Informe C&T

198 Informe C&T no total
Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Set/2001
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Luzidalva Barbosa de Medeiros
Instituição:
Universidade Federal de Pernambuco.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Este trabalho tem como objetivo geral determinar a freqüência de resistência primária aos anti-retrovirais nos pacientes atendidos no Hospital das Clínicas da UFPE e identificar fatores associados a essa resistência. Trata-se de estudo descritivo do tipo transversal. Estima-se que no período de 10 meses sejam arrolados ao estudo cerca de 96 pacientes.
Objetivos:
Determinar a freqüência de resistência primária aos anti-retrovirais nos pacientes atendidos no Hospital das Clínicas da UFPE e identificar fatores associados a essa resistência.
Materiais e Métodos:
O plano de análise prevê inicialmente a determinação da freqüência de resistência primária do HIV entre os casos de aids analisados. Posteriormente, será feita a descrição de freqüência das características dos casos de aids com resistência primária e dos casos de aids sem resistência primária. As possíveis diferenças de freqüência dessas características (variáveis independentes) serão testadas por meio de X2 (Quiquadrado), a um nível de significância de 5%. No primeiro momento será verificada a associação entre cada uma das variáveis e a resistência primária. Num segundo momento, aquelas variáveis que na análise univariada tiverem apresentado associação estatisticamente significante com o evento (resistência primária) serão introduzidas no modelo de análise multivariada que ajusta o efeito de cada uma delas pelas demais. Os resultados serão tabulados e utilizar-se-á o programa EPIINFO.
Palavras-Chave:
Resistência. Genotipagem. Anti-retrovirais. Resistência primária. Carga viral.
Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Set/2001
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria de Fátima Costa Lopes
Instituição:
Universidade Federal de Goiás, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Publica, Departamento de Imunologia e Patologia Geral.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Secretaria Estadual de Saúde-GO; Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia-GO; Instituto Ludwig de Pesquisa Contra o Câncer-SP (Dra Luísa Lina Villa).
Introdução e Justificativa:
Este estudo teve como objetivos determinar a prevalência e os fatores de risco para DST (infecção por C. trachomatis, N. gonorrhoeae e Papilllomavírus humano) em adolescentes do sexo feminino. Validar o uso de escore de risco, bem como os dados do exame ginecológico para o diagnóstico de cervicite por C. trachomatis e N. gonorrhoea e estudar o comportamento sexual dessas adolescentes, empregando-se questionário na forma de entrevista. O diagnóstico das DST foi realizado em secreção cervical empregando-se a reação em cadeia de polimerase (PCR). A prevalência das DST estudadas foi elevada entre as adolescentes e a abordagem sindrômica não se mostrou adequada para o tratamento das infecções por C. trachomatis e N. gonorrhoea.
Objetivos:
Determinar a prevalência de DST em adolescentes do Distrito Sanitário Noroeste do município de Goiânia e estudar seu comportamento sexual; Determinar a prevalência da infecção por C. trachomatis, N. gonohrroeae e Papillomavírus humano (HPV) nessas adolescentes; Validar o uso de escore de risco, bem como os dados do exame ginecológico para o diagnóstico de cervicite por C. trachomatis e N. gonorrhoea; Estudar o comportamento sexual dessas adolescentes.
Materiais e Métodos:
Foram selecionadas aleatoriamente 914 adolescentes do Distrito Sanitário Noroeste do município de Goiânia. Todas as adolescentes responderam s um questionário sobre as características sociodemográficas, nas quais estava incluído o início da vida sexual. Das sexualmente ativas (47451,9%), 427 realizavam consulta ginecológica. Durante a consulta, investigou-se o comportamento sexual e determinou-se o escore de risco. No exame ginecológico, verificou-se a presença de secreção, friabilidade e dor à movimentação do colo. Foram colhidas amostras cervicais para realização da PCR para HPV, para C. trachomatis e N. gonorrhoeae e material para citologia oncótica.
Resultados - Parciais ou Finais:
A prevalência para C. trachomatis foi de 14,5% (IC95% 11,4–18,3) e para N. gonorrhoeae, 2,1% (IC95% 1,1– 4,0). Foram analisadas a SensibilidadeS, Especificidade - E, Valor Preditivo Positivo-VPP, e negativo-VPN, do escore de risco e dos componentes do exame ginecológico. Escore de risco: S=31,9% (IC95% 21,544,3), VPP=20,8% (IC95% 13,729,9); secreção mucopurulenta: S=15,9% (IC95% 8,627,2), VPP=28,2% (IC95% 15,545,1); friabilidade do colo: S=43,5% (IC95% 31,855,9),VPP=30,6% (IC95% 21,940,9); ectopia: S=30,4% (IC 95% 20,242,8), VPP=19,1% (IC95% 12,527,9); dor ao toque bimanual: S=36,2% (IC95% 25,348,8); VPP=26,0% (IC95% 17,936,2). A prevalência de infecção pelo HPV foi de 28% (IC 95% 23,832,5). Concluiu-se que a prevalência de infecção por C. trachomatis, N. gonorrhoeae e HPV foi elevada entre as adolescentes estudadas. A abordagem sindrômica não se mostrou adequada para o tratamento dessas infecções.
Palavras-Chave:
Adolescentes. DST. Prevalência. Escore de risco. Abordagem sindrômica.
Divulgação e/ou Publicações:

CÔRTES, R.M.L.; ALVES, M.F.C.; GUIMARÃES, E.M.B. Prevalência da infecção genital por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae em adolescentes do gênero feminino, em Goiânia. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST, CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO EM DST E AIDS, 5./5., 2004, Recife. Proceedings... Brasília: Ministério da Saúde, 2004. p.76.

GARCIA, M.M.D. et al. Prevalência de anormalidades citológicas cervicais em adolescentes do Distrito Sanitário Noroeste do município de Goiânia.Goiás In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA, 7., 2004, Curitiba. Proceedings... Curitiba: Sogia, 2004.

GUIMARÃES, E.M.B. et al. Prevalência e validação do diagnóstico de cervicite por escore de risco e exame ginecológico entre adolescentes de 15 a 19 anos, Goiânia/GO. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO, CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA EM SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, 10./4., 2004, São Paulo. Revista Paulista de Pediatria, v.22, supl.11, 2004.

SANTOS, L.E. et al. Detecção e identificação genotípica do Papillomavírus humano . HPV, em adolescentes do gênero feminino, Goiânia.GO: Dados Preliminares. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST, CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO EM DST E AIDS, 5./5., 2004, Recife. Proceedings... Brasília: Ministério da Saúde, 2004, p.76. (Prêmio de melhor trabalho na área de Laboratório).

VIEIRA, M.A.S. et al. Fatores associados ao uso do preservativo em adolescentes do gênero feminino no município de Goiânia. Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Niterói/RJ, v.16, n.3, p.77.83, 2004.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas . Set/2001
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Aldo Ângelo Moreira Lima
Instituição:
Instituto de Biomedicina - Ibmed.
Homepage:
Período de Vigência:
2002 – 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Este estudo tem como objetivo geral avaliar a função e permeabilidade intestinal e o efeito de alanilglutamina na recuperação da lesão intestinal induzida por infecções e pela enteropatia induzida pelo HIV. Trata-se de estudo duplo-cego randomizado para determinar a lesão e a inflamação intestinal nos pacientes HIV positivos.
Objetivos:
Avaliar a função intestinal, permeabilidade e o efeito de alanilglutamina na recuperação da lesão intestinal induzida por infecções e pela própria enteropatia do HIV; Determinar o grau de lesão e inflamação do epitélio intestinal e lâmina própria em pacientes HIV positivo; Avaliar a capacidade absortiva, permeabilidade intestinal, deficiência de dissacaridase intestinal e estado nutricional nesses pacientes; Avaliar o efeito da alanilglutamina na recuperação do ganho de peso e permeabilidade intestinal nos pacientes HIV+; Determinar em um estudo piloto a biodisponibilidade e resistência de drogas anti-retrovirais nos pacientes.
Materiais e Métodos:
Estudo duplo-cego randomizado para determinar o efeito da alanilglutamina na permeabilidade intestinal e no estado nutricional de indivíduos infectados pelo HIV. Os pacientes com diagnóstico de HIV+, segundo critérios nacionais do Ministério da Saúde do Brasil, estarão disponíveis para o estudo. Os pacientes envolvidos assinarão uma ficha de consentimento e, em seguida, serão coletadas informações demográficas do paciente, dados epidemiológicos, características clínicas e dados antropométricos. Os testes laboratoriais e coletas de amostras de urina, sangue e fezes serão informados ao paciente e as amostras encaminhadas para laboratórios no HSJ e no Instituto de Biomedicina. Os dados demográficos, epidemiológicos, clínicos e laboratoriais terão dupla entrada no banco de dados, com sistematização para detecção de falhas lógicas na digitação. Os programas de computação utilizados serão Access, Excel, Epinfo e SPSS. As variáveis serão testadas para homogeneidade e testes paramétricos ou nãoparamétricos serão aplicados conforme indicado. Os valores de p
Palavras-Chave:
Pacientes infectados pelo HIV.
Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Set/2001
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Jacqueline Rodrigues de Lima
Instituição:
Fundação de Apoio à Pesquisa – Universidade Federal de Goiás.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Um estudo qualitativo participativo cooperativo foi realizado em uma região desfavorecida de Goiânia, entre mulheres que tinham um parceiro sexual estável, para explorar como o discurso preventivo privado e comunitário em relação ao HIV seria reconstruído pelas mesmas por meio de um processo coletivo de reflexão/ação. Os dados foram coletados por meio de 50 grupos focais e entrevistas na comunidade (realizadas pelas participantes). A abordagem participativa permitiu a reconstrução do discurso preventivo por haver favorecido a conscientização das participantes sobre as dificuldades para a prevenção do HIV com o parceiro estável, tanto na vida privada quanto no contexto coletivo das demais mulheres. A influência das relações de gênero e poder na negociação do sexo seguro foi identificada pelas participantes, e as mesmas relataram o desenvolvimento de capacidade para argumentação sobre o HIV e sua prevenção junto com o parceiro e a comunidade.
Objetivos:
Explorar como as mulheres economicamente desfavorecidas, que têm um parceiro sexual estável, reconstroem o discurso preventivo sobre HIV/aids em sua vida privada e comunitária e, ainda, quais as implicações que tal processo teria para futuros programas de prevenção.
Materiais e Métodos:
Esse estudo qualitativo participativo “cooperativo”, fundamentado no paradigma crítico-social, foi realizado em uma região desfavorecida de Goiânia. A investigação cooperativa é um tipo de pesquisa-ação, onde pesquisadores e pesquisados (co-pesquisadores) atuam em parceria na construção do conhecimento. Três mulheres da comunidade, indicadas por líderes locais, fizeram parte da equipe de pesquisadores durante todo o período de realização do estudo. Um total de dez grupos, contendo em média dez mulheres, foi organizado e cada grupo reuniu-se cinco vezes. Os dados foram coletados por meio de grupos focais pela técnica do recito-diálogo. Os encontros tinham duas etapas distintas: o recito, quando cada mulher descrevia as atividades de coleta de dados na comunidade em um diário de campo (entrevistas, avaliação dos serviços, negociação/utilização de preservativos), e o grupo focal, quando participavam de um diálogo crítico sobre o recito e tópicos propostos para discussão. Em cada encontro, um novo ciclo de reflexão/ação era iniciado. Os dados foram analisados com a participação das parcerias da comunidade e doze meses após o término da coleta dos dados foi realizado outro grupo focal contendo 20 mulheres (informantes-chave de cada grupo), para apresentar o resultado das interpretações e coletar informações atualizadas sobre o discurso e a prática das participantes.
Resultados - Parciais ou Finais:
As participantes tinham entre 19 e 59 anos, estavam com o mesmo parceiro entre 6 meses e 36 anos e a maioria não havia concluído o ensino fundamental (70%). Os resultados sugerem que o processo de reconstrução do discurso evoluiu do reconhecimento apenas do risco dos “outros” para a percepção do risco pessoal, da crítica quanto ao discurso preventivo, baseado na confiança das mulheres da comunidade, para o reconhecimento da semelhança entre o discurso pessoal e o coletivo, e da hesitação em provocar desconfiança ao levantar discussão sobre fidelidade/preservativo para o estabelecimento de diálogo sobre prevenção e sexualidade com o parceiro. Ainda: as co-pesquisadoras reconheceram a dificuldade em utilizar preservativo em toda relação sexual e foi sugerido o uso esporádico do mesmo, para “variar”, garantir a habilidade do parceiro no seu manuseio ou para uma adaptação progressiva visando o seu uso exclusivo. A abordagem participativa favoreceu o processo de reflexão-ação e facilitou a conscientização acerca das dificuldades para a prevenção do HIV/aids com o parceiro estável. Ainda: elas desenvolveram habilidades para promover discussões sobre prevenção e sexualidade com o parceiro e na comunidade. Este estudo sugere a necessidade de implantação de estratégias de intervenção baseadas em modelos participativos, sendo necessário a formação teórico-prática da equipe de saúde, a disponibilidade para atuar na comunidade (com a comunidade) e a valorização do potencial comunitário.
Palavras-Chave:
Prevenção do HIV/Aids. Mulheres com parceiro estável. Pesquisa participativa.
Divulgação e/ou Publicações:

LIMA, J.R.; GASTALDO, D.; VILA, V.S.C. Reconstructing Discourse and Practice About HIV/Aids Prevention With Women Who Have a Stable Sexual Partner. In: THE INTERNATIONAL CONGRESS ON WOMEN’s HEALTH ISSUES, 15., 2004, Ribeirão Preto. Proceedings... Ribeirão Preto: EERP/USP, 2004. CD-ROM.

LIMA, J.R. et al. A prevenção do HIV/Aids entre mulheres com parceiro estável: participação, reflexão e mobilização. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA, 7., 2003, Brasília. Proceedings... Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 2003. v.8, n.2, p.40. CD-ROM.

__. Participação comunitária na prevenção do HIV/Aids entre mulheres com um parceiro sexual fixo. In: IV Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Manaus. Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Rio de Janeiro, v.14, n.3, p.132-133, 2002.

LIMA, J.; VILA, V.S.C.; GASTALDO, D. Cooperative Inquiry: a participatory approach to promote HIV/AIDS prevention among women with regular sexual partner in Goiânia, Brazil. In: THE INTERNATIONAL INTERDISCIPLINARY CONFERENCE – ADVANCES IN QUALITATIVE METHODS, 6., 2005, Edmonton. Proceedings... Edmonton-CA: University of Alberta, 2005. p.101.

__. Pesquisa participativa: estratégia inovadora para prevenção do HIV/AIDS entre mulheres na comunidade. In: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO BRASIL DE PESQUISA QUALITATIVA, 2004, Taubaté. Proceedings... Taubaté: Unitau, 2004. CD-ROM.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Set/2001
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Cristina Muccioli
Instituição:
Unifesp – Universidade Federal de São Paulo.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
FMUSP – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; McGill University – Canadá.
Introdução e Justificativa:
Tal pesquisa visa ao desenvolvimento, estruturação e coordenação de “Centro de Diagnóstico e Treinamento Virtual” especializado em manifestações oculares da aids, com finalidade de avaliar e fazer diagnóstico de doenças oculares, bem como orientações terapêuticas. Objetiva ainda o atendimento local e à distância de pacientes com diagnóstico de infecção pelo HIV. Contará com aparelhamento especializado na aquisição, recebimento e envio de imagens fundoscópicas via internet. O Centro de Diagnóstico Virtual inicialmente drenará pacientes de centros satélites na região metropolitana da cidade de São Paulo, com ampliação posterior a atendimento de pacientes no Estado de São Paulo e na seqüência, pacientes de todo País.
Objetivos:
Formação de Centro Diagnóstico Virtual especializado no estudo das doenças oculares secundárias à aids. Formação de centros de capacitação profissional para estabelecimento de rede de informação com hospitais ou clínicas associadas; estabelecimento de centros de referência virtual para diagnóstico e intercâmbio de informações médicas; realização de exames de anatomia patológica, efetuados em centros de referência nacional (Departamento de Oftalmologia da Unifesp) e internacional (McGill); criação de programas de busca de pacientes com aids que necessitem de avaliação freqüente através da telemedicina; indicar e encaminhar para tratamento clínico e cirúrgico, quando pertinentes, no setor de aids do Departamento de Oftalmologia da Unifesp/EPM.
Materiais e Métodos:
A avaliação dos pacientes incluídos no estudo prospectivo constará de passos consecutivos, a saber: aferição da acuidade visual dos pacientes; exame oftalmológico completo de segmento anterior; exame oftalmológico completo de segmento posterior; estabelecimento do diagnóstico; proposição de tratamento; documentação fotográfica (imagens eletrônicas), responsável por documentação diagnóstica, seguimento e avaliação de progressão. Os dados de pacientes externos ao Centro serão enviados via internet e as imagens processadas. As imagens serão enviadas de acordo com o protocolo estabelecido pelo Centro.
Resultados - Parciais ou Finais:
De acordo com análises dos dados resultantes da pesquisa parcial, a concordância diagnóstica observada na consultoria, em relação ao “padrão ouro”, foi de 73,5% para ambos os consultores. Sugestão de tratamento e/ou conduta não foi possível em 8% dos casos para o consultor A, e em 10,4% para o consultor B. A falta de dados clínicos (Kappa: 0,8) e a má qualidade das imagens (kappa: 0,74) foram os motivos com maior concordância em relação às dificuldades para conclusão da consultoria. A teleoftalmologia, através de consultoria por método assíncrono, foi eficaz para o diagnóstico de doenças infecciosas e inflamatórias oculares, em pacientes com ou sem aids. A falta de dados clínicos detalhados e a má qualidade das imagens enviadas foram os principais fatores limitantes para a conclusão da consultoria. A partir deste estudo serão possíveis o aprimoramento do formulário de consultoria e a implantação de Serviço de Teleoftalmologia no Departamento de Oftalmologia – Unifesp/EPM.
Palavras-Chave:
Aids. Telemedicina. Oftalmologia. HIV. Teleoftalmologia. Citomegalovirus. Uveite.
Divulgação e/ou Publicações:

Desenvolvimento do site: http://www.saudeparavoce.com.br/interoftalmo/pagprincipal.htm.

FINAMOR, L.P. Teleoftalmologia como auxílio diagnóstico nas doenças infecciosas e inflamatórias oculares: validação de método assíncrono de consultoria. Tese (Doutorado) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, 2004.

FINAMOR, L.P.; MUCCIOLI, C. Teleoftalmologia como auxilio diagnóstico nas doenças infecciosas e inflamatórias oculares. Revista da Associação Médica Brasileira, 2005 (Prova em Printer).

MUCCIOLI, C.M.D. et al. Teleophthalmology: Brazilian Experience and Future Directions. In: YOGESAN, K. et al. (Eds). Teleophthalmology, Springer-Verlag, 2006. (no prelo).

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Set/2001
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Esper Georges Kallás
Instituição:
Universidade Federal Paulista, Escola Paulista de Medicina, Instituto Paulista de Doenças Infecciosas e Parasitárias.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Este projeto tem como objetivo, por meio da técnica de testagem sorológica dupla (detuned), identificar pacientes recentemente infectados pelo HIV-1, comparando os resultados com técnica de avaliação de avidez de anticorpos anti-HIV, criar repositório de amostras de soro, plasma e células mononucleares de sangue periférico, caracterizar o tipo de vírus desses pacientes e avaliar a resposta imunológica celular no momento da identificação dos casos e durante seis meses.
Objetivos:
Constituir repositório de amostras de soro, plasma e células mononucleares de sangue periférico obtidas de pacientes identificados com infecção recente pelo HIV-1; Caracterizar a cepa viral causadora da infecção nesses pacientes; Desenvolver protocolo de determinação de avidez de anticorpos a antígenos do HIV-1 como método alternativo para identificar infecção recente pelo vírus; Avaliar a resposta imunológica do tipo celular através das técnicas de imunofenotipagem de linfócitos, ELISPOT e ensaio de detecção de IFNy intracelular através da citometria de fluxo no momento de identificação da infecção recente e durante seis meses.
Materiais e Métodos:
Serão identificados pacientes com diagnóstico de infecção recente pelo HIV-1, definidos pelos critérios de inclusão descritos a seguir: idade igual ou superior a 18 anos completos; leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido antes do preenchimento do formulário de informação demográfica de triagem e coleta de sangue; teste de detecção de anticorpos anti-HIV pela técnica de Western Blot com resultado postivo; teste com ensaio imunoenzimático para detecção de anticorpos anti-HIV com resultado positivo, porém com resultado negativo após método sorológico de testagem dupla (detuned); hematócrito de 28% ou mais, obtido antes da coleta de sangue da visita 1. Os pacientes inscritos nesse protocolo de pesquisa serão submetidos a acompanhamento clínico e laboratorial. O acompanhamento clínico seguirá ficha clínica padrão, contendo os cuidados usuais aos pacientes infectados pelo HIV tratados pela DIPA EPM/Unifesp. O acompanhamento laboratorial envolverá tanto as coletas de rotina como as amostras para realização dos testes descritos. Os dados de evolução clínica e resultados laboratoriais serão compilados em ficha de registro de casos apropriada. Os dados obtidos com os ensaios de laboratórios serão compilados em programa construído em ambiente “Windows” para posterior transferência ao programa Statistica (StaSoft). Serão consideradas diferenças intragrupo, em relação a amostras obtidas em momentos diferentes, aquelas que apresentarem p abaixo de 0,05, com o teste não paramétrico de amostras pareadas de Wilcoxon. Diferenças intergrupo serão calculadas com o teste não-paramétrico de Kruskal Wallis, com p crítico de 0,05.
Palavras-Chave:
Pacientes infectados pelo HIV.
Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Set/2001
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Mirtha Delia Sendic Sudbrack
Instituição:
Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre, Coordenação de DST/Aids.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Jair Ferreira, professor-adjunto de Epidemiologia).
Introdução e Justificativa:
Muitos pacientes não conseguem obter os benefícios dos avanços da terapêutica anti-retroviral em razão da não-adesão, problema ainda pouco conhecido na área pediátrica. Este estudo transversal contemporâneo pretendeu estimar a prevalência da não-adesão aos anti-retrovirais entre crianças residentes em Porto Alegre e identificar os fatores associados. A amostra inicial foi de 216 crianças, porém apenas 202 atenderam aos critérios de inclusão. Foram entrevistados 194 cuidadores, utilizando-se técnica que permitiu detectar perdas por falhas no entendimento sobre o uso correto do esquema e perdas conscientes de doses. Foi definido como não aderente a criança que ingeriu menos de 80% das doses prescritas para 24 horas, no dia anterior à entrevista. A prevalência geral da não-adesão encontrada foi de 49,5%, superior à estimada (30%). Considerando-se os tipos de cuidadores, não institucionais e institucionais, no primeiro a prevalência foi de 55,7% e, no segundo, de 22,2%. Na análise multivariável, a escolaridade do cuidador apresentou associação limítrofe com o desfecho (p=0,07).
Objetivos:
Pretendeu-se, com este estudo, estimar a prevalência da não-adesão aos anti-retrovirais entre crianças residentes em Porto Alegre e identificar os fatores correlacionados ao problema.
Materiais e Métodos:
Estudo transversal contemporâneo com amostra inicial de 216 crianças. Entretanto, apenas 202 crianças com critérios de inclusão compareceram aos ambulatórios de infectologia pediátrica entre fevereiro e novembro de 2002. Destas 202 crianças, foram entrevistados 194 cuidadores, através de entrevista estruturada e de técnica que permitiu detectar tanto perdas por falha no entendimento sobre o uso correto do esquema prescrito quanto a perdas conscientes de doses. Foi definida como não aderente a criança que ingeriu menos de 80% das doses prescritas para 24 horas, no dia anterior à entrevista.
Resultados - Parciais ou Finais:
A prevalência geral da não-adesão, entre as crianças do estudo, foi de 49,5% (IC95%= 41,5% a 56,5%), superior à estimada previamente (30%). A não adesão variou conforme o grau de relação/parentesco do cuidador com a criança, apresentando prevalência de 58,7%, quando mãe/pai biológico; 60,0%, quando outro parente; 38,5%, quando mãe/pai substituto/adotivo; e 22,2%, quando cuidador institucional. Na análise multivariável, a escolaridade do cuidador apresentou associação no limiar da significância estatística com o desfecho não adesão (p=0,07). A categoria “cuidador institucional” apresentou associação estatisticamente significativa para proteção contra a não adesão em todas as variáveis do modelo (p
Palavras-Chave:
Adesão. Crianças. Terapia anti-retroviral. Aids. HIV.
Divulgação e/ou Publicações:

WACHHOLZ, N.I.R. Adesão aos Anti-retrovirais em Crianças: Um Estudo da Prevalência e Fatores Associados. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003.

