA, GN; SOUZA-JR, P. R. B.; GUIMARÃES, M. D. C.; ALMEIDA, W. S.; FERREIRA, A. P. S.; FERREIRA-JR, O. C.; DOURADO, I. The Brazilian FSW Group. Changes in attitudes, risky practices, and HIV and syphilis prevalence among Female Sex Workers in Brazil from 2009 to 2016. Medicine, 2018.

FERREIRA-JR, O. C.; GUIMARÃES, M. D. C.; DAMACENA, G. N.; ALMEIDA, W. S.; SOUZA-JR, P. R. B.; SZWARCWALD, C.L. The Brazilian FSW Group. Prevalence estimates of HIV, syphilis, hepatitis B and C among female sex workers (FSW) in Brazil, 2016. Medicine, 2018.

Aplicabilidade para o SUS:
Especificamente, os resultados deste estudo indicam uma percepção de discriminação ampla e estável nos serviços de saúde, por conta de a mulher ser uma trabalhadora sexual. O estigma e a discriminação nos serviços de saúde constituem uma das principais barreiras ao controle de infecções sexualmente transmissíveis. Além disso, a antecipação do estigma relacionado ao seu trabalho sexual e, possivelmente, à discriminação por parte da equipe de saúde, podem afetar a divulgação do status de TS nos serviços de saúde. No entanto, se uma TS não revelar seu status, os médicos de cuidados primários não sabem que elas se enquadram na categoria do grupo de maior risco e não ofereceriam as intervenções disponíveis. Nesse sentido, é necessário a formulação de estratégias específicas para que o atendimento de TS seja realizado de forma ampla e satisfatória às necessidades inerentes ao seu tipo de trabalho.
Edital/Chamamento:
Processos Licitatórios 173/2013 - UNESCO
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Lígia Regina Franco Sansigolo Kerr
Instituição:
Universidade Federal do Ceará (UFC); Departamento de Saúde Comunitária.
Período de Vigência:
2015-2017
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Tulane University e University of California San Francisco.
Introdução e Justificativa:
Este artigo relata a prevalência do HIV no segundo inquérito nacional de vigilância biológica e comportamental (BBSS) entre os homens que fazem sexo com homens (HSH) em 12 cidades do Brasil, usando Respondente driven-sampling (RDS).
Materiais e Métodos:
Na sequência da pesquisa formativa, o RDS foi aplicado em 12 cidades nas cinco macrorregiões do Brasil, entre junho e dezembro de 2016, para recrutar HSH para BBSS. O tamanho requerido da amostra foi de 350 por cidade. Cinco a seis sementes foram inicialmente selecionadas para iniciar o recrutamento e cupons, e as entrevistas foram gerenciadas on-line. Foram utilizados testes rápidos no local para o rastreio do HIV e confirmados por um segundo teste. Os participantes foram ponderados usando o estimador de Gile. Os dados das 12 cidades foram mesclados e analisados com as ferramentas complexas de análise de dados da pesquisa Stata 14.0, nas quais cada cidade foi tratada como seu próprio estrato. Os dados ignorados para aqueles que não testaram foram imputados como HIV+ se eles relataram terem sido testados positivos antes e estavam tomando ARTV; 4.176 homens foram recrutados nas 12 cidades. O tempo médio até a conclusão foi de 10,2 semanas. O comprimento de cadeia mais longa variou de 8 a 21 ondas. O tamanho da amostra foi alcançado em todas as cidades, exceto em duas. Um total de 3.958 dos 4.176 entrevistados concordaram em testar o HIV (90,2%). Para resultados sem imputação, 17,5% (IC 95%: 14,7-20,7) da nossa amostra foi HIV positivo. Com a imputação, 18,4% (IC 95%: 15,4-21,7) foram soropositivos. A prevalência do HIV aumentou além das expectativas dos resultados da pesquisa de 2009 (12,1%; IC 95%: 10,0-14,5) para 18,4%; CI95%: 15,4-21,7, em 2016.
Conclusões:
Este aumento acompanha o foco do Brasil no tratamento para o programa de prevenção e uma diminuição no apoio a organizações comunitárias e programas de prevenção comunitária.
Palavras-Chave:
Prevalência de HIV. HSH. Amostragem RDS. Brasil.
Divulgação e/ou Publicações:

KERR, Ligia Regina Franco Sansiolo et al. HIV prevalence among men who have sex with men in Brazil: results of the second national survey using respondent-driven sampling. Medicine, Baltimore, 2018 May.

KERR, Ligia Regina Franco Sansiolo et al. Comparing HIV risk-related behaviors between two RDS national samples of MSM in Brazil, 2009 and 2016. Medicine, Baltimore, 2018 May.

