Pesquisador(es)
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Luiza Bazzo
Instituição
Instituição:
Laboratório de Biologia Molecular, Microbiologia e Sorologia; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Hospital Universitário; Divisão de Análises Clínicas.
Parcerias institucionais:
Laboratório de Aids e Imunologia Molecular - Departamento de Imunologia – Fiocruz; Instituto de Biologia - Departamento de Genética - Laboratório de Virologia Molecular; Laboratório de Retrovirologia - UNIFESP; Escola Paulista de Medicina, Instituto Adolfo Lutz de São Paulo - Serviço de Virologia - Laboratório de Genotipagem do HIV; Faculdade de Medicina da UFMG - Laboratório de Doenças Infecciosas e Parasitárias.
Período de Vigência:
2014-2017
Situação:
Concluída
Introdução e Justificativa
O Brasil adotou política que oportuniza o acesso universal à terapia com antirretrovirais para pessoas vivendo com HIV/Aids. Um dos principais fatores que ameaçam a viabilidade da terapia antirretroviral é o aparecimento de variantes virais resistentes, selecionadas durante o tratamento. O surgimento de mutações de resistência no genoma viral diminui ou elimina a ação dos medicamentos, resultando em falha terapêutica e consequente aumento da carga viral e diminuição da contagem de linfócitos TCD4.
Objetivos
Unificar a rede brasileira de genotipagem do HIV-1 (RENAGENO) em uma única metodologia in house de baixo custo, para diminuir a dependência às tecnologias comerciais externas.
Materiais e Método
Conhecida como genotipagem da resistência do HIV-1, foi desenvolvida para detectar as mutações associadas à resistência do HIV aos antirretrovirais.
Resultados - Parciais ou Finais
Foram adquiridos reagentes específicos para a realização da técnica de genotipagem e distribuídos para os 10 laboratórios brasileiros que integraram a RENAGENO in house. Cada laboratório desenvolveu e padronizou sua própria metodologia In house conforme o previsto na RDC 302/2005 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Foram desenhados os iniciadores para as reações de RT-PCR e sequenciamento. A sensibilidade e especificidade desses iniciadores foram verificadas in silico e in vitro para as regiões do HIV: Protease e Transcriptase Reversa, Integrase, Envelope, GP41 e Alça V3. Essa abordagem permitiu analisar mutações para resistência aos inibidores da Transcriptase Reversa (RT) e Protease (PR), inibidor de fusão, inibidores de entrada/CCR5, e inibidores de Integrase. Todos os centros receberam treinamento técnico, e durante um ano foi garantida a manutenção dos equipamentos necessários para a execução do projeto. Com esse projeto foi desenvolvido o protocolo brasileiro, com uma rede de laboratórios para retaguarda das testagens para genotipagem do HIV-1, e foi possível concluir que a utilização de uma metodologia de genotipagem in house para o HIV é comparável com a metodologia comercial existente.
Palavras-Chave:
HIV. Genotipagem. Transcriptase reversa. Protease. Antirretrovirais. Falha de tratamento.
Divulgação e/ou Publicações
SCHÖRNER, M. A.; ROCCO, F.; SANTOS, T. M.; STARICK, M. R.; FERNANDES, S. B.; KUHNEN-COSTA, R. E.; PIRES, A. F. N. P. C.; BAZZO, M. L. Análise das primeiras amostras de HIV-1 genotipadas por metodologia in house em Santa Catarina. In: 10º CONGRESSO DE HIV/AIDS e 3º CONGRESSO DE HEPATITES VIRAIS. Resumo..., realizado em João Pessoa, PB, no período de 17 a 20 de novembro de 2015. (Apresentação de Trabalho/Congresso).
Aplicabilidade para o SUS
Foi desenvolvida uma rede de laboratórios capaz de realizar com qualidade a genotipagem no HIV-1 com metodologia in house. Essa rede opera como retaguarda nacional e garantia aos pacientes do SUS de permanente continuidade da rede de genotipagem.