Informe C&T

198 Informe C&T no total
Edital/Chamamento:
Termo de Execução Descentralizada 04/2015
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Lia Laura Lewis-Ximenez de Souza Rodrigues
Instituição:
Ambulatório de Hepatites Virais/Laboratório de Hepatites Virais, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz.
Período de Vigência:
2012-2016
Parcerias institucionais:
Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Distrito Sanitário Especial Indígena do Rio Negro/AM e Programa Nacional de Imunização
Introdução e Justificativa:

A hepatite B gera impacto na saúde pública mundial, já que pode levar à cirrose hepática, hepatocarcinoma e insuficiência hepática fulminante. Por ser um agravo prevenível pela vacinação, torna-se essencial conhecer a prevalência e dados vacinais de indivíduos de populações vulneráveis, como a indígena. Entre 2007 e 2008, foram realizadas quatro expedições para o município de São Gabriel da Cachoeira (SGC), localizado no Amazonas, pelo Laboratório de Referência Nacional para Hepatites Virais/Fiocruz do Rio de Janeiro. O município de SGC está situado ao longo do Rio Negro, possui cinco terras indígenas e 520 aldeias.

Objetivos:

O objetivo foi estudar a circulação do vírus da hepatite B (VHB) e entender o perfil de imunização desta população.

Materiais e Métodos:

Foi realizada análise retrospectiva do banco de dados das expedições ao município e dos registros de imunização realizados no Distrito Sanitário Especial Indígena do Rio Negro.

Resultados - Parciais ou Finais:

Foram acessadas 194 aldeias (2011 indivíduos). Todos que realizaram testes sorológicos e/ou imunização foram incluídos no estudo. Dos 2.011 participantes, 1.953 foram testados para HBsAg por testes rápidos ou sorológicos em amostras de sangue coletadas em campo. A infecção pelo VHB (HbsAg positivo) foi confirmada em 45 participantes (2.3%), sendo 5 (cinco) não índios (11,11%) que trabalhavam ou viviam em regiões indígenas e 40 índios (88,8%). Destes, identificamos nove etnias, sendo as quatro principais: 11 (27,5%) Tukano, 7 (sete) (17,5%), Hupda, 6 (seis), (15%) Kubeo e, 6 (seis) (15%) Wanana. Verificou-se que 55% (22) eram provenientes do polo base Iauarete e Carurú do Waupes. A idade dos índios variou de 13 a 85 anos, com média de 40,7. A maioria dos infectados eram homens (n=24; 60%) e, dentre as mulheres (n=16; 40%), quatro estavam grávidas (25%). Os índios foram submetidos a testes adicionais: HBeAg positivos 2/32 (6,25%), HBV DNA detectável 13/33 (39,4%), dos quais 3 (três) tinham HBV DBNA > 2000UI/ml. O anti-HBs foi positivo em 76,24% (n=1178), sendo mais frequente nas duas primeiras décadas de vida. O perfil anti-HBs e anti-HBc positivo foi mais comum nos indivíduos maiores de 20 anos e anti-HBs isolado nos mais jovens. Informações sobre imunização foram acessadas em 60,11% (n=1209) dos participantes. Todos, índios nativos, cuja média das idades é de 27.83 anos (variando de um mês a 79 anos). A maioria realizou a primeira dose da vacina após os dois meses de idade (87,51%). Dos 1.209 avaliados, 1.200 (99,26%) completaram pelo menos três doses da vacina; 22 (1,8%) eram HbsAg positivo, e 378 (38.8%), anti-HBc positivo. Todos os HBsAg positivo receberam a vacina após os dois meses (idade média 29,87 +/- 18.63 anos), e nos 378 anti-HBc positivo, a vacina foi realizada com idade média de 39.9 anos.

Conclusões:

Diante do exposto, torna-se necessária a ampliação do acesso à vacina, sobretudo de forma precoce, ao nascimento, na tentativa de reduzir a transmissão vertical na população indígena.

Palavras-Chave:
Hepatite B. Imunização. Populações indígenas.
Divulgação e/ou Publicações:

LEWIS-XIMENEZ, L. L. et al. Perfil epidemiológico e vacinal dos portadores de VHB do Alto Rio Negro entre 2007-2008. In: 11º Congresso de HIV/Aids; 4º CONGRESSO DE HEPATITES VIRAIS: PREVENÇÃO COMBINADA: MULTIPLICANDO ESCOLHAS, 2017, Curitiba. Anais... Brasília: Ministério da Saúde, 2017. v. 1. p. 199-199. (Publicação de Trabalho/Anais) LEWIS-XIMENEZ, L. L. et al. Perfil epidemiológico e vacinal dos portadores de VHB do Alto do Rio Negro entre 2007-2008, 2017. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

SILVA, Ana Isabel Coelho Dias da. Marcadores sorológicos de hepatite B e perfil de imunização da população indígena do Alto Rio Negro do Município de São Gabriel da Cachoeira. 2017. Tese (Doutorado em Medicina Tropical) - Fundação Oswaldo Cruz. Orientadora: Lia Laura Lewis-Ximenez de Souza Rodrigues.
 

Aplicabilidade para o SUS:

Constatar a necessidade de ampliar o acesso à vacina contra hepatite B em áreas remotas do Brasil, em especial as áreas indígenas.

Edital/Chamamento:
Termo de Execução Descentralizada 04/2015
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Lia Laura Lewis-Ximenez de Souza Rodrigues
Instituição:
Ambulatório de Hepatites Virais/Laboratório de Hepatites Virais, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz.
Período de Vigência:
2016-2017
Situação:
Concluída
Introdução e Justificativa:
A infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) é um problema mundial, diagnosticado comumente na fase crônica e sendo um dos principais causadores de doença hepática crônica e carcinoma hepatocelular. A prevalência no Brasil é de cerca de 1,4%; e em unidades de hemodiálise (HD), onde há maior risco de exposição, a prevalência não é uniforme nos estudos, podendo variar entre 4,2 e 83,9%. Apesar das ações continuadas para implementar medidas universais de cuidados em unidades de HD, surtos de hepatite C continuam ocorrendo
Objetivos:
Avaliar a epidemiologia da infecção pelo HCV em portadores de insuficiência renal crônica (IRC) em HD.
Materiais e Métodos:
Foi realizado um estudo observacional retrospectivo que avaliou os resultados sorológicos e moleculares para HCV de pacientes portadores de IRC em HD obtidos durante a avaliação de quatro surtos de Hepatite C, entre 2013 a 2016, em clínicas distintas. Para a confirmação do diagnóstico de infecção pelo HCV e avaliação da agressão hepática, foram realizados os seguintes testes: anticorpo anti-HCV, HCV RNA, através da técnica Real-Time PCR quantitativo e avaliação de aminotransferases. A análise estatística foi realizada através do programa GraphPad.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram avaliados 557 pacientes renais crônicos em HD. O anti-HCV foi identificado em 82 pacientes (14,7%), dos quais 65 (70%) apresentavam PCR para HCV-RNA positivo, o que denota infecção presente. Dentre os pacientes com infecção confirmada por teste molecular, 26 (32%) apresentavam soroconversão recente, associada a aumento de aminotransferases; e foram diagnosticados como portadores de infecção aguda. Os demais 39 (68%) pacientes já apresentavam sorologia para hepatite C positiva há mais de seis meses e foram considerados como portadores de hepatite C crônica. A prevalência de infecção pelo HCV variou entre 2 e 25% nas diferentes clínicas avaliadas. Dentre estes, a proporção de indivíduos com infecção aguda oscilou entre 18 e 58%, observando-se uma relação entre a prevalência de infecção crônica e a frequência de casos agudos.
Conclusões:
Concluímos que a frequência de infecção pelo HCV em indivíduos em IRC é elevada, e na vigência de surtos os casos agudos corresponderam a uma elevada proporção na nossa amostra, perfazendo cerca de 32% de novos casos. São necessárias medidas que possibilitem o controle da infecção e a detecção e tratamento precoces de forma a interromper a cadeia de transmissão deste agravo.
Palavras-Chave:
Hepatite C. Renal crônico. Hemodiálise. Hepatite C aguda.
Divulgação e/ou Publicações:

LEWIS-XIMENEZ, Lia Laura et al. Anais do 11º Congresso de HIV/Aids; 4º CONGRESSO DE HEPATITES VIRAIS: PREVENÇÃO COMBINADA: MULTIPLICANDO ESCOLHAS, 26 a 29 de setembro de 2017, Curitiba, PR, MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, p. 191. (Apresentação de trabalho).