Aplicabilidade para o SUS:
Este projeto será utilizado para orientar as políticas de prevenção e controle do HIV entre HSH.
Edital/Chamamento:
Processos Licitatórios 223/2013 - UNESCO
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Rosa Dea Sperhacke
Instituição:
Laboratório de Pesquisa em HIV/AIDS (LPHA) - Área do Conhecimento de Ciências da Vida; Universidade de Caxias do Sul (UCS).
Período de Vigência:
2015-2017
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais; Secretaria de Vigilância em Saúde; Ministério da Saúde; Ministério da Defesa; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT); Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Introdução e Justificativa:
O Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais e o Ministério da Defesa, por intermédio das Forças Armadas, vem trabalhando em cooperação técnica desde o ano de 1996 na condução de pesquisas de amostra probabilísticas periódicas e anônimas para determinar a prevalência de infecções sexualmente transmissíveis (IST), os comportamentos sexuais e de risco entre conscritos das Forças Armadas. Os dados dessas pesquisas são empregados para o monitoramento epidemiológico das ISTs em homens jovens e são aplicados como proxy para estimar a prevalência de ISTs entre adultos na população em geral.
Objetivos:
Estimar a soroprevalência de sífilis, do HIV e das hepatites virais B e C, por macrorregião geográfica do País, analisando as variáveis socioeconômicas e epidemiológicas; avaliar o nível de conhecimento dos conscritos sobre a transmissão do HIV, das hepatites virais B e C e de outras IST e avaliar o comportamento dos conscritos em relação ao risco de transmissão da sífilis, do HIV e das hepatites virais B e C.
Materiais e Métodos:
Trata-se de um estudo soroepidemiológico de corte transversal, o qual foi constituído de jovens do sexo masculino de 17 a 22 anos de idade que se apresentaram às Comissões de Seleção do Serviço Militar Obrigatório entre os meses de agosto a dezembro de 2016. O estudo incluiu um questionário de autopreenchimento e coleta de sangue para a realização de ensaios laboratoriais para o diagnóstico da infecção pelo HIV, sífilis e hepatites virais B e C.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram analisados dados de 37.282 conscritos. A média de idade dos participantes foi 18 anos (DP: 0,8); 98,2% eram solteiros, 93,6% moravam com os pais ou parentes e 73,7% afirmaram ser sexualmente ativos. Em relação à educação, 93,5% completaram o Ensino Fundamental, 50,7% completaram o Ensino Médio e 67,0% relataram estar estudando. Quanto à raça/cor da pele autodeclarada, observou-se um predomínio da cor parda (42,6%), seguida da branca (36,0%) e preta (15,7%). Um total de 95,4% tinha televisão em casa, 93,9%, geladeira, e 90,5%, telefone celular. A distribuição dos conscritos nas diferentes macrorregiões foi similar à distribuição populacional brasileira, sendo que as regiões Sudeste e Nordeste contribuíram com a maior quantidade de conscritos para o estudo (38,9% e 30,0%), respectivamente, seguido pela região Sul (13,9%), Norte (9,7%) e Centro-Oeste (7,5%). Em relação ao comportamento sexual, 32,2% tiveram a primeira relação sexual antes dos 15 anos de idade, 20,4% relataram mais de 10 parceiros sexuais na vida e 14,2% tiveram mais de cinco parceiros eventuais no último ano. A taxa de utilização de preservativo na última relação sexual foi de 60,7%, enquanto o uso na primeira relação sexual foi relatado por 73,8% dos conscritos. A prevalência estimada para a infecção pelo HIV, sífilis na vida, sífilis, hepatite B e hepatite C em todo o país, foram de 0,12%, 1,63%, 1,09%, 0,22% e 0,28%, respectivamente. A proporção de conscritos que relataram ter sexo com outros homens (HSH) foi de 4,4%, e a prevalência estimada da infecção pelo HIV nesta população foi de 1,32%, enquanto a prevalência de sífilis na vida foi de 5,22% e sífilis ativa, 4,59%. A população de HSH apresentou 13,3 vezes mais chances de contrair HIV do que a população não HSH.
Conclusões:
A realização de estudos com conscritos das Forças Armadas constitui oportunidades únicas para analisar o comportamento dos jovens do sexo masculino, já que a apresentação ao serviço militar é obrigação legal do jovem ao completar 18 anos de idade. A inclusão contínua de questões sobre práticas sexuais de risco permite, por outro lado, avaliar as ações de prevenção e controle. Os dados encontrados corroboram com a necessidade de ampliar a combinação de intervenções de prevenção do HIV e das outras IST para homens jovens no Brasil.
Palavras-Chave:
HIV. Sífilis. Hepatite B. Hepatite C. Prevalência. Homens jovens. Comportamento sexual. HSH. Conscritos. Forças Armadas.
Divulgação e/ou Publicações:

SPERHACKE, R. D.; MOTTA, L. R. da; KATO, S. K., VANNI, A. C.; PAGANELLA, M. P.; OLIVEIRA, M.C.P. de, PEREIRA, G. F. M.; BENZAKEN, A. S. HIV Prevalence and sexual behavior among young male conscripts in the Brazilian Army, 2016. Medicine, Baltimore, 2018 May.