WACHHOLZ, N.I.R.; FERREIRA, J. Adesão aos Anti-retrovirais em Crianças: Um Estudo da Prevalência e Fatores Associados. Porto Alegre, 2003. Submetido a Cadernos de Saúde Pública.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Set/2001
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Rodrigo Ribeiro Rodrigues
Instituição:
Universidade Federal do Espírito Santo, Núcleo de Doenças Infecciosas, Laboratório de Imunologia Celular e Molecular.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Este projeto tem por objetivo comparar o fenótipo viral, ou seja, os receptores presentes em partículas virais no plasma de pacientes com falha terapêutica com fenótipo do vírus encontrado em pacientes respondendo ao tratamento ou pelo menos em vírus com genótipo selvagem para resistência a drogas. O que aumentará o conhecimento sobre os compartimentos celulares de origem das cepas do HIV resistentes aos anti-retrovirais, fundamental na definição de novas estratégias de tratamento bem como no desenvolvimento de novas drogas.
Objetivos:
Avaliar pela imunofenotipagem a presença de receptores específicos para células T e monócitos/macrófagos em partículas virais livres no plasma de pacientes em falha terapêutica e comparar esses achados com o “fenótipo” viral encontrado em pacientes com cepas selvagens do HIV-1.
Materiais e Métodos:
Estudo sobre variabilidade genética e marcadores imunológicos. Foram convidados a participar do estudo pacientes portadores de infecção pelo HIV de ambos os sexos, acima de 18 anos, que procuraram o ambulatório de doenças infeccio-sas da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, espontaneamente ou encaminhados por outras clínicas ou serviços de hemoterapia. Foram arrolados 10 pacientes virgens de tratamento e um grupo de 10 pacientes com resistência genotípica às drogas anti-retrovirais. Amostras de plasma colhidas desses pacientes foram utilizadas para a seleção de vírus HIV-1, por meio de marcação com anticorpos monoclonais específicos para células T CD4 ou para monócitos e posterior purificação desses vírus através de “beads”paramagnéticos. Considerando-se que ao emergir da célula infectada o HIV adquire marcadores de superfície, como por exemplo o CD26 (específico para linfócitos T) e o CD36 e CD14 (específicos para monó-citos). Após selecionarmos essas populações virais fenótipo específicas, o RNA foi isolado e utilizado em reações de RT-PCR e seqüenciamento para determinarmos qual origem celular está associada à resistência genotípica do HIV.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram arrolados 10 pacientes virgens de tratamento e 10 pacientes HIV positivos com resistência genotípica aos anti-retrovirais. Amostras de plasma dos dois grupos foram submetidas à separação imunofenotípica das partículas virais utili-zando anticorpos monoclonais (MAb) anti-CD26 (Células T) ou anti-CD36 ou a combinação anti-CD14/anti-CD36 (específicos para monócitos). Durante nossos experimentos não obtivemos sucesso na separação de partículas virais marcadas com MAbs anti-CD14 ou anti-CD36, e apenas partículas virais marcadas com MAb anti-CD26 puderam ser separadas. Dados da literatura corroboram nosso insucesso uma vez que outros autores conseguiram isolar partículas virais CD36/CD14 positivas oriundas de amostras de líquido pleural, mas não de plasma. Nossos dados suportam nossa hipótese de que a resistência genotípica tem origem na circulação periférica a partir de células T. Os grupos de pacientes virgens de tratamento e os com resistência genotípica não apresentaram diferenças quanto à origem celular, sendo em ambos isolados apenas vírus CD26 positivos. A compartimentalização celular necessita ser mais estudada através de culturas separadas de monócitos ou células T de pacientes HIV+ e caracterização das partículas virais emergentes.
Palavras-Chave:
Pacientes HIV positivos virgens de tratamento ou em tratamento com anti-retrovirais.
Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Set/2001
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Bernardo Galvão Castro Filho
Instituição:
Fundação Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Laboratório Avançado de Saúde Pública (Fiocruz/CPQGM/Lasp).
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Laboratório de Aids e Imunologia Molecular, Departamento de Imunologia/Fiocruz-RJ (Mariza G. Morgado); Laboratório de Imunologia Clínica, Departamento de Imunologia/Fiocruz-RJ (Dumith Chequer BouHabib); e, Instituto de Saúde Coletiva/Universidade Federal da Bahia/UFBA (Inês Dourado).
Introdução e Justificativa:
Este estudo tem como objetivo estabelecer um sistema de vigilância sentinela do polimorfismo do HIV a fim de permitir o monitoramento contínuo do HIV-1 quanto à dinâmica da evolução genotípica, bem como em relação às propriedades biológicas e antigênicas dos vírus circulantes na cidade de Salvador. Isto possibilitará estudar isolados de subtipos não B, através do isolamento viral, caracterização do seu fenótipo e uso de correceptores, bem como realizar a caracterização genotípica detalhada.
Objetivos:
Estabelecer um sistema de vigilância sentinela do polimorfismo do HIV a fim de permitir o monitoramento contínuo do HIV-1 quanto à dinâmica da evolução genotípica, bem como em relação às propriedades biológicas e antigênicas dos vírus circulantes na cidade de Salvador; Estimar a soroprevalência do HIV em uma ampla e representativa amostra da população geral de Salvador; investigar fatores de risco para infecção pelo HIV-1 nos pacientes atendidos no Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia; Determinar a prevalência dos subtipos de HIV-1 dos pacientes atendidos no Hospital Universitário Professor Edgard Santos; Montar coleções de material dos diferentes subtipos a partir da obtenção de plasma, soro, células, DNA e vírus, priorizando os vírus de subtipo não B e recombinantes.
Materiais e Métodos:
Foram coletadas 800 amostras de pacientes soropositivos originárias do Hospital Universitário Edgard Santos da Cidade de Salvador-BA no período entre 2000 e 2002. Para determinação dos subtipos do HIV-1 foram analisadas, através do ensaio da mobilidade do heteroduplex (HMA env e gag). Esta metodologia permite verificar a presença de possíveis recombinantes, melhorando a fidedignidade do perfil epidemiológico dessa amostragem. As amostras recombinantes terão o seu genoma viral seqüenciado. Foi elaborado um instrumento para coleta de dados dos prontuários médicos dos pacientes atendidos no Hospital Universitário Professor Edgard Santos. Estes dados foram inseridos em banco de dados do epiinfo por estudantes da área de saúde previamente treinados. Para avaliar a soroprevalência na população geral de Salvador foi realizado um estudo de corte transversal de 3.437 amostras de residentes nesta cidade no período entre 1998 e 2000, onde foi feita a triagem sorológica para anticorpos anti HIV-1 através de ELISA, e o ensaio de imunofluorescência indireta foi utilizado como teste confirmatório. O perfil dos subtipos virais foi determinado por HMA e análise filogenética.
Resultados - Parciais ou Finais:
O estudo de soroprevalência do HIV-1 na população geral de Salvador mostrou uma taxa de 0,55% (19/3446), em que, 0,8% pertenciam ao sexo masculino e 0,36% ao sexo feminino. A maior soroprevalência foi encontrada no grupo com idade entre 31 e 45 anos (1%). Em relação à renda familiar, foi observado que a faixa de dois salários mínimos foi aquela onde detectamos a maior soroprevalência (0,78%), quando comparada àquela em que a renda era maior do que dois salários mínimos (0,33%). Por meio de análise filogenética, foram identificadas 12 amostras: 10 como subtipo B e 2 com o subtipos discordantes nas regiões analisadas: Benv/Fgag/Fpol e Fenv/Bgag. Das amostras provenientes do Hospital Professor Edgard Santos foram analisadas 229 amostras através do HMAgag e 213 amostras através do HMAenv, das quais, 174 tiveram a subtipagem realizada para ambos os genes. Os resultados mostraram que o subtipo mais prevalente, quando avaliados os dois genes env e gag, foi o subtipo B, detectado em 141 amostras (81%). Foram encontradas 31 amostras com subtipos discordantes para os genes env e gag, sendo 24 (13,7%) Benv/Fgag, 6 (3,4%) Fenv/Bgag, 1(0,5%) Benv/Dgag, e uma amostra do subtipo F nos dois genes (0,5%).
Palavras-Chave:
HIV-1. Caracterização genotípica do HIV-1. Soroprevalência do HIV-1.
Divulgação e/ou Publicações:

GALVÃO-CASTRO, B. HIV-1 in the general population of Salvador, Brazil: A city whith african ethnic and socio-demographic characteristics. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PESQUISA EM HIV/AIDS, 5., 2003, Rio de Janeiro.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Set/2001
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Silvia Beatriz May
Instituição:
Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – HUCFF.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Este estudo objetiva identificar e quantificar as variáveis determinantes da adesão ao tratamento com anti-retrovirais nos pacientes infectados pelo HIV, atendidos no ambulatório do HUCFF/UFRJ, que sejam maiores de 18 anos. O tamanho amostral para determinar a proporção de pacientes que adere a 80% das cápsulas, com erro de 0,07 a probabilidade de 70%, com um intervalo de confiança de 95%, é de 250 indivíduos. Os indivíduos serão escolhidos de forma aleatória simples, utilizando-se a lista nominal dos pacientes cadastrados para recebimento de terapia anti-retroviral. Após a escolha aleatória dos pacientes, os mesmos serão convidados a participar do estudo. Aqueles indivíduos que aceitarem sua inclusão serão submetidos a uma entrevista estruturada, aplicada por profissional treinado, em privacidade.
Objetivos:
Avaliar o grau de adesão à terapêutica anti-retroviral nos pacientes com HIV em acompanhamento clínico no HUCFF/UFRJ.
Materiais e Métodos:
Trata-se de estudo transversal na coorte de indivíduos soropositivos para o HIV no HUCFF/UFRJ. O tamanho amostral para determinar a proporção de pacientes que adere a 80% das cápsulas, com erro de 0,07 a probabilidade de 70%, com um intervalo de confiança de 95%, é de 250 indivíduos. Os indivíduos serão escolhidos de forma aleatória simples, utilizando-se a lista nominal dos pacientes cadastrados para recebimento de terapia anti-retroviral. Os dados serão analisados pelos programas estatísticos EpiInfo 2000.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foi realizado um estudo transversal, entre os 1.300 cadastrados. A adesão foi medida pelo relato do paciente, utilizandose um questionário estruturado e definido com o número de pílulas tomadas em relação ao número de pílulas prescritas nos três dias anteriores à realização da entrevista. A adesão foi dicotomizada em aderentes (> 80% das pílulas) e não-aderentes. Foram estrevistados 226 pacientes. Desses, 145 (65 %) eram homens, a média de idade de 40 anos (1869) e45 (20%) tinham ≤ 4 anos de educação, 110 (49%) estavam trabalhando na época da entrevista e a mediana da renda familiar era de US$ 305/mês. No conjunto, 107 (47%) indivíduos relataram ter bebido pelo menos uma dose de álcool no último mês, a média de tempo de diagnóstico da infecção pelo HIV foi de 60 meses. A adesão média foi de 84,3%. Dos pacientes, 186 (82%) relataram adesão de mais de 80 % ao tratamento e 75,2% relataram adesão maior de 95% às pílulas prescritas. Os fatores preditores de adesão a mais de 80% ao esquema anti-retroviral foram: pertencer ao gênero masculino (OR 2,0 CI 1,02 to 4,1), maior renda familiar (p value, ttest)
Palavras-Chave:
Aids. Adesão. Anti-retroviral.
Divulgação e/ou Publicações:

CARDOSO, G.; MAY, S.B.; FEIJO BARROSO, P. Evaluation of the impact of anti-retroviral therapy among the quality of life of HIV/AIDS patients. In: THE IAS CONFERENCE ON HIV PATHOGENESIS AND TREATMENT, 3., 2005, Rio de Janeiro. Abstract MoPe11.1C31.

MAY, S.B.; CARDOSO, G.; BARROSO, P.F. Determinants of adherence to anti-retroviral therapy in a developing country. In: THE INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 14., 2002, Barcelona. Abstract WePeB5866.

MAY, S.B. et al. High Adherence Rates To Anti-retrovirals. In: A RESOURCE POOR SETTONG. THE IAS CONFERENCE ON HIV PATHOGENESIS AND TREATMENT, 2., 2003, Paris. Abstract n.755.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Abr/2002
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Mark Drew Crosland Guimarães
Instituição:
Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Preventiva e Social.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Escola de Enfermagem e Faculdade de Farmácia da UFMG.
Introdução e Justificativa:
Estudo prospectivo concorrente com componentes quantitativo e qualitativo, tendo como principal objetivo determinar a incidência de não-adesão ao tratamento ARV e os fatores associados entre indivíduos atendidos em dois serviços públicos de referência para HIV/aids no município de Belo Horizonte-MG, que receberam sua primeira prescrição ARV em 2001-2002 e acompanhados até dez meses. Os participantes foram submetidos a uma entrevista estruturada na visita inicial, a qual abordou aspectos sociodemográficos, psicossociais, comportamentais, clínicos e aqueles relativos aos serviços e nas três visitas de seguimento para verificar o grau de adesão ao tratamento e os fatores associados com a não-adesão. Foram também preenchidos registros diários durante uma semana entre cada visita de seguimento. Dados complementares foram obtidos nos prontuários médicos. A compreensão da prescrição pelos participantes foi comparada com a prescrição registrada. A análise quantitativa incluiu distribuição de freqüência, análise univariada e multivariada por meio do modelo de riscos proporcionais de Cox. Foram estimados os relative hazards com intervalo de confiança de 95%. A abordagem qualitativa incluiu entrevistas em profundidade, com 25 pacientes de cada centro e grupos focais, com profissionais de saúde envolvidos com a atenção à saúde de indivíduos infectados pelo HIV/aids, e também com ONGs, procurando compreender o processo vivenciado pelos pacientes e profissionais durante o tratamento com ARVs.
Objetivos:
Descrever a população participante e determinar a incidência da não-adesão ao tratamento ARV na população nos períodos indicados; Determinar os fatores socioeconômicos, demográficos, psicológicos, comportamentais, clínicos e aqueles relacionados ao serviço de saúde associados à não-adesão ao tratamento com os ARV; Descrever os aspectos etnográficos/qualitativos que influenciam a adesão ao tratamento com os ARV.
Materiais e Métodos:
O estudo teve delineamento prospectivo concorrente. Indivíduos infectados pelo HIV, com indicação de tratamento ARV, inscritos nos dois serviços, foram avaliados a partir da primeira prescrição (linha de base) e acompanhados por pelo menos dez meses. A medida da adesão foi aferida no primeiro, quarto e sétimo mês de acompanhamento. O período de recrutamento e acompanhamento foi iniciado em setembro de 2001 e encerrado em março de 2003. A não-adesão foi avaliada por meio de entrevista e se referiu à tomada de menos de 95% das doses prescritas nos últimos três dias. Foi também avaliada a não-adesão por meio de registro diário, registro de dispensação nas farmácias dos serviços e registros em prontuários. A análise incluiu Qui-quadrado, medidas de tendência central e análises univariada e multivariada por meio do modelo de regressão de Cox. A estimativa de risco foi feita pelo relative hazard.
Resultados - Parciais ou Finais:
O estudo teve início em maio de 2001, com encerramento do recrutamento em maio de 2002; o seguimento prosseguiu até março de 2003. Do total de pacientes abordados (n=503), 6,0% (n=30) não preencheram os critérios de elegibilidade. Entre os elegíveis (n=473), 86,0% (n=406) aceitaram participar do estudo e assinaram o termo de consentimento. Dos 406 participantes, 362 (89,2%) tiveram pelo menos uma visita de seguimento, 314 (77,3%) tiveram pelo menos duas visitas, enquanto que 218 (53,7%) tiveram as três visitas. A média de idade dos entrevistados foi de 34 anos (mediana=33 anos). Cerca de 56% eram homens, com 33% das mulheres em período de gestação (n=59). A maioria tinha cor parda ou outras (53,4%); e 45,3% eram solteiros e com baixa escolaridade (64,8% com
Palavras-Chave:
Adesão. Tratamento anti-retroviral. ARV. AIDS. HIV. Fatores associados.
Divulgação e/ou Publicações:

BONOLO, P.F. et al. Nonadherence among patients initiating anti-retroviral therapy: a challenge for health professionals in Brazil. AIDS, v.19, p.S00-S00, 2005.

CECCATO, M.G.B. et al. Compreensão de informações relativas ao tratamento anti-retroviral entre indivíduos infectados pelo HIV. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.1, p.1388-1394, 2004.

GUIMARÃES, M.D.C. et al. Factors Associated to Adherence to Anti-retroviral Therapy (Art) among HIV Infected Patients in Belo Horizonte, Brazil, 2001/2002. In: FORO 2003 – FORO EN VIH/SIDA/ITS EN AMERICA LATINA Y EL CARIBE, 2., 2003, Havana. Proceedings... Habana: Loseventos, 2003. v.1, p.1265-1274.

LORENZA, N.C.; BONOLO, P.F.; GUIMARÃES, M.D.C. Anxiety and Depression Assessment prior to Initiating Anti-retroviral Treatment in Brazil. AIDS Care (no prelo).

MENEZES, C; GUIMARÃES, M.D.C.; BONOLO, P.F. Self eporting of adverse reactions of anti-retroviral therapy by HIV infected patients in Belo Horizonte, Brazil, 2001 - 2002. In: FORO 2003 – FORO EN VIH/SIDA/ITS EN AMERICA LATINA Y EL CARIBE, 2., 2003, Havana. Proceedings... Habana: Loseventos, 2003. v.1, p.1289-1296.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Abr/2002
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Ana Maria Teresa Benevides Pereira
Instituição:
Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciências Humanas Letras e Artes, Departamento de Psicologia.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
UEM – Universidade Estadual de Maringá.
Introdução e Justificativa:
Este estudo objetivou avaliar a incidência de burnout, síndrome que acomete principalmente pessoas cuja ocupação requer a dedicação a outras pessoas, entre cuidadores de portadores de HIV/aids na região noroeste do Paraná. Para tal, foram utilizados três instrumentos auto-aplicáveis: o MBI (Maslach Burnout Inventory), o ISE (Inventários de Sintomatologia de Estresse) e um questionário sociodemográfico, em profissionais e voluntários encarregados de soropositivos, que desenvolviam suas atividades em diversas instituições.
Objetivos:
Estimar a sintomatologia psicossomática dos que se ocupam de pessoas soropositivas, avaliando o nível de burnout, verificando a ocorrência da sintomatologia do estresse e burnout associados a características sociodemográficas; Recomendar intervenções no sentido de propiciar formas adequadas de enfrentamento ao burnout e conseqüentemente de melhor assistência ao usuário, a partir dos resultados.
Materiais e Métodos:
Após contato e autorização dos responsáveis por hospitais, Centros Regionais de Saúde e ONGs da região noroeste do Paraná, em dia e hora previamente agendados, foram contatados os profissionais e voluntários de cada Instituição. A participação foi voluntária, assim como foi garantido o sigilo quanto à identificação dos colaboradores. Foi solicitada a assinatura de um termo de consentimento e esclarecimento conforme o que dispõe a Resolução nº 196 do Conselho Nacional de Saúde. Foram aplicados os seguintes questionários de auto-informe: ISE – Inventários de Sintomatologia de Estresse, de Benevides-Pereira & Moreno-Jiménez (2000); MBI – Maslach Burnout Inventory, de Maslach & Jackson (1986), traduzido por integrantes do Gepeb – Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Estresse e Burnout, e um questionário socio-demográfico elaborado pelo grupo de investigação. Os dados obtidos foram analisados por meio do programa estatístico SPSS, versão 11. Foram oferecidas palestras informativas sobre os processos de estresse e burnout e distribuída uma pequena publicação, preparada especialmente para esse fim, denominada: “Quem cuida também merece cuidados: conhecendo e prevenindo o burnout”, de Benevides Pereira & Alves, Eduem, 2003.
Resultados - Parciais ou Finais:
A amostra de 87 integrantes (43,93% do total estimado) foi constituída primordialmente por mulheres (79,3%) com idade média de 36,43 anos (dp=9,48). A média de tempo de atividade foi de 5 anos e 5 meses (dp=6,4), sendo que a maioria (63,2%) era voluntária na Instituição, despendendo, na maior parte dos casos (42,5%), até 20 horas semanais. Quanto aos resultados do ISE, apesar da média da sintomatologia física de estresse ter sido maior que a psicológica, o grupo de-notou um maior número de cuidadores sofrendo de estresse psicológico (41,45%). No MBI, a dimensão de exaustão prevaleceu sobre as demais. Tendo em vista que a despersonalização possui em si características antagônicas com as atitudes preconizadas na atividade do “cuidar”, é de se salientar o fato de que 17,2% dos participantes revelassem essa dimensão acima da média. O abandono da atividade em decorrência dos transtornos sentidos foi evidenciado nas médias significativamente elevadas apresentadas nas escalas de Sintomas Psicológicos, Exaustão Emocional e Reduzida Realização Pessoal dos que pensavam em mudar de atividade. Tal dado demonstra o efeito das manifestações adversas sentidas através do estresse e burnout, bem como o conseqüente prejuízo, tanto da Instituição como da pessoa que recebia seus serviços, por vir a prescindir de um profissional treinado e qualificado para o atendimento, com o qual já possuía um vínculo afetivo.
Palavras-Chave:
HIV/aids. Burnout. Estresse ocupacional. MBI. ISE.
Divulgação e/ou Publicações:

BENEVIDES PEREIRA, A.M.T.; ALVES, R.N. O burnout do cuidador de pessoas com HIV/aids. In: CONGRESO IBEROAMERICANO DE PSICOLOGÍA CLÍNICA Y DE LA SALUD, 4., 2004, México. Proceedings... México DC: Ed. Pax México, Librería Carlos Cesarman S.A., 2004. v.1, p.54.

__. O burnout em pessoas que vivem com HIV/aids. In: ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOLOGIA, 2004, Londrina. Informação. Londrina: Universidade Estadual de Londrina; CRP08, 2004.

__. Sintomatologia de estresse em cuidadores de pessoas soropositivas ao HIV. In: CONGRESO IBEROAMERICANO DE PSICOLOGÍA CLÍNICA Y DE LA SALUD, 4., 2004, México. Proceedings... México DC: Ed. Pax México, Librería Carlos Cesarman S.A., 2004. v.1, p.54-55.

BENEVIDES PEREIRA, A.M.T. et al. O Burnout em Pessoas Portadoras de HIV/aids: Resultados Parciais. In: CONGRESSO NORTE-NORDESTE DE PSICOLOGIA, 3., 2003, João Pessoa. Proceedings... João Pessoa: Associação de Pesquisa em Psicologia, 2003. v.1, p. 377-378.

__. Stress Symptoms in caretakers of people with HIV AIDS. In: INTERNATIONAL CONFERENCE OF THE STRESS AND ANXIETY RESEARCH SOCIETY, 24., 2003, Lisboa. Proceedings... Lisboa: Departamento de Psicologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2003. p.167.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Abr/2002
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Wornei Silva Miranda Braga
Instituição:
Fundação de Medicina Tropical – FMT/IMT-AM.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Considerando que a região amazônica apresenta um dos mais elevados índices de endemicidade de infecção pelo VHB e VHD, mundialmente, e que a importância do VHC vem sendo referida a cada dia, bem como a epidemia de aids ser um dos principais problemas de saúde pública, este estudo oferece a oportunidade de avaliar os principais aspectos clínicos e epidemiológicos da co-infecção entre o VIH, o VHB, o VHC e o VHD. Empregou-se um desenho de “estudo de casos” em pacientes da demanda espontânea da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, com o diagnóstico de infecção pelo VIH/aids, atendidos no período de janeiro a dezembro de 2002. As amostras de pacientes incluídos, com sorologia reativa para o VHB, e/ou VHC, e/ou VHD, os quais foram avaliados por Reação em Cadeia da Polimerase-PCR, qualitativo e quantitativo e, posteriormente, genotipadas. Nessas amostras, também serão quantificados a carga viral e os subtipos do VIH-1. De posse desses dados, análises filogenéticas foram empregadas para determinar a evolução molecular das seqüências obtidas e a relação com os subtipos do HIV-1 existentes. Naqueles pacientes que consentiram formalmente, foi realizada uma biópsia hepática para avaliar o grau de dano do fígado, por meio da descrição dos achados histopatológicos.
Objetivos:
Avaliar os principais aspectos clínicos e epidemiológicos da co-infecção entre o VIH e os seguintes vírus hepatotrópicos: VHB, VHC e VHD; Caracterizar a co-infecção VIH, VHB, VHC e VHD, em relação aos seguintes parâmetros: aspectos demográficos e comportamentais; aspectos bioquímicos e hematológicos; achados histopatológicos; tempo de evolução da co-infecção; aparecimento de doenças oportunistas; resposta terapêutica aos anti-retrovirais; contagem de linfócitos T CD4/CD8; carga viral do VIH, VHB,VHC e VHD; genotipagem do VIH, VHB, VHC e VHD.
Materiais e Métodos:
A associação entre o VIH e os vírus hepatotrópicos (VHB, VHC e VHD) foram avaliados por um desenho de “estudo de casos” em pacientes da demanda espontânea da FMT-AM, com o diagnóstico de infecção pelo HIV/aids, atendidos no período de janeiro a dezembro de 2002. Sendo a população do estudo oriunda da demanda espontânea da FMT/IMT-AM, o tamanho da amostra avaliada depende do número de pacientes atendidos na instituição, durante o período definido pelo estudo. Calcula-se avaliar cerca de 1.200 indivíduos estimados pelo atendimento médio anual da instituição no ambulatório especializado para portadores de VIH/aids. Foi aplicado um questionário (auto-relato) para a obtenção dos dados conforme os objetivos da pesquisa; coletadas amostras de sangue para os testes: sorológicos, hematológicos, bioquímicos e de biologia molecular; pesquisados os prontuários para obtenção dos dados clínicos e laboratoriais das informações obtidas na entrevista com o paciente.
Palavras-Chave:
Co-infecção. VHB. VHC. VHD. PCR. Hepatite.
Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Abr/2002
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Jose Antonio Transferetti
Instituição:
PUC – Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Centro de Ciências Humanas – Faculdade de Teologia.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Este estudo teve por objetivo lançar uma análise teológica, no campo da moral e da ética, sobre as campanhas anti-aids promovidas na época do carnaval pelo Ministério da Saúde. O estudo buscou esclarecer as seguintes questões: qual o conceito do bem e do mal na sociedade pós-moderna? Quais valores ainda são considerados valores, numa sociedade cada vez mais plural e dinâmica? Qual a contribuição da Teologia Moral nessa discussão? E os símbolos religiosos do “bem X mal”, o que representam hoje? São perguntas que exigem grande reflexão para responder à sociedade suas indagações, ao Ministério da Saúde sua ousadia e/ou criatividade, e para a Igreja Católica a questão do sagrado ou conservadorismo. A decisão de se realizar essa pesquisa, apesar de pequena, abre uma nova oportunidade da Igreja acolher os grandes problemas da humanidade hoje, com bastante discernimento e, principalmente, com coragem para enfrentar os novos desafios. Portanto, essa pesquisa deve contribuir com essa reflexão, na medida em que se dispõe a descobrir caminhos plausíveis para uma prática eficaz diante de um tema tão complexo como o uso de preservativos no combate a aids.
Objetivos:
Registrar por meio de uma análise teológica, no campo da moral e da ética, o pensamento da Igreja Católica no Brasil, através da CNBB, sobre as críticas e discussões em torno das campanhas anti-aids promovidas pelo governo federal na época do carnaval; Verificar as últimas cinco campanhas do carnaval veiculadas na TV e os cartazes, identificando suas mensagens como os slogans e símbolos, que possivelmente seriam contrárias ao pensamento católico.
Materiais e Métodos:
Trata-se de estudo que se utiliza de pesquisas bibliográfica e documental para levantamento de seus dados. A respeito da bibliografia, buscaram-se os principais estudos sobre a aids no Brasil, as condições em que se encontra, destacando-se os investimentos e estratégias por parte do Ministério da Saúde no campo da divulgação governamental, verificar o assunto aids sob o ponto de vista da Teologia Moral Social, através da literatura especializada e o pensamento da CNBB diante das campanhas governamentais. Na pesquisa documental, fazer um levantamento das cinco últimas campanhas anti-aids no período do carnaval, veiculadas na televisão, por folders ou folhetos e outdoors; verificar a repercussão que as mesmas tiveram na CNBB, por meio de documentos oficiais comentando sobre o assunto, entrevistas semi-estruturadas com o Secretário Geral da CNBB e pessoas de relevância da Instituição, como bispos e estudiosos envolvidos na argumentação crítica sobre a divulgação governamental da aids.
Resultados - Parciais ou Finais:
A pesquisa revelou que o ponto principal apresenta divergências. De um lado, no que se refere à prevenção, a Igreja Católica é contra o uso do preservativo; de outro, o Ministério da Saúde enfoca suas campanhas, em grande parte, para o uso do preservativo. Porém, deixando de lado, aqui, a discussão teórica e ideológica de ambas as instituições, o que de prático podemos alertar é a necessidade de um diálogo constante entre a Igreja e o Ministério da Saúde, pois ambas trabalham pelo bem do povo, cada qual a seu modo. A pesquisa reconhece o trabalho imenso e importante que o governo brasileiro fez nesta área, mas, pede que no momento em que se formulam estratégias de campanha estabeleça diálogo maduro e responsável com representantes das religiões. Entretanto, para os bispos e teólogos a pesquisa aponta a necessidade de maior realismo diante da dramaticidade do momento atual
Palavras-Chave:
Teologia moral. CNBB. Governo. Aids.
Divulgação e/ou Publicações:

TRASFERETTI, J.A. CNBB, AIDS e Governo: Tarefas para uma Teologia da Prevenção. Campinas: Átomo, 2005.

