Pesquisador(es)
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Agdemir Waléria Aleixo
Instituição
Instituição:
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Faculdade de Medicina.
Endereço:
Av. Professor Alfredo Balena, 190, sala 131, Santa Efigênia, Belo Horizonte, MG, Brasil.
Homepage:
Período de Vigência:
2012-2016
Situação:
Concluída
Introdução e Justificativa
A resistência do HIV aos antirretrovirais (R-ARV) representa um obstáculo ao sucesso terapêutico, sendo importante observar a tendência da sua prevalência em todas as classes de droga, ao longo do tempo. Um fator associado à progressão de doença é a alteração do tropismo do HIV para CXCR4 durante a infecção. O uso do CCR5 ou CXCR pelo HIV caracteriza variantes virais R5 ou X4 trópicos. A alça V3 da gp120 do HIV, incluindo os aminoácidos nas posições 11 e 25, é determinante do tropismo viral.
Objetivos
Analisar a resistência do HIV aos ARV e identificar o tropismo do HIV-1 em diferentes fases da infecção em pacientes infectados pelo HIV, em uso de TARV e em falha terapêutica.
Materiais e Método
Para a análise da resistência da protease (PR) e transcriptase reversa (RT) do HIV aos antirretrovirais e alça V3, foram consideradas as amostras de pacientes em falha terapêutica e em uso de TARV que entraram no serviço de genotipagem do HIV/Laboratório DIP/Faculdade de Medicina/UFMG/Belo Horizonte/MG, encaminhadas pelos serviços de saúde do Estado de Minas Gerais no período de 2002 a 2014. A alça V3 foi analisada pela ferramenta de bioinformática Geno2pheno. Métodos de regressão logística e análise multivariada com o SPSSv18 foram utilizados para análise estatística.
Resultados - Parciais ou Finais
Foram analisadas 2.185 sequências de PR/RT do HIV oriundas de pacientes de 18 clínicas e 14 cidades. Observou-se pelo menos uma MRA (mutações de resistência antirretroviral) em qualquer classe de drogas em 2020 (92,4%) sequenciais, sendo 84,2%, 69,5% e 50,5% para ITRN (inibidores de transcriptase reversa análogos de núcleos(t)ídeos), ITRNN (inibidores de transcriptase reversa não nucleosídeos) e IP (inibidores de protease), respectivamente. Pelo menos uma MRA foi encontrada em 31,1% dos casos nas três classes, simultaneamente. Observou-se redução na prevalência de pacientes com pelo menos uma MRA nas três classes simultaneamente ao longo de 11 anos, de 40,5% para 20,7% (p
Conclusões:
Observou-se diminuição da prevalência de MRA e R-ARV similar à de países desenvolvidos. O teste de genotropismo mostrou prevalência de isolados R5 na população. Não houve correlação entre alteração de tropismo e tempo de infecção. Análises da terceira entrada de amostras serão realizadas para avaliação do tropismo na população em estudo.
Palavras-Chave:
HIV. Aids. Imunodeficiência. Tropismo. HIV. Ativação celular. Resistência ARV.
Divulgação e/ou Publicações
DUANI, Helena; ALEIXO, Agdemir Waléria; TUPINAMBÁS, Unaí. Trends and predictors of HIV-1 acquired drug resistance in Minas Gerais, Brazil: 2002-2012. The Brazilian Journal of Infectious Diseases, v. 21, n. 2, p. 148-54, 2017.
ALEIXO, Agdemir Waléria et al. Tendência da prevalência de resistência antirretroviral no tratamento do HIV em Minas Gerais. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE DE ACADÊMICOS DE MEDICINA DE MINAS GERAIS, 31 de outubro a 02 de novembro de 2014.
DECLÍNIO da prevalência de resistência antirretroviral em Minas Gerais, Brasil: 2002 a 2012. In: 9o CONGRESSO PAULISTA DE INFECTOLOGIA, 21 a 24 de maio de 2014. (E-pôster).
DUANI, Helena et al. Tendência e fatores de risco da resistência antirretroviral do HIV-1 em Minas Gerais: 2002 a 2012. In: XIX CONGRESSO DE INFECTOLOGIA, 26 a 29 de agosto de 2015. (Pôster).