Aplicabilidade para o SUS:
Demonstrar a elevada incidência de hepatite C em unidades de hemodiálise no Rio de Janeiro e a importância de medidas universais no controle de infecção.
Edital/Chamamento:
Termo de Execução Descentralizada 04/2015
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Lia Laura Lewis-Ximenez de Souza Rodrigues
Instituição:
Ambulatório de Hepatites Virais/Laboratório de Hepatites Virais, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz.
Período de Vigência:
2015-2017
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz e Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels/Secretaria Estadual de Saúde, Rio de Janeiro/RJ
Introdução e Justificativa:
A hepatite A é uma doença infectocontagiosa causada pelo vírus da hepatite A (HAV), que possui transmissão fecal-oral. Devido ao momento de transição epidemiológica que o Brasil atravessa, saindo de alta para intermediária endemicidade, o número de casos da doença vem reduzindo nos últimos anos. No entanto, o primeiro contato da população susceptível com o vírus realiza-se de forma mais tardia, o que aumenta o risco de surtos e a frequência de indivíduos sintomáticos. Diante desse novo cenário, em 2014, a vacina contra a hepatite A foi incorporada ao Programa Nacional de Imunização (PNI) como uma medida de controle desse agravo.
Objetivos:
Os objetivos deste trabalho são: avaliar o impacto da implementação da vacinação contra hepatite A na frequência de casos atendidos no Ambulatório de Hepatites Virais (AHV), da Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, em um período pré- e pós-vacinação; comparar a frequência de casos identificados do AHV com as notificações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) para o mesmo período e descrever os surtos ocorridos nestes anos em relação à quantidade de contactantes para cada caso-índice.
Materiais e Métodos:
Foi realizado um levantamento de todos os casos anti-HAV IgM reagente atendidos no AHV entre 2012 e 2016, e destes casos, foram identificados os surtos notificados através do agrupamento de todos os pacientes cujo histórico epidemiológico, registrado em prontuário, apontava uma fonte de infecção em comum.
Resultados - Parciais ou Finais:
Entre 2012 e 2015, o AHV notificou, respectivamente, 225, 68, 66 e 38 casos, e em 2016, apenas dois casos. Observou-se um padrão de declínio mais acentuado após 2014 (ano da implementação da vacina), em comparação ao período de 2012 a 2014, havendo uma redução de 83,11%, entre 2012 e 2015. Ao se analisar os dados do SINAN, também se observa a queda no número de notificações: de 694 casos, em 2012, para 132 casos, em 2015 (redução de 80,97%). Foram identificados 57 surtos de 2012 a 2016, sendo 50 surtos ocorridos no período de 2012 a 2014 (anteriores à vacinação), e sete após este marco. Foram testados 167 indivíduos contactantes de casos confirmados de hepatite A, dos quais 97 (58,08%) apresentaram sorologia positiva.
Conclusões:
Estes resultados explicitam a significativa redução do número de casos de hepatite A, tanto no AHV como no estado do Rio de Janeiro, em geral, após a inclusão da vacinação contra hepatite A no PNI. Além disso, vale ressaltar que o principal benefício observado é a proteção indireta que a vacinação proporciona, uma vez que o indivíduo imune deixa de ser fonte de infecção para outros que estejam susceptíveis.
Palavras-Chave:
Hepatite A. Surto. Vacinação.
Divulgação e/ou Publicações:

ALMEIDA, R. W. de; ESPIRÍTO-SANTO, M. P.; SOUSA, P. S. F.; ALMEIDA, A. J. de; LAMPE, E.; LEWIS-XIMENEZ, L. L. Hepatitis B virus DNA stability in plasma samples under short-term storage at 42oC. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, v. 48, n. 6, p. 553-556, 2015. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1414-431X20144040. ISSN 1414-431X Short Communication.

LEWIS-XIMENEZ, Lia Laura et al. Reflexo da imunização da hepatite A na redução dos surtos domiciliares. In: 11º CONGRESSO DE HIV/Aids; 4º CONGRESSO DE HEPATITES VIRAIS: PREVENÇÃO COMBINADA: MULTIPLICANDO ESCOLHAS, 2017, Curitiba. Anais... Brasília: Ministério da Sáude, 2017. v. 1. p. 193-193. (Publicação de Trabalho/Anais).

LEWIS-XIMENEZ, Lia Laura et al. Reflexo da imunização da hepatite A na redução dos surtos domiciliares, 2017. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

Aplicabilidade para o SUS:
Demonstrar a eficácia da vacina contra hepatite na redução dos casos individuais e surtos de hepatite A no Rio de Janeiro.
Edital/Chamamento:
Termo de Execução Descentralizada 04/2015
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Lia Laura Lewis-Ximenez de Souza Rodrigues
Instituição:
Ambulatório de Hepatites Virais/Laboratório de Hepatites Virais, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz; Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels/Secretaria Estadual de Saúde.
Período de Vigência:
2016-2017
Situação:
Em execução
Parcerias institucionais:
Instituto Oswaldo Cruz; Fundação Oswaldo Cruz.
Introdução e Justificativa:
A infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) é um problema de saúde pública mundial. A forma aguda da doença no adulto pode evoluir para cura em até 95% dos casos, enquanto os demais evoluem para forma crônica, sendo uma dessas a infecção oculta pelo HBV (IOB). A IOB é caracterizada pela ausência do antígeno de superfície (HBsAg), associada à baixa viremia. A prevalência de IOB pode variar entre 0-52% no contexto de infecção crônica nos países asiáticos, onde a infecção pelo HBV é endêmica. No Brasil, essa prevalência é pouco conhecida. A detecção da IOB tem como impacto na saúde a possibilidade de evolução para formas graves como cirrose ou hepatocarcinoma.
Objetivos:
Determinar a prevalência dos casos agudos que evoluem para hepatite B crônica oculta.
Materiais e Métodos:
Foi realizado estudo observacional, com avaliação retrospectiva de banco de dados de pacientes com hepatite B aguda, admitidos entre 1997 e 2017, em um centro de referência do Rio de Janeiro.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram identificados 641 pacientes com HBV aguda, sendo selecionados 258, por terem acompanhamento superior a seis meses. Análise estatística foi obtida pelo programa SPSS versão 20. Dentre os 258 casos de hepatite B aguda sintomática, 20 (7,7%) evoluíram para IOB, após os seis meses de acompanhamento. Destes, 20% eram mulheres (4/20), e 80% (16/20) eram homens. A média de idade foi de 40,6 anos (variando entre 23 e 65 anos); 20% das amostras (4/20) possuíam coinfecção HIV/HBV, 65% (13/20) eram anti-HIV negativo e em 15% (3/20) essa informação era desconhecida. Em relação à orientação sexual, 25% (5/20) declaravam-se homossexuais, 55% (n=11) heterossexuais e em 20% dos casos (4/20) não havia tal informação. A média de acompanhamento desses pacientes foi de 34,3 meses (variando entre sete até 146 meses). As cargas virais variaram entre 10-221 UI/ml em 90% dos pacientes (18/20); em 5% (1/20) não foi quantificada, mas foi positiva em teste qualitativo; e em 5% (1/20) superior a 2000 UI/ml. Este último paciente, quando diagnosticado HBV oculto, apresentou soroconversão para HIV
Conclusões:
A prevalência de 7,7% de IOB corroborou com os dados encontrados na literatura. O presente estudo ressalta a importância de manter seguimento prolongado na população com hepatite B aguda, com coleta de HBV DNA mesmo após a negativação do HBsAg. Dessa forma, é possível diagnosticar esta entidade clínica, com mecanismos ainda pouco entendidos, mas que pode trazer complicações clínicas potencialmente graves.
Palavras-Chave:
Hepatite B oculta. Hepatite aguda. Prevalência.
Divulgação e/ou Publicações:

LEWIS-XIMENEZ, Lia Laura et al. Prevalência de HBV oculta após hepatite aguda sintomática em um centro de referência de hepatites. In: 11º CONGRESSO DE HIV/Aids; 4º CONGRESSO DE HEPATITES VIRAIS PREVENÇÃO COMBINADA: MULTIPLICANDO ESCOLHAS, 2017, Curitiba. Anais... Brasília: Ministério da Saúde, 2017. v. 1. p. 167-167. (Publicação de Trabalho/Anais).

LEWIS-XIMENEZ, Lia Laura. et al. Prevalência de HBV oculta após hepatite aguda sintomática em um centro de referência de hepatites, 2017. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

LEWIS-XIMENEZ, Lia Laura. et al. Prevalência de HBV oculta após hepatite aguda sintomática em um centro de referência em hepatites. In: XXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE HEPATOLOGIA? SBH 2017, 2017, Recife. Arquivos de Gastrenterologia. Anais... IBEPEGE, 2017. v. 4. p. 497-498. (Publicação de Trabalho/Anais).

Aplicabilidade para o SUS:
Assistência médica e monitoramento da hepatite B aguda no Rio de Janeiro é essencial para identificar os casos de hepatite B oculta com mecanismos ainda pouco entendidos, mas que pode trazer complicações clínicas potencialmente graves. Assim, com um diagnóstico preciso, pode auxiliar na seleção do tratamento adequado e medidas preventivas de controle da mesma.
Edital/Chamamento:
Termo de Execução Descentralizada 04/2015
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Lia Laura Lewis-Ximenez de Souza Rodrigues
Instituição:
Ambulatório de Hepatites Virais/Laboratório de Hepatites Virais, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz; Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels/Secretaria Estadual de Saúde, Rio de Janeiro/RJ
Período de Vigência:
2016-2017
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels/Secretaria Estadual de Saúde, Rio de Janeiro/RJ
Introdução e Justificativa:
Cerca de dois bilhões de indivíduos tiveram contato com o vírus da Hepatite B (HBV), sendo 240 milhões com a forma crônica no mundo. No Brasil, estimam-se 17 mil novos casos de HBV por ano, o que ainda a mantém como um importante agravo de saúde pública.
Resultados - Parciais ou Finais:
Incluídos 630 pacientes com HBV aguda, sendo 64% do sexo masculino (n=404) e 36% do sexo feminino (n=226). Na análise da faixa etária, 2% tinham idade desconhecida (n=18), 5,3% estavam na faixa de 0 a 19 anos (n=33), 54% de 20 a 39 anos (n=342), 32% de 40 a 59 anos (n=201) e 5,7% com idade maior ou igual a 60 anos (n=36). Quanto às comorbidades, 10 pacientes estavam em hemodiálise, 15 coinfectados com Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), 13 com Hepatite C e dois com Hepatite A (HAV). Vinte e seis pacientes evoluíram com forma grave ou fulminante (4,1%), sendo encaminhados para Unidade hospitalar terciária. Trezentos e dez pacientes perderam o seguimento antes de seis meses. Dos demais 320 pacientes, 49 tiveram resolução espontânea sem imunidade (15%), com negativação do HbsAg sem produção do antiHbs. Cento e noventa e quatro pacientes apresentaram resolução espontânea com imunidade (60%), sendo 19 com produção do antiHbs após seis meses. Dezoito pacientes tiveram resolução com imunidade desconhecida. Apenas 21 pacientes cronificaram (6,5%), sendo 13 destes na forma oculta. Vinte e seis pacientes eram portadores de HBV crônica (8%), em que houve persistência do anti-Hbc IgM por mais de seis meses ou com flare. Doze pacientes tinham anti-Hbc IgM isolado, sem carga viral, sugerindo falso positivo ou reação cruzada com outras infecções (4%), como HAV aguda em dois casos. Dentre os HBV agudos verdadeiros (n=282), 92,5% evoluíram com resolução espontânea, enquanto 7,5% cronificaram.
Conclusões:
Apesar da implementação da vacina no calendário do SUS desde 1998, o HBV permanece com incidência significativa. Observamos aumento de casos na faixa etária de mais de 40 anos, com redução na faixa de até 19 anos. Quanto ao desfecho, a taxa de cronificação foi similar à literatura, havendo resolução espontânea em mais de 90%. Dos pacientes que cronificaram, a maioria evoluiu com a forma oculta (62%), ressaltando a importância do acompanhamento da carga viral nesses pacientes.
Palavras-Chave:
Hepatite B aguda. Perfil epidemiológico. História natural.
Divulgação e/ou Publicações:

BALASSIANO, Natalia; MOURA, F. M.; FERREIRA, Fernanda Couto; PALMA, Louise Deluiz Verdolin di; SOUZA, Caroline Baldin de; SANTOS, Mariana Leal de Oliveira; POTTES, Barbara Costa Rodrigues; CARIUS, Luciana Pereira; PEREIRA, Gustavo Henrique Santos; PINTO, Laura Cristina Machado; LAMPE, Elisabeth; LEWIS-XIMENEZ, Lia Laura. Análise da evolução natural de 630 casos de hepatite B aguda em Ambulatório de Referência de Hepatites Virais no Rio de Janeiro, de 1997 a 2016, 2017. (Apresentação de Trabalho/Congresso). BALASSIANO, Natalia; MOURA, F. M.; FERREIRA, Fernanda Couto; PALMA, Louise Deluiz Verdolin di; SOUZA, Caroline Baldin de; SANTOS, Mariana Leal de Oliveira; POTTES, Barbara Costa Rodrigues; CARIUS, Luciana Pereira; PEREIRA, Gustavo Henrique Santos; PINTO, Laura Cristina Machado; LAMPE, Elisabeth; LEWIS-XIMENEZ, Lia Laura. Análise da evolução natural de 630 casos de hepatite B aguda em Ambulatório de Referência de Hepatites Virais no Rio de Janeiro, de 1997 a 2016. In: XXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE HEPATOLOGIA. SBH 2017, 2017, Recife. Arquivos de Gastrenterologia. Anais do XXIV Congresso Brasileiro de Hepatologia. Brasil: Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisa em Gastrenterologia e Outras Especialidades. IBEPEGE, 2017. v. 4. p. 454-454. (Publicação de Trabalho/ Anais)

Aplicabilidade para o SUS:
Assistência médica e monitoramento dos casos incidentes de hepatite B no Rio de Janeiro.
Edital/Chamamento:
Termo de Execução Descentralizada 04/2015
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Lia Laura Lewis-Ximenez de Souza Rodrigues
Instituição:
Ambulatório de Hepatites Virais/Laboratório de Hepatites Virais, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz; Coordenação das Hepatites-Virais da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro/RJ; Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels/Secretaria Estadual de Saúde, Rio de Janeiro/RJ.
Período de Vigência:
2016-2017
Situação:
Em execução
Parcerias institucionais:
Coordenação das Hepatites-Virais da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro/RJ
Introdução e Justificativa:
A infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) permanece um problema de saúde global cujas formas de transmissão são parenteral, sexual e vertical. No Brasil, apesar da introdução da vacina a partir de 1998 e de sua produção nacional autossuficiente, a transmissão vertical da hepatite B permanece um problema de saúde pública. A taxa de transmissão de até 90% compreende as gestantes HBsAg/HBeAg reagentes naqueles recém-natos (RN) sem imunoprofilaxia, uma vez que tais gestantes apresentam frequentemente intensa replicação viral. Valores de HBV-DNA no soro acima de 106UI/mL conferem risco elevado de transmissão vertical e está indicada a administração da terapia antiviral à gestante em associação à imunoprofilaxia ativa e passiva do RN (imunoglobulina humana para HBV associada à vacinação). O programa de Referência de Gestantes Portadoras de Hepatite B, através do convênio da Secretaria Municipal (SMS) do Rio de Janeiro com o Ambulatório de Hepatites Virais, teve início em dezembro de 2016 no intuito de detectar gestantes com indicação de tratamento antiviral, promover/monitorar a adequada imunoprofilaxia do RN, além de manter seguimento da HBV da gestante no pré- e pós-parto e do RN em que a profilaxia não seja eficaz.
Objetivos:
Relatar o perfil de gestantes encaminhadas na fase inicial deste programa.
Materiais e Métodos:
Analisar a evolução de 630 pacientes com diagnóstico inicial de HBV aguda, acompanhados em Ambulatório de Hepatites Virais de 1997 a 2016. Avaliar perfil epidemiológico e desfecho clínico, por meio da revisão de bancos de dados do ambulatório e prontuários
Resultados - Parciais ou Finais:
O agendamento da consulta especializada ocorreu em tempo médio de 9 dias, fundamental para adequado tratamento das gestantes com HBV. Foram admitidas 17 pacientes com teste rápido positivo para HBV entre dezembro de 2016 e abril de 2017, com média de idade de 30 anos, cujas nacionalidades eram: 13 brasileiras (81%), 2 (dois) angolanas (13%), 1 (uma) haitiana (6%) e 1(uma) chinesa (6%) e a média de idade gestacional era de 21 semanas. À primeira avaliação, a pesquisa HBsAg e dos anticorpos anti-HBc e anti-HBs foi negativa em 1 (uma) paciente, tratando-se de falso positivo de teste rápido do pré-natal; as outras 16 gestantes tiveram HBsAg confirmados. A prevalência de pacientes com positividade para ambos os antígenos HBsAg e HBeAg foi de 19% (n=3), sendo que 2 (duas) pacientes (67%) apresentavam HBV-DNA superior a 106 UI/ml já à admissão, no segundo trimestre, enquanto em 1 (uma) gestante (33%) o HBV-DNA era inferior a 106 UI/ml no segundo trimestre, mas era superior a este valor no terceiro trimestre, indicando terapia antiviral. Todas em que estava indicado Tenofovir (n=3) receberam terapia antiviral em tempo adequado. Havia disponível até a análise de dados, sorologias para hepatite D (anti-HDV IgG) de 3 (três) (18%) pacientes, sendo todas não reagentes.
Conclusões:
A implementação do programa conseguiu detectar gestantes com indicação de tratamento antiviral, diminuindo assim a chance de transmissão intrauterina.
Palavras-Chave:
Transmissão vertical. Hepatite B. Tenofovir. Recém-nascidos. Imunoprofilaxia.
Divulgação e/ou Publicações:

FERREIRA, Fernanda Couto; POTTES, Barbara Costa Rodrigues; PALMA, Louise Deluiz Verdolin di; BALASSIANO, Natalia; SANTOS, Mariana Leal de Oliveira; MOURA, Flavia Murillo de; SOUZA, Caroline Baldin de; CARIUS, Luciana Pereira; PEREIRA, Gustavo Henrique Santos; PINTO, Laura Cristina Machado; MELLO Vinicius da Motta de; SANTOS, Alanna Calheiros; CASCARDO, Elaine Ferraz; MARQUES, Vanessa Alves; GINUINO, Cleber Ferreira; FERNANDES, Carlos Augusto da Silva; CERQUEIRA, Luciana Pereira dos Santos; CORREA, Poliana Fernandes; BARROS, Tairine Monteiro de; LEWIS-XIMENEZ, Lia Laura. Experiência do 1º Programa de Referência de Gestantes Portadoras de Hepatite virais B e C de um Estado brasileiro. In: XXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE HEPATOLOGIA SBH 2017, 2017, Recife. Arquivos de Gastrenterologia. Anais do XXIV Congresso Brasileiro de Hepatologia. Brasil: Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisa em Gastrenterologia e Outras Especialidades. IBEPEGE, 2017. v. 4. p. 455-455. (Publicação de Trabalho/Resumo).

FERREIRA, Fernanda Couto; POTTES, Barbara Costa Rodrigues; PALMA, Louise Deluiz Verdolin di; BALASSIANO, Natalia; SANTOS, Mariana Leal de Oliveira; MOURA, Flavia Murillo de; S SOUZA, Caroline Baldin de; CARIUS, Luciana Pereira; PEREIRA, Gustavo Henrique Santos; PINTO, Laura Cristina Machado; MELLO Vinicius da Motta de; SANTOS, Alanna Calheiros; CASCARDO, Elaine Ferraz; MARQUES, Vanessa Alves; GINUINO, Cleber Ferreira; FERNANDES, Carlos Augusto da Silva; CERQUEIRA, Luciana Pereira dos Santos; CORREA, Poliana Fernandes; BARROS, Tairine Monteiro de; LEWIS-XIMENEZ, Lia Laura. In: Experiência do 1º Programa de Referência de Gestantes Portadoras de Hepatite virais B e C de um Estado brasileiro, 2017. (Apresentação de Trabalho/Congresso).

