Testes Rápidos

Testes rápidos imunocromatográficos são aqueles cuja execução, leitura e interpretação dos resultados são feitas em, no máximo, 30 minutos. Além disso, são de fácil execução e não necessitam de estrutura laboratorial.

Os testes rápidos são, primariamente, recomendados para testagens presenciais. Podem ser feitos com amostra de sangue total obtida por punção venosa ou da polpa digital, ou com amostras de fluido oral. Dependendo do fabricante, podem também ser realizados com soro e/ou plasma.

Quem pode executar testes rápidos?

Conforme os manuais técnicos de diagnóstico da infecção pelo HIV, sífilis e Hepatites Virais qualquer pessoa capacitada, presencialmente ou a distância, pode realizar os testes rápidos. O Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) fornece gratuitamente, capacitação a distância por meio da plataforma Telelab (http://www.telelab.aids.gov.br/), onde estão disponíveis cursos acerca da testagem rápida e outros, compostos por videoaulas e manuais. Dentre os diversos temas contidos na plataforma, destaca-se a capacitação para a realização de testes rápidos. 

Desde 2014, o Telelab é o multiplicador do DCCI. Todo o conteúdo do Telelab é de livre acesso e os cursos estão disponíveis para download. Além disso, todos os vídeos dos cursos se encontram no YouTube.

O Telelab também emite certificados de conclusão dos cursos. Para isso, o interessado precisa cadastrar-se na plataforma e ser aprovado em uma avaliação on-line que verifica se a pessoa aprendeu o conteúdo das aulas. 

Quem pode assinar o laudo dos testes rápidos? 

Apesar de qualquer pessoa capacitada poder executar os TR, a emissão do laudo e a supervisão da equipe são de responsabilidade dos profissionais de saúde de nível superior habilitados pelos seus respectivos conselhos regionais de classe profissional.

Avaliação Externa de Qualidade dos Testes Rápidos (AEQ - Teste Rápido)

O Quali-TR é um Programa Brasileiro de Avaliação Externa da Qualidade para Testes Rápidos (AEQ-TR).

Esse programa é uma parceria entre o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) do Ministério da Saúde (MS) e uma equipe responsável pela coordenação, elaboração de painéis e atendimento aos profissionais integrantes da avaliação, que é sediada na Universidade Federal de Santa Catarina.

O objetivo desse Programa é fornecer uma ferramenta simples para o controle externo da qualidade dos TR para os serviços que integram os programas do MS e para a ampliação do acesso ao diagnóstico do HIV, da sífilis e das hepatites virais B e C, por meio de testes rápidos.

Dessa forma, a participação das instituições nas avaliações é muito importante para que cada profissional possa verificar o seu desempenho e o desempenho dos testes que utiliza, corrigir as não conformidades, quando necessário, e estar seguro de que presta o melhor serviço aos usuários do SUS.

Para mais informações, acesse o site Quali-TR (http://qualitr.paginas.ufsc.br).

Intercorrências com Testes Rápidos

É considerada intercorrência com testes rápidos qualquer observação de avaria no kit, apresentação de resultado inválido ou a apresentação de resultados falsos.

  • Avaria: falta de insumos do kit, travamento inadequado da lanceta, embalagem danificada, falta de rótulos dos insumos, mudança de coloração dos reagentes ou qualquer outra situação inusitada, desde que não prevista em bula. 
  • Resultado inválido: ocorre quando a linha colorida na região do controle não aparece.
  • Resultado falso: quando a condição de saúde do indivíduo contradiz o resultado obtido na testagem rápida. Só é possível concluir que um resultado de TR foi falso, após a realização de testes complementares e a conclusão de um dos fluxogramas preconizados pelo MS.

Toda intercorrência com TR deve ser reportada no formulário específico (Formulário de notificação de não conformidade de teste rápido). Esse formulário deverá ser preenchido completamente e encaminhado às referências técnicas que devem analisar a intercorrência e, se julgar pertinente, encaminhar ao Serviço de Atendimento ao Cliente – SAC da empresa fornecedora do teste. 

Guia Prático para a Execução de Testes Rápidos

Documento contendo orientações práticas sobre os procedimentos pré-teste, durante o teste e pós-teste para realização de testes rápidos com qualidade no contexto de diagnóstico da infecção pelo HIV, Sífilis e Hepatites Virais no SUS.

Capacitação 

A 4ª Oficina sobre as estratégias de uso e distribuição dos testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C no Brasil foirealizada em Outubro de 2020, conforme temas abaixo:

01/10/2020 - Organização do processo de trabalho em testagem rápida para HIV, Hepatites Virais e Sífilis

08/10/2020 - Qualidade da testagem rápida para HIV, Hepatites Virais e Sífilis

15/10/2020 - Autoteste de HIV

22/10/2020 - Focalização da testagem para HIV e priorização de testagem para Hepatites

29/10/2020 - Ferramentas para gestão local de testagem rápida