DUANI, Helena; TUPINAMBÁS, Unaí. Mulheres em Minas Gerais têm menor risco de resistência antirretroviral do HIV-1: estudo retrospectivo 2002 a 2012. In: XIX CONGRESSO DE INFECTOLOGIA, 26 a 29 de agosto de 2015. (Pôster).
MARTINEZ, Yuppiel Franmil et al. Avaliação de perfis de imunossenescência em células do sangue periférico de pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA). In: XX CONGRESSO BRASILEIRO DE INFECTOLOGIA, Rio de Janeiro, 2017a.
MARTINEZ, Yuppiel Franmil et al. Perfis celulares de senescência em PVHA e sua correlação com valores de CD4. In: XX CONGRESSO BRASILEIRO DE INFECTOLOGIA, Rio de Janeiro, 2017b.
SARAIVA, Isadora Sofia Borges et al. Ativação celular em pessoas saudáveis e em pacientes infectados pelo HIV. In: XIX CONGRESSO DE INFECTOLOGIA, 26 a 29 de agosto de 2015. (Pôster).
MARTINEZ, Yuppiel Franmil. Analisar por citometria de fluxo, a ativação celular crônica e imunossenescência de linfócitos T CD4 + e CD8 + circulantes em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), com idade entre 18 e 55 anos. [Em andamento. Estudante].
RIGOTTO, Luana. Tropismo do HIV em pacientes em uso de HAART e falha terapêutica em Minas Gerais: 2002 a 2014. [Em andamento. Estudante].
SARAIVA, Isadora Sofia Borges. Ativação celular em pessoas saudáveis e pacientes infectados pelo HIV. 2015. (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde – Infectologia e Medicina Tropical). Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015.
ALEIXO, Agdemir Waléria et al. Tendência da prevalência de resistência antirretroviral no tratamento do HIV em Minas Gerais. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE DE ACADÊMICOS DE MEDICINA DE MINAS GERAIS, 31 de outubro a 02 de novembro de 2014.
DECLÍNIO da prevalência de resistência antirretroviral em Minas Gerais, Brasil: 2002 a 2012. In: 9o CONGRESSO PAULISTA DE INFECTOLOGIA, 21 a 24 de maio de 2014. (E-pôster).
DUANI, Helena et al. Tendência e fatores de risco da resistência antirretroviral do HIV-1 em Minas Gerais: 2002 a 2012. In: XIX CONGRESSO DE INFECTOLOGIA, 26 a 29 de agosto de 2015. (Pôster).
DUANI, Helena; TUPINAMBÁS, Unaí. Mulheres em Minas Gerais têm menor risco de resistência antirretroviral do HIV-1: estudo retrospectivo 2002 a 2012. In: XIX CONGRESSO DE INFECTOLOGIA, 26 a 29 de agosto de 2015. (Pôster).
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MARTINEZ, Yuppiel Franmil et al. Perfis celulares de senescência em PVHA e sua correlação com valores de CD4. In: XX CONGRESSO BRASILEIRO DE INFECTOLOGIA, Rio de Janeiro, 2017b.
SARAIVA, Isadora Sofia Borges et al. Ativação celular em pessoas saudáveis e em pacientes infectados pelo HIV. In: XIX CONGRESSO DE INFECTOLOGIA, 26 a 29 de agosto de 2015. (Pôster).
MARTINEZ, Yuppiel Franmil. Analisar por citometria de fluxo, a ativação celular crônica e imunossenescência de linfócitos T CD4 + e CD8 + circulantes em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), com idade entre 18 e 55 anos. [Em andamento. Estudante].
RIGOTTO, Luana. Tropismo do HIV em pacientes em uso de HAART e falha terapêutica em Minas Gerais: 2002 a 2014. [Em andamento. Estudante].
SARAIVA, Isadora Sofia Borges. Ativação celular em pessoas saudáveis e pacientes infectados pelo HIV. 2015. (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde – Infectologia e Medicina Tropical). Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015.
Aplicabilidade para o SUS
A caracterização e o monitoramento da resistência do HIV aos ARV permitem entender a evolução da resistência ao longo do tempo, contribuindo para as políticas de saúde pública no controle da infecção.
Os resultados gerados de tropismo informam a prevalência de variantes R5 e X4; a alteração do tropismo viral nos pacientes em seguimento no serviço público; a identificação de variantes virais em relação ao tropismo na infecção recente e, por fim, a correlação entre tropismo viral x dados clínicos dos pacientes, tempo de infecção e sua possível correlação com a progressão para doença.