__. O pensamento da CNBB frente às campanhas de prevenção à aids. In: GRUPO DE TRABAJO COMUNICACIÓN Y SALUD DE LA ASSOCIACIÓN LATINOAMERICANA DE LOS INVESTIGADORES DE LA COMUNICACIÓN – ALAIC, 2004, Argentina. Universidad Nacional de La Plata.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Abr/2002
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Inara Espinelli Lemes de Souza
Instituição:
Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina, Instituto Paulista de Doenças Infecciosas e Parasitárias.
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Este estudo tem como objetivo aplicar técnicas de biologia molecular no estudo de doenças sexualmente transmissíveis; determinar a prevalência das DST por meio de metodologia molecular em mulheres grávidas infectadas por HIV-1; deter-minar as variáveis socioeconômicas, demográficas e comportamentais associadas à presença das DST nessa população; determinar os níveis de carga viral cervical do HPV e verificar se existe correlação entre os níveis encontrados com fatores imunológicos e virológicos associados à infecção pelo HIV.
Objetivos:
Avaliar a prevalência de doenças sexualmente transmissíveis por ferramentas de biologia molecular em mulheres grávidas infectadas pelo HIV-1; Avaliar a prevalência do HPV e seus tipos, assim como a prevalência das espécies de micoplasmas genitais, Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae na população de estudo; Determinar as características socioeconômicas, demográficas e comportamentais associadas à prevalência de DST nessa população; Padronizar método de quantificação de HPV em células de raspado endocervical (carga viral do HPV); Verificar se existe correlação entre os níveis de carga viral endocervical do HPV e fatores imunológicos e virológicos do HIV; Verificar se ocorre invasão sangüínea do HPV e quais os fatores possivelmente associados a esse evento (Por exemplo, tipo específico do HPV, carga viral do HPV endocervical, grau de imunodepressão relacionada à co-infecção pelo HIV); Verificar se existe correlação entre a prevalência das DSTs e dos fatores de risco imunológicos e virológicos do HIV.
Materiais e Métodos:
Este é um estudo transversal, no qual grávidas infectadas pelo HIV, matriculadas no Pupaig, entre os meses de setembro/2001 e agosto/2002 e que preencheram os critérios de elegibilidade, foram submetidas ao rastreamento de infecções do trato gênicourinário, incluindo DSTs e a presença de material genético do HPV no sangue, por ocasião da primeira consulta pré­natal. Foi incluída neste estudo toda gestante portadora do HIV, matriculada para atendimento pré­natal no Nupaig, que fornecer informações socioeconômicas e demográficas fidedignas; aceitar participar do estudo, após o consentimento esclarecido em permitir a coleta de espécimes clínicos. A estimativa do tamanho amostral foide 120 pacientes.
Palavras-Chave:
DST. Biologia molecular. Diagnóstico molecular. HIV. Infecções genitais. Gravidez. Pré­natal.
Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Abr/2002
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Cecília de Mello e Souza
Instituição:
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Psicologia, Programa Eicos.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Centro de Promoção da Saúde - CEDAPS.
Introdução e Justificativa:
Os Núcleos Comunitários de Prevenção de DST/Aids constituem uma estratégia educativa de prevenção diante da pauperização da epidemia, criada por 13 das 53 associações comunitárias vinculadas à Rede de Comunidades na Luta Contra a Aids, com apoio do Cedaps, no Rio de Janeiro. São implantados e geridos por moradores qualificados como agentes locais de prevenção. Esta pesquisa etnográfica procurou conhecer o impacto das ações desses núcleos em duas comunidades empobrecidas no Rio de Janeiro. Buscou-se compreender como a rede de significados da cultura local interfere no processo de adoção de medidas preventivas e promotoras de saúde e como a vida cotidiana, as motivações, as relações afetivo sexuais, a institucionalização de saberes e práticas, a mobilização e a organização dos moradores em relação ao HIV/aids permeiam essas práticas.
Objetivos:
Identificar limites, possibilidades e perspectivas dos Núcleos Comunitários de Prevenção de DST/Aids enquanto estratégia educativa de promoção da saúde; Fornecer subsídios para replicação de estratégias semelhantes em contextos de pobreza no cenário brasileiro; Aprofundar conhecimentos sobre estratégia de prevenção voltada à população com baixa escolaridade e renda; Estabelecer relações entre a ação educativa implementada pelos agentes, desde a sensibilização até a incorporação do uso de preservativo pelos moradores participantes do núcleo; Subsidiar a criação de novas metodologias e abordagens para a prevenção das DST/aids; Registrar e sistematizar o trabalho realizado nos Núcleos Comunitários de Prevenção, assessorados pelo Cedaps.
Materiais e Métodos:
Através da metodologia etnográfica, foi possível estudar a cultura local, os processos de mudança, as relações na comunidade e o cotidiano das pessoas, no que diz respeito à institucionalização de saberes e práticas em relação ao HIV/aids, às relações afetivo sexuais e ainda em relação às iniciativas comunitárias de mobilização e sensibilização dos moradores. A pesquisa de campo foi realizada entre julho e novembro de 2002 e contou com uma equipe de 3 pesquisadores em cada comunidade, dedicados à observação participante das atividades do Núcleo de Prevenção e do cotidiano da comunidade; entrevistas semi-estruturadas em profundidade com diferentes grupos e segmentos da comunidade, grupos focais e histórias de vida de lideranças comunitárias. As entrevistas e histórias de vida foram gravadas e posteriormente transcritas. Todas as visitas e observações foram registradas em diários de campo para fins de codificação e análise. No total, o banco de dados qualitativos conta com 11 grupos focais, 22 histórias de vida com lideranças comunitárias e agentes de prevenção, e 75 entrevistas semi-estruturadas em profundidade.
Resultados - Parciais ou Finais:
Os resultados da pesquisa etnográfica indicam que o modelo do Núcleo de Prevenção e Agentes Comunitários de Saúde ultrapassa seus objetivos e expectativas, pois funciona como centro de multisserviços, articulando e integrando várias iniciativas comunitárias a partir da prevenção ao HIV/aids, do desenvolvimento local e da promoção da saúde como eixo integrador, assim como apontam a riqueza e eficácia das intervenções geradas pelos agentes e lideranças comunitárias, em função da sua inserção nas comunidades, conhecimento da cultura local e sensibilidade às demandas sociais dos moradores. A metodologia do Núcleo de Prevenção é eficaz na sensibilização dos moradores e distribuição do preservativo, na promoção da solidariedade com pessoas vivendo com HIV/aids na comunidade, no fortalecimento e capacitação das lideranças locais, na articulação com outras iniciativas de desenvolvimento local e com lideranças comunitárias, através da Rede de Comunidades – estratégia fundamental para a reprodução de experiências bem sucedidas. Há uma enorme demanda pelo preservativo e educação em saúde; e uma relação complexa entre pobreza, sobrevivência, violência, lazer e saúde sexual. Há necessidade de se trabalhar com os jovens e adultos os direitos sexuais e reprodutivos como parte integral dos direitos humanos, promovendo a titularidade de tais direitos. Limitações incluem o modelo comportamental dominante de prevenção e o número insuficiente de agentes comunitários para alcançar comunidades grandes.
Palavras-Chave:
HIV. Aids. Prevenção. Comunidade. Centros Comunitários de Saúde. Agentes Comunitários de Saúde. Educação em saúde. Promoção da saúde.
Divulgação e/ou Publicações:

REICHE, E.M.V. et al. Frequencies of the stromal cell derived factor 1 chemokine (SDF1) genetic polymorphism and SDF13’A allele in human immunodeficiency virus type 1 in non infected and infected individuals. In: MEETING OF THE BRAZILIAN SOCIETY OF IMMUNOLOGY, 28., 2003, Rio de Janeiro.

__. Frequencies of the stromal cell derived factor 1 chemokine (SDF1) genetic polymorphism and SDF13’A allele in human immunodeficiency virus type 1 in non infected and infected individuals. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PESQUISA EM HIV/AIDS, 5., 2004, Rio de Janeiro.

__. SDF1 genetic polymorphism in healthy individuals, in HIV-1 exposed but uninfected patients, and in HIV-1 infected patients from Brazilian population. In: MEETING OF THE BRAZILIAN SOCIETY OF IMMUNOLOGY, 29., 2004, Minas Gerais.

__. Sociodemographic and epidemiological characteristics associated with the human immunodeficiency virus type 1 (HIV-1) infection in HIV-1 exposed but uninfected individuals, and in HIV-1 infected patients from a southern Brazilian population. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, São Paulo, v.47, n.5, Sept.-Oct. 2005 (in press).

__. The effect of SDF1 genetic polymorphism in the clinical course of HIV-1 infection. In: MEETING OF THE BRAZILIAN SOCIETY OF IMMUNOLOGY, 29., 2004, Minas Gerais.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Abr/2002
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Marlene Doring
Instituição:
Universidade de São Paulo, Núcleo de Estudos para Prevenção da Aids (Nepaids).
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Universidade de Passo Fundo-RS; Nepaids – Núcleo de Estudos para Prevenção da Aids (USP); Secretaria Municipal de Porto Alegre – Programa Municipal de Políticas de Prevenção e Controle DST/AIDS.
Introdução e Justificativa:
Com o objetivo de conhecer a proporção de pessoas que faleceram por aids e deixaram crianças órfãs e identificar as características dos órfãos por aids em Porto Alegre, realizou-se um estudo de corte transversal das crianças e dos adolescentes de 0-15 anos, cujos pais faleceram por aids no período de 1998-2001. Os dados foram coletados em inquérito domiciliar, com questionário estruturado. As crianças foram rastreadas a partir das Declarações de Óbitos e registros dos Serviços de Saúde. Participaram do estudo 853 crianças e adolescentes, das quais 50% são órfãos exclusivamente de pai, 29% exclusivamente de mãe e 21% são órfãos duplos. São meninas 52%; 56,5% são negras/pardas e 43% são brancas Vivem com a mãe 40,6%, com os avós 24,5% e 45% vivem separadas de seus irmãos. A maioria dos cuidadores (88,3%) é do sexo feminino. Há um número de órfãos considerável em Porto Alegre e as condições de vulnerabilidade persistem.
Objetivos:
Conhecer a proporção de pessoas que morreram em decorrência da aids e que tinham filhos menores de 15 anos; Caracterizar as crianças de 0 a 15 anos de idade, órfãs por aids, residentes em Porto Alegre-RS, segundo variáveis sociodemográficas da criança, dos pais e dos cuidadores atuais; Avaliar a viabilidade de utilizar bancos de dados oficiais (registro de óbitos, assistenciais) para o rastreamento de óbitos por aids.
Materiais e Métodos:
Realizou-se estudo de corte transversal, das crianças e adolescentes de 0-15 anos, cujos pais faleceram por aids no período de 1998-2001, na cidade de Porto Alegre. Os dados foram coletados em inquérito domiciliar com questionário estruturado. As crianças foram rastreadas a partir das Declarações de Óbitos e dos registros dos Serviços de Saúde. Foram considerados os atestados de óbito de indivíduos com 19 anos ou mais, de ambos os sexos, arquivados na CM DST/AIDS do Município de Porto Alegre, cuja causa básica ou associada foi a aids. A entrevista foi feita pelo pesquisador e/ou equipe treinada, mediante a aplicação de um questionário estruturado. Após o consentimento informado, os cuidadores atuais das crianças foram entrevistados em seu domicílio, ou outro local adequado de escolha do entrevistado, sendo assegurados os direitos à privacidade e à confidencialidade dos participantes da pesquisa. Quando havia no domicílio mais de uma criança, filha do caso índice, o entrevistador conduziu uma entrevista para cada criança. Para verificar a associação entre as variáveis, foram utilizados os testes Qui-quadrado e o Exato de Fischer, a um nível de significância de 5%. Utilizaram-se programas estatísticos como o EpiInfo 6bc e Stata 7.0.
Resultados - Parciais ou Finais:
A partir dos registros dos atestados de óbitos foram localizados 67,4% dos endereços. Do total de óbitos ocorridos no período, 43% tinham filhos menores de 15 anos. A proporção de órfãos/óbito de adulto foi de 2:1. Participaram do estudo 853 crianças e adolescentes, dos quais 50% (424) são órfãos exclusivamente de pai, 29% (252) exclusivamente de mãe e 21% (177) de ambos os pais. São do sexo feminino 52% (445) e 48% (408) do masculino. Quanto à cor/raça, 43% (369) das crianças e adolescentes são brancos; 34% (288) são pardos; 22,5% (192) são negros; e 0,5% (4) são indígenas. 40,6% das crianças vivem com a mãe, 24,5% com os avós, 11,5% com tios, 5,1%, em abrigos, 45% vivem separadas de seus irmãos, 10% têm HIV/aids. A maioria (40%) ficou órfã entre 5 e 9 anos; 34% com dez anos ou mais; 26% entre 0 e 4 anos. A idade mediana das crianças e dos adolescentes, no momento do óbito paterno, foi 7 anos (min=0,00máx=15,0; P25=4 e P75=10 anos), e no momento do óbito materno foi 8 anos (min=0,01 máx=14,7; P25=5 e P75=11 anos). Com relação aos órfãos em idade escolar, verificou-se que um contingente importante está fora da escola (13%); a maioria (62%) não está freqüentando a série escolar de acordo com a idade; um terço (35%) deles apresentou dificuldade de aprendizagem; mais da metade tem história de uma ou mais reprovações e um em cada quatro órfãos abandonou a escola pelo menos uma vez.
Palavras-Chave:
HIV. Aids. Órfãos por aids.
Divulgação e/ou Publicações:

DORING, M.; FRANÇA JR., I.; STELLA, I.M. Órfãos da aids em Porto Alegre/RS: resultados parciais. In: CONFERÊNCIA ÓRFÃOS AIDS: UM DESAFIO PARA O BRASIL, 1., 2003, Santos.

__. Órfãos da aids em Porto Alegre: resultados preliminares (Resumo). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA - ABRASCO, 7., 2003, Brasília.

__. Factors associated with institutionalization of children orphaned by AIDS in a population based survey in Porto Alegre, Brazil. AIDS, 2005, n.19, suppl 4, p.S1-S5.

__. Aids orphans in southern Brazil: who are they, who are they with and where are they? (Resumo). In: INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 15., 2004, Bangkok.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Abr/2002
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Amilcar Tanuri
Instituição:
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia, Departamento de Genética, Laboratório de Virologia Molecular Animal.
Período de Vigência:
2002 – 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
A maioria das infecções pelo HIV-1 no mundo está ocorrendo nos países em desenvolvimento, onde as cepas do subtipo B não são prevalentes. A meta principal deste estudo é acessar o impacto do polimorfismo genético restrito às variantes C de HIV-1, que pode alterar seu “fitness” replicativo e também alterar o fenótipo final de resistência aos inibidores de protease quando associados às mutações descritas para o subtipo B.
Objetivos:
Acessar o impacto do polimorfismo genético restrito às variantes C de HIV-1 e se este pode alterar seu “fitness” replicativo e também o fenótipo final das mutações clássicas relacionadas à resistência aos inibidores de protease; Introduzir num clone infectivo de HIV-1 (pNL 43) do subtipo B, seis mutações no gene da protease (através da técnica de mutagênese sítio dirigida) escolhidas de acordo com as assinaturas moleculares consensuais do subtipo C (pNL 43 proC) estabelecidas pelo alinhamento das proteases de isolados do subtipo C de diferentes regiões sem mutações de resistência aos inibidores de protease; Transfectar os dois clones infectivos em células MT4 gerando os respectivos vírus; Utilizar os vírus B e C gerados para estudar de forma comparativa seu “fitness” replicativo. Para isso, os dois vírus serão cocultivados na mesma célula, de maneira controlada e será verificado o comportamento de cada população viral depois de oito passagens em cultura; e paralelamente, esses isolados B e C serão mutagenizados para adicionar as mutações características de resistência aos inibidores de protease. Será comparado o fenótipo induzido por essas mutações nos dois tipos de protease com a fenotipagem para os cinco inibidores de protease comerciais (amprenavir, saquinavir, ritonavir, indinavir e nelfinavir).
Materiais e Métodos:
Análise das seqüências: utilizando um banco de seqüências do gene da protease de isolados C; Mutagênese sítio-dirigida: após obtenção de clone infectivo p NL 43proC, procede-se à inclusão das mutações clássicas de resistência aos inibidores de protease, tais como: L90M, V82A, I54V, M46I, G48V e D30N; Ensaios fenotípicos e de “fitness” viral: a detecção da resistência fenotípica será feita através da geração de um vírus recombinante. O clone recombinante gerado será utilizado num teste fenotípico com células MT4 com inibidores de protease comerciais.
Palavras-Chave:
Subtipos. HIV-1. Fenotipagem. Genotipagem. Variação genética do HIV. Inibidores de protease.
Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Abr/2002
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Dagmar Elisabeth Estermann Meyer
Instituição:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Analisou-se o entendimento de agentes comunitárias/os de saúde sobre um conjunto de 5 anúncios televisivos de campanhas de prevenção ao HIV/aids, veiculados no Período entre 1994 e 2000, que tratavam de temáticas relacionadas às mulheres – empowerment feminino e negociação do sexo seguro. A discussão feita possibilitou o confronto das realidades narradas pelos anúncios e participantes: para eles(as), os anúncios deveriam mostrar uma realidade mais próxima da delas(es) e de suas comunidades, em termos de linguagem, personagens, cenários e mensagens. A investigação apontou aspectos relativos à dimensão político-cultural dessa estratégia de apresentação de campanhas de saúde e, ao mesmo tempo, buscou promover o desenvolvimento da capacidade crítica dos(as) participantes, para que possam valer-se desses elementos em seu trabalho cotidiano nas comunidades.
Objetivos:
Produzir subsídios para a problematização do formato das campanhas televisivas no contexto das políticas públicas de controle da epidemia do HIV/aids e, ao mesmo tempo, tratá­las como um “instrumento pedagógico” que pode ser usado, em níveis mais locais, junto aos agentes comunitários de saúde que trabalham com mulheres em situação de pobreza na periferia da cidade de Porto Alegre; Promover o desenvolvimento da capacidade crítica dos agentes comunitários de saúde em relação às campanhas televisivas de prevenção de DST/aids, no sentido de considerar os limites e as possibilidades do uso educativo desse material no seu trabalho.
Materiais e Métodos:
Dentre os anúncios veiculados entre 1994 e 2000, selecionamos 3 endereçados às mulheres e 2 aos homens, os quais foram discutidos em 2 grupos focais, com 12 ACS cada um (22 mulheres e 2 homens), ao longo de 6 semanas, totalizando12 reuniões, no período de julho e agosto de 2002. Essas foram gravadas, transcritas, codificadas e processadas para análise, com utilização do software N-vivo. A participação das(os) ACS na pesquisa se deu em função do interesse individual de cada um(a), sendo posteriormente referendada pela equipe da qual faziam parte e oficializada com a assinatura de um termo de consentimento informado. A análise das informações tomou como referência os Estudos Feministas e Culturais que vêm exercitando uma articulação crítica com a perspectiva pósestruturalista de Michel Foucault. Operando metodologicamente com a abordagem da análise cultural descrevemos e discutimos representações que nos permitiram delimitar a análise em torno de duas grandes unidades temáticas, quais sejam: os anúncios televisivos e sua ressonância entre as(os) ACS e representações de gênero que atravessam programas e ações de prevenção ao HIV/aids e suas conexões com o processo de negociação do sexo seguro.
Resultados - Parciais ou Finais:
A pesquisa realizada incorpora características de um “estudo conceitual” e de uma “pesquisa estratégica e orientada para políticas”. Conceitual, porque foi inscrita em um referencial teórico-metodológico não muito utilizado nas investigações sobre o HIV/aids, no Brasil; estratégica e orientada para políticas públicas de prevenção ao HIV/aids, porque procurou analisar aspectos/dimensões dos anúncios televisivos que podem estar interferindo nos modos pelos quais as pessoas os lêem e interpretam. Nesse sentido, as análises que realizamos apontaram diferentes temas/problemas que precisariam ser considerados quando se investe na elaboração desses anúncios televisivos. Em seu conjunto, as problematizações que empreendemos nos permitiram argumentar que as representações de gênero que emergiram das “falas” das(os) ACS são produzidas e/ou atualizadas, dentre outras instâncias, tanto pelo conhecimento que fundamenta a concepção e implementação de campanhas de prevenção quanto pelas ações educativo assistenciais delas decorrentes. Dessa forma, tais campanhas podem estar reiterando algumas das relações, comportamentos e práticas de gênero e sexuais que pre-tendem transformar ou romper.
Palavras-Chave:
Educação. Saúde. Gênero. Mídia. Prevenção de HIV/aids. Grupos focais. Estudos culturais e feministas.
Divulgação e/ou Publicações:

MEYER, D.E.E.; SANTOS, L.H.S.; OLIVEIRA, D.L. “Mulher sem vergonha” e “traidor responsável”: problematizando representações de gênero em anúncios televisivos oficiais de prevenção ao HIV/aids. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v.12, n.2, p.51-76, 2004.

OLIVEIRA, D.L. et al. A negociação do sexo seguro na TV: discursos de gênero nas falas de agentes comunitárias de sáude do Programa Saúde da Família de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.20, n.5, p.1309-1318, 2004.

__. It’s time for shocking sexuality and pedagogies of fear in Brazilian televised AIDS campaigns. In: WORLD CONGRESS OF SEXOLOGY, 16., 2003, Havana. Proceedings... Havana: Softcal, 2003. v.1. Sexuality and human development. From discourse to action.

OLIVEIRA, D.L.L.C.; GUIZZO, B.S.; KRZIMINSKI, C.O. O uso do software Nvivo na pesquisa qualitativa em saúde. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v.25, n.1, p.53-60, 2003.