SANTOS, Alanna Calheiros. Perfil de hepatite B em gestantes encaminhadas para o Ambulatório de Hepaties Virais da Fiocruz do Rio de Janeiro (PIBIC/CNPq).

Aplicabilidade para o SUS:
Reduzir a transmissão vertical de hepatite B e monitorar a imunoprofilaxia dos recém-nascidos, cujas mães são portadores de hepatite B.
Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Dario de Oliveira Lima Filho, Ernesto Coutinho Puccini, Orlando Cattini Junior
Instituição:
FCR – Fundação Cândido Rondon.
Período de Vigência:
2003 - 2004
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Escola de Administração de Empresas de São Paulo; Fundação Getúlio Vargas.
Introdução e Justificativa:
Assessoria e serviços de consultoria para a análise, diagnóstico e apoio tempestivo às ações e atividades do PN-DST/AIDS, referentes ao Programa de Marketing Social do Preservativo no Brasil, incluindo a determinação das providências e ações necessárias para adequação da operação da cadeia de distribuição do preservativo com análise de segmentação dos grupos de usuários, visando adequar as ações e atividades aos seus padrões de comportamento e utilização.
Objetivos:
Determinação das providências e ações necessárias para duplicar o uso do preservativo no Brasil (para cerca de 1 bilhão de unidades/ano) como forma de prevenção de DST/aids.
Materiais e Métodos:
Os trabalhos de consultoria foram realizados por professores consultores e consultores associados pela Fundação Cândido Rondon (FCR). Foram alocados, também, consultores associados e assistentes alunos de Pós-Graduação, principalmente no que se refere ao apoio em Brasília.
Resultados - Parciais ou Finais:
Identificação de gargalos de distribuição; identificação de segmentos de usuários e das estratégias mais adequadas de propaganda e estímulo ao uso; concepção de cadeia de distribuição alternativa (marketing social).
Palavras-Chave:
Preservativo. Marketing social. Cadeia de distribuição. Cadeia de abastecimento.
Divulgação e/ou Publicações:

CATTINI JR., O. Dados sobre a pesquisa PN/FGV sobre preservativos no Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO EM DST/AIDS, CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST, CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS, 5./5./1., 2004, Recife.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Dario de Oliveira Lima Filho, Ernesto Coutinho Puccini, Orlando Cattini Junior
Instituição:
FCR – Fundação Cândido Rondon.
Período de Vigência:
2003 - 2004
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Escola de Administração de Empresas de São Paulo; Fundação Getúlio Vargas.
Introdução e Justificativa:
Assessoria e serviços de consultoria para a análise, diagnóstico e apoio tempestivo às ações e atividades do PN-DST/AIDS, referentes ao Programa de Marketing Social do Preservativo no Brasil, incluindo a determinação das providências e ações necessárias para adequação da operação da cadeia de distribuição do preservativo com análise de segmentação dos grupos de usuários, visando adequar as ações e atividades aos seus padrões de comportamento e utilização.
Objetivos:
Determinação das providências e ações necessárias para duplicar o uso do preservativo no Brasil (para cerca de 1 bilhão de unidades/ano) como forma de prevenção de DST/aids.
Materiais e Métodos:
Os trabalhos de consultoria foram realizados por professores consultores e consultores associados pela Fundação Cândido Rondon (FCR). Foram alocados, também, consultores associados e assistentes alunos de Pós-Graduação, principalmente no que se refere ao apoio em Brasília.
Resultados - Parciais ou Finais:
Identificação de gargalos de distribuição; identificação de segmentos de usuários e das estratégias mais adequadas de propaganda e estímulo ao uso; concepção de cadeia de distribuição alternativa (marketing social).
Palavras-Chave:
Preservativo. Marketing social. Cadeia de distribuição. Cadeia de abastecimento.
Divulgação e/ou Publicações:

CATTINI JR., O. Dados sobre a pesquisa PN/FGV sobre preservativos no Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO EM DST/AIDS, CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST, CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS, 5./5./1., 2004, Recife.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Tarcisio Matos de Andrade
Instituição:
Universidade Federal da Bahia; Faculdade de Medicina; Aliança de Redução de Danos Fátima Cavalcanti – ARDFC.
Período de Vigência:
1999 - 2000
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Lasp – Laboratório Avançado de Saúde Pública; Fundação Oswaldo Cruz - Bahia.
Introdução e Justificativa:
Trata-se do desdobramento da Fase I do Estudo Multicêntrico da OMS de HIV e outras doenças de transmissão parental entre usuários de drogas injetáveis, desenvolvido em fase de campo em 1991/1992. Nessa parte (II), foi desenvolvido o Estudo Epidemiológico Seccional, que poderá ser comparado a outros cortes seccionais realizados em Salvador (Projeto UFBA – 1993/1994 e Projeto Brasil – 1995/1996), além da comparação com Santos e Rio de Janeiro que também partici-param do Projeto Brasil e do presente estudo. Os dados foram comparados aos de outras 21 cidades do mundo, dentro da fase II do Projeto da OMS.
Objetivos:
Determinar os comportamentos de risco e as taxas de infecção pelo HIV e outros patógenos de transmissão sangüínea e/ou sexual entre UDI, ex-UDI e usuários de drogas sem história de uso injetável, assim como outras conseqüências adversas do uso de drogas, na Cidade de Salvador – Bahia.
Materiais e Métodos:
Pesquisa desenvolvida na região metropolitana de Salvador. Coleta de amostras de sangue de 400 usuários de drogas, sendo 200 UDI (considerando-se aqui o uso nos últimos dois meses); 100 ex-UDI (em qualquer momento da vida) e 100 usuários de outras drogas que possam vir a ser injetável. Amostras testadas quanto ao HIV 1/2 e HTLV I e II (ELISA, confirmados por imunofluorescência e os casos duvidosos, testados pelo Western Blot), quanto à hepatite B (antiHBc e HBsAg) e à hepatite C (secondgeneration test). Testes laboratoriais realizados pelo Laboratório Avançado de Saúde Pública - Lasp, Centro de Pesquisas Gonçalo Muniz – Cpqgm, Fiocruz, localizado na Cidade de Salvador-Bahia. Aplicação de questionário padrão utilizado pela OMS na fase II do presente estudo, devidamente traduzido e adaptado.
Resultados - Parciais ou Finais:
Tratava-se de uma população constituída na grande maioria de homens (94%), com idade média de 25.4 ± 6.6, com nível de escolaridade de 6,2 ± 2,5 anos. Os principais achados foram evidenciados na comparação entre o comportamento e dos dados sorológicos dos UDI e o estudo realizado em 1996: embora tenha sido registrada uma acentuada diferença no envolvimento com atividades ilegais e na troca de sexo por dinheiro entre a população do estudo anterior e do atual, 47,1 X 9,3%; 35 X 6,0%, respectivamente, houve aumento do número de entrevistados que referiram terem sido presos até 5 vezes, de 70,7 X 87,6%, e aumento no consumo de crack, de 36,7 para 60,4%. A freqüência diária de injeção sofreu ligeira redução, de 5,1 para 4,5%; aumentou o contato com alguma atividade de prevenção de HIV, no último ano, de 28,8 para 67,4%. Chamou particular atenção o aumento no uso de preservativos nas relações com os parceiros ocasionais e principais, nos últimos 6 meses, no presente estudo, 30,0 e 31,3% X 5,1 e 2,3%, respectivamente; bem como a redução do compartilhamento de seringas de 61,0 para 17%. A soroprevalência para HIV e HTLV – I/II, revelou uma expressiva redução em relação ao estudo anterior, de 49,5 e 35,2% para 7,1 e 5,0%, respectivamente.
Palavras-Chave:
Uso de drogas. Estudo de soroprevalência. Estudo comportamental. Estudo multicêntrico. HIV/AIDS. Hepatites.
Divulgação e/ou Publicações:

BRASIL. A contribuição dos estudos multicêntricos frente à epidemia de HIV/aids entre UDI no Brasil (Série Avaliação 8), p.79-94. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: http://www.aids.gov.br/avalia8/index.htm. Acesso em: 26 abr. 2006.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Marcos Antônio Ribeiro Braz
Instituição:
Consultoria individual por Termo de Referência.
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
O atual quadro epidemiológico do HIV no Brasil aponta uma expansão da transmissão vertical que, entretanto, pode ser prevenida por meio de medicamentos já disponíveis. Porém, barreiras como a baixa qualidade da atenção pré­natal e o próprio fato de que muitas mulheres ingressam no pré­natal já em idade gestacional avançada e nem sempre aderirem ao acompanhamento necessário tornam a implementação das ações de prevenção à transmissão vertical muito inferior ao desejado. Esta pesquisa realizou um levantamento qualitativo entre puérperas que utilizam o sistema SUS em três cidades brasileiras de maior relevância no segmento feminino: Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo.
Objetivos:
Avaliar de forma qualitativa a percepção de risco de infecção por HIV e outras DST por puérperas usuárias do SUS, analisando as motivações existentes para a prevenção, tratamento e para a prevenção específica da transmissão do HIV ou de outra DST para o seu filho; Levantar os níveis de compreensão e percepção da mulher sobre o acesso ao teste anti-HIV e aos serviços de aconselhamento (quando disponível); Explorar, da mesma forma, a percepção da mulher sobre o acesso ao tratamento da TV durante a gravidez e o parto; Identificar os componentes sociais, culturais e estruturais (fatores de vulnerabilidade individuais e sociais) que são compreendidos como elementos vivenciados de forma diferenciada por estas mulheres, levando em consideração os valores, crenças, tabus e preconceitos que se manifestam como barreiras à adoção de práticas de prevenção à TV; Explorar expectativas e motivações das puérperas em relação à prevenção da TV do HIV e de outras DST ao seu bebê; Explorar o impacto resultante do oferecimento e uso do Teste Rápido anti-HIV durante a admissão na maternidade.
Materiais e Métodos:
Foram utilizados 4 grupos focais em cada cidade incluída na pesquisa (Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo), sendo metade deles com mulheres que realizaram o teste anti-HIV durante o pré­natal e a outra metade com mulheres que não realizaram o teste. No Rio de Janeiro, também foram realizados grupos em maternidades, na quais o teste rápido é oferecido a gestantes que não foram testadas durante o pré­natal.
Palavras-Chave:
Prevenção da transmissão vertical do HIV e outras DST. Puérperas. Teste anti-HIV no pré­natal.
Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Jorge Alberto Bernsteins Iriart
Instituição:
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Saúde Coletiva – ISC, Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão – Fapex.
Período de Vigência:
1999 - 2000
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Trata­-se de uma pesquisa qualitativa de orientação antropológica que teve por objetivo produzir conhecimento sobre os significados e práticas associados ao HIV/aids e sua prevenção, a partir de uma perspectiva de gênero, visando produzir subsídios para a prevenção da epidemia entre mulheres de bairros populares de Salvador. Durante oito meses de trabalho de campo, foram realizadas etnografias de dois bairros populares da cidade e entrevistas semi­estruturadas com 40 homens e mulheres entre 15 e 39 anos. Os roteiros de entrevistas abordaram: informações e redes simbólicas associadas ao HIV/aids; papéis e relações de gênero e vulnerabilidade ao HIV/aids; sexualidade; e percepção do preservativo e de risco de contrair o HIV. Os dados produzidos pela pesquisa permitiram elaborar um projeto de intervenção culturalmente apropriado que foi implementado no ano seguinte.
Objetivos:
Produzir conhecimentos sobre signos, significados e práticas associadas à aids e sua prevenção entre homens e mulheres em bairros populares de Salvador, visando fornecer subsídios para a elaboração de programas de prevenção culturalmente sensíveis.
Materiais e Métodos:
A metodologia utilizada foi de cunho qualitativo, sendo privilegiada uma orientação antropológica. Foram selecionados para o trabalho de campo dois bairros populares de Salvador com características distintas. Um deles era marcado pela violência urbana, fraca organização comunitária e grande consumo e comércio ilegal de drogas. O outro se caracterizava pela forte organização comunitária e menores índices de violência urbana. Durante 8 meses de trabalho de campo, foram realizadas etnografias das duas comunidades com registro em cadernos de campo, assim como entrevistas semi-estruturadas com 40 informantes chaves. Foram selecionados para as entrevistas homens e mulheres entre 15 e 39 anos. Quatro roteiros de entrevistas foram elaborados e as entrevistas realizadas em 3 encontros sucessivos com os informantes. As entrevistas foram gravadas em fita cassete e transcritas. Para codificação dos dados segundo as categorias analíticas, foi utilizado o programa NudIst 4.0. Procedeu-se então à análise de conteúdo visando identificar as categorias culturais centrais, em torno das quais se articulavam as redes de significados e as práticas com relação à aids e ao risco de contrair o HIV.
Resultados - Parciais ou Finais:
A análise dos dados apontou que as pessoas possuem um conhecimento básico, mas muitas vezes superficial sobre as DST/aids, havendo confusão sobre aspectos importantes para a prevenção, tal como o período de latência do HIV e noções equivocadas sobre o contágio; a existência de rede simbólica associada à aids onde são enfatizados significados como “medo, morte, sofrimento” e a concomitante ausência de significados positivos que se refiram à idéia da prevenção. Preponderância de uma rede simbólica associada ao preservativo que enfatiza significados como “insegurança”, “desconforto”, “infidelidade” e “medo”. De um lado, a percepção entre mulheres com companheiros fixos de que a monogamia é segurança suficiente com relação ao risco de contrair o HIV e, de outro, o sentimento de impotência com relação ao risco, associado à dificuldade de negociar o sexo seguro com os companheiros. Existência de representações e práticas sobre sexualidade e relações de gênero que favorecem a vulnerabilidade de homens e mulheres ao HIV. Os dados produzidos pela pesquisa subsidiaram um projeto de intervenção voltado para a prevenção do HIV/aids nos dois bairros intitulado “Cultura, gênero e poder: a construção participativa da prevenção das DST/Aids”, que foi realizado entre 2001 e 2002.
Palavras-Chave:
Prevenção HIV/aids. HIV. Aids. Mulheres. Classes populares. Significados e práticas.
Divulgação e/ou Publicações:

IRIART, J.A.B. et al. Relatório Final do projeto Signos, significados e práticas associadas à Aids em um bairro pobre de Salvador, Bahia: contribuição à elaboração de campanhas de prevenção entre mulheres, 2001 (Relatório de pesquisa).

__. Signos, Significados e práticas associadas à Aids em dois bairros pobres de Salvador, Bahia: contribuição à elaboração de campanhas de prevenção entre mulheres. In: VI CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA DA ABRASCO, 6., 2000, Salvador. Proceedings... Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 2000. CD-ROM.

508/1999 SANTOS, C.O.; IRIART, J.A.B. Cultura sexual, gênero e aids: implicações para a prevenção. In: V CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST/DST-5, VCONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO EM DST E AIDS. I CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS, 5./5./1., 2004, Recife. Proceedings... Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

__. O amor nos tempos de aids: significados e práticas associados ao risco de contrair HIV nas trajetórias sexuais de mulheres. In: V CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST/DST-5, V CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO EM DST E AIDS. I CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS, 5./5./1., 2004, Recife. Proceedings... Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

SANTOS, C.O.; IRIART, J.A.B.; LIMA, M.C. Fragmentos de uma cultura sexual em tempos de Aids: uma análise sob a perspectiva de gênero. In: VII CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA, 7., 2003, Brasília. Proceedings... Brasília: Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 2003.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Jorge Alberto Bernsteins Iriart
Instituição:
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Saúde Coletiva – ISC, Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão – Fapex.
Período de Vigência:
1999 - 2000
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Trata­-se de uma pesquisa qualitativa de orientação antropológica que teve por objetivo produzir conhecimento sobre os significados e práticas associados ao HIV/aids e sua prevenção, a partir de uma perspectiva de gênero, visando produzir subsídios para a prevenção da epidemia entre mulheres de bairros populares de Salvador. Durante oito meses de trabalho de campo, foram realizadas etnografias de dois bairros populares da cidade e entrevistas semi­estruturadas com 40 homens e mulheres entre 15 e 39 anos. Os roteiros de entrevistas abordaram: informações e redes simbólicas associadas ao HIV/aids; papéis e relações de gênero e vulnerabilidade ao HIV/aids; sexualidade; e percepção do preservativo e de risco de contrair o HIV. Os dados produzidos pela pesquisa permitiram elaborar um projeto de intervenção culturalmente apropriado que foi implementado no ano seguinte.
Objetivos:
Produzir conhecimentos sobre signos, significados e práticas associadas à aids e sua prevenção entre homens e mulheres em bairros populares de Salvador, visando fornecer subsídios para a elaboração de programas de prevenção culturalmente sensíveis.
Materiais e Métodos:
A metodologia utilizada foi de cunho qualitativo, sendo privilegiada uma orientação antropológica. Foram selecionados para o trabalho de campo dois bairros populares de Salvador com características distintas. Um deles era marcado pela violência urbana, fraca organização comunitária e grande consumo e comércio ilegal de drogas. O outro se caracterizava pela forte organização comunitária e menores índices de violência urbana. Durante 8 meses de trabalho de campo, foram realizadas etnografias das duas comunidades com registro em cadernos de campo, assim como entrevistas semi-estruturadas com 40 informantes chaves. Foram selecionados para as entrevistas homens e mulheres entre 15 e 39 anos. Quatro roteiros de entrevistas foram elaborados e as entrevistas realizadas em 3 encontros sucessivos com os informantes. As entrevistas foram gravadas em fita cassete e transcritas. Para codificação dos dados segundo as categorias analíticas, foi utilizado o programa NudIst 4.0. Procedeu-se então à análise de conteúdo visando identificar as categorias culturais centrais, em torno das quais se articulavam as redes de significados e as práticas com relação à aids e ao risco de contrair o HIV.
Resultados - Parciais ou Finais:
A análise dos dados apontou que as pessoas possuem um conhecimento básico, mas muitas vezes superficial sobre as DST/aids, havendo confusão sobre aspectos importantes para a prevenção, tal como o período de latência do HIV e noções equivocadas sobre o contágio; a existência de rede simbólica associada à aids onde são enfatizados significados como “medo, morte, sofrimento” e a concomitante ausência de significados positivos que se refiram à idéia da prevenção. Preponderância de uma rede simbólica associada ao preservativo que enfatiza significados como “insegurança”, “desconforto”, “infidelidade” e “medo”. De um lado, a percepção entre mulheres com companheiros fixos de que a monogamia é segurança suficiente com relação ao risco de contrair o HIV e, de outro, o sentimento de impotência com relação ao risco, associado à dificuldade de negociar o sexo seguro com os companheiros. Existência de representações e práticas sobre sexualidade e relações de gênero que favorecem a vulnerabilidade de homens e mulheres ao HIV. Os dados produzidos pela pesquisa subsidiaram um projeto de intervenção voltado para a prevenção do HIV/aids nos dois bairros intitulado “Cultura, gênero e poder: a construção participativa da prevenção das DST/Aids”, que foi realizado entre 2001 e 2002.
Palavras-Chave:
Prevenção HIV/aids. HIV. Aids. Mulheres. Classes populares. Significados e práticas.
Divulgação e/ou Publicações:

IRIART, J.A.B. et al. Relatório Final do projeto Signos, significados e práticas associadas à Aids em um bairro pobre de Salvador, Bahia: contribuição à elaboração de campanhas de prevenção entre mulheres, 2001 (Relatório de pesquisa).

