Conhecimento e aceitabilidade da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV) entre travestis e transexuais em Salvador, Bahia.

Edital/Chamamento: 
Chamamento Público nº 20/2013
Número do Projeto: 
TC 256/2013

Pesquisador(es)

Pesquisador(es) Responsável(eis): 
Maria Inês Costa Dourado

Instituição

Instituição: 
Instituto de Saúde Coletiva (UFBA).
Endereço: 
Rua Basílio da Gama, s./nº, Campus do Canela, Salvador, BA, Brasil.
Parcerias institucionais: 
Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB); Secretaria de Saúde de Salvador (SMS) através dos Centros de Referência de DST/HIV/Aids e CTAs; Colaboradores: Millena Passos, Presidente - ATRAS/Bahia; Keila Simpson - Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT/Bahia; Sofia Gruskin, USC; Amy Nunn, Brown University; Padre Alfredo Dorea - IBCM; Projeto Muriel - Maria Amélia Veras e equipe/FCMSCSP.
Período de Vigência: 
2014-2017
Situação: 
Concluída

Introdução e Justificativa

A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) com uso de antirretrovirais (ARV) em indivíduos HIV está sendo investigada em ensaios clínicos, na prevenção da infecção pelo HIV com diferentes populações em países com epidemia generalizada. O Brasil foi um dos países participantes no ensaio clínico iPrEx para avaliar a eficácia da PrEP entre HSH e mulheres transexuais. Este estudo encontrou uma redução na aquisição de HIV de 44%, e de 90% naqueles aderentes a PrEP. Uma revisão sistemática de 2012 estimou uma prevalência do HIV de 19,1% entre 11.066 mulheres transexuais de 15 países. No Brasil, um estudo com 638 mulheres transexuais, a prevalência foi 33,1% e uma razão de chances de infecção por HIV de 85,3 em comparação com todos os adultos em idade reprodutiva. Documento recente da OMS sobre orientações de uso da PrEP oral para casais sorodiscordantes, mulheres transexuais, HSH com alto risco de HIV, recomenda que os países desenvolvam estudos que demonstrem aceitabilidade e viabilidade dessa estratégia de prevenção. E travestis e mulheres transexuais apresentam uma carga elevada de HIV, necessitando, urgentemente, de serviços de prevenção, tratamento e cuidados em saúde.

Objetivos

Investigar o conhecimento, aceitabilidade e viabilidade da PrEP por travestis e mulheres transexuais em Salvador-BA.

Materiais e Método

Para a realização da pesquisa, foram contatadas antecipadamente várias pessoas trans, identificadas em diversos locais da cidade, ou indicadas pelo movimento social, ou no meio virtual (Facebook, Orkut, Skype), visando alcançar o maior número de integrantes da população. Após esse primeiro mapeamento, utilizamos uma técnica de recrutamento de participantes denominada Respondent Driven Sampling (RDS), indicada para populações “de difícil acesso”, para realização do inquérito sociocomportamental com aplicação das entrevistas.

Resultados - Parciais ou Finais

Apenas 18,4% das mulheres conheciam a PrEP. No entanto, ao tomar consciência, a disposição de usar a PrEP foi elevada. Duas classes latentes foram identificadas: Classe 1 – aceita usar a PrEP (91,3%); Classe 2 – não aceita usar a PrEP (8,7%). A maioria das participantes identificou a PrEP como uma importante medida de prevenção do HIV para as travestis e mulheres transexuais. Os fatores sociocomportamentais associados à Classe 2 foram: não ser negra; ter renda mensal superior a R$ 900,00; e o não uso regular de preservativos nas relações sexuais.
Conclusões: 
Fazer esse documentário foi uma maneira de acomodar o desejo das participantes do PopTrans de falarem sobre a vida desse grupo, indo além das questões de Saúde. Foi uma maneira de apresentar os resultados da pesquisa para um público não muito interessado no ambiente formal da universidade. A aceitabilidade da PrEP foi alta – 91% das participantes indicaram interesse no método no Nordeste do Brasil. Embora o acesso à PrEP ainda seja limitado, a disposição a usar provavelmente seja elevada quando for disponibilizada no SUS, mesmo entre aquelas que usam preservativos regularmente. No entanto, é importante levar em conta fatores sociocomportamentais e discutir a condição de vulnerabilidade ao HIV. Esses dois Projetos (Projeto 1 – TC 254/2012 e Projeto 2 – TC 256/2013) foram desenvolvidos dentro do Estudo PopTrans – um esforço da prática da interdisciplinaridade no cotidiano da Pesquisa e uso de distintas técnicas para a produção de dados e conhecimento científico. Apresentaremos os itens solicitados para esses dois projetos em conjunto. Além disso, produzimos um documentário.
Palavras-Chave: 
Travestis. Mulheres transexuais. HIV. Aids. Sífilis. IST. PrEP. Discriminação.