WILHEMS, D.M. et al. A Dimensão Pedagógica de uma pesquisa no trabalho de Agentes Comunitárias de Saúde do Programa de Saúde da Família. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA, 7., 2003, Brasília. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2003. v.8. p.24.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Abr/2002
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Luiza Bazzo
Instituição:
Universidade Federal de Santa Catarina, CCS/ACL e Hospital Universitário, Serviço de Análises Clínicas.
Homepage:
Período de Vigência:
2002 – 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Universidade Federal de Minas GeraisICB/ Laboratório de Vírus; Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen-SC).
Introdução e Justificativa:
Aplicabilidade do método molecular de identificação de micobactérias, Ensaio da Mobilidade Eletroforética de Fitas Heteroduplas de DNA (MHMA), bem como da resistência a isoniazida, na rotina dos serviços de Saúde Pública. Os métodos selecionados têm como base propriedades moleculares das bactérias, associadas à facilidade de execução e custo operacional reduzido. A avaliação dos métodos moleculares foi feita em paralelo com os exames de rotina, dos serviços de Saúde Pública, para a identificação de micobactérias por um método mais sensível, específico, de baixo custo e, principalmente, rápido.
Objetivos:
O objetivo deste trabalho foi de avaliar a aplicabilidade em rotina do método do Ensaio da Mobilidade Eletroforética de Fitas Heteroduplas de DNA (MHMA) para a identificação de micobactérias em amostras de escarro de indivíduos com suspeita clínica de tuberculose e co-infectados pelo HIV, além de implementar um método rápido para avaliação da resistência de micobactérias a isoniazida.
Materiais e Métodos:
Foram analisadas 100 amostras de escarro, provenientes de pacientes HIV-1 soropositivos e com suspeita clínica de tuberculose do Estado de Santa Catarina. As amostras foram incluídas no estudo de forma anônima, não vinculada, e o projeto foi aprovado pela Comissão de Ética da Universidade Federal de Santa Catarina. As amostras, rotineiramente enviadas para diagnóstico no Laboratório Central de Saúde Pública – Lacen-SC, ou no Laboratório do HU, foram separadas em alíquotas para o diagnóstico e para as reações MHMA. As amostras foram analisadas pela baciloscopia; cultivo e identificação de micobactérias por métodos rotineiros de laboratórios de saúde pública; extração do DNA do escarro; amplificação por PCR com iniciadores para eubactérias, como controle das extrações e amplificação com iniciadores específicos para micobactérias. As amostras positivas na PCR com iniciadores para micobactérias foram submetidas ao MHMA para tipificação. A detecção da resistência à isoniazida, com amplificação por PCR, teve como alvo o gene KatG. A PCR de cultivos contaminados ou não também foi realizada para avaliação.
Resultados - Parciais ou Finais:
A PCR com os iniciadores específicos para micobactérias (MYC 264 e F 285) apresentou capacidade de detecção a partir de 1 g de DNA. O MHMA está padronizado para tipificação rápida de micobactérias e tem se mostrado um método eficiente para uso em laboratórios derotina. O DNA obtido de escarro apresenta forte degradação e constituiproblema a ser resolvido para implementar o diagnóstico rápido a partir dessa amostra clínica. A PCR com iniciadores específicos para micobactérias feita com DNA extraído de cultura em meio de Löwenstein Jensen se mostrou positiva em 100% das amostras testadas. A PCR, com iniciadores específicos para micobactérias, feita com DNA extraído a partir de cultivos contaminados, e portanto sem utilidade para o diagnóstico tradicional, se mostrou positiva em todos os cultivos feitos a partir de amostras com baciloscopia positiva, fato que possibilitou a tipificação das micobactérias. A avaliação da resistência a isoniazida deve ser associada também a outros genes uma vez que o KatG não está relacionado com todos os casos de resistência a essa droga.
Palavras-Chave:
Micobactérias. MHMA. HIV.
Divulgação e/ou Publicações:

BAZZO, M.L. et al. Identificação de Micobactérias pela PCR a partir de Culturas Contaminadas em Meio de Löwenstein-Jensen. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA, 23., 2005, Santos.

__. Método de identificação e caracterização de micobactérias para uso em diagnóstico de rotina nos laboratórios de saúde. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais, 2006.

__. Relação entre a qualidade de amostras de escarro e o diagnóstico de micobacterioses por PCR. Arquivos Catarinenses de Medicina, Florianópolis, v.33, p.23-27, 2004.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Bernard François Couttolenc
Instituição:
Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Faculdade de Medicina da UFMG.
Introdução e Justificativa:
O objetivo desta pesquisa foi descrever o perfil clínico epidemiológico e de uso do serviço de saúde, incluindo o uso de TARV, em serviços de referência HIV/aids em cinco cidades brasileiras em adultos e crianças, de 1986 a 2002. Utilizou-se amostra probabilística e sistemática de prontuários em Belo Horizonte, em Itajaí, em Recife, no Rio de Janeiro e em São Paulo, estratificada em três períodos: 1986-1990, sem TARV; 1991-1995, início da mono e dupla terapia; 1996-2002, TARV tripla com novas classes medicamentosas. O uso de TARV foi de 75,2% em 13.628 consultas dos adultos, totalizando 22.830 relatos de uso de distintos medicamentos. Os medicamentos mais consumidos em ambos os grupos foram zidovudina, didanosina e lamivudina. Foi observado um aumento nas solicitações e realizações de contagem de linfócitos TCD4 e da carga viral com o tempo. Concluiu-se que houve um incremento no uso de TARV no período estudado, assim como da utilização dos serviços de saúde, sugerindo maior complexidade da doença e seu tratamento e, possivelmente, elevando os custos. Por sua vez, esses dados apontam para uma evolução clínica favorável dos pacientes, coincidindo com os esquemas de terapia anti-retroviral de alta potência.
Objetivos:
O custo e impacto do fornecimento dos medicamentos para HIV/aids são conhecidos apenas parcialmente e sem grande precisão. Para avaliar o impacto da terapia é necessário remontar a história clínica dos pacientes. Para tanto, foi realizado, em paralelo ao Projeto “Avaliação de Custo e Impacto da TARV”, o presente estudo, composto de revisão e análise de prontuários de pacientes com HIV/aids, visando levantar informações mais detalhadas sobre a evolução de seu estado clínico e os recursos mobilizados para o tratamento.
Materiais e Métodos:
A pesquisa consistiu da revisão e análise de uma amostra de prontuários de pacientes atendidos em 9 centros de tratamento para o HIV/aids, em 5 Estados brasileiros. Em cada centro, foi selecionada aleatoriamente uma amostra de cerca de 150 prontuários. Um instrumento foi elaborado para a coleta de dados em prontuários, registrando-se informações sobre os procedimentos e exames realizados, medicamentos prescritos e entregues ao paciente, etc. Foram incluídos casos desde os fins dos anos 80 (séc. XX), para se poder determinar a probabilidade de eventos clínicos e morte nos diferentes momentos da história do tratamento do HIV/aids.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram estudados 970 prontuários, sendo 749 (77,2%) de pacientes adultos e 221 (22,8%) de crianças. A população adulta (idade > 13 anos) com HIV/Aids do estudo )n= 749) apresentou idade média de 32,9 + 9,6 anos, variando de 31,6 a 33,7 anos. Quanto ao sexo, 68,5% eram do sexo masculino e 31,5% do feminino, e a razão de sexo masculino/feminino foi de 2, 2:1. Foram realizadas 21.112 consultas com o profissional em referência em todos os locais, em adultos e crianças. Na distribuição por períodos, e considerando a média de atendimentos, observou-se em todos os locais, paralelo à história da epidemia de HIV/aids, um aumento progressivo no número médio das consultas, especialmente após 1996. Essa tendência de elevação da média de atendimentos na amostra, independente da sua justificativa, pode contribuir para o incremento nos custos de saúde no atendimento da população HIV/aids. Foi observado que, independente do período, 68,9% pacientes adultos em Belo Horizonte compareceram à última consulta: 64,3% no Rio de Janeiro, 59,8% em Recife, 52,9% em Itajaí e 37,2% em São Paulo. Foi observado que 68,97% dos pacientes adultos e crianças tinham alguma prescrição de TARV, em diversos esquemas de tratamento, totalizando 13.343 prescrições. Na tentativa de se analisar a probabilidade de o paciente ir a óbito, verificou-se que, em muitos casos, essa informação não é registrada no prontuário, dificultando a análise.
Palavras-Chave:
HIV. Aids. Anti-retrovirais. Utilização de serviços.
Divulgação e/ou Publicações:

MELO, A.C. et al. Use of Anti-retroviral Therapy (ARV) in Brazilian Adults - 1986 to 2002. In: INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 15., 2004, Bangkok.

__. Uso de Terapia Anti-Retroviral em Crianças Brasileiras - 1986 a 2002. CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA, 2004.

__. Utilização de Serviços de Referência para o HIV/Aids: Comparando Pacientes Usuários e Não Usuários de Drogas Injetáveis. Em fase de publicação pelo MS/DST/AIDS, sob coordenação de Caiaffa W.T..

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Abr/2002
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Mirtha Delia Sendic Sudbrack
Instituição:
Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre, Coordenação de DST/Aids.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Trata-se de ensaio clínico randomizado, em que os pacientes receberam a intervenção em estudo, representada pelo tratamento diretamente supervisionado versus o tratamento ambulatorial usualmente dispensado no âmbito do Sistema Único de Saúde. A intervenção foi realizada por multiplicadores comunitários selecionados a partir de programa comunitário mantido pela Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre e realizada no domicílio dos pacientes. Foram estudados os seguintes desfechos: a) adesão ao tratamento anti-retroviral administrado, representado pelo número de comprimidos ingeridos nas últimas 72 horas; b) eventos clínicos ocorridos durante o tempo de seguimento do estudo. Foram avaliados todos os desfechos clínicos e priorizados aqueles desfechos diretamente relacionados à infecção pelo HIV, como falha terapêutica por qualquer motivo; ocorrência de doenças oportunistas; atendimentos em serviços de saúde e progressão da doença; c) conhecimento do paciente sobre a doença; d) capacidade de auto-cuidado; e) qualidade de vida.
Objetivos:
Avaliar a segurança e a eficácia de uma estratégia de tratamento anti-retroviral diretamente observado em pacientes portadores de HIV/aids; Avaliar a efetividade e a aderência ao tratamento anti-retroviral entre os pacientes portadores de HIV/aids; Avaliar a factibilidade da intervenção em estudo a ser realizada por parte dos serviços de saúde envolvidos; Avaliar o impacto da intervenção sobre os seguintes desfechos: a) aderência ao tratamento anti-retroviral combinado; b) utilização de serviços de saúde durante a realização da intervenção e o seguimento em 180 dias; c) ocorrência de eventos clínicos durante a realização da intervenção e o seguimento de 180 dias.
Materiais e Métodos:
Foi aplicado questionário por entrevistadores, incluindo as variáveis descritas no projeto, e foi aplicado o instrumento de avaliação da qualidade de vida da OMS (WHOQOL100), versão em português. Os dados foram tabulados em planilhas eletrônicas elaboradas em Access e analisados no pacote estatístico STATA para Windows, versão 7.0. Os pacientes dos grupos intervenção e controle foram acompanhados por 180 dias, tempo de duração do estudo. A intervenção em estudo foi realizada por multiplicadores comunitários formados em programa específico mantido pela Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre. A equipe de pesquisadores fez o monitoramento e a supervisão da atividade realizada pelos multiplicadores comunitários.
Palavras-Chave:
Anti-retroviral. Terapia combinada. Tratamento. Custo. Efetividade. Tratamento diretamente observado.
Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Cláudia Renata Fernandes Martins
Instituição:
Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia Celular.
Período de Vigência:
2004 – 2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
O trabalho apresentado teve como objetivos conhecer o perfil de subtipos e a diversidade antigênica do HIV-1 no Distrito Federal, buscando minorar as disparidades regionais sobre o conhecimento da variabilidade genética do HIV-1 e gerar dados que nos permitam conhecer melhor o perfil da epidemia no Brasil. Pretendeu-se explorar o seqüenciamento de regiões do genoma viral, incluindo os genes gag, env, nef, protease e transcriptase reversa. Para estudo da diversidade antigênica, foram caracterizados o segmento V3 do gene env e o peptídeo G1 de Gag, (aminoácidos 181 a 214 em HXB2).
Objetivos:
Iniciar um estudo de caracterização dos subtipos e da variabilidade antigênica do HIV-1 no Distrito Federal, por meio de seqüenciamento automático de regiões do genoma viral consideradas importantes na definição de subtipos e como alvos de vacinas, por induzirem imunidade humoral e celular.
Materiais e Métodos:
A população-alvo do estudo foi de indivíduos de ambos os sexos, residentes no Distrito Federal e entorno, com sorologia positiva para anti-HIV-1, encaminhados dos Centros de Referência para DST/Aids ao Lacen-DF para avaliação da carga viral. As amostras foram analisadas quanto ao subtipo, por meio do seqüenciamento automático. O RNA total das amostras foi extraído a partir de amostras de plasma, seguindo-se a amplificação por PCR para os genes da protease (primers externos DP10/DP11; primers internos DP16/DP17), transcriptase reversa (primers externos RT9/RT12; primers internos RT1/RT4), nef (Outer 5-1E/ outer 3-3E; Inner 5-1E/Inner 3-7E) e gag (primers externos Gag1/MZ14; primers internos Gag2/MZ14). Para a amplificação do fragmento C2V3, foram utilizados os primers externos ED5/ED12 e os primers internos ES7/ES8. A análise dos produtos de PCR foi feita por eletroforese de agarose. Os produtos de PCR foram purificados e seqüenciados automaticamente. As seqüências foram analisadas por meio do programa BLAST, realizando-se alinhamentos com seqüências de HIV-1 disponíveis em bancos genômicos. Os alinhamentos das seqüências foram feitos pelo programa CLUSTAL W e otimizados por inspeção visual.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foi possível determinar o subtipo de HIV-1 presente em 94 amostras, que foram seqüenciadas para, pelo menos, duas regiões genômicas. Oitenta e sete por cento das amostras foram do subtipo B, 11,83 % foram consideradas formas recom-binantes B/F e 1,07% (1 amostra) mostrou ser um recombinante PRD/RTB/ENVBF. A análise do loop V3, realizada para 39 amostras, mostrou variabilidade considerável nessa região. O motivo reconhecido pelo anticorpo monoclonal 447 52D (GPGR nas posições 312-315) foi encontrado em 18 amostras (50%). Quatro amostras (10,2%) apresentaram o motivo GWGR, típico do variante brasileiro denominado B”. Outras três amostras (7,6%) apresentaram o epitopo GFGR, também encontrado em isolados brasileiros. Além dessas, foram encontradas as variações GPGK, GLGR, GPGS, GQGR, GPGS. Esses isolados já estão descritos na literatura, mas ainda não há relatos de sua ocorrência no Brasil. Detectamos ainda cinco amostras com os epitopos GPGN, GPGY, ALGR, APGG e GPGH, não relatados em bancos genômicos. O peptídeo G1 de Gag, descrito por Lévy e Colaboradores, foi analisado em 20 amostras e se mostrou conservado em todas elas.
Palavras-Chave:
HIV-1. Subtipos. Diversidade antigênica. Env. Gag.
Divulgação e/ou Publicações:

MARTINS, C.R.F. HIV-1 subtypes and recombinant forms in the Federal District. In: ENCONTRO NACIONAL DE VIROLOGIA, 16., 2005, Salvador.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Amilcar Tanuri
Instituição:
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia, Departamento de Genética, Laboratório de Virologia Molecular Animal.
Período de Vigência:
?
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Considerando a emergência e transmissão de cepas do vírus resistentes às drogas disponíveis no mercado que implicam ineficácia terapêutica, esta pesquisa buscou determinar se a falência terapêutica em pacientes em uso de “combinação potente” de anti-retrovirais está associada à resistência genotípica do HIV diante das drogas. As 339 amostras coletadas em cinco estados e no DF foram submetidas a testes rápidos de determinação de resistência genotípica dos genes da TR (LIPA) e protease (RPLP). Os resultados obtidos indicam alta correlação entre falha terapêutica e mutação, embora não se saiba exatamente se a falha terapêutica foi causada por uma falta de aderência. O trabalho validou a utilização da carga viral como um bom parâmetro clínico para se desconfiar da presença de um vírus resistente nos pacientes em tratamento.
Objetivos:
Determinar se a falência terapêutica em pacientes em uso de “combinação potente” de anti-retrovirais está associada à resistência genotípica do HIV perante as drogas; Testar a performance das metodologias rápidas de determinação de resistência genotípica dos genes da TR (LIPA) e protease (RPLP) nas amostras brasileiras.
Materiais e Métodos:
Trata-se de estudo de corte transversal utilizando-se material biológico (RNA e/ou plasma) estocado nos laboratórios da Rede Nacional de Carga Viral do MS que corresponderam aos critérios de inclusão definidos para o estudo: pacientes HIV+ maiores de 18 anos, de ambos os sexos; pacientes em uso de regime de associação de 3 anti-retrovirais pelo me-nos, incluindo um inibidor de protease, por Período superior a 3 meses e, Carga Viral para o RNA do HIV-1 superior a 30.000 cópias/ml após 3 meses de tratamento. Como método de genotipagem rápida para o gene da transcriptase reversa foi escolhido o LIPA (Line Probe Assay). Esse método está baseado na hibridização com uma série de primers, representando a seqüência selvagem e as diversas mutações de resistência, ligados a nitrocelulose como produto biotinilado de PCR representando o gene TR do paciente. A reação é revelada com a adição de streptoavidina fosfatase alcalina. O LIPA pode revelar mutações nas posições 41, 61, 74, 184, 214 e 215. Essas mutações são importantes para resistência a: AZT, DDI, DDC e 3TC. O gene da protease foi avaliado como método de restrição em que a seqüência completa da protease do HIV-1 será simplificada por PCR e o produto digerido com a enzima Hinc II. Essa enzima corta o gene na posição que co-difica os aminoácidos 82 e 90 de todas as seqüências selvagens (sem mutação para resistência) brasileiras independentemente do subtipo a que elas pertençam (B, C, D ou F). A perda dos sítios dessa enzima indica mutação nessas posições. Às posições 82 e 90 estão implicadas na resistência a Ritonavir, Indinavir e Saquinavir. Assim, esse método de res-trição é um método rápido e de baixo custo para revelar mutações relevantes para resistência nessa região genômica. Amostras analisadas, por Estado: SC – 70; ES – 32; DF – 48; SP – 50; RJ – 97 e PE – 42. (total = 339). Sendo um estudo anônimo não vinculado, foi feito um questionário visando à obtenção de dados clínicos dos pacientes de uma forma a não vinculá­lo aos pacientes em estudo. Os pacientes foram identificados por números e os dados laboratoriais (CV e CD4) por faixas, a fim de dificultar sua identificação posterior.
Resultados - Parciais ou Finais:
A análise dos dados obtidos demonstrou alta correlação entre falha terapêutica e mutação. Não se sabe se a falha terapêutica foi causada, primariamente, por uma falta de adesão ou não. Uma vez , porém, mantida a carga viral alta por mais de três meses, a seleção de linhagens mutantes resistentes aos ARV pode ser observada. Este trabalho validou a utilização da carga viral como um bom parâmetro clínico que remete a indício da presença de um vírus resistente nos pacientes em tratamento. Resultados da análise genética das amostras nas regiões da transcriptase reversa (TR) e protease (Pro): Análise genética da região. MUT WT 40,8 TR Pro Freqüência (%) WT a WT 14,5 WT MUT b 7,5 MUT MUT d 37,2 a – –(WT): seqüências selvagens. b – (MUT): seqüências apresentando mutação relacionada à resistência aos ARV. c – Nesta análise foram utilizadas somente 255 amostras que tinham os seus dados genéticos completos, ou seja, LIPA e RFLP do gene da protease. d – Neste caso, foi considerado mutante no gene da protease qualquer mutação analisada pelo RFLP (posição 82 e 90) ou a presença de amostras mistas. Novas análises estatísticas estão sendo feitas tentando correlacionar as taxas de mutação com carga viral, contagem de CD4 e esquema terapêutico. Também será analisada a performance do LIPA nas amostras brasileiras, em sua especifici-dade e sensibilidade.
Palavras-Chave:
Retrovírus do HIV. Genotipagem do HIV. Resistência do HIV perante os anti-retrovirais.
Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Márcio José Poças Fonseca
Instituição:
Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Genética e Morfologia.
Período de Vigência:
2004 – 2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
O envelope glicoprotéico do HIV (ENV) é um alvo interessante de novos agentes anti-retrovirais, por estar presente tanto na superfície do vírus quanto das células infectadas, e por mediar os eventos iniciais da infecção viral. Com este projeto, estabelecemos um protocolo para amplificação dos fragmentos gênicos correspondentes à gp160, gp120 e gp41, a partir de uma amostra de cDNA viral, subtipo C. Os produtos de amplificação foram clonados e seqüenciados, estando prontos para subclonagem em vetor de expressão em células de mamíferos, uma vez que o objetivo desta pesquisa é a obtenção de linhagens recombinantes de CHO K1 capazes de expressar as glicoproteínas virais em sua forma nativa, mimetizando células CD4 infectadas. Tais células serão empregadas na posterior seleção de anticorpos neutralizantes, obtidos a partir de biblioteca apresentada na superfície de fagos (phage display).
Objetivos:
Estabelecer um protocolo otimizado de expressão, em células de mamíferos, da gp120 e gp41 de virotipos brasileiros do HIV-1.
Materiais e Métodos:
Amostras de cDNA viral, retrotranscrito a partir de RNA extraído de plasma sanguíneo de pacientes infectados, foram utilizadas para a amplificação por nestedPCR das regiões gênicas correspondentes à gp160, gp 120 e gp41 do HIV-1. Os fragmentos de DNA amplificados foram utilizados para clonagem no vetor pGEMT easy (Promega), que por sua vez foi utilizado para a transformação de linhagens bacterianas de Escherichia coli. Realizou-se então a extração do DNA plasmidial dos clones bacterianos recombinantes e a confirmação da presença do inserto, por meio do perfil de restrição e por PCR. Os DNAs plasmidiais dos recombinantes foram seqüenciados no aparelho MegaBace 1000 do Laboratório de Biologia Molecular da Universidade de Brasília. As regiões gênicas estão sendo subclonadas no vetor pMAC/PS para posterior transfecção de células CHOK1.
Resultados - Parciais ou Finais:
Após um a série de PCRs de padronização, foi estabelecido um eficiente protocolo para a amplificação dos fragmentos gênicos referentes à gp160 (2,6 kb), gp120 (1,5 kb) e gp41 (1,3kb) a partir da amostra de cDNA 116/00, subtipo C. Esses produtos de amplificação foram clonados em pGEMT easy e transformados por eletroporação na linhagem de E. coli XL1-Blue. A presença dos insertos nos DNAs plasmidiais dos clones recombinantes foi evidenciada pela digestão dos plamídeos com a endonuclease de restrição EcoR I e por PCR, utilizando-se os oligonucleotídeos específicos para cada fragmento gênico. O seqüenciamento dos clones recombinantes foi feito pela estratégia de primer walking, não sendo evidenciados códons de terminação que pudessem eventualmente levar a formas truncadas das glicoproteínas de interesse. Também não foram verificadas mutações de seqüência, tomando-se como parâmetro as linhagens virais de referência. Atualmente, as seqüências gênicas estão sendo subclonadas em um vetor de expressão para células de mamíferos.
Palavras-Chave:
HIV-1. Env. Expressão heteróloga.
Edital/Chamamento:
Concorrência Sítio de Vacinas
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Dirceu Bartolomeu Greco
Instituição:
Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Medicina, Departamento de Clínica Médica.
Período de Vigência:
2003 - 2004
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.
Introdução e Justificativa:
O conhecimento das seqüências de nucleotídeos dos vírus que circulam no Brasil poderá auxiliar o melhor entendimento da relação entre a variabilidade do vírus e suas propriedades principais como: patogenicidade, antigenicidade, transmissibilidade e disseminação, ou mesmo fornecer dados importantes, que poderão ser utilizados em benefício do diagnóstico, tratamento, controle da doença e preparação de vacinas. O desenvolvimento de vacinas eficazes e seguras para o HIV requer a compreensão da resposta imunológica versus diversidade viral. Embora tenha sido demonstrada a exequibilidade das vacinas para aids, os mecanismos de imunidade protetora e o grau de imunidade cruzada são desconhecidos. Ainda não está claro se os subtipos virais são relevantes para o desenvolvimento de vacina, ou seja, se um único produto vacinal será mundialmente efetivo, ou se será necessário desenvolver produtos vacinais subtipos específicas. Dessa forma, torna-se necessário conhecer a extensão da variabilidade do HIV para avaliação de eficácia de futuros produtos vacinais.
Objetivos:
Analisar filogenética e antigenicamente as cepas de HIV-1 circulantes no Estado de Minas Gerais; Amplificar por PCR os genes gag (p24), pol (protease e transcriptase reversa) e env (região C2V3) de amostras de HIV-1; Clonar os fragmentos amplificados; Seqüenciar automaticamente os fragmentos amplificados dos genes gag (p24), pol (pd região catalítica da RT) e env (região C2V3); Realizar a análise filogenética das cepas.
Materiais e Métodos:
Foram utilizadas alíquotas de ImL de plasma, extraídas de 5 mL de sangue total em EDTA, provenientes de 100 pacientes incluídos na Renageno. Extração do RNA viral com kit específico. Amplificação por PCR dos genes gag (p24), pol/(protease e Rt) e env (CZV3). – obtenção de cDNA, a partir do RNA viral plasmático, utilizando iniciadores aleatórios (random primers). As amplificações dos genes gag (p24), pol/(protease e Rt) e env (C2V3) foram realizadas utilizando-se iniciadores específicos. Purificação dos fragmentos amplificados para clonagem dos genes. Purificação dos fragmentos amplificados para seqüenciamento dos genes. Clonagem dos genes gag (~24)~pol (protease e Rt) e env(CZV3). Obtenção de plasmídio em pequena escala. Seqüenciamento dos genes gag (p24), pol(protease e Rf) e env(C2V3) utilizando o seqüenciador automático ABI 3100.
Resultados - Parciais ou Finais:
Resultados preliminares entre soroconvertores recentes do Projeto Horizonte. Análise da protesase revelou 96% de HIV-1 subtipo B, 3% F e 1% D. Análise de C2V3/env confirmou esses achados. Seis variantes de B com diferentes tetrapeptídeos foram encontrados: GPGR (45%), GPGQ, GFGR, GPGK, GPGA e GRGR. Em Resumo, o subtipo B ainda é o mais prevalente nessa coorte. Não foram encontrados genomas potencialmente recombinantes na amostra. Houve alta divergência em relação ao consenso B na região da alça V3.
Palavras-Chave:
HIV. Filogênese. Minas Gerais.
Divulgação e/ou Publicações:

ALEIXO, A. W.; CLETO, S.C.; GRECO, D. B. Genotypic anti-retroviral resistance profile among individuals failing HAART in Brazil. In: THE INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 15., 2004, Thailand. Proceedings... Bankok: International AIDS Society, 2004. Abstract WePeB5719.

ALEIXO, W. et al. Mutations related to primary resistance to anti-retrovirals among newly HIV-1 infected individuals in Belo Horizonte Brazil. In: IAS CONFERENCE ON HIV PATHOGENESIS AND TREATMENT, 2., 2003, Paris. Proceedings... Paris: International AIDS Society, 2003. Abstract 242.

__. HIV phylogenetic analysis and genetic characterization in newly infected individuals in Belo Horizonte Brazil. In: IAS CONFERENCE ON HIV PATHOGENESIS AND TREATMENT, 2., 2003, Paris. Proceedings... Paris: International AIDS Society, 2003. Abstract 259.