Aplicabilidade para o SUS:
O monitoramento da prevalência do HIV, sífilis, hepatites virais B e C, bem como a avaliação do comportamento sexual de risco de jovens do sexo masculino e o nível de conhecimento acerca das formas de transmissão e prevenção são importantes ferramentas para subsidiar a formulação de políticas de prevenção e ações programáticas necessárias ao controle desses agravos.
Edital/Chamamento:
Projetos Estratégicos
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Elisabeth Lampe
Período de Vigência:
2012-2018
Situação:
Concluída
Introdução e Justificativa:
Apesar dos avanços terapêuticos dos últimos anos, a infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) ainda é um grave problema de saúde pública. No Brasil, estima-se que o número de portadores crônicos de HBV seja de cerca de 2 milhões e cerca de 17.000 novos casos são registrados anualmente. O Governo brasileiro adotou, desde 2002, uma política que visa garantir o acesso universal à terapia com medicamentos para indivíduos portadores crônicos do HBV. No entanto, a emergência de variantes resistentes às drogas antivirais disponíveis é a principal causa da falha terapêutica. A informação do genótipo infectante, apesar de não ser considerada para tomada de decisões terapêuticas, é importante, pois diferentes genótipos podem estar associados a uma maior taxa de resposta terapêutica, progressão para infecção crônica e carcinoma hepatocelular.
Objetivos:
Avaliar o perfil de mutações associadas à resistência aos antivirais utilizados no tratamento de infecções crônicas pelo HBV em pacientes atendidos na rede pública de saúde e a distribuição dos genótipos do HBV circulantes no país.
Materiais e Métodos:
Foi criado um projeto colaborativo entre nove laboratórios, distribuídos de maneira a contemplar todas as regiões do País, capacitados para realizar avaliações de mutações associadas à resistência aos antivirais utilizados no tratamento de infecções crônicas pelo HBV e realizar testes de genotipagem de pacientes com/ou sem tratamento. A resistência e a genotipagem foram realizadas utilizando a metodologia comercial Inno-LiPA e sequenciamento in house. A informação sobre o indivíduo estar ou não em tratamento estava disponível para 413 amostras: 183 estavam em tratamento, e 230 não utilizaram drogas antivirais até o momento da coleta.
Resultados - Parciais ou Finais:
Nos 183 indivíduos em tratamento identificamos 24 (13,1%) amostras com população viral resistente, sendo 20 com resistência à Lamivudina (mutação rt204V) e quatro com resistência ao Adefovir (mutação rtA181T). Oitenta e um indivíduos (44,3%) apresentam uma mistura de populações virais selvagens e mutantes nos diferentes resíduos de aminoácidos analisados, o que indica um potencial risco de progressão para um fenótipo de resistência, seja para à Lamivudina, Adefovir, Entecavir ou Tenofovir. Mais preocupante, 38 (20,8%) destes indivíduos em tratamento apresentaram um conjunto de subpopulações virais mutantes circulantes que poderiam, numa eventual dinâmica de seleção destes isolados minoritários, tornar tais portadores multirresistentes às opções atualmente disponíveis. Em relação aos 230 indivíduos sem qualquer tratamento antiviral prévio, 7,4% apresentaram alguma mutação associada à resistência antivirais. Quanto às análises de genótipos circulantes foram analisadas 1.004 amostras de pacientes provenientes de 24 estados do Brasil, mais o Distrito Federal. O genótipo A foi identificado em 589 (58%) das amostras, o D, em 235 (23,4%), e o F, em 114 (11,3%). Em menor proporção, os genótipos E, G e C foram identificados em 18 (1,8%), 13 (1,3%) e 9 (0,9%) amostras, respectivamente. A distribuição dos genótipos diferiu acentuadamente entre as regiões do País, principalmente entre as regiões Norte e Sul e mesmo entre estados de uma mesma região.
Conclusões:
Neste estudo de abrangência nacional, foi detectado, pela primeira vez, a circulação de sete genótipos do HBV. Outro ponto a ressaltar foi a grande heterogeneidade na distribuição dos diferentes genótipos do HBV encontrados nos diversos estados da União. Os resultados obtidos até o momento evidenciam ser de grande importância o monitoramento das cepas do HBV circulantes no País. Além de auxiliar na avaliação de resistência às drogas utilizadas pelos pacientes, os dados deste trabalho também contribuem significativamente para vigilância epidemiológica das cepas circulantes no País, auxiliando nas ações estratégicas do Ministério da Saúde.
Palavras-Chave:
Vírus da hepatite B. HBV. Resistência antiviral. Genótipos.
Divulgação e/ou Publicações:

LAMPE, E.; MELLO, F. C. A.; ESPÍRITO-SANTO, M. P. do; OLIVEIRA, C. M. C.; BERTOLINI, D. A.; GONÇALES, N. S. L.; MOREIRA, R. C.; FERNANDES, C. A. S.; NASCIMENTO, H. C. L.; GROTTO, R. M. T.; PARDINI, M. I. M. C. On Behalf of the Brazilian Hepatitis B Research Group. Nationwide overview of the distribution of hepatitis B virus genotypes in Brazil: a 1000-sample multicentre study. J Gen. Virol., v. 98, n. 6, p. 1389-1398, June 2017. doi: 10.1099/jgv.0.000789.

LAMPE, Elisabeth. Anupdateonhepatitis B virus genotyp escirculating in two Brazilian regions: atypical high co-infection rate detected by Lipaassay. In: 10º CONGRESSO DE HIV/AIDS e 3º CONGRESSO DE HEPATITES VIRAIS, Realizado em João Pessoa, PB, no período de 17 a 20 de novembro de 2015. (Apresentação de Trabalho/Palestra).

LAMPE, Elisabeth Avaliação das mutações de resistência associadas aos antivirais e genotipagem do vírus da Hepatite B na Segunda Oficina Integrada das Redes de Carga Viral de Hepatites B e Hepatites C. In: Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, realizada no Hotel Quality Resort & Conventions Center Itupeva, no dia 01 de julho de 2015. (Apresentação de Trabalho/Palestra).