Divulgação e/ou Publicações

MAGNO, Laio et al. Gender-based discrimination and unprotected receptive anal intercourse among transgender women in Brazil: a mixed methods study. PLoS ONE, v. 13, n. 4, p. e0194306, abr. 2018a.

MAGNO, Laio; DOURADO, Inês; SILVA, Luís Augusto Vasconcelos da. Estigma e resistência entre travestis e mulheres transexuais em Salvador, Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 2018b. doi: 10.1590/0102-311X00135917.

CERQUEIRA, Caio Felipe Campos et al. Pro que der e vier: um documentário sobre a população trans feminina de Salvador. Congresso da UFBA- 14 a 17 de julho de 2016, Salvador-Bahia. (Apresentação de trabalho/Congresso).

DOURADO, I. et al. Vand the PopTransGroup. Local context is everything: a study of transvestite, transsexual and transgender women in north-east Brazil. Abstract number: THPEC187. XXI International AIDS Conference, Durban, South Africa, 18-22 de julho de 2016. (Apresentação de trabalho/Pôster).

DOURADO, Inês et al. Entendendo o contexto local: um estudo entre travestis e mulheres transexuais no Nordeste do Brasil. In: I ENCONTRO BRASILEIRO DE SAÚDE TRANS – BRPath- 1 a 4 de novembro de 2017. Teatro Marcos Lindemberg, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). (Apresentação de trabalho/Comunicação).

DOURADO, Inês et al. Estupro e fatores associados ao HIV entre mulheres transgênero: um estudo RDS em Salvador-Bahia. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA- EPI 2017- Abrasco - 7 e 11 de outubro de 2017, em Florianópolis, Santa Catarina. (Apresentação de trabalho/Pôster).

DOURADO, Inês et al. Experiências de mulheres transgêneras e homens trans em Salvador-BA: convergências e divergências na elaboração de suas necessidades e demandas de saúde. In: I ENCONTRO BRASILEIRO DE SAÚDE TRANS – BRPath- 1 a 4 de novembro de 2017. Teatro Marcos Lindemberg, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). (Apresentação de trabalho/Comunicação).

DOURADO, Inês et al. Uso do silicone industrial entre travestis e mulheres transexuais em uma cidade no Nordeste brasileiro. In: I ENCONTRO BRASILEIRO DE SAÚDE TRANS – BRPath- 1 a 4 de novembro de 2017. Teatro Marcos Lindemberg, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). (Apresentação de trabalho/Comunicação).

DOURADO, Inês. Escolhas analíticas e metodológicas dos dados do Estudo PopTrans. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA- EPI 2017- Abrasco- 7 e 11 de outubro de 2017, em Florianópolis, Santa Catarina. (Apresentação de trabalho/palestra).

DOURADO, Inês. et al. Fatores associados ao hiv entre mulheres transgênero: um estudo RDS em Salvador-Bahia. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA - EPI 2017- Abrasco - 7 e 11 de outubro de 2017, em Florianópolis, Santa Catarina. (Apresentação de trabalho/Comunicação).

DOURADO, Inês. et al. Transcending barriers for prevention. SESSION TYPE: Poster Discussion Session/Tuesday 25 July, 13:00-14:00. CO-CHAIRS: YazdanYazdanpanah, Alícia Krüger, Ministry of Health, Brazil. In: 9th IAS Conference on HIV Science, Paris, France-23-26 July 2017. (Apresentação de trabalho/Comunicação).

DOURADO, Inês; SILVA, Luis Augusto V. Coordenadores do simpósio temático intitulado “Interdisciplinaridade no estudo das questões de saúde, discriminação e direitos humanos de travestis e transexuais no Brasil”. In: 2ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE PSICOLOGIA LGBT e campos relacionados: enfrentar o impacto da discriminação contra pessoas LGBT em todo o mundo. Rio de Janeiro, 8 a 11 de março de 2016. (Organização/Simpósio).

DOURADO, Maria Inês (Moderadora). Costa GRINSZTEJN, Beatriz; GRANGEIRO, Alexandre. Debate: lições aprendidas sobre a da implementação da PrEP no SUS. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA- EPI 2017- Abrasco- 7 e 11 de outubro de 2017, Florianópolis, Santa Catarina. (Mesa-redonda/Moderadora).