GRECO, M. et al. Adherence of bisexual HIV negative male to safe sex occurs more consistently in homosexual than in heterosexual practices – Project Horizonte, Belo Horizonte, Brazil - 1994-2001. In: INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 14., 2002, Durban. Proceedings... Bankok: International AIDS Society, 2004. Abstract MoPeD3558.

TUPINAMBAS, U.; ALEIXO, A.V.; GRECO, D. B. Performance of genotyping for patients failing ARV in a Reference Center for HIV/AIDS in Belo Horizonte, Brazil (Project GERAIS). In: INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 15., 2004, Thailand. Proceedings... Bankok: International AIDS Society, 2004. Abstract WePeB5697.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Rosangela Rodrigues
Instituição:
Instituto Adolfo Lutz.
Período de Vigência:
2004 - 2004
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Área de desenvolvimento de ferramentas em bioinformática e metodologias laboratoriais da UnB (Marcelo Brígido); Lasp – Fundação Gonçalo Muniz – Fiocruz-BA (equipe de Bernardo Galvão e Luis Alcântara); Centros Municipais e Estaduais de Referência em DST/Aids (São Paulo: CR-Ubatuba, CR-Ribeirão Preto, CRP-MSP-Sapopemba, Instituto Emílio Ribas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Paraná: CR-Curitiba; Santa Catarina: CR-Florianópolis, CR-SMS-Itajaí; Rio Grande do Sul: CRP-MPA, Hospital Partenon); Laboratórios Municipais e Estaduais de Referência em DST/Aids (São Paulo: Hemocentro de Ribeirão Preto, Dep. Sorologia IAL, Lab. Imunologia Incor; Paraná: Lab. Municipal – SMS de Curitiba; Santa Catarina: Lacen-SC, Lab. Municipal SMS Itajaí; Rio Grande do Sul: Lab. Municipal – PMPA, Lacen-RS, CDCT-Fesp).
Introdução e Justificativa:
Sistemas computacionais para análises de dados biológicos, DNA e aminoácidos têm sido utilizados para o entendimento de informações relacionadas à patogênese e à dinâmica evolucional de doenças, constituindo importantes instrumentos científicos. O seqüenciamento genético de regiões do HIV para determinação de polimorfismos em epitopos virais relevantes para a resposta imunológica em regiões genômicas relacionadas aos mecanismos patogênicos da infecção, associando os a informações clínicas e epidemiológicas, determinando sua prevalência e evolução, indicando sítios preferenciais de resposta eficaz, é uma importante contribuição às estratégias de desenvolvimento de microbicidas e vacinas contra o HIV/aids.
Objetivos:
Analisar molecularmente isolados de pacientes com infecção recente pelo HIV para determinação de polimorfismos em epítopos virais para subsidiar o desenvolvimento de microbicidas e vacinas contra o HIV/aids.
Materiais e Métodos:
Foram analisadas seqüências genômicas das regiões pol e gag obtidas a partir de estudos observacionais e prospectivos de 34 amostras de indivíduos com evidências de infecção recente pelo HIV ou infecção prevalente sem exposição a medicamentos anti-retrovirais (ARV) provenientes do Estado de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Informação genética, a partir de vírion ou provírus, foi obtida por seqüenciamento genético após retrotranscricão (no caso de víron) e PCR “Nested”. Controle de qualidade e análises de bioinformática foram realizadas com softwares do Instituto Adolfo Lutz e outros como Paup, Philip e Simplot. Os dados obtidos foram comparados com epítopos caracterizados e descritos em Los Alamos Database. Disponível em: http://hivweb.lanl.gov/content/immunology/index.html
Resultados - Parciais ou Finais:
Não foi observada resistência primária aos ARV no gene pol, entretanto códons com polimorfismos foram freqüentes, sobretudo associados a variantes nãoB do HIV-1. As análises preliminares da região gag para epítopos caracterizados (LANL) demonstraram polimorfismos que podem ter repercussões no reconhecimento antigênico. Na região p24 do gag, os epitopos ATLEEMMTA e VKNWMTETLL apresentaram maior conservação tanto em amostras B como nãoB, diferindo o primeiro em 1 aa em 3/26 seqüências do HIV-1 B e 2/8 HIV-1 nãoB analisadas; e o segundo em 3/26 e 5/8, porém na sua maioria a mesma variação E>D (acido glutâmico para aspártico). Outro epítopo, RMYSPTSI, embora com 5/26 e 6/8 com modificações, estas são quase exclusivamente na mesma posição Treonina>Valina, resultando na modificação de um aa polar neutro para um apolar, hidrofóbico, com potencial repercussão na ligação do epitopo. Tais análises podem subsidiar a seleção, para testes físicoquímicos e imunológicos, com peptídeos selecionados a partir da realidade epidemiológica nacional, com eventual inclusão em produtos vacinais para uso em nosso meio. Informações sobre a prevalência de HLA em isolados brasileiros são importantes para contextualizar as observações destas análises.
Palavras-Chave:
Pacientes com infecção recente pelo HIV.
Divulgação e/ou Publicações:

BRIGIDO, L.F. et al. Molecular Characteristics of HIV Type 1 Circulating in São Paulo, Brazil. AIDS Res Hum Retroviruses, v.21, n.7, p.673-682, Jul 2005.

SOUZA, L.O. et al. Evaluation of CTLs epitopes among HIV-1 gag regions in naïve and recent infected patients. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PESQUISA EM HIV/AIDS, 6., 2005, Ouro Preto.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Set/2001
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Afranio Lineu Kristki
Instituição:
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Medicina, Departamento de Clínica Médica, Instituto de Doenças do Tórax – IDT, Programa Acadêmico de Tuberculose.
Período de Vigência:
2003 - 2006
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Instituto de Pesquisa Evandro Chagas – Fiocruz; Instituto Emílio Ribas; Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
Introdução e Justificativa:
Com o uso do tratamento anti-retroviral de elevada eficácia (HAART) observou-se uma queda na mortalidade global associada ao HIV e queda na incidência e prevalência das infecções oportunistas, como a tuberculose (TB). No Brasil, após a adoção do HAART, a TB tornou-se umas das maiores causas de mortalidade entre indivíduos infectados pelo HIV. A presença do HIV pode ocorrer em 4% a 35% dos pacientes com TB. A maioria dos estudos realizados em coortes de indivíduos infectados pelo HIV avaliou o impacto do HAART na incidência de TB. Entretanto, são escassos os dados acerca da eficácia e a efetividade dos esquemas anti-retrovirais associados ao tratamento anti-TB no controle de ambas as endemias. A realização de tais estudos poderá trazer informações importantes sobre a melhor abordagem clínica e laboratorial da co-infecção na Rede de Saúde.
Objetivos:
Entre os pacientes infectados pelo HIV atendidos em Unidades de Referência para Aids no Rio de Janeiro em São Paulo, avaliar a incidência, a freqüência das formas clínicas, a taxa de aderência ao tratamento, a evolução clínica/laboratorial, a morbi/letalidade de TB ativa, taxas de recidiva, as indicações/aderência do tratamento da TB latente com o uso de HAART, seus efeitos adversos e impacto na co-infecção.
Materiais e Métodos:
Estudo do tipo coorte histórica. O Período de análise retrospectiva de dados foi de 1º de janeiro de 1995 a 31 de dezembro 2001. Compõem a população do estudo todos os pacientes diagnosticados como portadores da infecção pelo HIV e/ou com aids, atendidos em quatro unidades de saúde de referência. A análise do impacto do HAART na incidência e forma de apresentação da TB ativa será realizada por meio do banco dados dos casos de infecção pelo HIV e/ou aids diagnosticados, sendo identificados os indivíduos a serem investigados no banco de dados de notificação de TB, base de dados Sinan. Os pacientes serão divididos em três grupos: Grupo 1, de pacientes HIV soropositivos com uso de HAART e esquema anti-TB com rifampicina; Grupo 2, de pacientes HIV soropositivos sem uso de HAART mas com esquema anti-TB com rifampicina; Grupo 3, de pacientes HIV soropositivos com uso de HAART contendo um ou dois anti-retrovirais mas com esquema anti-TB com rifampicina. Após a revisão dos prontuários, quando não existirem informações durante os seis a nove meses do tratamento da TB (abandono do tratamento), os pacientes e/ou familiares serão contatados para se obter dados mais fidedignos sobre o resultado final do tratamento anti-TB entre pacientes co-infectados por TB/HIV, usando ou não HAART.
Resultados - Parciais ou Finais:
Em um Centro de Referência do Rio de Janeiro, prontuários médicos foram analisados sob os aspectos clínicos, laboratoriais e radiográficos em pacientes com TB e infecção pelo HIV entre 1995 e 2000. Modelos de regressão Kaplan Meier e Cox foram utilizados para estimar a sobrevida a curto prazo e fatores de risco associados a sobrevida a longo prazo. Houve um decréscimo de 50% de casos incidentes de TB após 1999. No Período de estudo, TB ocorreu com maior freqüência entre aqueles com fase aids menos avançada (p=0,006). Quando o HAART foi usado após o diagnóstico de TB, as taxas de cura aumentaram de 51,9% para 71,6% (p
Palavras-Chave:
Pacientes com TB e HIV atendidos em Centros de Referência na Região Sudeste.
Divulgação e/ou Publicações:

LACERDA, A.P.M. et al. Impact of highly active anti-retroviral therapy (HAART) on the clinical course of Tuberculosis in Human Immunodeficiency Virus infected patients in a university hospital in Rio de Janeiro, Brazil. Eur Respir J, n.22, suppl.45, p.158S, 2003. Abstract P1026.

__. Prolonged Survival of Tuberculosis Patients Coinfected with the HIV after Highly Active Anti-Retroviral Therapy (HAART) Implementation in a Reference Hospital in Rio de Janeiro, Brazil. Submetido ao Int J Tuberc Lung Dis, 2005.

__. Survival analysis of tuberculosis patients coinfected with human immunodeficiency virus and the impact of HAART implementation at a University in Rio de Janeiro, Brazil. International Journal of Tuberculosis and Lung Disease, v.7, n.11, p.S53, 2004. Abstract PC 612-677.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Auxiliadora Oliveira
Instituição:
Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Departamento de Ciências Biológicas, Núcleo de Assistência Farmacêutica.
Período de Vigência:
2004 - 2006
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
PN-DST/AIDS do Ministério da Saúde.
Introdução e Justificativa:
A dispensação de medicamentos é o componente da assistência farmacêutica que tem como finalidade contribuir diretamente para o uso racional, prevenindo eventuais problemas de prescrição, aconselhando o paciente quanto a cuidados de armazenamento e administração, informando sobre as reações adversas e precauções, verificando a qualidade e integralidade dos medicamentos fornecidos. Este estudo aborda dois aspectos: a qualidade da dispensação de ARV e medicamentos para infecções oportunistas, focalizando aspectos relativos à estrutura disponível (recursos materiais e humanos) e aos processos (serviços e atividades) pertinentes à produção dos efeitos esperados; e, a avaliação de efeitos, em termos da satisfação dos usuários com o processo de dispensação e o uso racional, incluindo a adesão ao tratamento.
Objetivos:
Avaliar a qualidade da dispensação de medicamentos anti-retrovirais (ARV) e medicamentos para infecções oportunistas (MIO) no Brasil, focalizando os aspectos de estrutura e processo, bem como os resultados relativos à satisfação dos usuários, considerando os principais fatores do contexto organizacional que influenciam essas relações.
Materiais e Métodos:
Estudo de casos múltiplos com níveis de análise imbricados (pesquisa sintética), considerando as três esferas de governo envolvidas no processo. Revisão da literatura sobre conceitos e medidas de satisfação (paciente, cliente, usuário, consumidor). A documentação existente sobre o programa e a experiência acumulada pelo grupo na avaliação de serviços farmacêuticos permitiram a construção de um modelo lógico (ML), cujos eixos, as dimensões de disponibilidade, oportunidade e adequação, permitem articular acesso a medicamentos, satisfação e organização de serviços. O ML orientou a seleção dos indicadores e a construção dos formulários de coleta de dados sobre os serviços, seus profissionais e os usuários do programa. Esses instrumentos foram validados mediante consulta a membros de ONGs usuários do programa, discussão com gestores e estudo piloto. Os dados foram coletados em 10 estados (Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins), selecionados pela magnitude da epidemia e por amostragem intencional. A seleção dos municípios e unidades de saúde foi realizada por amostragem aleatória ponderada pelo volume de atendimento. Além de gestores, prescritores e dispensadores, foram entrevistadas cerca de 1.400 pessoas vivendo com HIV/aids que recebem medicamentos em unidades públicas dispensadoras de medicamentos.
Resultados - Parciais ou Finais:
No que se refere ao componente serviços, na dimensão oportunidade observou-se que o tempo médio de trajeto da residência até à UD foi de 68,4 minutos e o tempo médio de espera no balcão da farmácia para ser atendido foi de 10,9 minutos. Quanto à disponibilidade, observou-se a existência 81,1% dos itens traçadores verificados. Não foram encontrados itens com validade vencida nas UDs visitadas. Quanto à adequação de produtos e práticas profissionais, 61,9% dos registros do estoque correspondiam à contagem física. Observou-se 60% de atendimento aos itens de verificação quanto ao ambiente físico e higiene e 20,5% dos usuários declararam ter sido orientados pelos profissionais dispensadores e 50,8% das prescrições atendidas estavam completas. No que se refere ao componente de satisfação do usuário, a dimensão com menor nota média foi oportunidade, composta pela subdimensão, conveniência, 67,2 (±0,9). No que diz respeito aos componentes dessa subdimensão, escolha de provedores e tempo despendido pelo usuário receberam as piores notas, sendo 39,7 (±2,2) e 58,4 (±1,6) respectivamente. Estes resultados oferecem subsídios para a discussão dos elementos que dificultam o acesso dos usuários a unidade dispensadora e a seu tratamento. Já organização do serviço foi o componente melhor avaliado, 90 (±0,7). A dimensão melhor avaliada foi a disponibilidade de ARV, com nota média 77,4 (±1,5). A dimensão adequação (inclui qualidade técnica da dispensação, qualidade técnica do medicamento, ambiência e aspectos interpessoais) recebeu como nota média 73,4 (±0,8). Aspectos interpessoais mostraram a pior performance, 70,8 (±1,0). Este resultado está relacionado à estrutura ina-dequada das unidades dispensadoras que não propicia um atendimento com privacidade.
Palavras-Chave:
Pessoas vivendo com HIV e aids em tratamento anti-retroviral.
Divulgação e/ou Publicações:

ESHER, A.F. et al. Satisfação do Usuário e Responsividade do Programa Nacional de Dispensação de Medicamentos para o Tratamento da Aids no Brasil: Discutindo Importantes Dimensões. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 3., 2005, Florianópolis. O trabalho recebeu Menção Honrosa no Congresso. Informações disponíveis em: http://www.abrasco.org.br/. Acesso em: 19 abr. 2006.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Regis Kreitchmann
Instituição:
Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre.
Período de Vigência:
1999 - 2000
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
O estudo avaliou as características clínicas e demográficas de um grupo de 323 gestantes soropositivas ao HIV-1 que foram atendidas em um serviço de referência em DST/aids de Porto Alegre. Nesse serviço foi oferecido o esquema de profilaxia de três partes com ZDV além do uso de outros anti-retrovirais (em situações que contemplem as recomendações do Ministério da Saúde). Avaliou-se a taxa de transmissão perinatal do HIV e quais foram as variáveis associadas à transmissão do vírus ao bebê.
Objetivos:
Determinar a incidência da infecção pelo HIV entre recém-nascidos vivos das gestantes soropositivas atendidas em um serviço de referência em HIV/aids de Porto Alegre; Avaliar o efeito das seguintes variáveis sobre a transmissão perinatal do HIV: a adesão ao esquema de três partes da ZDV, o uso de outros anti-retrovirais, o estágio da infecção; o tempo de bolsa rota; o uso de crack/cocaína e a escolaridade.
Materiais e Métodos:
Um estudo de coorte foi desenhado para investigar a efetividade do uso do protocolo 076 e os fatores associados à transmissão perinatal do HIV. Arrolaram-se todas as gestantes soropositivas para o HIV que procuraram o Centro Municipal de DST/Aids de Porto Alegre para atendimento pré­natal entre janeiro de 1997 e dezembro de 2000. Utilizou-se um questionário padronizado que avalia características socieconômicas, demográficas e clínicas. As consultas no pré­natal foram mensais, quando eram fornecidos os anti-retrovirais. Na entrada no estudo e no terceiro trimestre, foi realizada carga viral para HIV (PCRRNA quantitativo), contagem de linfócitos CD4. As informações sobre o trabalho de parto foram coletadas dos prontuários hospitalares. As crianças foram acompanhadas após o nascimento para estabelecer o diagnóstico do HIV, utilizando-se para isso a coleta da carga viral aos dois e quatro meses de vida, além da realização do teste an-ti-HIV aos 18 meses. Considerou-se adesão completa o uso de mais de 80% das doses de ARV prescritas (anteparto, periparto e neonatal).
Resultados - Parciais ou Finais:
Um total de 323 mulheres foi incluído no estudo; 38 delas acompanhadas em mais de uma gestação, resultando em 361 gestações acompanhadas. A idade média materna foi 25,6 anos (14 a 43 anos); 88% adquiriram o vírus sexualmente. O CD4 médio foi 508 células/mm³ e a média da carga viral foi 31.091 cópias/ml. Das mulheres, 51,5% tiveram o diagnóstico do HIV realizado durante a gestação. Os esquemas anti-retrovirais foram: monoterapia com ZDV em 147 mulheres (41%), o uso combinado de dois análogos nucleosídeos em 148 mulheres (41%) ou três anti-retrovirais em 62 mulheres (18%). Avaliou-se a transmissão perinatal do HIV em 343 crianças (95% do total arrolado), o que resultou em uma taxa de transmissão perinatal de 3,2% (IC 95% 1,75,8). A adesão completa ao tratamento com anti-retrovirais na gestação foi de 75,3%. Entre as variáveis investigadas, apenas os valores de carga viral materna igual ou maior a 10.000 cópias/ml (RR= 11,27; IC95% 1,3892,23) e principalmente superiores a 100.000 cópias/ml (RR= 19,1; IC95% 1,82-200,57) associaram-se com a transmissão do vírus ao recém-nascido. Na análise multivariada a carga viral permaneceu significativa e independentemente associada à transmissão perinatal (OR= 2,72 para cada aumento de um log na carga viral; IC95% 1,17-6,50). A conclusão foi de que gestantes expostas ao tratamento com anti-retrovirais, na gravidez, no parto e ao recém nascido, apresentaram taxa baixa de transmissão perinatal e apenas os valores da carga viral materna foram preditores de transmissão.
Palavras-Chave:
Transmissão perinatal. Carga viral. HIV.
Divulgação e/ou Publicações:

KREITCHMANN, R. et al. Perinatal HIV-1 transmission in low income women participants in the HIV/AIDS Control Pro-gram in Southern Brazil: a cohort study. BJOG, v.111, n.6, p. 579-584, Jun. 2004.

__. Transmissão perinatal do HIV-1 entre participantes do programa de controle do HIV/aids no sul do Brasil: um estudo de coorte. In: FORO 2003 – FORO EN VIH/SIDA/ITS EN AMERICA LATINA Y EL CARIBE, 2., 2003, Havana.

KREITCHMANN, R.; FUCHS, S.C. Risk factors for HIV-1 Perinatal transmission in the Porto Alegre Cohort – Brazil. In: INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 14., 2002, Barcelona.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Olavo Henrique Munhoz Leite
Instituição:
Faculdade de Medicina do ABC, Núcleo de Estudos, Pesquisa e Assessoria à Saúde.
Período de Vigência:
2004 - 2006
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Grupo Multidisciplinar para o Estudo das Alterações Metabólicas e/ou Anatômicas em Portadores do HIV/Aids – Geam.
Introdução e Justificativa:
Trata-se de um estudo transversal com o objetivo de avaliar a presença de alterações anatômicas e metabólicas em pacientes infectados pelo HIV em 5 centros brasileiros especializados no seguimento de pacientes HIV+ (3 na cidade de São Paulo e 2 na cidade do Rio de Janeiro). Uma amostra de 1.700 pacientes foi aleatorizada a partir de um universo de aproximadamente 15.000 pacientes em acompanhamento nas 5 instituições participantes. A pesquisa é baseada em entrevista de cada um dos pacientes escolhidos, com avaliação dos dados pessoais, dados demográficos, antecedentes pessoais e familiares. Todas as informações laboratoriais constantes nos prontuários são coletadas e alguns exames são realizados para fins do estudo. Um exame físico detalhado é realizado com ênfase nas alterações anatômicas detectadas pelo médico investigador e pelo paciente. Todos os pacientes são avaliados por uma nutricionista treinada que avalia pregas e circunferências corpóreas padronizadas, realiza a avaliação de massa gorda e magra por bioimpedância e analisa o recordatório alimentar. Uma sub-amostra de 380 pacientes realizará exames de ultrasonografia de face, membros superiores e inferiores para avaliar a perda de gordura subcutânea. Essa mesma amostra também submeter-se-á a uma tomografia computadorizada abdominal (nível de L3L4) para avaliar relação de gordura visceral e subcutânea e a um ecocardiograma para avaliação cardíaca. Todas as alterações encontradas em mais de 5% das situações serão descritas no estudo, e as análises das variáveis serão documentadas.
Objetivos:
Avaliar a prevalência de alterações metabólicas e/ou anatômicas (síndrome lipodistrófica) em pacientes infectados pelo HIV atendidos em 5 centros brasileiros especializados das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro; Identificar as variáveis associadas à presença das alterações anatômicas e metabólicas em nosso meio; Avaliar o papel dos métodos gráficos e de imagem no diagnóstico das alterações anatômicas e metabólicas; Identificar as complicações decorrentes das alterações anatômicas e metabólicas.
Materiais e Métodos:
Estudo transversal com avaliação única dos pacientes aleatorizados com questionários padronizados e com treinamento de toda a equipe participante.
Resultados - Parciais ou Finais:
Está prevista a primeira análise do banco de dados para dezembro de 2005, quando 100 pacientes completarem todas as etapas do estudo.
Palavras-Chave:
Lipodistrofia. HIV. Aids. Alterações anatômicas. Alterações metabólicas.
Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Ricardo da Silva de Souza
Instituição:
Universidade de Caxias do Sul, Laboratório de Pesquisa em HIV/Aids.
Período de Vigência:
2004 - 2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
O presente projeto avaliou a técnica da coleta de amostra em papelfiltro no sul do país. Essa metodologia, por sua praticidade, dispensa a necessidade de coleta e transporte especializado, conseqüentemente baixando o custo dos exames. O projeto proposto veio de encontro à necessidade do serviço público de suprir as dificuldades encontradas quanto ao acesso, da população do interior e das regiões mais distantes, ao serviço laboratorial necessário para o diagnóstico de gestantes portadoras do HIV e a profilaxia para a transmissão vertical.
Objetivos:
Validar o uso de amostras secas de sangue para criar infraestrutura necessária para a execução de diagnósticos pré­natais; Utilizar as vantagens do uso do papel filtro para dar condições diagnósticas à população residente em áreas remotas para o serviço laboratorial; Facilitar o acesso à testagem, sem necessidade de deslocamento ao centro metropolitano; Facilitar o método de coleta de material para testagem.
Materiais e Métodos:
O estudo avaliou o uso da técnica de coleta de sangue em suporte de papel filtro. Na primeira fase a amostra de sangue foi coletada a partir da transferência de 50 µL de sangue total coletado em tubo com EDTA para o suporte de papel filtro. O sangue seco sob temperatura ambiente foi disposto em um saco plástico com fechamento zip. A amostra de sangue seca foi transportada para o centro de diagnóstico para análise. O sangue foi submetido a dois testes de presença de anticorpos anti-HIV pela metodologia de ELISA. Os resultados obtidos foram comparados com o status sorológico previamente conhecido da amostra testada e foi realizada a avaliação do desempenho dos kits teste para amostras secas. Na segunda fase foi realizada a punção digital do dedo médio da mão do paciente recrutado voluntariamente. As gotas de sangue foram dispostas sobre o suporte de papel filtro. O transporte até o centro de testagem foi realizado por correspondência.
Resultados - Parciais ou Finais:
Ao término deste projeto alcançamos resultados que respaldam a inclusão da técnica de coleta de amostras secas de sangue em papel filtro para o diagnóstico pré­natal. Os dois testes de detecção de anticorpos avaliados, fabricados para a utilização de amostras de sangue seco, apresentaram resultados satisfatórios. Ambos demonstraram qualificação para aplicação diagnóstica em amostras de sangue total seco, e aptidão para serem empregadas em um algoritmo de testes, seguindo o modelo estabelecido pelo Ministério da Saúde. Os resultados obtidos demonstraram um índice de satisfação diagnóstica excelente (sensibilidade e especificidade > 99%) para amostras secas, comparadas com as metodologias convencionais de coleta. O uso da coleta de amostras de sangue seco em papel filtro confirmou ser uma ótima alternativa para aumentar o acesso da população aos serviços de saúde. A oferta de diagnóstico pode ser levada a locais distantes, sem estrutura laboratorial, com garantia de resultados confiáveis. Sob as condições climáticas, equivalentes à maioria das regiões brasileiras, as amostras secas em papel filtro são estáveis sob temperatura ambiente por até 6 semanas sem perder o valor diagnóstico para HIV.
Palavras-Chave:
Papel filtro. SAE. ELISA. Sangue seco.
Divulgação e/ou Publicações:

SOUZA, R.S. et al. Evaluation of QPREVEN an HIV 1/2 Assay Developed Specifically for the Detection of Antibodies on Dried Blood Spots. In: IAS CONFERENCE ON HIV PATHOGENESIS AND TREATMENT, 3., 2005, Rio de Janeiro.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Milda Jodelis
Instituição:
Ministério da Saúde – Unidade III.
Período de Vigência:
1º semetre de 2001
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Dentre as ações visando à prevenção das DST/aids estão o incentivo e a facilitação do acesso a preservativos, com destaque para a distribuição gratuita. Assim, volumes crescentes de preservativos masculinos têm sido encaminhados pelo Ministério da Saúde para distribuição por instituições do sistema público de saúde, ONGs e sistema prisional. Esta pesquisa teve por objetivo avaliar os procedimentos adotados para a entrega dos preservativos aos interessados, tendo sido ouvidos, por meio do Sistema Disque-Saúde do Ministério da Saúde, os responsáveis por 1.849 dessas entidades de todo o país. O trabalho focalizou principalmente a gestão do processo de distribuição de preservativos, incluindo a percepção dos entrevistados sobre características da demanda.
Objetivos:
Avaliar a distribuição gratuita de preservativos masculinos por serviços públicos de saúde (UBS, SAE, CTA e Clínicas de DST), por ONGs e por instituições do sistema prisional.
Materiais e Métodos:
Entrevistas estruturadas, realizadas por telefone (sistema “Disque-Saúde” do Ministério da Saúde).
Resultados - Parciais ou Finais:
Entre os resultados, destaca-se o fato de que perto de metade (44%) das Unidades Básicas de Saúde – UBS – não distribuía preservativos masculinos, situação agravada na Região Norte, onde 63% das UBS não os distribuía. A principal razão para a não-distribuição é que o material não estava disponível, freqüentemente porque naquela região a distribuição estava centralizada em outras unidades da rede, mais centrais ou situadas em áreas com maior afluxo de público que a unidade pesquisada. As demais instituições do sistema público de saúde avaliadas, CTAs, SAEs e Clínicas de DST, assim como as ONGs, realizavam distribuição de preservativos com freqüência bastante superior. “População em geral” constituía o público que mais recebia preservativos das instituições pesquisadas, destacando-se, a seguir, os adolescentes. Os adolescentes constituíam ainda o segmento que mais crescentemente vinha procurando as entidades pesquisadas em busca de preservativos gratuitos.
Palavras-Chave:
Preservativos masculinos. Distribuição gratuita de preservativos masculinos. Prevenção.
Divulgação e/ou Publicações:

Apresentações dos resultados para técnicos do PN, de Coordenações Estaduais e de instituições parceiras.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Inês de Moura Campos Pardini
Instituição:
Unesp – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina, Hemocentro.
Período de Vigência:
2004 - 2004
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
As tecnologias para determinação de carga viral do HIV hoje são oferecidas por grandes empresas multinacionais a custos muito elevados. O Brasil possui tecnologia e recursos humanos treinados para desenvolver nova técnica que possa substituir as atuais com custos cerca de três vezes menores. Para teste e validação de nova metodologia de PCR em Tempo Real, 500 amostras foram testadas em paralelo com outra técnica atualmente no mercado, num projeto piloto que necessitou adequação de área física no Hemocentro de Botucatu.
Objetivos:
Adequar área física no Hemocentro de Botucatu para teste e validação de nova metodologia de PCR em Tempo Real para determinação da carga viral plasmática do HIV-1 em 500 pacientes soropositivos de Botucatu e região.
Materiais e Métodos:
Para execução do projeto fez-se necessário: adquirir material permanente, de consumo e preparação de infraestrutura laboratorial adequada; PCR em Tempo Real para detecção da carga viral do HIV-1 em pacientes soropositivos; bDNA utilizando Kit Bayer para comparação dos resultados.
Resultados - Parciais ou Finais:
Preparação de infraestrutura; adequação de rede elétrica; treinamento de equipe para desenvolvimento das técnicas descritas na metodologia do projeto; e envio dos resultados finais para avaliação conjunta realizada na Fiocruz.
Palavras-Chave:
Carga viral. Aids. PCR em Tempo Real.
Divulgação e/ou Publicações:

Por se tratar de pesquisa que envolve possibilidades de registros e patentes, os resultados não foram divulgados.