__. Signos, Significados e práticas associadas à Aids em dois bairros pobres de Salvador, Bahia: contribuição à elaboração de campanhas de prevenção entre mulheres. In: VI CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA DA ABRASCO, 6., 2000, Salvador. Proceedings... Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 2000. CD-ROM.

508/1999 SANTOS, C.O.; IRIART, J.A.B. Cultura sexual, gênero e aids: implicações para a prevenção. In: V CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST/DST-5, VCONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO EM DST E AIDS. I CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS, 5./5./1., 2004, Recife. Proceedings... Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

__. O amor nos tempos de aids: significados e práticas associados ao risco de contrair HIV nas trajetórias sexuais de mulheres. In: V CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST/DST-5, V CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO EM DST E AIDS. I CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS, 5./5./1., 2004, Recife. Proceedings... Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

SANTOS, C.O.; IRIART, J.A.B.; LIMA, M.C. Fragmentos de uma cultura sexual em tempos de Aids: uma análise sob a perspectiva de gênero. In: VII CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA, 7., 2003, Brasília. Proceedings... Brasília: Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 2003.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Abr/2002
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Anadergh Barbosa de Abreu Branco
Instituição:
Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Saúde Coletiva.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Este estudo propôs-se a avaliar a biossegurança estabelecida pelas unidades de saúde do Distrito Federal para o manuseio de material potencialmente infectante (HIV); identificar o nível de conhecimento dos profissionais de saúde do DF em relação às medidas de biossegurança a serem adotadas no manuseio de material potencialmente infectante (HIV), bem como os procedimentos a serem seguidos em caso de acidente envolvendo esses materiais. Os dados foram armazenados e analisados quantitativamente em programa Microsoft Access e passaram por análise qualitativa baseada na legislação vigente e na literatura científica.
Objetivos:
Avaliar as medidas de biossegurança instituídas para o manuseio de material biológico potencialmente contaminado por HIV; Identificar as medidas de segurança instituídas pelas unidades de saúde para o manuseio de material biológico potencialmente contaminado por HIV; Verificar o grau de adesão dos trabalhadores de saúde às medidas instituídas pelos hospitais; Analisar o grau de conhecimento dos profissionais de saúde acerca das medidas de biossegurança no manuseio de material biológico potencialmente contaminado por HIV.
Materiais e Métodos:
Trata-se de estudo epidemiológico, do tipo inquérito transversal. Foram listados todos os hospitais públicos e realizada seleção aleatória da amostra, estratificada pelo porte do hospital, da seguinte forma: um hospital de grande porte (>300 leitos); dois de médio porte (100-200 leitos); três de pequeno porte (
Resultados - Parciais ou Finais:
O coeficiente de acidentabilidade foi inversamente proporcional ao porte do hospital; Os profissionais de saúde do sexo masculino acidentaram-se mais do que os do sexo feminino, bem como as categorias cirurgião dentista, médico e técnico de laboratório; Treinamentos com conteúdos sobre biossegurança não interferiram positivamente na diminuição de acidentes. Não houve relação positiva entre o conhecimento e a adesão quanto ao uso de EPI. Os profissionais que mais relataram acidentes com material perfurocortante foram: cirurgião dentista (64,3), médico (47,8) e técnico de laboratório (46,0), em contrapartida à categoria farmacêutico bioquímico (17,6). Os profissionais de saúde com maior tempo de serviço se acidentaram mais, à exceção dos médicos que apresentaram uma relação inversa, ou seja, aqueles com menor tempo de serviço apresentaram um maior coeficiente de acidentabilidade. O coeficiente de acidentabilidade foi maior entre os profissionais de saúde que afirmaram conhecer todas as normas. Em linhas gerais, a relação negativa entre o conhecimento e a adesão dos profissionais de saúde demonstra a necessidade de uma abordagem mais efetiva perante esses profissionais.
Palavras-Chave:
Biossegurança. Profissionais de saúde. HIV. Acidente de trabalho. Material biológico. Medidas de proteção.
Divulgação e/ou Publicações:

CAIXETA, R.B. Biossegurança em Aids: Conhecimento e Adesão dos profissionais de saúde em hospitais do Distrito Federal. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Saúde, Universidade de Brasília, 2003.

CAIXETA, R.B.; BARBOSA-BRANCO, A. Acidente de trabalho com material biológico, em profissionais de saúde de hospitais públicos do Distrito Federal, Brasil, 2002/2003. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.21, n.3, p.737-746, Maio-Jun. 2005.

__. Acidente de trabalho com material biológico, em profissionais de saúde de hospitais públicos do Distrito Federal, Brasil, 2002/2003. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA, 7., 2003, Brasília.

__. Acidente de trabalho com material biológico, em profissionais de saúde de hospitais públicos do Distrito Federal, Brasil, 2002/2003. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA, 7., 2003, Brasília. Proceedings... Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 2003. v.8, sup. 2, p.432.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Set/2001
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Valéria Cavalcanti Rolla
Instituição:
Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisa Hospital Evandro Chagas.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Laboratório de Bacteriologia do Ipec – Fiocruz (Maria Cristina da Silva Lourenço); Laboratório de Farmacocinética do Ipec – Fiocruz (Eduardo Werneck Barroso).
Introdução e Justificativa:
Este estudo objetiva avaliar a eficácia virológica da associação concomitante da rifampicina aos inibidores de protease ritonavir (400 mg) e saquinavir (400 mg), bem como monitorar os efeitos adversos e concentrações séricas da rifampicina antes e após a introdução da associação ritonavir saquinavir. Um segundo objetivo é a avaliação de uma nova técnica de dosagem da rifampicina na saliva para o monitoramento da adesão ao tratamento tuberculostático. Para tal, foram avaliados 30 pacientes com diagnóstico de tuberculose, virgens de tratamento para tuberculose e inibidores de protease (IP). O tratamento da tuberculose foi iniciado ao menos 30 dias antes da introdução do tratamento anti-HIV. A resposta virológica foi adequada em todos os voluntários que toleraram o tratamento. A resposta ao tratamento da tuberculose também foi satisfatória em todos os pacientes. Após a introdução dos IP, 14 pacientes foram retirados do estudo por eventos adversos relacionados aos IP e 1 outro paciente por decisão própria. A hepatotoxicidade foi observada em 4 casos e os demais eventos adversos observados foram náuseas e vômitos, e ocorreram na sua maioria nos primeiros 30 dias de tratamento anti-HIV. Foi observado um decréscimo na área sobre a curva e um prolongamento da meia vida dos IP durante o tratamento com rifampicina, porém as concentrações máximas e mínimas estiveram dentro dos limites terapêuticos. A dosagem da rifampicina na saliva se mostrou útil apenas para se verificar a adesão, não havendo correlação entre as concentrações plasmáticas e na saliva. Baseados nos dados apresentados, não indicamos o tratamento com IP como primeira opção em pacientes virgens de tratamento. Devemos, entretanto,considerá­lo para resgate em pacientes já previamente tratados.
Objetivos:
Avaliar a eficácia dos anti-retrovirais ritonavir e saquinavir em associação com a rifampicina no tratamento da tuberculose e da aids. Monitorar as concentrações plasmáticas da rifampicina antes e após a introdução dos inibidores da protease, ritonavir e saquinavir.
Materiais e Métodos:
Estudo fase IV, aberto, não randomizado, não controlado, nacional, com o objetivo de estudar a infecção pelo HIV concomitante à tuberculose. A população de estudo serão os adultos de ambos os sexos infectados pelo HIV, virgens de tratamento anti-retroviral (ARV), em tratamento para tuberculose, e que apresentem critérios para tratamento ARV de acordo com as regras estipuladas pelo Ministério da Saúde. Foram realizados: avaliação da carga viral plasmática e contagens de células CD4 (antes da introdução dos IP, 30 dias após e no final do tratamento da tuberculose) e testes genotípicos no início e no final do tratamento. A principal variável para se medir a resposta clínica e determinar a eficácia anti-retroviral nos pacientes que utilizam essas drogas em combinação com a rifampicina é o monitoramento da carga viral plasmática em relação aos valores basais. Foram consideradas como desfechos terapêuticos favoráveis as quedas >1 log ao final do primeiro mês e a obtenção de CV
Resultados - Parciais ou Finais:
Todos os pacientes incluídos no estudo obtiveram cura da tuberculose ao final do tratamento. A resposta virológica foi adequada em todos os voluntários que toleraram os dois tratamentos concomitantes (TB-HIV). A principal limitação do uso desse esquema anti-retroviral foram os eventos adversos. Após a introdução dos IP, 14 pacientes foram retirados do estudo e 1 por decisão própria. A hepatotoxicidade foi observada em 4 pacientes e os demais eventos adversos observados foram náuseas e vômitos e ocorreram na sua maioria nos primeiros 30 dias de tratamento anti-HIV. Foram observados 4 casos de reação paradoxal. Não foi detectado resistência genotípica aos IP. Com relação ao estudo farmacocinético, foi observado um decréscimo na área sobre a curva e um prolongamento da meia vida dos IP durante o tratamento com rifampicina, porém as concentrações máximas e mínimas estiveram dentro dos limites terapêuticos. A dosagem da rifampicina na saliva se mostrou útil apenas para se verificar a adesão, não havendo correlação entre as concentrações plasmáticas e na saliva. Concluímos que, apesar da eficácia virológica e perfil farmacocinético, esse tratamento não deve ser recomendado como primeira opção em indivíduos virgens de ARV.
Palavras-Chave:
Aids. Tuberculose. Farmacocinética. Ritonavir. Saquinavir. Rifampicina.
Divulgação e/ou Publicações:

ROLLA, V. et al. Safety, Efficacy and Pharmacokinetics of Ritonavir 400 mg – Saquinavir 400 mg and Rifampicin Combined Therapy in HIV Patients with Tuberculosis. In: IAS CONFERENCE ON PATHOGENESIS AND TREATMENT, 3., 2005, Rio de Janeiro.