Aplicabilidade para o SUS:
O monitoramento das variantes do HBV circulantes no País, além de auxiliar na avaliação de resistência às drogas utilizadas pelos pacientes, também pode contribuir na definição de estratégias do Ministério da Saúde para otimização do tratamento antiviral. A avaliação do perfil dos genótipos circulantes nas diferentes regiões geográficas contribui com informações de grande valia para a vigilância epidemiológica da infecção pelo HBV no País.
Edital/Chamamento:
Projetos Estratégicos
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Orlando da Costa Ferreira Junior
Instituição:
Laboratório de Virologia Molecular; Departamento de Genética; Instituto de Biologia; Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Período de Vigência:
2013-atual
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
Introdução e Justificativa:
A epidemiologia do HIV-2 no Brasil é pouco conhecida. O crescente intercâmbio cultural e econômico com países africanos de Língua Portuguesa aumentou o fluxo de indivíduos entre a África e o Brasil. Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Moçambique possuem epidemias de HIV-2 estabelecidas a longo tempo e, portanto, podem ter veiculado a entrada do HIV-2 em nosso País. O conhecimento da prevalência e distribuição do HIV-2 no Brasil certamente contribuirá para a política de controle da infecção pelo HIV. A circulação do HIV-2 impacta em duas áreas: i) diagnóstico e monitoramento da infecção pelo HIV, uma vez que os testes comercialmente disponíveis não são específicos para o diagnóstico e monitoramento (carga viral) desta infecção e; ii) no tratamento da infecção pelo HIV-2. As diferenças nos genes da transcriptase reversa (TR) e da protease (PR) entre o HIV-1 e HIV-2 resultam em diferentes susceptibilidades aos inibidores não nucleosídicos da TR e da PR. Portanto, o diagnóstico preciso e a escolha do regime terapêutico apropriado podem evitar o surgimento de estirpes de HIV-2 resistentes.
Objetivos:
1) realizar o diagnóstico de casos suspeitos de infecção pelo HIV-2 no território nacional; 2) desenvolver um teste molecular para quantificação da carga viral e sequenciamento de amostras de indivíduos infectados pelo do HIV-2. Secundariamente, pretende-se contribuir com dados sobre os subtipos de HIV-2 circulantes no Brasil, além de informações demográficas e epidemiológicas sobre os indivíduos infectados a fim de subsidiar intervenções e políticas de saúde pública.
Materiais e Métodos:
As amostras são encaminhadas diretamente pelos sítios ao LVM, sob a coordenação do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais. No LVM, são realizados diferentes testes sorológicos e moleculares para HIV-1 e HIV-2. As amostras positivas para HIV-2 são submetidas a sequenciamento para identificação do subtipo viral e resistência aos ARV. Essas amostras servem de base para o desenvolvimento de um teste molecular para quantificação da carga viral do HIV-2 baseado em tecnologia de PCR em tempo real.
Resultados - Parciais ou Finais:
Desde o início do projeto, em 2013, foram diagnosticados oito casos de infecção pelo HIV-2. Quatro indivíduos eram oriundos de Guiné-Bissau, um de Cabo Verde e três do Brasil; em todos esses casos tinham ligação epidemiológica com Guiné-Bissau. Quanto ao local de residência temos: Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Maringá, Cascavel e Itu, todos com um caso, além de Campinas, com dois casos encontrados. O HIV-2 subtipo A foi encontrado em todos os casos. A metodologia de sequenciamento foi desenvolvida, mas como também acontece com o HIV-1, é dependente do nível de carga viral do paciente. O desenvolvimento de um teste de carga viral está sendo executado, em paralelo às avaliações de novos testes comercias que surgiram no mercado.
Conclusões:
A partir dos casos identificados, a ligação com a África é clara, porém não mais direta, como ilustra os casos de brasileiros, embora ainda que relacionados a contatos com indivíduos africanos. Em consequência, e necessário manter um sistema de vigilância continuada que permita identificar prontamente novos casos de HIV-2 no País.
Palavras-Chave:
HIV 2. Diagnóstico de HIV 2. Testes confirmatórios HIV. Subtipo HIV 2.
Divulgação e/ou Publicações:

SOUZA, Isabelle Vasconcellos de; COSTA, Deise Andrade; RIBEIRO, Liane de Jesus; LEITE, Luiz Arthur Calheiros; RIBEIRO, Luis Claudio Pereira; SION, Fernando Samuel; FERRY, Fernando Raphael de Almeida; TANURI, Amilcar; FERREIRA JUNIOR, Orlando Costa. Análise comparativa entre metodologias de sorodiagnóstico confirmatórias para HIV-2 em amostras de pacientes atendidos no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle entre os anos de 2000 até 2015. In: XX CONGRESSO BRASILEIRO DE INFECTOLOGIA 2017, Rio de Janeiro, setembro de 2017. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

SOUZA, Isabelle Vasconcellos de. Análise comparativa entre metodologias de sorodiagnóstico confirmatórias para HIV-2 em amostras de pacientes atendidos no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle entre os anos de 2000 até 2015. 2017. Dissertação (Mestrado em Infecção HIV/AIDS e Hepatites Virais na Área de Doenças Infecciosas e Parasitárias) – Programa de Pós-Graduação em Infecção HIV/AIDS e Hepatites Virais, mestrado profissional (PPGHIV/HV) – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO. 2017.Orientação do Professor Orlando Costa Ferreira Junior.