Edital/Chamamento:
Concorrência Sítio de Vacinas
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Aguinaldo Roberto Pinto
Instituição:
Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Centro de Ciências Biológicas – Sala 310.
Período de Vigência:
2004 - 2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Este projeto foi realizado em colaboração com o Wistar Institute, localizado na cidade de Filadélfia, EUA.
Introdução e Justificativa:
Vacinas baseadas em adenovírus humanos têm se mostrado bastante eficazes na indução de resposta imune contra HIV. A maioria dos indivíduos, porém, é exposta aos sorotipos comuns de adenovírus humanos, produzindo então anticorpos neutralizantes que diminuem a eficácia da resposta imune. Para evitar esse problema, foi desenvolvido um adenovírus recombinante alternativo baseado num sorotipo derivado de chimpanzé, denominado C6. Esse vírus não circula em populações humanas.O vetor C6 recombinante, expressando o antígeno de gag do HIV, induz resposta de células T CD8+ gag-específicas quando administrado em camundongospor via oral ou intranasal. A presença de resposta imune em sítios mucosos é de extrema importância, uma vez que essa é a principal porta de entrada do HIV no organismo humano nos dias de hoje.
Objetivos:
Avaliar a capacidade de uma vacina recombinante, administrada em camundongos da linhagem Balb/c por via oral ou intranasal, em induzir resposta imune específica contra o HIV.
Materiais e Métodos:
Avaliou-se a resposta imune induzida por uma vacina recombinante num modelo experimental de camundongos da linhagem Balb/c. Os camundongos eram vacinados por via oral ou nasal e, algumas semanas após, eram sacrificados. A resposta imune específica era avaliada em diferentes órgãos e tecidos dos animais, como baço, sangue periférico e linfonodos. As células desses tecidos e órgãos eram removidas e estimuladas in vitro por 5 horas com um peptídeo derivado da proteína gag do HIV. Após essa incubação, a produção de uma proteína denominada interferongamma (IFNgamma) pelos linfócitos T CD8 era avaliada por meio da técnica de citometria de fluxo. Os linfócitos T CD8 específicos contra HIV, induzidos pela vacina recombinante, eram então quantificados e dessa maneira era medida a capacidade da vacina em induzir uma resposta imune contra o HIV.
Resultados - Parciais ou Finais:
Os resultados obtidos até o momento demonstram que se utilizando este adenovírus recombinante como vacina contra HIV é possível estimular uma resposta imune em diversos órgãos e tecidos, no modelo experimental utilizado neste estudo. Essas vacinas administradas por via oral ou intranasal oferecem dois grandes atrativos: 1) estimulam resposta imune nas regiões de mucosa, que são consideradas as principais portas de entrada do HIV, uma vez que aproximadamente 85% das infecções atualmente acontecem através de relações sexuais, 2) a administração, através de gotas instiladas nas narinas ou dentro da boca, é extremamente fácil, não sendo necessária a utilização de agulhas ou seringas.
Palavras-Chave:
HIV. Vacinas. Adenovírus recombinante. Resposta imune.
Divulgação e/ou Publicações:

HAUT, L. et al. Evaluation of gagspecific CD8 T cells responses to an HIV-1 antigen in systemic and mucosal tissue supon nasal administration of an E1deleted simian adenoviral vector. In: ENCONTRO NACIONAL DE VIROLOGIA, 16., 2005, Salvador.

__. Intranasal administration of a simian adenoviral recombinant vaccine as a cellular immune response inductor against HIV-1. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, ENCONTRO DE MEDICINA TROPICAL DO CONE SUL, 41/1, 2005, Florianópolis/SC. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v.38, p.423, 2005.

HAUT, L.; PINTO, A.R.; REYES SANDOVAL, A.. Patogénesis del virus de la inmunodeficiencia humana. In: ROCHA-GRACIA, R. del C.; CEDILLO, R.M.L.; LÓPEZ-OLGUÍN, J.F. (Eds). Mecanismos de patogenicidad e interacción parásito hospedero. Puebla, México: Benemérita Universidad Autónoma de Puebla, 2005.

SOUZA, A.P.D. et al. Induction of T cell response to HIV by intravaginal immunization with an adenoviral vector expressing gag. In: MEETING OF THE BRAZILIAN SOCIETY OF IMMUNOLOGY, 30., 2005, Águas de São Pedro.

__. Recombinant viruses as vaccines against viral disease. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, v.38, p.509-522, 2005.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Elza Salvatori Berquó, Regina Maria Barbosa
Instituição:
CEBRAP - Centro Brasileiro de Análise e Planejamento.
Período de Vigência:
1998 - 1999
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Nepo/Unicamp.
Introdução e Justificativa:
Estudo que analisa a aceitabilidade do condom entre usuárias do SUS, visando subsidiar o PN-DST/AIDS quanto à ampliação da oferta do preservativo feminino na rede pública, como alternativa às formas de prevenção de DST/aids, gravidez não planejada e promoção de práticas de sexo seguro. Identifica as principais motivações das mulheres para seu uso, dentre as quais destacam-se a prevenção às DST e a possibilidade de ser também um método anticoncepcional. A intenção do uso leva em conta a idade, escolaridade, número de parceiros e outras variáveis socioeconômicas.
Objetivos:
Analisar a aceitabilidade do preservativo feminino. Identificar motivos para seu uso e não uso e subsidiar o PN-DST/AIDS na ampliação da oferta do preservativo feminino nos serviços de saúde.
Materiais e Métodos:
Estudo longitudinal de avaliação da aceitabilidade do preservativo feminino, com intervenção inicial e recrutamento voluntário entre usuárias da rede básica de serviços de saúde da mulher do SUS, em seis cidades brasileiras. Os critérios de inclusão para seleção da amostra foram: ter iniciado a vida sexual; ter no mínimo 18 anos; não estar grávida, e não desejar engravidar nos próximos seis meses, além de querer participar de todas as fases do estudo. A amostra incorporou um total de 2.453, sendo caracterizada por mulheres com média de idade de 31 anos, e das quais 59,9% consideram-se pobres ou muito pobres, com um perfil reprodutivo de um a dois filhos vivos. O estudo foi desenhado em três fases: recrutamento, seguimento aos 15 dias e seguimento aos 90 dias. Em cada uma, foi aplicado um questionário e, no total, foram realizadas 1.329 visitas domiciliares.
Resultados - Parciais ou Finais:
As medidas de aceitabilidade para o estudo foram de: 80,2% para os primeiros 15 dias de observação; 82,7% para o segundo Período de observação 1590 e 70,1% para o Período total de 90 dias. A variável que teve maior impacto sobre a aceitabilidade feminina foi o uso anterior de preservativo masculino. Dentre as mulheres que usaram preservativo feminino, 93,3% acharam alguma vantagem no método, sendo a mais apontada a proteção contra as DST. Das 47,5% que apontaram alguma desvantagem, a mais citada foi o manuseio trabalhoso e a estética. O uso de preservativo feminino, na última relação sexual, foi apontado por 38,8% das mulheres. Ao final do estudo, 419 mulheres (22,7%) não quiseram manter seu uso, alegando motivos tais como: não ter gostado; recusa do parceiro em 34,7% dos casos; e por achar não necessitar de proteção. Um percentual de 98,7% das mulheres achou ter recebido dos serviços informações suficientes para o uso. No entanto, 37,1% das mulheres enfrentaram alguma dificuldade para a colocação. No geral, as conclusões do estudo são positivas, considerando-se as taxas de uso e aceitabilidade do preservativo feminino.
Palavras-Chave:
Preservativo feminino. Aceitabilidade. Estudos longitudinais.
Divulgação e/ou Publicações:

BARBOSA, R.M.; KALCKMANN, S.; BERQUÓ, E.S. Dupla Proteção e o uso do preservativo feminino e masculino: uma estratégia viável?. In: CONGRESSO DE SAÚDE COLETIVA, 6., 2000, Salvador. Proceedings... Rio de Janeiro: Abrasco, 2000. v.5, p.336.

BARBOSA, R.M.; UZIEL, A.P.; BERQUÓ, E.S. Introducing the female condom in public health settings: from research to policy. In: INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 13., 2000, Durban. Proceedings... Durban-South Africa: International AIDS Society, 2000. v.1, p.234.

KALCKMANN, S.; BARBOSA, R.M.; BERQUÓ, E.S. How health care providers and health services influences the accept-ability of the female condom. In: INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 13., 2000, Durban. Proceedings... Durban-South Africa: International AIDS Society, 2000. v.1, p.234-235.

__. Modelos de atenção à saúde e sua interferência na aceitabilidade do condom feminino. In: CONGRESSO DE SAÚDE COLETIVA, 6., 2000, Salvador. Proceedings... Rio de Janeiro: Abrasco, 2000. v.5, p.337-338.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Denise da Rocha Tourinho
Instituição:
Universidade Federal da Bahia, Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão (Fapex).
Período de Vigência:
1999 - 2000
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Estudo que busca conhecer o perfil psicossocial e cultural dos indivíduos que estão cumprindo pena em sistema de cárcere fechado a fim de subsidiar ações de prevenção no sistema carcerário. Está composto de inquéritos sorológico, quantitativo e qualitativo, os quais buscam revelar as principais características do presidiário, bem como de sua companheira.
Objetivos:
Criar uma base de informações que seja útil à reformulação das medidas de assistência, prevenção e controle do HIV/aids, para o sistema penitenciário da Bahia, bem como ao desenvolvimento de novas medidas específicas para a população carcerária.
Materiais e Métodos:
A Penitenciária Lemos Brito (PLB), integrante do Departamento de Assuntos Penais da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado da Bahia (SJDHBA), é a maior prisão do estado e abriga condenados em regime fechado de aprisionamento. Supondo-se a prevalência de uso de preservativo de 10% nesse tipo de população, o cálculo da amostra é de 139 internos, com um erro alfa= 5%. Estimando-se perda de 25 a 30%, aumentou-se a amostra para 200 internos. Critério de inclusão: Os sujeitos de pesquisa foram sorteados aleatoriamente pelo número de matrícula da unidade, desde que o interno tivesse ainda 12 meses de pena a cumprir antes de atingir o requisito temporal para solicitar qualquer benefício jurídico que o permitisse deixar a PLB, para que não houvesse perda na pesquisa. A pesquisa foi dividida em quatro módulos. No primeiro módulo, foram coletadas amostras de urina de sentenciados voluntários, para fins de exame laboratorial da infecção pelo HIV, a qual demonstrou a proporção de sentenciados infectados. No segundo módulo, foi aplicado o instrumento de pesquisa (entrevistas fechadas), com o qual estimou-se a proporção dos presos que adotavam o comportamento sexual de risco, como o não uso de preservativo nas relações sexuais e o compartilhamento de agulhas e seringas no uso de drogas injetáveis. O terceiro módulo referiu-se à abordagem qualitativa por meio de entrevistas em profundidade, semi-estruturadas. Foram aplicadas a 30 dos 200 internos, selecionados aleatoriamente. O quarto módulo foi composto de grupos focais com as companheiras de sentenciados, cadastradas para “encontros íntimos”, por meio dos quais pretendeu-se avaliar o impacto das intervenções junto às companheiras no que se refere à prevenção do HIV/aids dos sentenciados.
Palavras-Chave:
Sistema penitenciário. Uso de preservativos. HIV. Aids. DST. Compartilhamento de agulhas e seringas. Fatores psicossociais. Fatores culturais.
Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Inês Battistella Nemes
Instituição:
Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Preventiva.
Período de Vigência:
2000 – 2001
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Trata-se de uma pesquisa avaliativa que objetivou analisar a qualidade da assistência prestada a pessoas que vivem com HIV/aids nos ambulatórios do sistema público de saúde. Os serviços foram analisados do ponto de vista das suas principais características institucionais e dimensões da qualidade do cuidado, de modo a estabelecer um perfil geral da qualidade do processo de assistência. A principal finalidade do projeto é fornecer a todos os níveis do PN-DST/AIDS instrumentos que permitam otimizar as intervenções para aprimorar a qualidade da assistência e aumentar a aderência ao tratamento, bem como estabelecer padrões de qualidade factíveis para os diversos tipos institucionais que integram o Programa Nacional.
Objetivos:
Avaliar a qualidade da assistência ambulatorial nos serviços públicos brasileiros de atenção à aids; Identificar, dimensionar e conhecer as principais características da estrutura e do processo do cuidado aos portadores de aids no nível ambulatorial; Estabelecer os indicadores de qualidade da estrutura e processo do cuidado; Estabelecer um perfil dos serviços estratificados mediante características da qualidade do processo do cuidado; Ampliar a capacidade de intervenção dos diferentes níveis do PN-DST/AIDS na melhoria da qualidade da assistência; Fornecer elementos que orientem estudos posteriores que relacionem a qualidade do processo da assistência a resultados e impactos esperados pelo Programa.
Materiais e Métodos:
As equipes dos serviços responderam a 112 questões estruturadas, que descrevem as características do serviço prestado, disponibilidade de recursos e de gerenciamento. Grupos focais e estudo piloto em 20 serviços definiram o questionário. As respostas foram classificadas em três escores: zero (baixo), 1 (médio) e 2 (alto). Os serviços foram classificados de acordo com as médias de todas as variáveis e foram agrupados com base na técnica “Kmeans Cluster Analysis”. A análise foi validada por comparação com avaliação qualitativa realizada previamente em 27 serviços.
Resultados - Parciais ou Finais:
O conjunto dos serviços obteve médias altas nos indicadores de disponibilidades de medicamentos, testes laboratoriais e recursos humanos. Os indicadores de processo do cuidado e a gerência técnica têm médias baixas. A média geral dos serviços foi 1,128 (56% do máximo), a menor foi 0,563 (28%) e a maior, 1,680 (84%). A análise das médias distinguiu quatro grupos de qualidade. O melhor grupo inclui 76 serviços (23,6%), o segundo, 53 (16,4%), o terceiro, 113 (35%) e o pior, 80 (24,8%). Os resultados foram amplamente divulgados entre administradores e profissionais do PN-DST/AIDS. O modelo de análise será utilizado para desenvolver um instrumento de auto-avaliação disponível na internet para auxiliar os gerentes a monitorar a qualidade do cuidado em todo o país.
Palavras-Chave:
Avaliação da qualidade do processo de cuidado a saúde.
Divulgação e/ou Publicações:

MELCHIOR, R. et al. Avaliação da Estrutura Organizacional da Assistência Ambulatorial em HIV/Aids. Revista de Saúde Pública, São Paulo, 2005 (no prelo).

NEMES, M.I.B. et al. A Qualidade da assistência ambulatorial do SUS às pessoas vivendo com aids no Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA, 7., 2003, Brasília. Proceedings... Brasília: Brasil, 2003.

__. Avaliação da Qualidade da Assistência no Programa de Aids: questões para investigação em serviços de saúde no Brasil. Cad Saúde Pública, Rio de Janeiro, n.20, supp 2, p.S310-S321, 2004.

__. Evaluation of Quality of Care of PLWHA in Brazil. In: FORO 2003 - FORO EN VIH/SIDA/ITS EN AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE, 2., 2003, Havana. Proceedings... Havana-Cuba: Foro 2003. v.1, p.54.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Hillegonda Maria Dutilh Novaes
Instituição:
Fundação Faculdade de Medicina.
Período de Vigência:
1999 - 2002
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Faculdade de Medicina/USP; Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública/USP; Fundação Getúlio Vargas/FGV-SP; Departamento de Medicina Social da Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa/SP; Fapesp.
Introdução e Justificativa:
O estudo é um dos três subprojetos que compõem a pesquisa “Novos Modelos de Assistência à Saúde: Avaliação do Programa de Saúde da Família no Município de São Paulo”, que tem por objetivo realizar uma avaliação de implantação dos programas, identificar as necessidades de saúde e consumo de serviços da população das áreas cobertas pelos programas e o impacto sobre os níveis de saúde da população atendida. Este projeto, especificamente, tem por objetivo explorar como vem se dando a inserção nas práticas desenvolvidas das questões relativas às DST e aids, em um contexto de perfil epidemiológico de alta incidência e prevalência e uma “tradição” de atuação do setor público. Mais recentemente, busca-se desenvolver articulações dos programas de DST/aids com programas de atenção primária, ao reconhecer que as ações específicas para a atuação sobre estes problemas, principalmente as práticas de prevenção, detecção precoce e apoio psicossocial, podem obter um maior impacto e oferecer uma relação custo–benefício mais favorável quando inseridas em um programa de atenção integral à saúde.
Objetivos:
Avaliar as práticas relativas às DST e aids nos Programas de Saúde da Família no Município de São Paulo, os Programas Qualis 1 e 2, implantados pela Secretaria do Estado da São Paulo em áreas das regiões Leste, Norte e Sudeste, em convênio com organizações sociais (Hospital Santa Marcelina e Fundação Zerbini); Conhecer as práticas educativas, preventivas e curativas relativas às DST e aids, na condição de parte de programas de saúde que têm como proposta nuclear o desenvolvimento de uma atenção integral às famílias adscritas aos mesmos, com ações gerais e específicas de natureza educativa, preventiva, curativa, de reabilitação, ambiental e intersetorial, através da atuação de equipes de saúde da família (médico, enfermeira, auxiliar de enfermagem e agente de saúde comunitária), médicos especialistas e equipes de saúde bucal e mental; Identificar e conhecer as necessidades de saúde da população atendida pelos Qualis e da população não atendida da mesma região, através da caracterização de sua situação de saúde e condições de vida com detalhamento para o acesso de serviços de saúde, incluídas as DST e aids; Dimensionar o impacto dos programas sobre a situação de saúde da população atendida pelos Qualis, através do desen-volvimento de estudos de custo–efetividade para condições de saúde selecionadas consideradas traçadora o conjunto das atividades desenvolvidas, com inclusão das DST e aids.
Materiais e Métodos:
Revisão sistemática da literatura internacional e nacional, e busca ativa dos documentos existentes, nacionais, regionais e locais, relativos a programas de saúde da família em geral e aos Qualis em particular, bem como materiais produzidos para os treinamentos emateriais educativos para distribuição à população. Foram identificadas as principais categorias de atores que participaram das definições estratégicas dos projetos, sua implantação inicial e aqueles que participavam no momento da pesquisa nas suas diversas dimensões, políticas, organizacionais e técnicas – formuladores, gestores, gerentes, médicos de família e especialistas, enfermeiras, dentistas, auxiliares de enfermagem e de saúde bucal e agentes de saúde. Foram selecionados, a partir de critérios predefinidos, unidades e pessoas a serem entrevistadas e realizadas, entrevistas semi-estruturadas, com roteiro que contemplam questões comuns e específicas para as diversas catego-rias. Foi feita análise das entrevistas com metodologias qualitativas, tanto de discurso, ou temáticas, como de conteúdo e observado o trabalho de profissionais selecionados, com ênfase para os agentes de saúde. Foram analisados os dados produzidos pelos programas quanto à caracterização da população, dos profissionais das unidades e das atividades desenvolvidas, bem como as informações existentes relativas aos gastos e indicadores gerais de monitoramento adotados, buscando a construção de agrupamentos, coeficientes e índices que pudessem indicar os processos de organização das atividades desenvolvidas nas unidades e pelo conjunto dos programas. Foi identificada a presença de serviços públicos e privados de atenção primária, secundária e terciária nas regiões. Para a realização das análises comparativas das formas de atenção à saúde (PSF/nPSF), buscou-se estudar os dados existentes nos sistemas de informação (PSF, Secretaria do Planejamento, Siab, SIA/SUS, SIH/SUS, SIM, Sinasc). As informações disponíveis não se mostraram suficientes e, após a elaboração de critérios e indicadores de referência para a caracterização do cuidado considerado adequado para problemas de saúde selecionados, foi proposta a coleta de dados primários nas unidades básicas, para a viabilização de estudos de custo-efetividade. Estes não podem ser viabilizados até que a coleta dos dados seja autorizada pelos gestores dos programas PSF. Foi realizado inquérito populacional com amostra representativa da população coberta e não coberta pelos Programas PSF em dois distritos, aplicando-se questionário desenvolvido para esse inquérito, com caracterização socioeconômica das famílias, perfil de morbidade referida geral e específica para problemas selecionados (doenças crônicas, conhecimentos e práticas em DST e aids, transtornos mentais, qualidade de vida, etc.), que pode ser concluído de forma satisfatória, com posterior digitação, construção de bancos de dados e validação dos mesmos.
Resultados - Parciais ou Finais:
Os resultados da análise temática geral das entrevistas com os gestores e profissionais dos programas foram organizados em uma matriz analítica considerando-se quatro grandes categorias de análise: visão pessoal, características do programa, vantagens (ou qualidades) e dificuldades (ou problemas), o que permitiu diferenciar as principais concepções dos diferentes atores. A seguir foi feita uma segunda análise das entrevistas, para a identificação da presença da questão das DST e aids no cotidiano do programa, o que permitiu visualizar a presença reduzida dessa problemática nas práticas dos profissionais, voltadas para prioridades mais integradas ao discurso geral do PSF, evidenciando uma baixa integração naquele momento entre esse programa e o Programa DST e Aids. O inquérito populacional que permitiu a identificação de uma maior equidade no acesso à atenção primária, na população coberta pelo Qualis, não revelou uma diferença significativa no conhecimento sobre DST e aids e de testagem para o HIV entre a população coberta e não coberta pelo Qualis, mantendo-se a presença dos fatores socioeconômicos e sociais como significativos para a sua diferenciação.
Conclusões:
GOLDBAUM, M. et al. Utilização de serviços de saúde em áreas cobertas pelo programa de saúde da família (Qualis) no Município de São Paulo. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.39, n.1, p.90-99, 2005. SILVA, J.A.; DALMASO, A.S.W. Agente Comunitário de Saúde: o ser, o saber, o fazer. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2002.
Palavras-Chave:
Programas de prevenção DST e aids. Promoção à saúde. Programa de Saúde da Família. Atenção Primária em saúde.
Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Set/2001
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Anna Maria Azevedo Simões
Instituição:
Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Centro Estadual de Tratamento e Reabilitação de Adictos – Centra-Rio/SES.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Fiocruz; University of Pennsylvania; Hospital São Francisco de Assis; Instituto São Sebastião/SES.
Introdução e Justificativa:
Objetivando testar e implementar uma nova tecnologia de coleta de dados referentes a comportamentos de risco entre usuários de drogas, até então nunca avaliados no Brasil, realizamos um estudo que pudesse avaliar a modalidade de entrevista com o auxílio de áudio e computador, denominada ACASI (do original inglês Audio Computer Self Assisted Interview). Um estudo clínico randomizado, comparando o ACASI e entrevistas que utilizam um entrevistador face a face nos propiciou a oportunidade inédita de utilizar o ACASI no Brasil, no contexto de um centro de tratamento para o uso de drogas, comparando-se, então, os resultados obtidos por esses dois métodos de entrevista e estudos clínicos similares, na literatura internacional. A habilidade em lidar com uma nova tecnologia, muitas vezes considerada como sofisticada para nossa população, foi avaliada em um estudo específico de aceitabilidade.
Objetivos:
Reduzir a disseminação do HIV e outras doenças de transmissão sexual e parenteral entre usuários de drogas; Implementar nova tecnologia de coleta de dados (audiovisual) sobre comportamentos de risco relacionados ao consumo de drogas, injetáveis ou não, e práticas sexuais; Avaliar a aceitação do ACASI no contexto de um país em desenvolvimento e identificar dados de prevalência de HIV, hepatites B/C e sífilis.
Materiais e Métodos:
Todos os pacientes novos do CentraRio foram encaminhados para um pesquisador. Após explanação sobre os objetivos e procedimentos do estudo, e ainda após assinar o termo de consentimento informado, que foi lido para o participante, este foi solicitado a responder o questionário de avaliação de comportamento de risco na forma computadorizada em um computador portátil ou responder ao mesmo questionário na presença de um entrevistador, em uma randomização. Após responder ao questionário, o paciente foi agendado para a primeira oficina de aconselhamento e coleta de sangue para testagem de HIV, hepatites B e C e sífilis (com assinatura de um consentimento específico para testagem do sangue). Ao final de cada oficina foram ofertados preservativos masculinos e femininos e os kits de agulhas e seringas como troca. Os que testaram positivos para qualquer DST foram encaminhados para tratamentos específicos. Um questionário de aceitabilidade, na forma de auto-preenchimento foi respondido por aqueles que foram alocados para a forma computadorizada da avaliação de comportamento de risco.
Resultados - Parciais ou Finais:
O estudo clínico randomizado, comparando o ACASI e entrevistas face a face, abrangeu 735 usuários de drogas. Dos 735 pacientes entrevistados, 367 responderam ao ACASI e 368 à entrevista face a face. Não foram evidenciadas diferenças significativas com relação às características sociodemográficas nos dois braços. Por outro lado, os entrevistados pelo ACASI reportaram mais freqüentemente ao uso de drogas e comportamentos sexuais de risco. Entre dez substâncias psi-coativas pesquisadas, sete foram mais freqüentemente relatadas por meio do método ACASI, mensurado através de odds ratio (ORs), e respectivos intervalos de confiança. As prevalências de práticas sexuais de risco (sexo comercial e relação homossexual masculina) também foram mais freqüentemente relatadas entre os respondentes do método ACASI. No estudo da aceitação as dificuldades apontadas foram pouco freqüentes (referidas por
Palavras-Chave:
ACASI. Uso de drogas. HIV. Aids. Infecção sexualmente transmissível. Comportamento de risco.
Divulgação e/ou Publicações:

SIMOES, A.M. A randomized trial of audio computer self interview (ACASI) and face to face to assess risk among drug and alcohol users entering treatment in Rio de Janeiro, Brazil (oral communication). In: IAS CONFERENCE ON HIV PATHOGENESIS AND TREATMENT, 3., 2005.