DOURADO, Maria Inês Costa. “Aceitabilidade da PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) entre travestis e transexuais em Salvador-BA”. Palestra na Oficina sobre Promoção da Saúde, Prevenção e Tratamento do HIV/Aids para Travestis e Mulheres Transexuais no LaPClin-Aids/INI/FIOCRUZ. (2015);(Apresentação de trabalho/Palestra).

DOURADO, Maria Inês Costa. “Integrando abordagens e métodos em estudos com travestis e mulheres transexuais” - Projeto PopTrans: Maria Inês Costa Dourado (BA). In: “Construindo pontes em estudos com travestis e transexuais”. In: 10° CONGRESSO DE HIV/Aids e o 3° CONGRESSO DE HEPATITES VIRAIS, 17-20 de novembro de 2015- João Pessoa. (Apresentação de trabalho/Mesa redonda). Moderador: Ranulfo Cardoso Júnior (PB).

DOURADO, Maria Inês Costa. “TRANSGENDER health and opportunities for public health intervention in Northeastern Brazil: An interdisciplinary study” em dois momentos na Universidade de Brown 1- Brown School of Public Health Lecture: Wednesday, March 4th, 10:00am - 11:00am e 2- Albert Medical School Lecture - Tuesday, April 24th, 12:00am - 1:00 pm. (Apresentação de trabalho/mesa-redonda).

DOURADO, Maria Inês Costa. A prática da interdisciplinaridade em estudo com travestis e transexuais em Salvador-Bahia. In: Painel: Construindo pontes: a prática da interdisciplinaridade em estudo com populações de difícil acesso. In: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA - Vitória, Espírito Santo, 7 a 10 de setembro de 2014. (Apresentação de trabalho/Palestra).

DOURADO, Maria Inês Costa. Apresentação dos dados do PopTrans no I Seminário de Direitos Humanos e Saúde: um olhar sobre a população de travestis e transexuais em 2014 e no II Seminário Projeto Muriel em a 05 de novembro de 2015, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa São Paulo, em parceria com CRT-DST/AIDS. (Apresentação de trabalho/Congresso).

DOURADO, Maria Inês Costa. Transgender health and opportunities for public health intervention in Northeastern Brazil: an interdisciplinary study. Brown University/EUA e New York University outubro 2014. (Apresentação de Trabalho/Palestra).

DOURADO, Maria Inês Costa. Transgender health and opportunities for public health intervention in Northeastern Brazil: an interdisciplinary study. Brown University Seminar at School of Public Health - Providence, Rhode Island, 17 de outubro de 2014. (Apresentação de Trabalho/Palestra).

DOURADO, Maria Inês Costa. Transgender health and opportunities for public health intervention in Northeastern Brazil: an interdisciplinary study. New York University Steinhardt School of Culture, Education, and Human Development/Department of Nutrition, Food Studies, and Public Health: Lunch Time Seminar- New York 20 de outubro de 2014. (Apresentação de Trabalho/Palestra).

GOMES, Fabiane Soares et al. Respondent driven sampling. Congresso da UFBA - 14 a 17 de julho de 2016, Salvador-Bahia. (Apresentação de trabalho/Congresso).

GRINSZTEJN, Beatriz. Estudo transcender: desafios e principais resultados. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA- EPI 2017- Abrasco- 7 e 11 de outubro de 2017 em Florianópolis, Santa Catarina. (Apresentação de trabalho/palestra).

SOARES, Fabiane et al. Amy Nunnand the PopTransGroup. Transgender women willingness to use PrEP in Northeastern Brazil. In: 9th IAS Conference on HIV Science, Paris, France-23-26 July 2017. (Apresentação de trabalho/Pôster).

SOUSA, Laio Magno Santos de. Estigma interpessoal e sexo anal desprotegido entre travestis e mulheres transexuais: uma análise de classes latentes. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA-EPI 2017- Abrasco-7 e 11 de outubro de 2017, em Florianópolis, Santa Catarina. (Apresentação de trabalho/palestra).

SOUSA, Laio Magno Santos de et al. Testagem sorológica e ética: contribuições da pesquisa qualitative em estudos com travestis e transexuais. Vitória, Espírito Santo, 7 a 10 de setembro de 2014. (Apresentação de trabalho/Pôster).