VIEIRA, M.A.M.S. et al. Monitoração da concentração plasmática da rifampicina em pacientes com aids e tuberculose em tratamento com ritonavir e saquinavir. In: ENCONTRO NACIONAL DE TUBERCULOSE, 1., 2004, Brasília.

__. Rifampicin pharacokinetics in AIDS patients treated with ritonavir and saquinavir. American College of Chest Phisicians, San Diego,v.122, p.35s-36s, 2002.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Rosalie Kupka Knoll
Instituição:
MCJ – Movimento Cidadania e Juventude.
Período de Vigência:
2004-2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
PN-DST/AIDS do Ministério da Saúde; Programa Estadual DST/Aids; e, outros sítios no Brasil (Porto Alegre, São José, Riberão Preto, Curitiba, São Paulo).
Introdução e Justificativa:
O projeto se propõe a preparar unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) da região para participar de testes de eficácia com produtos vacinais ou microbicidas contra a aids. Serão recrutados 200 indivíduos da população que apresentem testes sorológicos positivos para HIV em serviços públicos. Os voluntários que concordarem em participar, após consentimento esclarecido, terão segmento clínico que envolverá investigação por meio de questionários, avaliações clínica e laboratorial, para que se possa avaliar o comportamento imunológico destes pacientes. A avaliação da eficácia patogênica e o segmento destes voluntários implicam na preparação da rede de suporte.
Objetivos:
Testar a hipótese de que existe um impacto imunológico, definido aqui como o percentual de queda anual do número de linfócitos T CD4+ durante a infecção, distinta entre indivíduos infectados por variantes HIV-1 C com relação a indivíduos infectados com variantes HIV-1 B.
Materiais e Métodos:
Estudo observacional clínico laboratorial com voluntários que consintam nesse seguimento por consentimento esclarecido. Inicialmente, serão recrutados 200 pacientes consecutivos. Os pacientes serão avaliados por meio de questionário clínico e comportamental na entrada do estudo e realização de segmento clínico por um período de 2 anos. A cada 4 meses o paciente deverá voltar à Unidade para consulta e realização de novos exames (a critério clínico poderá retornar antes deste período). Os exames de Carga Viral e CD4/CD8 são realizados no laboratório municipal de Itajaí. Quando necessário instituir tratamento, este será de acordo com o Consenso Brasileiro.
Resultados - Parciais ou Finais:
Nossos resultados ainda são preliminares, pois anteriormente decidimos captar para a pesquisa apenas pacientes recém diagnosticados. Sendo assim, o número de pacientes não poderia ser grande. Reavaliamos e decidimos captar também outros casos. Da população estudada observamos: 69% do sexo feminino; 68% estavam assintomáticos na entrada do estudo; e, 92% brancos. Sobre a escolaridade: 53% de 8 a 11 anos; 23% mais de 12 anos; e, 23% de 4 a 7 anos de estudo. 61% nunca tiveram DST e com relação ao CD4, 15% apresentaram menor que 350 células e 46% mais de 500 células.
Palavras-Chave:
HI. Aids. Evolução clínica. Vacinas.
Divulgação e/ou Publicações:

NUNES, C.C. Participação In: WORKSHOP DE VACINA – REUNIÃO TÉCNICA DOS GRUPOS ENVOLVIDOS EM PESQUISAS PREPARATÓRIAS PARA CAPACITAÇÃO PARA TESTES COM VACINA OU MICROBICIDAS CONTRA O HIV/AIDS, 2004, Porto Alegre. PN-DST/AIDS, Unidade de Desenvolvimento Tecnológico, Área de Vacinas.

__. Preliminary characterization of a natural history cohorte (rcp_c1) at Porto Alegre/¬RS, Brazil. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PESQUISA EM HIV/AIDS - SIMPAIDS, 6., 2005, Ouro Preto.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Rosalie Kupka Knoll
Instituição:
MCJ – Movimento Cidadania e Juventude.
Período de Vigência:
2004-2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
PN-DST/AIDS do Ministério da Saúde; Programa Estadual DST/Aids; e, Instituto Adolfo Lutz.
Introdução e Justificativa:
O estudo tem por objetivo avaliar as características comportamentais, epidemiológicas e moleculares de freqüentadores de serviços de saúde do município de Itajaí. O estudo visa a percepção comunitária sobre testes com produtos microbicidas ou vacinais entre os usuários – cuidados com a saúde, em especial no tocante ao HIV/aids e outras DST – e na população geral e de risco acrescido, a capacidade de segmento e retenção desta população permitirão a avaliação preliminar das características sociocomportamentais da população que freqüenta estes serviços. O retorno destes indivíduos permitirá a avaliação molecular de casos incidentes, a estimativa da prevalência e incidência do HIV nesta população.
Objetivos:
Estabelecer atividades preparatórias em potenciais sítios de testes para vacinas contra o HIV/aids através do seguimento da população vulnerável e do estudo de características moleculares do vírus; Avaliar a factibilidade da infraestrutura local para participar de testes com produtos vacinais ou microbicidas, avaliando parâmetros como interesse da comunidade e características epidemiológicas locais; Criação das bases para um núcleo de pesquisa para o desenvolvimento dos estudos futuros com produtos preventivos, microbicidas ou vacinas; Desenvolver ou adaptar metodologia de recrutamento e retenção de voluntários soronegativos para o HIV, de risco acrescido; Estimar a incidência do HIV entre voluntários, através de taxa de soroconversão anônima e desvinculada em amostras armazenadas em serviços que atendem a região; Criar e manter sistema eficaz de armazenamento de células e plasma para caracterização biológica posterior dos isolados virais; Integrar as atividades deste estudo com iniciativas semelhantes em outros estados e organismos.
Materiais e Métodos:
Estudo observacional clínico laboratorial com indivíduos que componham este seguimento por instrumento de consentimento esclarecido. Os voluntários serão recrutados em serviços ligados à Secretaria de Saúde e serão feitos os esclarecimentos necessários sobre os objetivos do estudo e sobre o consentimento esclarecido. Os que concordarem em participar serão avaliados por questionário e convidados a retornar em seguimento regular a cada 6 meses, por dois anos, no serviço de referência do estudo. As atividades ligadas ao seguimento, como aconselhamento e acesso a exames de diagnóstico, serão oferecidas à população geral que freqüenta o serviço, incluindo apoio psicosocial em visitas de retorno, avaliação clínicolaboratorial e demais atividades ligadas à atenção à saúde. Os voluntários com indicação de tratamento serão encaminhados à Unidade de atenção à saúde de referência.
Resultados - Parciais ou Finais:
Resultados preliminares com 125 voluntários, 39% homens. Cerca de 49% apresentam uma renda de R$ 360 a R$ 960. Nos últimos 6 meses, 73% referiram um ou mais eventos de risco, sem proteção. Preservativos não foram usados em 41% ou usados de maneira inconsistente em 42%. Observou-se menos de 2% de UDI, 10% HSH, 8% de mulheres e 2% referem ter sexo com Pessoas Vivendo com HIV/aids. A maioria das mulheres (79%) teve apenas 1 parceiro nos últimos 6 meses. Estudos preliminares de caracterização molecular mostraram a existência de HIV subtipo C (7 casos), subtipo B (2 casos) e mosaico CB em 2 casos.
Palavras-Chave:
HIV. Comportamento. Vacinas.
Divulgação e/ou Publicações:

KNOLL, R.K. Epidemiologia da Aids em munícipio de médio porte e alta prevalência: implantação de sítio de pesquisa. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA TROPICAL, 2005, Florianópolis. __. Epidemiologia da Aids em munícipio de médio porte e alta prevalência: implantação de sítio de pesquisa. In: IAS CONFERENCE ON HIV PATHOGENESIS AND TREATMENT, 3., 2005, Rio de Janeiro. KNOLL, R.K. et al. Preparation of cohorts ta evaluate HIV infection risk trends and incidence at voluntary couseling testing at Itajai, Brazil. RCP Preliminary data. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PESQUISA EM HIV/AIDS - SIMPAIDS, 6., 2005, Ouro Preto.