SIMOES, A. M.; BASTOS, F.I. “Audio Computer Assisted Interview: a new technology in the assessment of sexually transmitted diseases, HIV, and drug use” (in Portuguese). Cad Saúde Publica, Rio de Janeiro, v.20, n.5, p.1169-1181, Sept-Oct 2004.

SIMOES, A.M. et al. Acceptability of audio assisted computer self interview (ACASI) among substance abusers seeking for treatment in Rio de Janeiro, Brazil. Drug and Alchol Dependence, 2005. Aceito para publicação.

__.Assessing risk behaviors and prevalence of HIV, HBV, HCV, and syphilis among substance users seeking treatment in Rio de Janeiro, Brazil: a window of opportunity (accepted). In: INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 15., 2004, Bangkok.

__. A randomized trial of audio computer assisted self interview (ACASI) and face to face to assess risk among drug and alcohol users entering treatment in Rio de Janeiro, Brazil. Journal of Substance Abuse Treatment, 2005. Aceito para publicação.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Carlos Roberto Brites Alves
Instituição:
Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina.
Período de Vigência:
2002 - 2004
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Creaids; Hospital Universitário Prof. Edgard Santos.
Introdução e Justificativa:
O estudo teve por objetivo desenvolver, implementar e avaliar um programa educacional sobre a aderência à terapia anti-retroviral atingindo pacientes HIV+ sem tratamento ARV prévio em uma Instituição governamental em Salvador, Bahia.
Objetivos:
Desenvolver, implementar e avaliar um programa educacional de aderência às drogas anti-HIV, atingindo pacientes sem terapia ARV prévia em uma Instituição governamental em Salvador, Bahia.
Materiais e Métodos:
Os pacientes participaram de sessões educacionais sobre aderência à terapia ARV com videotape ou aulas conferência seguidas de discussão em grupo (com especialistas de diversas áreas) sobre possíveis problemas relacionados à não-adesão, e cinco estratégias para resolver ou reduzir tais problemas. Para avaliar mudanças na adesão às drogas ARV, os pacientes foram seguidos longitudinalmente, de maneira confidencial, durante um período de seis meses. Durante esse período, foi realizada a coleta de dados: no início do estudo, no final da intervenção (3 meses após o início do estudo) e 3 meses após o final da intervenção (6 meses após o início do estudo). A contagem de CD4, medidas da carga viral (0,3 e 6 meses) e genotipagem (início e final do estudo) foram as principais variáveis biológicas a serem consideradas. Entrevistas estruturadas também foram realizadas, em cada momento, para avaliar mudanças qualitativas e quantitativas no uso das drogas ARV (variáveis secundárias).
Resultados - Parciais ou Finais:
As duas abordagens mostraram-se eficazes em melhorar a adesão à TARV. Falta de apoio social e uso de drogas (lícitas ou não) foram os principais determinantes de baixa adesão.
Palavras-Chave:
HIV. Anti-retrovirais. Adesão. Tratamento.
Divulgação e/ou Publicações:

BRITES, C. et al. Evaluation of two different strategies to prevent failure to HAART in Brazilian patients with AIDS. In: INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 15., 2004, Bangkok. Proceedings... Bangkok: International AIDS Society, 2004. Abstract WePeB5837.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Abr/2002
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Stela Maris de Mello Padoin
Instituição:
Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem, Programa Aids, Educação e Cidadania: uma proposta de promoção à saúde e à qualidade de vida. Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem e Saúde – Gepes.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Departamento de Estatística e Curso de Medicina da UFSM; Fundação de Atendimento Socioeducativo, RS.
Introdução e Justificativa:
Em função da problemática das DST/HIV/aids na população de adolescentes e adultos jovens, e a escassez de pesquisas sobre esse tema, é fundamental identificar pelos estudos quais são os fatores de risco, as variáveis biopsicossociais, os indicadores de vulnerabilidade e os níveis de conhecimento em relação ao tema. Para tal avaliação, a pesquisa propôs-se à comparação da vulnerabilidade a agentes infecciosos transmissíveis pelo ato sexual e pelo uso indevido de drogas entre populações de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e de escolares em Santa Maria-RS. Portanto, delimitaram-se três grupos para comparação, totalizando 581 adolescentes, foram realizadas oficinas de educação preventiva nos locais de coleta de dados e avaliação das mesmas, envolvendo três unidades da Fase/RS (antes Febem) e cinco escolas.
Objetivos:
Comparar o padrão de vulnerabilidade entre a população de adolescentes internos em unidades da Fase, Case e Casemi de Santa Maria-RS e Casef de Porto Alegre-RS, com uma população de adolescentes escolares da mesma faixa etária do ensino fundamental e médio de escolas públicas e particulares da comunidade de Santa Maria-RS, avaliando também o padrão de vulnerabilidade de profissionais da Fase envolvidos com a educação desses jovens em relação às DST, HIV e aids.
Materiais e Métodos:
As instituições envolvidas são cinco escolas de ensino fundamental e médio da rede pública, uma da rede particular do município de Santa Maria-RS, três unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Sul (Fase/RS), a saber: Case Santa Maria (regime de privação de liberdade, população masculina), Casemi-Santa Maria (regime de semiliberdade, população masculina) e Casef-Porto Alegre (privação de liberdade, população feminina). Foram 581 adolescentes pesquisados e que participaram das ações de educação preventiva e coleta de dados, além de outros que participaram das atividades de educação, não participando porém da coleta de dados (estes não compõem a análise). Dos entrevistados 95 (16,35%) eram do GA, 380 (65,40%) do GB, 59 (10,15%) do GC e 47 (8,09%) do GE. Nas unidades da Fase, após o esclarecimento dos adolescentes e sua seleção, houve a coleta do TCLE; o protocolo de pesquisa foi produzido medianteentrevista individual nos dormitórios; após, havia as ações educativas em forma de oficina, em grupos; seguindo a seguinte proposta: Oficina sobre HIV/aids; DSTs; aparelhos reprodutores e métodos anticoncepcionais; sexualidade; uso indevido de drogas. Após as oficinas, organizava-se a entrevista individual em cada dormitório (pós-teste); foram 28 oficinas; 95 adolescentes cumprindo medidas socioeducativas dos quais 65 concluíram as atividades do pós-teste. Nas escolas foram 116 oficinas em seis escolas, com 439 escolares dentre os quais 359 concluíram as atividades com a aplicação do pós-teste. Dessa forma, analisaram-se diferentes aspectos que interferem na vulnerabilidade individual e social de determinada população, sendo feita análise comparativa dos dados obtidos mais especificamente no pré­teste que ressaltasse a limitação do protocolo para se analisar o plano de vulnerabilidade programática. A coleta de dados buscou conhecer situação socioeconômica, acesso à informação, conhecimento, comportamento, exposição (fatores de risco) e testagem.
Resultados - Parciais ou Finais:
No que se refere à idade, temos no GA, de 13 a 20 anos; no GB, de 12 a 20 anos; no GC, de 14 a 19 anos. As principais dúvidas em relação à transmissão do HIV centram-se na via sexual, sendo alguns termos confundidos ou não entendidos corretamente. A TMI é outro fator pouco conhecido pelos jovens; mais de 90% dos entrevistados não conhecem o termo janela imunológica ou não sabem explicá­lo. A respeito da experiência sexual, enquanto 96,84% dos jovens da Fase (GA) afirmaram já terem tido relações, apenas 31,32% dos estudantes de escolas públicas (GB), e 59,32% de escolas particulares (GC) tiveram alguma experiência sexual. Dos adolescentes sexualmente ativos, 88,04% do GA e 69,75% do GB tiveram sua primeira relação sexual antes dos 15 anos. No GC - 65,71%, tiveram essa primeira experiência sexual entre 15 e 21 anos. O número de adolescentes que já tiveram relações sexuais sem o uso de preservativos foi: 85,87% do GA, 52,94% do GB e 45,71% do GC. Quanto à percepção de invulnerabilidade: GA - 31,91%; GB - 42,37% e GC - 32,20% consideraram-se invulneráveis ao HIV. O uso de drogas intravenosas foi referido por 10,26% dos adolescentes do GA e 6,45% do GB; nenhum dos estudantes de escolas particulares referiu uso desse tipo de drogas; 3,74% dos usuários do GA referiram ter compartilhado agulhas e seringas, o que aconteceu com 6,45% do GB. Com relação às bebidas alcoólicas: no GA 51,58% referiram consumo semanal, no GB, 12,37% e no GC, 44,07%. Com relação ao acesso a serviços de saúde, quando necessitam de informações sobre HIV/DST/aids, 46,32% dos adolescentes do GA afirmaram que já procuraram e tiveram acesso, sendo que 51,90% fizeram-no por sistemas públicos de saúde. No GB, 22,11% tiveram acesso, e a maioria também por serviços públicos. No GC, 20,34% referiram que procuraram e tiveram acesso sendo que a maioria em serviços privados de saúde.
Palavras-Chave:
Vulnerabilidade. HIV. Aids. Adolescentes. Medidas socioeducativas. Educação preventiva.
Divulgação e/ou Publicações:

PADOIN, S.; CARMO, D.R.P.; LOPES, L.F.D. Avaliação do padrão da vulnerabilidade para infecção do HIV e outras DSTs, comparando adolescentes cumprindo medidas socioeducativas em uma unidade de atendimento da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), com escolares de Santa Maria. In: FÓRUM AIDS E DROGAS, MOSTRA EM HIV/AIDS DA REGIAO CENTRO RS, 3./2., 2002, Santa Maria.

__. Avaliação do padrão de vulnerabilidade para infecção de HIV e outras DSTs, comparando adolescentes cumprindo medidas socioeducativas em Unidades da Fase, com escolas de Santa Maria-RS. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCADORES NA PREVENÇÃO DE DSTs, AIDS E DROGAS, 7., 2003, São Paulo.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Eliana Martorano Amaral
Instituição:
Unicamp – Universidade de Campinas, Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (Funcamp).
Período de Vigência:
2000-2002
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Trata-se de uma pesquisa com o objetivo de estudar a aceitabilidade, adesão e consistência do uso da camisinha feminina em grupo de mulheres infectadas pelo HIV que fazem acompanhamento ginecológico no Ambulatório de Infecção Genital II – Caism/Unicamp.
Objetivos:
Avaliar a aceitabilidade, a adesão e a experiência com o uso de condom feminino entre mulheres infectadas pelo HIV.
Materiais e Métodos:
Estudo descritivo prospectivo com 76 mulheres infectadas pelo HIV atendidas no Caism/Unicamp e no Centro Corsini de Campinas. Após entrevista de triagem concordando em participar, as voluntárias receberam calendário para registro das relações sexuais e uso de condom masculino. Após 30 dias, compareceram à visita de treinamento sobre a colocação do condom feminino em modelo pélvico, trazendo o diário do ciclo anterior, considerado controle. Aplicou-se questionário estruturado após 30, 60, e 90 dias, recolhendo-se sempre o diário de registros das relações sexuais e uso de condom feminino e masculino. Usaram-se os testes de X², exato de Fisher, McNemar e Friedman para amostras emparelhadas na análise estatística.
Resultados - Parciais ou Finais:
Predominaram as mulheres jovens, de baixa escolaridade, que moravam com o parceiro. Observou-se taxa de continuidade de uso de 52%, ao longo de 90 dias. O uso de condom feminino em metade das relações sexuais, em cada período de estudo, permaneceu estável nos 90 dias. Houve significativa diminuição da proporção média das relações sexuais desprotegidas (de 14% para 6%), sem uso de condom masculino ou feminino, aos 90 dias. As dificuldades iniciais no manuseio do condom feminino foram superadas com o tempo. Os casais sorodiscordantes tiveram maior proporção de relações protegidas que os casais soroconcordantes, porém a diferença não foi significativa. As mulheres que relataram uso prévio consistente de condom masculino apresentaram número significantemente maior de relações protegidas com condom feminino. Concluiu-se que a oferta do condom feminino foi capaz de reduzir as relações sexuais desprotegidas entre mulheres infectadas pelo HIV, que se mostraram motivadas e receptivas a esse método.
Palavras-Chave:
Camisinha feminina. Condom feminino. Mulheres. HIV. Anticoncepção. Prevenção.
Divulgação e/ou Publicações:

MAGALHÃES, J. Avaliação do condom feminino em mulheres vivendo com o HIV. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, 2001.

MAGALHÃES, J. et al. Caracterização das mulheres vivendo com HIV que usam camisinha feminina. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO EM DST E AIDS, 4., 2001, Brasília.

MAGALHÃES, J.; ROSSI, A.S.; AMARAL, E. Uso de condom feminino por mulheres infectadas pelo HIV. RBGO, v.25, n.6, p.389-395, 2003.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Zélia Freire Caldeira
Instituição:
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad), Sociedade de Estudos e Pesquisas em Drogadição.
Período de Vigência:
1999 - 2000
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
PN-DST/AIDS do Ministério da Saúde; Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro; Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.
Introdução e Justificativa:
Foi desenvolvido um estudo, do tipo transversal (inquérito epidemiológico) sobre a prevalência do consumo de drogas lícitas e ilícitas numa amostra representativa da população de estudantes de 1º e 2º graus, regularmente matriculados em escolas públicas do Rio de Janeiro. Buscou-se, também, aferir os níveis de conhecimentos gerais da amostra estudada, em relação a aids e outras DST, além de suas crenças e atitudes acerca dessas doenças.
Objetivos:
Identificar a presença de possíveis associações entre: freqüência de uso de drogas, atividade sexual, nível de informação sobre aids e outras DST, variáveis sociodemográficas e outras; Apresentar um diagnóstico da situação, com vistas a dar subsídios para um amplo projeto de prevenção ao abuso de drogas e à aids, voltado para a população escolar do Rio de Janeiro.
Materiais e Métodos:
No estudo transversal, buscou-se estimar a prevalência do consumo de drogas lícitas e ilícitas em um momento qualquer da vida (lifetime prevalence) e nos 30 dias que antecederam a investigação. Considerando-se uma estimativa de prevalência entre 3 e 5% de consumo ao longo da vida (ALV) de qualquer droga, na população de 12 a 15 anos, e um erro amostral de 1%, uma amostra de 1.810 estudantes seria adequada. Com essa amostra seria possível detectarmos diferen-ças de até 5%, se uma delas chegasse a 10%, com um poder de teste de 90% e nível de significância de 5%. A amostra de “n” igual a 3.139 estudantes, quando um “n” de no mínimo 2.000 era recomendado, seguramente incrementou o poder de análise. Assim, a amostra foi dividida pelas escolas, levando-se em consideração aquelas com maior número de alunos matriculados. A amostra também foi subdividida por turmas, aleatoriamente, a fim de torná­la mais representativa. O instrumento aplicado foi um questionário do tipo fechado, de auto-preenchimento, elaborado com base no Consup (Consumo de Substâncias Psicoativas – baseado nos instrumentos padronizados criados pelas Nações Unidas para estudos desse tipo).
Resultados - Parciais ou Finais:
Com relação ao consumo de drogas, tivemos os seguintes resultados: Uso ao Longo da Vida (ALV) – Álcool: 77%; Tabaco: 34,9%; Solventes/Inalantes: 9,2%; Tranqüilizantes: 7,1%; Maconha: 6,3%; Cocaína: 1,9%. Uso nos Últimos Trinta Dias (UTD) – Álcool: 19,5%; Tabaco: 4,6%; Solventes/Inalantes: 2,8%; Tranqüilizantes: 1,6%; Maconha: 2,0%;Cocaína: 0,6%. A idade média de início de consumo variou entre 12 e 13,8 anos. No que se refere ao comportamento e atitudes com relação às DST/aids, 87,6% responderam que lembravam de alguma campanha sobre aids, sendo que 22,8% disseram não ter entendido completamente as mensagens veiculadas. Sendo a média etária dos entrevistados de 14,57 anos, 28,7% destes referiram atividade sexual no último semestre e 37,2% alguma vez na vida. Quanto ao n° de parceiros, tivemos os seguintes resultados: Nenhum: 62,8%; um parceiro: 14,6%; dois a três parceiros: 10,3%; quatro ou mais: 12,3%. A idade média da primeira relação sexual ficou em torno de 12,6 anos (sd= 2.41). Ocorrência de DST na amostra: Tricomoníase: 6,8%; Herpes: 3,1%; Gonorréia: 2,2%; Sífilis: 1,6%; Condiloma: 1%; Candidíase: 0,9%; Cancro: 0,7%. Sobre o risco de se contaminarem com o vírus da aids, 50,8% disse não correr qualquer risco; 26,4% disse correr algum risco e 22,8% disse ter dúvidas sobre esta possibilidade.
Palavras-Chave:
Drogas. DST. Aids. Estudantes.
Divulgação e/ou Publicações:

CALDEIRA, Z.F. Prevenção Ideal X Prevenção Possível (apresentação oral). In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE AS TOXICOMANIAS, 3., 2000, Rio de Janeiro.

__. Prevenção Ideal versus Prevenção Possível. In: BAPTISTA, M.; INEM, C. (Orgs.). Toxicomanias: Uma Abordagem Multidisciplinar. Rio de Janeiro: Nepad/Uerj; Sette Letras, 1997.

__. Uma Proposta de Trabalho Preventivo: Da Teoria à Prática. Rio de Janeiro: CN DST/AIDS MS/UNDCP, Nepad/Uerj, 1998.

TELLES, P.R.; CALDEIRA, Z.F. The prevalence of drug use in elementary and high school students in Rio de Janeiro (oral communication: Paulo R. Telles). In: INTERNATIONAL INSTITUTE ON THE PREVENTION AND TREATMENT OF DEPENDENCIES – ICAA, 40., 1996, Amsterdam.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Terezinha do Menino Jesus Silva
Instituição:
CETREDE – Centro de Treinamento e Desenvolvimento
Período de Vigência:
1999 - 2000
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Estudo observacional do tipo transversal realizado em população de usuários da clínica de DST do Hospital Universitário da Universidade Federal do Ceará. Foram entrevistados 95 indivíduos, 69 homens e 26 mulheres. Este trabalho teve por objetivo avaliar o conhecimento sobre aids da população pesquisada, os modos de infecção e também as campanhas de prevenção de que eles se lembrariam, para que, de posse desses dados, medidas preventivas às DST/aids pudessem ser estruturadas no estado.
Objetivos:
Avaliar os conhecimentos sobre aids, atitudes e práticas sexuais dos pacientes atendidos no ambulatório de DST do Hospital Universitário do Ceará.
Materiais e Métodos:
Incluído todo paciente com idade mínima de 14 anos que procurou pela primeira vez a clínica de DST do Hospital Universitário da Universidade Federal do Ceará, no período de junho de 1998 a outubro de 1999, e que concordou em participar do estudo. Foi excluído qualquer paciente que apresentasse patologia psiquiátrica. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário aplicado antes de o paciente entrar para a consulta. No questionário eram avaliados dados sociodemográficos, conhecimentos sobre aids, atitudes, práticas sexuais e intervenções. Cada paciente era testado também quanto à correta colocação do preservativo e registrado quando e como cometeram erros no procedimento.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram estudados 95 questionários. Destes, 69 eram de homens (~28 anos) e 26 de mulheres (~31 anos). A maioria dos pacientes (68%) tinha baixos salários (
Palavras-Chave:
Conhecimentos. Práticas. Aids. DST.
Divulgação e/ou Publicações:

MAGALHÃES, F.O. et al. Conhecimentos sobre Aids, Atitudes e Práticas Sexuais dos Pacientes Atendidos no Ambulatório de DST do HUWC. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, 3., 2000, Fortaleza. Pôster: 6136.

__. Conhecimentos sobre Aids, Atitudes e Práticas Sexuais dos Pacientes Atendidos no Ambulatório de Doenças Sexualmente Transmissíveis do Hospital Universitário do Ceará. In: ENCONTRO UNIVERSITÁRIO DE INICIAÇÃO À PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, 18., 1999, Fortaleza. Pôster: 565.

Edital/Chamamento:
Acordo de Parceria de Implementação
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Alexandre Granjeiro
Instituição:
Fundação Faculdade de Medicina - FFM
Endereço:
Avenida Rebouças, 381 - Jardim Paulista - São Paulo/SP
Período de Vigência:
2017 - 2018
Situação:
Fase de encerramento
Edital/Chamamento:
Acordo de Parceria de Implementação
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Dirceu Bartolomeu Greco
Instituição:
Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa - FUNDEP
Endereço:
Av. Antônio Carlos, 6627 - Campos da UFMG Unid. Adm. II 4º Andar - Pampulha - Belo Horizonte/MG
Período de Vigência:
2018 - 2020
Situação:
Concluída
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Adalgisa de Sousa Paiva Ferreira
Instituição:
Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Endereço:
Av. dos Portugueses, 1966, Campus Universitário do Bacanga, São Luís, MA, Brasil.
Homepage:
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP).
Introdução e Justificativa:
No Brasil, as taxas de prevalência das infecções pelos vírus das hepatites B (VHB), C (VHC) e Delta (VHD) são heterogêneas.
Objetivos:
Estimar as prevalências das hepatites B, C e Delta em cinco municípios do estado do Maranhão (Axixá, Morros, Icatu, Humberto de Campos e Urbano Santos), identificando genótipos virais e fatores de risco.
Materiais e Métodos:
A amostra foi calculada para um total de 3.856 a 4.000 indivíduos com 1 ano de idade ou mais, levando-se em consideração uma prevalência de 0,5% do HBsAg (a menor entre as três estudadas) com erro absoluto de 0,3%, nível de confiança de 95%. Um questionário foi aplicado. Os soros foram testados para os marcadores HBsAg, anti-HBc, anti-HBs, anti-VHD e anti-HCV por ensaio imunoenzimático (ELISA). O VHB-DNA foi pesquisado nas amostras com HBsAg positivo, e o VHD-RNA entre aqueles com HBsAg e anti-VHD positivos, por reação em cadeia de polimerase (PCR). Genotipagem dos vírus foi feita por sequenciamento Análise multivariada de Poisson, realizada para identificar fatores de risco associados ao VHB.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram incluídos 3.983 indivíduos. A prevalência do HBsAg foi de 2.30% (92/3983) (IC 95%:1.80-2.80); 38.50% (1533/3983) (IC95%:37.00-40.00) tinham anti-HBc positivo. Foram fatores associados à presença do anti-HBc: (1) Município (P 60 anos: IRR=3.46 (IC95%:2.45-4.88), (3) Escolaridade (P
Conclusões:
Houve endemicidade intermediária do VHB na região; fatores de risco para contato com o vírus foram os tradicionais. Os genótipos virais identificados sugerem que o tráfico negreiro da África para o Maranhão, com características específicas, foram os responsáveis pela predominância de genótipos do VHB e VHD diferentes do que são tradicionalmente descritos no Brasil. Prevalência muito baixa do anti-HCV (0.1%) é compatível com outros estudos brasileiros em áreas rurais.
Palavras-Chave:
Hepatite B. Hepatite Delta – Genótipos. Maranhão.
Divulgação e/ou Publicações:

FERREIRA, Adalgisa de Souza Paiva et al. Prevalência de marcadores sorológicos do vírus da hepatite B (HBV) nos municípios de Urbano Santos, Axixá, Humberto de Campos, Morros e Icatu: resultados parciais de um estudo de base populacional. Cadernos de Pesquisa, v. 21, n. especial, p. 1-7, jul. 2014.