Aplicabilidade para o SUS:
Este projeto pretende contribuir com o conhecimento da epidemiologia do HIV-2 no Brasil. Esta iniciativa pode subsidiar ações e intervenções do Ministério da Saúde nas áreas de diagnóstico, vigilância e tratamento de pessoas vivendo com HIV-2/AIDS, além de expandir os serviços e o acesso ao sistema público de saúde de indivíduos portadores deste agravo.
Edital/Chamamento:
Projetos Estratégicos
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Luiza Bazzo
Período de Vigência:
2013-2018
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Centro Estadual em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa-CEDAP-BA; Fundação de Dermatologia Tropical e Venerologia Alfredo da Mata- FUAM-AM; Universidade Federal da Santa Catarina (UFSC); Serviço de Doenças Sexualmente Transmissíveis de Belo Horizonte/MG; Ambulatório de Dermatologia Sanitária/SES/RS; Serviço de Atendimento Especializado em HIV/Aids Porto Alegre SAE/POA/RS; Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Su (LACEN/RS); Centro de Referência e Treinamento-DST/Aids-Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo-SP; Divisão de Análises Clinicas-HU/UFSC e Secretaria Municipal de Saúde de São José/SC; Laboratório Médico Santa Luzia/SC; Unidade Mista de Saúde da Asa Sul - Núcleo de Enfermagem-UMS da Asa Sul-BSB; Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS; National Reference Laboratory for Pathogenic Neisseria Department of Laboratory Medicine, Microbiology, Örebro University Hospital, Örebro, Sweden.
Introdução e Justificativa:
Gonorreia é uma das infecções sexualmente transmissíveis (IST) mais comuns no mundo, com relatos de terem ocorrido, mundialmente, 78 milhões de casos em 2012. A evolução da infecção pode gerar várias complicações à saúde, incluindo, uretrites, doença inflamatória pélvica, infertilidade e esterilidade. Indivíduos com gonorreia possuem maior risco de contrair infecção pelo HIV, pois Neisseria gonorrhoeae oferece condições favoráveis para o vírus se instalar e multiplicar. Países com vigilância sistemática têm reportado aumento no número de casos a partir de 2013. O Programa de Vigilância da Resistência do Gonococo aos Antimicrobianos (GASP), da Organização Mundial de Saúde, vem reportando aumento do número de cepas de Neisseria gonorrhoeae resistentes às cefalosporinas de terceira geração, fato que reforça o alerta mundial de que a bactéria está se tornando intratável e a necessidade dos países implementar e manter seus programas de vigilância.
Objetivos:
Avaliar a sensibilidade das cepas de Neisseria gonorrhoeae circulantes no país para definição dos antimicrobianos eficazes a serem prescritos para o tratamento da infecção.
Materiais e Métodos:
Foram incluídas no estudo amostras de homens com corrimento ureteral, verificado com prepúcio retraído e que buscaram atendimento nos serviços de saúde de sete sítios de coleta distribuídos nas regiões Norte (Manaus/AM), Nordeste (Salvador/BA), Centro-Oeste (Brasília/DF), Sudeste (São Paulo/SP e Belo Horizonte/MG) e Sul (Florianópolis/SC e Porto Alegre/RS). Nos sítios coletadores de amostras foi feito o isolamento inicial da bactéria, que foi congelada em meio de transporte e mantida à 80°C, até ser enviada para o laboratório de referência do projeto. Nesse laboratório foi realizada a identificação da espécie por MALDI-TOF e VITEK, teste de beta-lactamase e concentração inibitória mínima (MIC) por ágar diluição para penicilina, tetraciclina, ciprofloxacino, cefixima, ceftriaxona e azitromicina. O controle de qualidade foi feito com as cepas referencias WHO e cepa ATCC 49226.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram enviadas ao laboratório de referência 584 isolados; destes, 34 foram excluídos por ausência de crescimento ou contaminação, e 550 foram incluídos no estudo (103, de Belo Horizonte; 68, de Brasília; 74, de Florianópolis; 100, de Manaus; 73, de Porto Alegre; 104, de Salvador; e 28, de São Paulo). A análise da sensibilidade antimicrobiana revelou alta proporção de isolados com sensibilidade intermediária (60%) e resistente à penicilina (37%); para tetraciclina, 61,6% dos isolados foram resistentes; para o ciprofloxacino, apenas 43,8% de isolados foram sensíveis; e para azitromicina, houve 6,9% de resistência. De acordo com os parâmetros CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute - United States), todos os isolados foram sensíveis às cefalosporinas de terceira geração, ceftriaxona e cefixima. Entretanto, quando se considera os parâmetros EUCAST (European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing) para cefixima, 0,2% dos isolados foi resistente, e 6,9% apresentaram MIC elevados, próximos à resistência.
Conclusões:
O estudo nacional confirmou os altos níveis de resistência ao Ciprofloxacino, já descritos em todo o mundo. Esses resultados indicam a necessidade de mudança na recomendação do tratamento para gonorreia e a importância da vigilância sistemática da resistência do gonococo.
Palavras-Chave:
Neisseriagonorrhoeae. MIC. Concentração inibitória mínima. Resistência. Antimicrobianos.
Divulgação e/ou Publicações:

BAZZO, M. L. et al. First Brazilian National antimicrobial susceptibility surveillance for Neisseria gonorrhoeae. Sex TransmInfect, v. 93, p. A147-A148, 2017.

GOLFETTO, L. et al. Antimicrobial suceptibility of Neisseria gonorrhoeae isolates in grande Florianópolis/Brazil, between 2008-2016. Sex Transm Infect, v. 93, p. A144, 2017.

SANTOS, T. M. D. et al. Evolution of Neisseria gonorrhoeae resistance to antimicrobials in a historical series of isolates from São Paulo/Brazil. Sex Transm Infect, v. 93, p. A175, 2017.

MARTINS, Jéssica Motta. Determinação de concentração inibitória mínima de espectinomicina em isolados de Neisseria gonorrhoeae na Grande Florianópolis. Início: 2017. Dissertação (Mestrado em Farmácia) - Universidade Federal de Santa Catarina, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (Orientador).

ROCCO, Felipe de. Investigação da prevalência de infecção por Neisseria gonorrhoeae ou da coinfecção com Chlamidia trachomatis em gestantes de alto risco atendidas em emergência obstétrica. Início: 2016. Dissertação (Mestrado em Farmácia) - Universidade Federal de Santa Catarina. (Orientador).

SANTOS, Thaís Mattos dos. Identificação por Maldi-Toff e determinação do perfil de resistência de isolados de Neisseiria gonorrhoeae. Início: 2016. Dissertação (Mestrado em Curso de pós-graduação em Farmácia) - Universidade Federal de Santa Catarina, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (Orientador).