SOUSA, Laio Magno Santos de et al. Autorrelato de discriminação entre travestis e mulheres transexuais em Salvador-BA. In: INTERDISCIPLINARIDADE NO ESTUDO DAS QUESTÕES DE SAÚDE, DISCRIMINAÇÃO E DIREITOS HUMANOS DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NO BRASIL. Congresso da UFBA - 14 a 17 de julho de 2016, Salvador, Bahia. (Apresentação de trabalho/mesa-redonda).

VERAS, Maria Amélia de Sousa Mascena. A construção do caminho analítico e metodológico do Projeto Muriel. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA- EPI 2017- Abrasco-7 e 11 de outubro de 2017, em Florianópolis, Santa Catarina. (Apresentação de trabalho/Palestra).

Bolsa da CAPES - Cátedra CAPES - Brown University. Professora da Universidade Brown na Escola de Saúde Pública, de janeiro a maio de 2015. Apresentação do projeto do Estudo PopTrans para obtenção da Bolsa Capes.

GOMES, Fabiane Soares. Aceitabilidade de novas estratégias de prevenção para o HIV entre travestis e mulheres transexuais em Salvador-Bahia. 2017. Dissertação (Mestrado em Saúde Comunitária) – Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, 2017.

ARAÚJO, Tarcia Munyra Barreto. Investigação da aceitabilidade da PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) entre travestis e transexuais em Salvador-Bahia. 2014. Iniciação Científica (Instituto de Saúde Coletiva) - Universidade Federal da Bahia, 2014.

JÚNIOR, Ailton Jesus da Silva. Investigação do conhecimento da PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) entre travestis e transexuais em Salvador-Bahia. 2014. Iniciação Científica (Bacharelado Interdisciplinar em Saúde) - Universidade Federal da Bahia, 2014.

OLIVEIRA, Ailton Novaes de. Modificações corporais de travestis e transexuais em Salvador. 2013. Iniciação Científica (Instituto de Saúde Coletiva) - Universidade Federal da Bahia, 2013.

SOUZA, Victor Santos de. Acesso de travestis e transexuais aos serviços públicos de saúde. 2013. Iniciação Científica (Instituto de Saúde Coletiva) - Universidade Federal da Bahia, 2013.

VILELA, Ana Lúcia da Silva. Discriminação e estigma entre travestis e mulheres transexuais em Salvador. 2015. Iniciação Científica (Instituto de Saúde Coletiva) – Universidade Federal da Bahia, 2015.

SILVA, Ricardo. Mudanças corporais e a infecção por HIV e sífilis em travestis e mulheres transexuais no Nordeste brasileiro. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. [Em andamento].

SOUSA, Laio Magno Santos de. Estigma e vulnerabilidade de populações LGBT ao HIV/Aids: uma perspectiva etnoepidemiológica. 2017. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2017.

Aplicabilidade para o SUS

Os dados do PopTrans confirmam taxas desproporcionalmente elevadas de HIV (9,0%) e de sífilis (32%) entre TrMT, ao compararmos com a população brasileira em geral; informam sobre a importância dos determinantes sociais para a infecção pelo HIV, como a baixa escolaridade e a discriminação perpetrada por pessoas do convívio íntimo (família e vizinhos). Esses dados de prevalência são fundamentais para orientar políticas públicas, demonstrando a urgência de prevenção das IST nesta população-chave para a epidemia. Os dados sobre aceitabilidade da PrEP que estamos produzindo são de grande importância para o novo cenário da prevenção do HIV/Aids em populações-chave, uma delas a população de travestis e mulheres transexuais. O conhecimento de PrEP foi baixo entre as TrMT (18,4%). No entanto, ao tomar consciência pelos pesquisadores do PopTrans, a disposição de usar a PrEP foi elevada (em torno de 90%). A PrEP hoje faz parte da chamada “Estratégia de prevenção combinada para o HIV/Aids". E o Brasil, através do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais/Ministério da Saúde, se prepara para incorporar a PrEP para compor o cardápio de prevenção do HIV em Unidades do SUS. Esses resultados são importantes para futuras pesquisas, assim como para políticas públicas inclusivas, no momento em que o Brasil amplia, em alguma medida, serviços públicos de saúde para pessoas trans. Projetos de investigação com travesti e mulheres trans devem buscar aproximar o Projeto com o movimento social e com outras interlocutoras; conhecer e entender o contexto local; considerar o papel das redes sociais on-line. Acolhimento das participantes no local de coleta de dados é fundamental. Por fim, devemos buscar aproximar pessoas trans a vários setores da sociedade.