FERREIRA, Adalgisa de Souza Paiva et al. Mutation in the S gene a determinant of the hepatitis B virus associated with concomitant HBsAg and anti-HBs in a population in Northeastern Brazil. Journal of Medical Virology (Print), v. 89, n. 2017, p. 458-462.

SANTOS, Max Diego Cruz et al. The hepatites delta genotype 8 in Northeast Brazil: The North Atlantic slave trade as the potential route for infection. Virus Research (Print), v. 224, p. 6-11, Aug. 2016.

FERREIRA, Adalgisa de Souza Paiva et al. Sugenótipo D4 do vírus da hepatite B: soroconversão tardia do HBeAg? In: XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE HEPATOLOGIA, 2015, São Paulo. Anais... p. Tl 92. (Publicação de Trabalho/Anais).

FERREIRA, Adalgisa de Souza Paiva et al. HBsAg e anti-HBs presentes simultaneamente e uma população de portadores de hepatite B. In: XII CONGRESSO NORTE NORDESTE GASTROENTEROLOGIA, 2016, Anais. (Publicação de Trabalho/Anais).

SOUZA, Leticia Alana Barros de. Marcadores sorológicos HBsAg e antiHBc no município de Humberto de Campos, Brazil. Orientador: Adalgisa de Souza Paiva Ferreira. 2013. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Farmácia) - Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA, Brasil.

DE CAMPOS, Albuquerque Ingrid. Perfil anômalo: HBsAg e antiHBs positivos simultaneamente. 2016. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal do Maranhão Universidade Federal do Maranhão, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso. Orientador: Adalgisa de Souza Paiva Ferreira.

TELLES, Souza Marinilde. Relação entre genótipos do HBV e replicação viral. 2016. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal do Maranhão Universidade Federal do Maranhão, Fundação de Amparo à Pesquisa ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - MA. Orientador: Adalgisa de Souza Paiva Ferreira.

CORDEIRO, Bárbara da Silva. Avaliação da resposta vacinal contra a hepatite B em cinco municípios maranhenses. 2017. Bolsa FAPEMA. (Graduando em Medicina) Universidade Federal do Maranhão. Orientador: Adalgisa de Souza Paiva Ferreira.

COSTA, Ludmilla. Hepatite C em quatro municípios do Maranhão. 2013. Iniciação Científica. (Graduando em Medicina) - Universidade Federal do Maranhão. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Adalgisa de Souza Paiva Ferreira.

GONÇALVES, Isabela. Prevalência de hepatite C em quatro municípios do Maranhão. 2012. Iniciação Científica. (Graduando em Medicina) - Universidade Federal do Maranhão. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Adalgisa de Souza Paiva Ferreira.

IZIDORIO, Reinaldo. Hepatite B nos municípios de Morros, Icatu, Humberto de Campos e Axixá. 2012. Iniciação Científica. (Graduando em Medicina) - Universidade Federal do Maranhão. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Adalgisa de Souza Paiva Ferreira.

RUDINE, Juliana Alcarde. HBsAg e antiHBs presentes simultaneamente. 2015. Iniciação Científica. (Graduando em Medicina) - Universidade Federal do Maranhão. Orientador: Adalgisa de Souza Paiva Ferreira; SALGADO, Isabela. Replicação viral entre portadores do HBV: relação com genótipos. 2016. Iniciação Científica. (Graduando em Medicina) - Universidade Federal do Maranhão. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Adalgisa de Souza Paiva Ferreira.

SILVA, Diego Luz Felipe da. Prevalência de hepatites B e Delta identificados nos municípios maranhenses de Humberto de campos, Urbano Santos, Axixá, Morros e Icatu. 2017. Iniciação Científica. Bolsa FAPEMA. (Graduando em Medicina) Universidade Federal do Maranhão. Orientador: Adalgisa de Souza Paiva Ferreira.

VALENTE, Camila. Hepatite B nos municípios de Morros, Icatu, Humberto de Campos e Axixá. 2013. Iniciação Científica. (Graduando em Medicina) - Universidade Federal do Maranhão. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso. Orientador: Adalgisa de Souza Paiva Ferreira.

VIANA, Daniel. Replicação viral entre portadores do HBV: relação com genótipos. 2015. Iniciação Científica. (Graduando em Medicina) - Universidade Federal do Maranhão. Orientador: Adalgisa de Souza Paiva Ferreira.

Aplicabilidade para o SUS:
As informações obtidas com este estudo, incluindo dados de prevalência, genótipos virais e resultados de vacinação, serão de grande importância para reforçar medidas de prevenção destes agravos nas regiões estudadas, bem como em todo o estado do Maranhão. Mais de 2% da população estudada é portadora do vírus da hepatite B, incluindo crianças. A prevenção das complicações destas infecções terá grande impacto nos custos sociais e para o SUS.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Marcos André de Matos
Instituição:
Universidade Federal de Goiás (UFG); Faculdade de Enfermagem.
Endereço:
Av. Esperança, s./nº, Campus Samambaia - Prédio da Reitoria, Goiânia, GO, Brasil.
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia-Goiás; Secretaria Estadual de Saúde de Goiás; Secretaria Municipal de Assistência Social de Goiânia-Goiás (SEMAS); Universidade Estadual de Goiás; Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás.
Introdução e Justificativa:
Avaliar a existência de HEM hepática em pacientes com hepatite C crônica e a influência na gênese da fibrose hepática.
Objetivos:
Investigar a epidemiologia da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV), HIV e sífilis em indivíduos em situação de rua em Goiânia, Goiás, durante agosto de 2014 a junho de 2015, 353 indivíduos atendidos no único albergue público de Goiânia foram entrevistados, utilizando-se um roteiro estruturado, contendo questões sobre características sociodemográficas, clínicas e fatores de risco para essas infecções. A seguir, foi coletado amostras sanguíneas para realização de testagem rápida (TR), por meio de teste imunocromatográfico e, posteriormente, por ELISA. Avaliou-se os marcadores sorológicos do HBV (HBsAg, anti-HBs e anti-HBc total), HCV (anti-HCV), HIV (Anti-HIV 1 e 2) e sífilis (anti-T.pallidum).
Resultados - Parciais ou Finais:
Observou-se predomínio de indivíduos do sexo masculino (81,3%), de cor/raça parda autodeclarada (61%), solteiros (59,8%), de baixa renda (70%) e baixo nível de escolaridade (53,3%). Estimou-se uma prevalência global para o HBV de 21,81% (IC 95%: 17,82 - 26,41): dois indivíduos foram HBsAg/anti-HBc positivos, 61 foram anti-HBc/anti-HBs e 16 apresentaram reatividade ao marcador anti-HBc isolado. Ainda, 19,55% (IC: 95%: 15,75 - 24,00) apresentaram positividade isolada para o anti-HBs, sugerindo imunidade para o HBV. A análise de potenciais fatores de risco para HBV mostrou que: idade >50 anos, ser homossexual ou bissexual, e ser de cor preta/negra autodeclarada, independentemente se associados à exposição ao HBV. Para hepatite C, a prevalência foi de 3,4% (IC 95%: 1,9 - 5,8), sendo as variáveis idade, ser natural da Região Sudeste, experiência de pernoite na rua e uso de drogas injetáveis (UDI), fatores estatisticamente associados à infecção pelo HCV. Dos 12 indivíduos positivos para hepatite C, somente dois buscaram tratamento, porém não houve adesão, e outros dois evoluíram para óbito, em decorrência de cirrose hepática por hepatite C. Ainda, o TR utilizado neste estudo teve um elevado índice de concordância com o ELISA, cuja sensibilidade e especificidade foi de 91,7% e 99,7%, nessa ordem. Já para HIV e sífilis, as prevalências foram 3,9% (IC95%: 2,26 - 6,36) e 78 (22,0%; IC 95%: 17,90 - 26,50), respectivamente. Uso diário de bebida alcoólica, sexo com portador(a) de HIV e sexo com pessoas do mesmo sexo foram variáveis associadas ao HIV. Já o sexo feminino, antecedentes de IST, testagem prévia para sífilis, hepatite C e sexo com usuário de drogas se mostraram estatisticamente associados à sífilis.
Conclusões:
Os resultados ratificam a vulnerabilidade desse subgrupo populacional e uma elevada prevalência de exposição às infecções sexualmente transmissíveis. Ainda, a baixa frequência de evidência sorológica de imunização contra o HBV, especialmente nos indivíduos mais velhos, dificuldade de acesso aos serviços de saúde e ineficiência de políticas de apoio, evidenciam a necessidade de elaboração de estratégias combinadas de vacinação, distribuição de preservativos, redução de danos, testagem rápida com diagnóstico e tratamento precoce nos locais de apoio à PSR.
Palavras-Chave:
Hepatites virais. Sífilis. HIV. Epidemiologia. Indivíduos em situação de rua.
Divulgação e/ou Publicações:

CARVALHO, P. M. R. S. et al. Prevalência, fatores de risco e imunização para hepatite B: ajudando a preencher a lacuna da epidemiologia da hepatite B em desabrigados Goiânia, Brasil Central. Cadernos de Saúde Pública, v. 33, p. 1-9, 2017.

CARVALHO, Paulie Marcelly Ribeiro dos Santos. Epidemiologia da hepatite B em população abrigada: prevalência e imunização. 2016. Orientadora: Sheila A. Teles. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.

NETO, Alcides Pereira Soares. Qualidade de vida de pessoas em situação de rua do Brasil Central. 2017. Orientador: Marcos André de Matos. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.

SOUZA, Jéssyca Pereira e. Investigação da infecção pelo vírus da hepatite C em indivíduos em situação de rua albergados em Goiânia, Goiás: prevalência e fatores associados. 2017. Orientador: Marcos André de Matos. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.

ARAÚJO, Samuel Antoneli Manso de. Fatores preditores da não adesão a vacinação de Influenza e febre amarela em moradores de rua. 2017. Orientador: Marcos André de Matos. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.

GUERRA, Alessandra Dias Lemes. População em situação de rua e infecção pelo vírus da imunodeficiência humana: perfil epidemiológico e perspectivas de intervenção. 2015. Orientador: Marcos André de Matos. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia. 2015.

MARQUES, Haysa Nadinne de Faria. Situação vacinal contra hepatite B em população masculina em situação de rua do Brasil Central: subsídios para a andrologia. 2016. Orientador: Marcos André de Matos. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.

MARTINS, Thaynara Lorrane Silva. Fatores associados à cobertura vacinal contra hepatite B em indivíduos de uma casa de apoio de Goiânia-GO. 2016. Orientadora: Karlla Antonieta Amorim Caetano. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.

NUNES, Brenda Kelly Gonçalves. Prevalência e fatores de risco para hepatite C em indivíduos em situação de rua no município de Goiânia-Goiás. 2015. Orientador: Marcos André de Matos. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia. 2015.

PAULA, Andressa Cunha de. Epidemiologia da sífilis em homens em situação de rua: subsídios para a Política de Atenção Integral à Saúde do Homem. 2015. Orientador: Marcos André de Matos. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia. 2015.

SILVA, Joyce Gabriella Menezes. Perfil social, condições de saúde e acesso aos serviços de saúde: um estudo com a população em situação de rua de Goiânia-Goiás. 2017. Orientador: Marcos André de Matos. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.

SILVA, Nathanny Pabline de Souza. Comportamento de risco às DST/HIV/AIDS, hepatites virais e perfil do uso de crack em indivíduos de uma casa de apoio, Goiânia-GO. 2016. Orientadora: Karlla Antonieta Amorim Caetano. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.

SOUZA, Wilian Santana de. Aspectos epidemiológicos do uso de drogas ilícitas entre homens adultos em situação de rua de Goiânia-Goiás: elementos para a saúde do homem. 2016. Orientador: Marcos André de Matos. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.

LAWDER, Juliana Aparecida de Campos. Condição de saúde bucal, comportamentos e autopercepção de indivíduos em situação de rua em Goiânia-Go. 2016. Orientadora: Marcos André de Matos. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.

PINHEIRO, Raquel Silva. Epidemiologia do HIV e sífilis em população abrigada/em situação de rua em Goiânia-Goiás. 2017. Orientadora: Sheila A. Teles. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.

LAWDER, Juliana Aparecida de Campos. Condição de saúde bucal, comportamentos e autopercepção de indivíduos em situação de rua em Goiânia-Go. 2016. Orientadora: Marcos André de Matos. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.

PINHEIRO, Raquel Silva. Epidemiologia do HIV e sífilis em população abrigada/em situação de rua em Goiânia-Goiás. 2017. Orientadora: Sheila A. Teles. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.

Aplicabilidade para o SUS:
Acredita-se ser extremamente relevante o investimento em estudos epidemiológicos da população de situação de rua (PSR), em especial quando se trata das infecções pelo HIV, hepatites B e C e sífilis, visando à definição de estratégias e meios específicos que viabilizem o acesso desta população aos recursos de saúde. Assim, nossos achados, inéditos para nosso Estado, localizado na Região Central do Brasil, e que possui importante relevância no movimento migratório e imigratório, em particular da PSR, certamente contribuirão para proporcionar ações que aproximem os profissionais da PSR, bem como favoreçer o acesso desses indivíduos aos seus direitos. Infelizmente, as atuais políticas públicas voltadas para a PSR apresentam, na maioria das vezes, um caráter assistencialista e compensatório, não atendendo, verdadeiramente, às necessidades desses indivíduos. Tal fato, muito provavelmente relacionado à inexistência, em nosso Estado, de um estudo com esses indivíduos, e de produção e tradução de conhecimento voltado para o planejamento e elaboração de estratégias para o cuidado e minimização da vulneração dos que têm a rua como local de moradia. Diante de tal contexto, os profissionais que atendem PSR não possuíam modelos de cuidados padronizados, bem como uma rede de assistência consolidada na tomada de decisão na gestão em saúde. Acreditamos que este estudo epidemiológico, mas com intervenção, realizado com parceria academia/serviço/comunidade/movimentos sociais, represente uma alternativa para a tradução de conhecimento que seja realmente aplicável às necessidades da PSR e compromissos do SUS. Espera-se que os nossos achados contribuam para a construção de uma rede de cuidado realmente articulada, com profissionais capacitados e preparados para atender a PSR, levando em consideração a universalização da saúde, com vistas a orientar a construção e execução de estratégias com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), de universalidade, equidade e integralidade, proporcionando visibilidade a este segmento da sociedade, historicamente à margem das prioridades da gestão pública. Por fim, acredita-se que contribuímos na concretização dos marcos legais nacionais, em especial os Eixos Orientadores, Diretrizes e Objetivas da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, objetivos da Política Nacional para a Inclusão Social da PSR e missão do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, concedendo visibilidade às diferenças e reconhecendo que o SUS é para todos e que somos todos iguais, com suas especificidades, para o SUS. Também, subsidiará o fortalecimento das políticas públicas de saúde voltadas para esta população na Rede SUS no estado de Goiás, promovendo a tradução de conhecimento na gestão da saúde pública, da assistência e cuidados à saúde, e da equidade no atendimento em todas as instâncias e âmbitos da rede de Saúde Pública.
Edital/Chamamento:
Edital Modalidade Pesquisas nº 01/2013
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Marcos André de Matos
Instituição:
Universidade Federal de Goiás (UFG); Faculdade de Enfermagem.
Endereço:
Av. Esperança, s./nº, Campus Samambaia - Prédio da Reitoria, Goiânia, GO, Brasil.
Período de Vigência:
2013-2015
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia-Goiás; Secretaria Estadual de Saúde de Goiás; Secretaria Municipal de Assistência Social de Goiânia-Goiás (SEMAS); Universidade Estadual de Goiás; Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás.
Introdução e Justificativa:
Avaliar a existência de HEM hepática em pacientes com hepatite C crônica e a influência na gênese da fibrose hepática.
Objetivos:
Investigar a epidemiologia da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV), HIV e sífilis em indivíduos em situação de rua em Goiânia, Goiás, durante agosto de 2014 a junho de 2015, 353 indivíduos atendidos no único albergue público de Goiânia foram entrevistados, utilizando-se um roteiro estruturado, contendo questões sobre características sociodemográficas, clínicas e fatores de risco para essas infecções. A seguir, foi coletado amostras sanguíneas para realização de testagem rápida (TR), por meio de teste imunocromatográfico e, posteriormente, por ELISA. Avaliou-se os marcadores sorológicos do HBV (HBsAg, anti-HBs e anti-HBc total), HCV (anti-HCV), HIV (Anti-HIV 1 e 2) e sífilis (anti-T.pallidum).
Resultados - Parciais ou Finais:
Observou-se predomínio de indivíduos do sexo masculino (81,3%), de cor/raça parda autodeclarada (61%), solteiros (59,8%), de baixa renda (70%) e baixo nível de escolaridade (53,3%). Estimou-se uma prevalência global para o HBV de 21,81% (IC 95%: 17,82 - 26,41): dois indivíduos foram HBsAg/anti-HBc positivos, 61 foram anti-HBc/anti-HBs e 16 apresentaram reatividade ao marcador anti-HBc isolado. Ainda, 19,55% (IC: 95%: 15,75 - 24,00) apresentaram positividade isolada para o anti-HBs, sugerindo imunidade para o HBV. A análise de potenciais fatores de risco para HBV mostrou que: idade >50 anos, ser homossexual ou bissexual, e ser de cor preta/negra autodeclarada, independentemente se associados à exposição ao HBV. Para hepatite C, a prevalência foi de 3,4% (IC 95%: 1,9 - 5,8), sendo as variáveis idade, ser natural da Região Sudeste, experiência de pernoite na rua e uso de drogas injetáveis (UDI), fatores estatisticamente associados à infecção pelo HCV. Dos 12 indivíduos positivos para hepatite C, somente dois buscaram tratamento, porém não houve adesão, e outros dois evoluíram para óbito, em decorrência de cirrose hepática por hepatite C. Ainda, o TR utilizado neste estudo teve um elevado índice de concordância com o ELISA, cuja sensibilidade e especificidade foi de 91,7% e 99,7%, nessa ordem. Já para HIV e sífilis, as prevalências foram 3,9% (IC95%: 2,26 - 6,36) e 78 (22,0%; IC 95%: 17,90 - 26,50), respectivamente. Uso diário de bebida alcoólica, sexo com portador(a) de HIV e sexo com pessoas do mesmo sexo foram variáveis associadas ao HIV. Já o sexo feminino, antecedentes de IST, testagem prévia para sífilis, hepatite C e sexo com usuário de drogas se mostraram estatisticamente associados à sífilis.
Conclusões:
Os resultados ratificam a vulnerabilidade desse subgrupo populacional e uma elevada prevalência de exposição às infecções sexualmente transmissíveis. Ainda, a baixa frequência de evidência sorológica de imunização contra o HBV, especialmente nos indivíduos mais velhos, dificuldade de acesso aos serviços de saúde e ineficiência de políticas de apoio, evidenciam a necessidade de elaboração de estratégias combinadas de vacinação, distribuição de preservativos, redução de danos, testagem rápida com diagnóstico e tratamento precoce nos locais de apoio à PSR.
Palavras-Chave:
Hepatites virais. Sífilis. HIV. Epidemiologia. Indivíduos em situação de rua.
Divulgação e/ou Publicações:

CARVALHO, P. M. R. S. et al. Prevalência, fatores de risco e imunização para hepatite B: ajudando a preencher a lacuna da epidemiologia da hepatite B em desabrigados Goiânia, Brasil Central. Cadernos de Saúde Pública, v. 33, p. 1-9, 2017.

CARVALHO, Paulie Marcelly Ribeiro dos Santos. Epidemiologia da hepatite B em população abrigada: prevalência e imunização. 2016. Orientadora: Sheila A. Teles. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.

NETO, Alcides Pereira Soares. Qualidade de vida de pessoas em situação de rua do Brasil Central. 2017. Orientador: Marcos André de Matos. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.

SOUZA, Jéssyca Pereira e. Investigação da infecção pelo vírus da hepatite C em indivíduos em situação de rua albergados em Goiânia, Goiás: prevalência e fatores associados. 2017. Orientador: Marcos André de Matos. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.

ARAÚJO, Samuel Antoneli Manso de. Fatores preditores da não adesão a vacinação de Influenza e febre amarela em moradores de rua. 2017. Orientador: Marcos André de Matos. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.

GUERRA, Alessandra Dias Lemes. População em situação de rua e infecção pelo vírus da imunodeficiência humana: perfil epidemiológico e perspectivas de intervenção. 2015. Orientador: Marcos André de Matos. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia. 2015.

MARQUES, Haysa Nadinne de Faria. Situação vacinal contra hepatite B em população masculina em situação de rua do Brasil Central: subsídios para a andrologia. 2016. Orientador: Marcos André de Matos. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.

MARTINS, Thaynara Lorrane Silva. Fatores associados à cobertura vacinal contra hepatite B em indivíduos de uma casa de apoio de Goiânia-GO. 2016. Orientadora: Karlla Antonieta Amorim Caetano. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.

NUNES, Brenda Kelly Gonçalves. Prevalência e fatores de risco para hepatite C em indivíduos em situação de rua no município de Goiânia-Goiás. 2015. Orientador: Marcos André de Matos. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia. 2015.

PAULA, Andressa Cunha de. Epidemiologia da sífilis em homens em situação de rua: subsídios para a Política de Atenção Integral à Saúde do Homem. 2015. Orientador: Marcos André de Matos. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia. 2015.

SILVA, Joyce Gabriella Menezes. Perfil social, condições de saúde e acesso aos serviços de saúde: um estudo com a população em situação de rua de Goiânia-Goiás. 2017. Orientador: Marcos André de Matos. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.

SILVA, Nathanny Pabline de Souza. Comportamento de risco às DST/HIV/AIDS, hepatites virais e perfil do uso de crack em indivíduos de uma casa de apoio, Goiânia-GO. 2016. Orientadora: Karlla Antonieta Amorim Caetano. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.

SOUZA, Wilian Santana de. Aspectos epidemiológicos do uso de drogas ilícitas entre homens adultos em situação de rua de Goiânia-Goiás: elementos para a saúde do homem. 2016. Orientador: Marcos André de Matos. Programa de Iniciação Científica/CNPq, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.

LAWDER, Juliana Aparecida de Campos. Condição de saúde bucal, comportamentos e autopercepção de indivíduos em situação de rua em Goiânia-Go. 2016. Orientadora: Marcos André de Matos. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.

PINHEIRO, Raquel Silva. Epidemiologia do HIV e sífilis em população abrigada/em situação de rua em Goiânia-Goiás. 2017. Orientadora: Sheila A. Teles. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.

LAWDER, Juliana Aparecida de Campos. Condição de saúde bucal, comportamentos e autopercepção de indivíduos em situação de rua em Goiânia-Go. 2016. Orientadora: Marcos André de Matos. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.

PINHEIRO, Raquel Silva. Epidemiologia do HIV e sífilis em população abrigada/em situação de rua em Goiânia-Goiás. 2017. Orientadora: Sheila A. Teles. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.

Aplicabilidade para o SUS:
Acredita-se ser extremamente relevante o investimento em estudos epidemiológicos da população de situação de rua (PSR), em especial quando se trata das infecções pelo HIV, hepatites B e C e sífilis, visando à definição de estratégias e meios específicos que viabilizem o acesso desta população aos recursos de saúde. Assim, nossos achados, inéditos para nosso Estado, localizado na Região Central do Brasil, e que possui importante relevância no movimento migratório e imigratório, em particular da PSR, certamente contribuirão para proporcionar ações que aproximem os profissionais da PSR, bem como favoreçer o acesso desses indivíduos aos seus direitos. Infelizmente, as atuais políticas públicas voltadas para a PSR apresentam, na maioria das vezes, um caráter assistencialista e compensatório, não atendendo, verdadeiramente, às necessidades desses indivíduos. Tal fato, muito provavelmente relacionado à inexistência, em nosso Estado, de um estudo com esses indivíduos, e de produção e tradução de conhecimento voltado para o planejamento e elaboração de estratégias para o cuidado e minimização da vulneração dos que têm a rua como local de moradia. Diante de tal contexto, os profissionais que atendem PSR não possuíam modelos de cuidados padronizados, bem como uma rede de assistência consolidada na tomada de decisão na gestão em saúde. Acreditamos que este estudo epidemiológico, mas com intervenção, realizado com parceria academia/serviço/comunidade/movimentos sociais, represente uma alternativa para a tradução de conhecimento que seja realmente aplicável às necessidades da PSR e compromissos do SUS. Espera-se que os nossos achados contribuam para a construção de uma rede de cuidado realmente articulada, com profissionais capacitados e preparados para atender a PSR, levando em consideração a universalização da saúde, com vistas a orientar a construção e execução de estratégias com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), de universalidade, equidade e integralidade, proporcionando visibilidade a este segmento da sociedade, historicamente à margem das prioridades da gestão pública. Por fim, acredita-se que contribuímos na concretização dos marcos legais nacionais, em especial os Eixos Orientadores, Diretrizes e Objetivas da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, objetivos da Política Nacional para a Inclusão Social da PSR e missão do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, concedendo visibilidade às diferenças e reconhecendo que o SUS é para todos e que somos todos iguais, com suas especificidades, para o SUS. Também, subsidiará o fortalecimento das políticas públicas de saúde voltadas para esta população na Rede SUS no estado de Goiás, promovendo a tradução de conhecimento na gestão da saúde pública, da assistência e cuidados à saúde, e da equidade no atendimento em todas as instâncias e âmbitos da rede de Saúde Pública.