NUNES, Luís Felipe. Título: Padronização de PCR de ponto final e determinação da sua sensibilidade em amostras clínicas para detecção de infecção por Neisseria gonorrhoeae.

GOLFETTO, Lisléia. Caracterização molecular e determinação do perfil de resistência de isolados de Neisseiria gonorrhoeae. Início: 2014. Tese (Doutorado em Farmácia) – Universidade Federal de Santa Catarina. (Orientador).

SCHÖRNER, Marcos André. Caracterização fenotípica e genotípica de mecanismos de resistência aos antimicrobianos em bactérias multirresistentes em ambiente hospitalar. Início: 2016. Tese (Doutorado em Programa de Pós-Graduação em Farmácia)–Universidade Federal de Santa Catarina, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (Orientador).

Aplicabilidade para o SUS:
Os resultados do projeto geraram a NOTA INFORMATIVA Nº 6-SEI/2017-COVIG/CGVP/. DIAHV/SVS/MS, que trata da atualização da recomendação nacional do tratamento preferencial da infecção gonocócica anogenital não complicada (uretra, colo do útero e reto). E motivou a revisão do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas - Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), em relação às recomendações para o tratamento da gonorreia.
Edital/Chamamento:
Projetos Estratégicos
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Luiza Bazzo
Instituição:
Laboratório de Biologia Molecular, Microbiologia e Sorologia; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Hospital Universitário; Divisão de Análises Clínicas.
Período de Vigência:
2014-2017
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Laboratório de Aids e Imunologia Molecular - Departamento de Imunologia – Fiocruz; Instituto de Biologia - Departamento de Genética - Laboratório de Virologia Molecular; Laboratório de Retrovirologia - UNIFESP; Escola Paulista de Medicina, Instituto Adolfo Lutz de São Paulo - Serviço de Virologia - Laboratório de Genotipagem do HIV; Faculdade de Medicina da UFMG - Laboratório de Doenças Infecciosas e Parasitárias.
Introdução e Justificativa:
O Brasil adotou política que oportuniza o acesso universal à terapia com antirretrovirais para pessoas vivendo com HIV/Aids. Um dos principais fatores que ameaçam a viabilidade da terapia antirretroviral é o aparecimento de variantes virais resistentes, selecionadas durante o tratamento. O surgimento de mutações de resistência no genoma viral diminui ou elimina a ação dos medicamentos, resultando em falha terapêutica e consequente aumento da carga viral e diminuição da contagem de linfócitos TCD4.
Objetivos:
Unificar a rede brasileira de genotipagem do HIV-1 (RENAGENO) em uma única metodologia in house de baixo custo, para diminuir a dependência às tecnologias comerciais externas.
Materiais e Métodos:
Conhecida como genotipagem da resistência do HIV-1, foi desenvolvida para detectar as mutações associadas à resistência do HIV aos antirretrovirais.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram adquiridos reagentes específicos para a realização da técnica de genotipagem e distribuídos para os 10 laboratórios brasileiros que integraram a RENAGENO in house. Cada laboratório desenvolveu e padronizou sua própria metodologia In house conforme o previsto na RDC 302/2005 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Foram desenhados os iniciadores para as reações de RT-PCR e sequenciamento. A sensibilidade e especificidade desses iniciadores foram verificadas in silico e in vitro para as regiões do HIV: Protease e Transcriptase Reversa, Integrase, Envelope, GP41 e Alça V3. Essa abordagem permitiu analisar mutações para resistência aos inibidores da Transcriptase Reversa (RT) e Protease (PR), inibidor de fusão, inibidores de entrada/CCR5, e inibidores de Integrase. Todos os centros receberam treinamento técnico, e durante um ano foi garantida a manutenção dos equipamentos necessários para a execução do projeto. Com esse projeto foi desenvolvido o protocolo brasileiro, com uma rede de laboratórios para retaguarda das testagens para genotipagem do HIV-1, e foi possível concluir que a utilização de uma metodologia de genotipagem in house para o HIV é comparável com a metodologia comercial existente.
Palavras-Chave:
HIV. Genotipagem. Transcriptase reversa. Protease. Antirretrovirais. Falha de tratamento.
Divulgação e/ou Publicações:

SCHÖRNER, M. A.; ROCCO, F.; SANTOS, T. M.; STARICK, M. R.; FERNANDES, S. B.; KUHNEN-COSTA, R. E.; PIRES, A. F. N. P. C.; BAZZO, M. L. Análise das primeiras amostras de HIV-1 genotipadas por metodologia in house em Santa Catarina. In: 10º CONGRESSO DE HIV/AIDS e 3º CONGRESSO DE HEPATITES VIRAIS. Resumo..., realizado em João Pessoa, PB, no período de 17 a 20 de novembro de 2015. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

Aplicabilidade para o SUS:
Foi desenvolvida uma rede de laboratórios capaz de realizar com qualidade a genotipagem no HIV-1 com metodologia in house. Essa rede opera como retaguarda nacional e garantia aos pacientes do SUS de permanente continuidade da rede de genotipagem.
Edital/Chamamento:
Projetos Estratégicos
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Dirceu Bartolomeu Greco; Mariângela Carneiro
Instituição:
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Faculdade de Medicina.
Período de Vigência:
2014 - atual
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Departamento de IST, AIDS e Hepatites Virais - Ministério da Saúde; Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina da UFMG - Departamento de Parasitologia; Instituto Ciências Biológicas (ICB)/UFMG; Serviço DIP - Hospital das Clínicas, UFMG; Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde: Infectologia e Medicina Tropical, Faculdade de Medicina da UFMG; Laboratório Central do Hospital das Clínicas da UFMG; Centro de Treinamento e Referência em Doenças Infecciosas e Parasitárias (CTRDIP-Orestes Diniz); Coordenação Municipal de IST/AIDS - Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.
Introdução e Justificativa:
O Projeto Horizonte (PH), coorte aberta de “Homens que Fazem Sexo com outros Homens” (HSH), HIV negativos, acima de 18 anos, foi estabelecido em 1994 pelo Ministério da Saúde – Departamento de IST/AIDS e Hepatites Virais (DIAHV), e é coordenado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O estudo envolve pesquisa e prevenção e constitui espaço consolidado de promoção da saúde e prevenção da infecção pelo HIV/AIDS/IST para HSH em Belo Horizonte/MG.
Objetivos:
Determinar a incidência da infecção pelo HIV, avaliar o impacto de intervenções educativas e aconselhamento na redução da vulnerabilidade à infecção e informar e discutir a participação autônoma dos voluntários em estudos relacionados à prevenção combinada.
Materiais e Métodos:
O protocolo do estudo é dividido em duas fases: processo de seleção (recrutamento e admissão) e seguimento. Os voluntários são acompanhados semestralmente por equipe multidisciplinar por questionário-entrevista psicossocial/epidemiológico, aconselhamento pré-/pós-teste, exames laboratoriais e consultas clínicas. As intervenções preventivas incluem distribuição gratuita de preservativos, informações sobre HIV/Aids/IST e fóruns de discussão mensais sobre questões como sexualidade, práticas sexuais seguras e prevenção combinada.
Resultados - Parciais ou Finais:
Entre 1994 e 2016, 1.424 voluntários foram recrutados: 134 (9.4%) foram inelegíveis (positivo para HIV na admissão). Durante o seguimento, 150 voluntários soroconverteram; 70% das soroconversões ocorreram até a 3ª visita. A taxa geral de incidência por HIV é de 2,5/100 pessoas-ano (IC95%: 2,1-2,9). Houve aumento nas taxas de incidência de infecção, quando avaliadas por diferentes períodos de admissão: 1994-2000: 1,6/100 pessoas-ano (IC95% 1,2-2,1); 2001-2007: 3,2/100 pessoas-ano (IC95% 2,5-4,0); 2008-2016: 3,5/100 pessoas-ano (IC95% 2,3-5,2). Atualmente, 400 voluntários estão em acompanhamento. A taxa de geral de perda foi de 11.6/100 pessoas-ano. A mediana de tempo de seguimento no estudo é 4,2 anos; a mediana de tempo dos voluntários perdidos de acompanhamento foi 1,5 anos. A população apresenta idade mediana: 26 anos. Os maiores percentuais de escolaridade são de nível básico. A maioria (77,4%) afirma estar trabalhando, declararam renda até três salários mínimos (73%) e autodenomina-se pardos/negros (66,4%). A análise das práticas sexuais e uso de camisinha nos últimos seis meses mostrou que o uso consistente do preservativo ocorreu em 25,7% no sexo anal receptivo e 29,3% no insertivo. O sexo anal receptivo sem camisinha foi observado em 15,8% dos voluntários e o sexo anal insertivo, em 17,2%. O uso intermitente do preservativo foi semelhante, tanto no sexo anal receptivo (27,7%) quanto no insertivo (27,3%). A maioria (56,4%) utilizou a camisinha nas parcerias ocasionais. Fatores de risco associados aos casos incidentes para o HIV: uso inconsistente do preservativo no sexo anal receptivo, contato com sangue do parceiro durante as relações sexuais, alta frequência às saunas para busca de parceiros, uso ocasional de álcool em situação de paquera/transa.
Conclusões:
A experiência mostrou ser viável manter em seguimento uma coorte de HSH por longo período, estimar a incidência da infecção pelo HIV, avaliar fatores associados à infecção pelo HIV e discutir os aspectos éticos relacionados à prevenção combinada. Mais recentemente, tendo em vista o foco atual de políticas públicas de prevenção do HIV para a população LGBT, o Projeto Horizonte desenvolve estudos relacionados à Profilaxia pré-exposição (PrEP).
Palavras-Chave:
Projeto horizonte. HSH. HIV. Estudo de coorte. Incidência HIV. Prevenção. Homossexuais e bissexuais masculinos.
Divulgação e/ou Publicações:

ANDRADE, J. C.; VIEIRA, L. F.; OLIVEIRA, E. I.; PANISSET, U. B. Coorte de homens que fazem sexo com outros homens (HSH) em Belo Horizonte: Experiências de construção de questionário para processo avaliativo do Estudo, na perspectiva de seus voluntários. Revista Médica de Minas Gerais, v. 26, Supl. 8, p. S427-S4, 2016.

CARNEIRO, M.; ANTUNES, C. M. F.; GRECO, M.; OLIVEIRA, E.; ANDRADE, J. C.; LIGNANI, Jr. L.; GRECO, D. B. Design, implementation and evaluation at entry of a prospective cohort study of homosexual HIV-1 negative male in Belo Horizonte, Brazil (Project Horizonte). Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes, v. 25, n. 2, p. 182-187, 2000.

CARNEIRO, M.; CARDOSO, F., GRECO, M.; OLIVEIRA, E. I.; ANDRADE, J.; GRECO, D. B.; CARNEIRO, M.; ANTUNES, C. M. F. Determinants of Human Immunodeficiency Virus (HIV) prevalence in homosexual and bisexual men screened for admission to a cohort study of HIV negatives in Belo Horizonte, Brazil: Project Horizonte. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 98, n. 3, p. 325-329, 2003; GRECO, M.; SILVA, A.P.; MERCHAN-HAMANN, E.; JERONIMO, M.; GRECO, D. B. Diferenças nas situações de risco para HIV de homens bissexuais em suas relações com homens e mulheres. Revista de Saúde Pública / Journal of Public Health, v. 41, p. 109-117, 2007.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pré-exposição (PrEP) de risco à infecção pelo HIV. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Marília Greco, membro do Comitê Assessor. (Apresentação de Trabalho/Anais).

ANDRADE, J. C. Percepção de voluntários gays e homens que fazem sexo com homens (HSH), sobre os efeitos da participação no Projeto Horizonte na sua qualidade de vida. 2017. Dissertação (Mestrado Profissional) – Programa de Pós-Graduação em Promoção de Saúde e Prevenção da Violência, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2017.

CALAZANS, J. Incidência e fatores de risco para sífilis e gonorreia em voluntários de uma coorte de homens homossexuais e bissexuais HIV negativos, Projeto Horizonte, 1994-2010. 2013. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação Infectologia e Medicina Tropical, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2013.

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SILVA, A. P. Avaliação da aceitabilidade, factibilidade, segurança e adesão à profilaxia oral pré-exposição (PrEP) na prevenção da infecção pelo HIV em coorte de homens que fazem sexo com homens (HSH): inquérito epidemiológico e estudo de fase i. Início: 2014. Tese (Doutorado em Infectologia e Medicina Tropical) - Universidade Federal de Minas Gerais. [Em andamento].

Aplicabilidade para o SUS:
O conhecimento obtido possibilitou saber mais sobre especificidades da população HSH em Belo Horizonte. Tendo em vista o foco atual de políticas públicas de prevenção do HIV para a população LGBT, o Projeto Horizonte possibilita maior conhecimento de segmentos vulneráveis – ainda pouco investigados – jovens gays, travestis, trans, trabalhadores do sexo e idosos, favorecendo a implementação das novas tecnologias de prevenção. É importante assinalar a relevância da dimensão educativa, fio condutor de todo trabalho desenvolvido no PH, imprescindível na consolidação da prevenção combinada.
Edital/Chamamento:
Projetos Estratégicos
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Ana Maria Bispo de Filippis
Instituição:
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Endereço:
Av. Brasil, 4.365, Manguinhos (Pavilhão do Relógio), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Período de Vigência:
2017-2019
Situação:
Em execução
Parcerias institucionais:
Organização Mundial da Saúde (OMS); Wellcome Trust, Walter Reed Army Institute of Research.
Introdução e Justificativa:
Pouco se sabe sobre a biologia do vírus Zika (ZIKV) e sua patogênese em seres humanos. O ZIKV foi detectado em sangue, urina, sêmen, líquido cefalorraquidiano, saliva, líquido amniótico e leite materno. Na maioria dos indivíduos infectados pelo ZIKV, o vírus é detectado no sangue de vários dias a uma semana após o início dos sintomas. Também foi descoberto que o vírus persiste por mais tempo na urina e no sêmen, e a transmissão sexual do ZIKV foi recentemente documentada. Sem uma compreensão mais detalhada da cinética da infecção pelo ZIKV em compartimentos biológicos, será difícil conceber medidas racionais para a prevenção da transmissão do vírus a transmissão do vírus.
Materiais e Métodos:
Este será um estudo de coorte observacional de homens e mulheres, com idade a partir de 18 anos, incluindo participantes sintomáticos com resultado positivo no teste da reação da transcriptase reversa, seguida da reação em cadeia da polimerase (RT-PCR) em sangue ou urina e seus contatantes domiciliares ou sexuais, sintomáticos ou assintomáticos, com RT-PCR positivo em sangue e/ou urina. As amostras a serem coletadas em intervalos preestabelecidos e testadas para RNA do ZIKV são: sangue, sêmen, secreções vaginais, fluido oral (saliva e fluido crevicular), lágrimas, suor, urina, secreção retal, sangue menstrual e leite materno (se aplicável). Os participantes serão recrutados em unidades de saúde parceiras, situadas em locais selecionados com alta densidade populacional, alta circulação do vírus e fortes redes comunitárias e atendidas por instalações de laboratório com capacidade para realizar os exames necessários. Todos os participantes serão seguidos por 12 meses, para avaliar a detecção em intervalos de tempo mais longos, a reativação ou a reinfecção pelo ZIKV. As análises da resposta de anticorpos, incluindo IgM e IgG na circulação, serão repetidas paralelamente aos testes de RT-PCR. O teste de neutralização com redução de placas (PRNT) será realizado nas amostras dos participantes que tiveram resultados de testes positivos simultaneamente para ZIKV e dengue. Uma análise específica será realizada para determinar se as características sociodemográficas, comorbidades e coinfecções influenciam a persistência do vírus nos fluidos corporais.
Palavras-Chave:
Vírus Zika. Arbovirus. Flavivírus. Fluidos corporais. Infecções emergentes.
Divulgação e/ou Publicações:

STUDY on the persistence of Zika Virus (ZIKV) in body fluids of patients with ZIKV infection in Brazil (ZikaBra) - ClinicalTrials.gov https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT03106714.

CALVET, G. A. et al. Study on the persistence of Zika virus (ZIKV) in body fluids of patients with ZIKV infection in Brazil. BMC Infectious Diseases, 22, v. 18, n. 1, p. 49, Jan. 2018. doi: 10.1186/s12879-018-2965-4.

Aplicabilidade para o SUS:
Aumento do conhecimento sobre a infecção pelo vírus Zika e contribuição para recomendações e ações de saúde pública.