Edital/Chamamento:
Eventos
Pesquisador(es) Responsável(eis):
José Luiz de Andrade Neto
Instituição:
Associação Educacional Educar.
Período de Vigência:
2004 - 2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
PN-DST/AIDS; Coordenação Estadual de DST/Aids de Santa Catarina; International AIDS Society-IAS; UNESCO.
Introdução e Justificativa:
A aids foi, no triênio final da década passada, o maior exterminador de adultos jovens do mundo ocidental, superando todas as principais causas de morte reunidas: câncer, moléstias do coração e respiratórias e acidentes de tráfego. Para o Ministério da Saúde, o número de soropositivos até hoje identificados no Brasil é de 215 mil, em 3.702 municípios. Desse total, 95% são adultos jovens e 5% de crianças abaixo de 13 anos. Cerca de 130 mil estão em uso do coquetel (anti-retovirais) e 85 mil não usam o remédio. A taxa de resistência ao medicamento é menor no Brasil chegando a 6,6%, pequena em comparação a países como EUA, Espanha com até 26 % e Argentina, França, Reino Unido com 10 a 17%. Isto pode ser encarado como um fator de bom prognóstico uma vez que é decorrência do Brasil ter a maior taxa de adesão aos medicamentos, chegando a 75% em algumas capitais. Esse perfil epidemiológico demonstra a necessidade de cada vez mais possuirmos profissionais devidamente qualificados para o atendimento destes pacientes uma vez que se sabe a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento competente, justificando assim a realização de atualizações periódicas destes profissionais. Baseado nessa necessidade de se ter profissionais bem treinados, as instituições devem oferecer condições aos profissionais de atualização e aperfeiçoamento, através de treinamentos. A realização de cursos de capacitação tornou-se imprescindível a fim de qualificar e sensibilizar médicos dos serviços de referência para o mane-jo do HIV/aids e coinfecções.
Objetivos:
Atualizar e qualificar médicos no controle e manejo do HIV/aids e coinfecções.
Materiais e Métodos:
Reunião com consultores especialistas para elaboração de um conteúdo adequado para cada curso. Seleção de monitores para auxiliarem no monitoramento das discussões dos grupos. Seleção dos participantes através de inscrições prévias observando pré­requisitos definidos. Realização do curso com carga horária de 24 horas, aplicando metodologia de problematização, discussões em grupos e atividades interativas que incluem aplicação de pré­teste e pós-teste.
Resultados - Parciais ou Finais:
120 médicos participaram do curso; Pré­teste: 79% acertos; Pós-teste: 98% acertos; 96% consideraram a metodologia utilizada excelente; 94% consideraram ter suas expectativas atendidas no curso; 92% consideraram que o curso atendeu o objetivo.
Palavras-Chave:
Capacitação. Médicos. HIV. Aids.
Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Regina Célia Menezes Succi
Instituição:
Associação Grupo de Apoio à Criança com Aids.
Período de Vigência:
2004 – 2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Universidade Federal de São Paulo (Disciplina de Infectologia Pediátrica, Departamento de Pediatria).
Introdução e Justificativa:
Estudo retrospectivo da revisão de prontuários que teve por objetivo conhecer e analisar a taxa real de transmissão vertical do HIV (TMI do HIV) em 18 centros de diferentes regiões do território brasileiro, nascidas no período compreendido entre os meses de janeiro de 2003 a dezembro de 2004. A taxa de transmissão materno-infantil do HIV no período estudado e em todo o País foi de 7,01%, sendo de 7,1% no ano de 2003 e 6,8% no ano de 2004. As maiores taxas de TMI do HIV foram encontradas na região Norte (13,4%) enquanto nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul essas taxas foram, respectivamente, de 7,7%, 4,3%, 7,6% e 5,6%. As taxas de TMI foram maiores entre as crianças nascidas de mães que não fizeram acompanhamento pré­natal e naquelas que receberam aleitamento materno.
Objetivos:
Avaliar a taxa de transmissão vertical do HIV em serviços brasileiros que atendem crianças nascidas de mulheres infectadas pelo HIV; Avaliar fatores associados com a transmissão materno-infantil do HIV e os métodos utilizados para prevenir a transmissão do HIV da mãe para o filho nos diferentes serviços.
Materiais e Métodos:
Estudo retrospectivo de revisão de prontuários de 18 serviços localizados nas cinco regiões do País, com a seguinte distribuição: 2 serviços na região Norte (82 casos), 4 na região Nordeste (286 casos), 2 na região Centro-Oeste (139 casos), 7 na Região Sudeste (540 casos) e 3 na Região Sul (465 casos). Os pesquisadores participantes preencheram o instrumento de coleta construído para o estudo, no qual eram registrados os dados referentes às mães e crianças. O estudo compreendeu crianças nascidas nos anos de 2003 e 2004 de mães sabidamente soropositivas para o HIV, cujo diagnóstico da infecção tenha sido feito antes do parto, no momento do parto ou nos primeiros três meses após o parto. Os dados foram colocados em banco de dados adequado e analisados por estado, região e ano de nascimento.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram incluídas 1.512 crianças nos dois anos estudados, das quais 106 estavam infectadas pelo HIV, o que determinou uma taxa de transmissão materno-infantil do HIV (TMI do HIV) de 7,01% (CI 95%: 5,7% – 8,3%). A TMI do HIV foi diferente segundo o ano de nascimento das crianças estudadas: 7,15% no ano de 2003 e 6,84% no ano de 2004. As TMI do HIV foi de 13,4% na Região Norte, 7,7% na Região Nordeste, e nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul essas taxas foram, respectivamente, de 4,3%, 7,6% e 5,6%. As taxas de TMI foram maiores entre as crianças nascidas de mães que não fizeram acompanhamento pré­natal e naquelas que receberam aleitamento materno.
Palavras-Chave:
HIV. Transmissão vertical. Crianças.
Divulgação e/ou Publicações:

SUCCI, R.C.M. Grupo de Estudo da TMI do HIV da SBP. Transmissão vertical do HIV no Brasil em 2003 – 2004. Resultado preliminar de um estudo colaborativo multicêntrico. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE INFECTOLOGIA PEDIÁTRICA, 14., 2005, Foz do Iguaçu.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Carla Gianna Luppi
Instituição:
CEALAG - Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão.
Período de Vigência:
1999 - 2000
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Estudo de corte transversal, com a medida seriada da prevalência de DST e uso de preservativos em mulheres que freqüentaram uma unidade básica de saúde, onde foi implantado um subprograma de prevenção, diagnóstico e atendimento de DST, incluído no Programa de Saúde Integral da Mulher. Buscou-se avaliar o impacto das atividades de prevenção comparando-se a prevalência de DST e o uso de preservativos em dois cortes transversais, com intervalo de 18 meses. Essas variáveis fizeram parte da análise, associadas aos fatores sociodemográficos, comportamento sexual e história de vida reprodutiva. Foram investigadas 180 mulheres em 1998 e 168 mulheres em 2001. Todas as mulheres avaliadas eram previamente matriculadas no serviço. Obtiveram-se as prevalências de qualquer DST de 45,5% em 1998 e de 30,2% em 2001. Em 1998, 69,5% já haviam falado sobre DST com o parceiro atual/em 2001 esse percentual foi de 61%.
Objetivos:
Avaliar o impacto da implantação de intervenção em DST/aids em mulheres que freqüentaram uma unidade básica de saúde, comparando a prevalência de DST e a freqüência do uso de preservativo obtida em dois anos consecutivos; Descrever a prevalência das DST (infecção por Tricomonas vaginalis, Clamída, Haemopylus vaginalis, Gonococo, HIV, Sífilis e hepatite B); Avaliar a associação de fatores sociodemográficos e do comportamento sexual com as prevalências de DST obtidas; Avaliar o impacto das atividades de prevenção às DST desenvolvidas nesse serviço, sob a prevalência das DST e dos comportamentos sexuais de risco, comparando as prevalências de DST obtidas em dois anos consecutivos.
Materiais e Métodos:
Pesquisa realizada no Centro de Saúde Escola Barra Funda, onde estava implantada a atividade de intervenção em DST/aids, incluída no Programa de Saúde da Mulher. O tamanho da amostra calculado para cada corte transversal foi de 200 mulheres, que foi assim calculada para possibilitar a comparação da prevalência de DST nos dois cortes de prevalência. Para esse cálculo, considerou-se a prevalência inicial aproximada de DST nessa população (que já colheu exame pelo menos uma vez), que é de 25%, e esperando uma redução de 10% na prevalência das mulheres no segundo corte, após a intervenção; com erro tipo 1=0,05 e erro tipo 2= 20%, o tamanho da amostra necessária para cada corte da intervenção foi de 200 mulheres, que já colheram exame pelo menos uma vez. Foram incluídas mulheres que já realizaram coleta de citologia pelo menos uma vez nesse serviço, e essa característica foi a mesma nos dois cortes de prevalência realizados. As mulheres que procuraram o serviço, no período delimitado, foram avaliadas com relação à necessidade de encaminhamento para a coleta de citologia. No dia agendado para a coleta de citologia, foi preenchida uma entrevista, antes da realização do exame, na qual constava, dos fatores a serem investigados e realizados, as coletas de sorologia, material de secreção vaginal e cervical, exame a fresco e exame físico específico. As DST pesquisadas foram: Tricomoníase; Haemophylus vaginalis; Clamydia; Hepatite B; Herpes genital; Sífilis; Gonorréia; HPV e HIV. No dia da inclusão, a paciente era orientada em atividade educativa a respeito da disponibilidade de preservativos no serviço. Na oportunidade do resultado, as pacientes receberam novas orientações sobre práticas sexuais seguras. Todos os instrumentos do estudo foram identificados com as iniciais do nome da paciente, o número do prontuário e o número da entrevista.
Resultados - Parciais ou Finais:
Em 1998, das 200 mulheres convidadas a participar da investigação, 187 foram efetivamente incluídas. Encontrou-se pelo menos uma infecção do trato reprodutivo (DST) em 45,5%, das quais 24,9% com vaginose bacteriana. Dessas mulheres, 70,1% referiram ter conversado com o parceiro sexual atual a respeito da prevenção à aids e 69,5% já utilizaram preservativo com o seu parceiro atual para evitar HIV/aids. Em 2001, das 200 mulheres convidadas, 162 foram incluídas na análise. Encontrou-se 30,2% das mulheres com alguma ITR, 21,6% vaginose bacteriana. Dessas mulheres, 73% relataram conversar com o parceiro sexual e 61% utilizavam preservativo com o seu parceiro atual para evitar HIV/aids. A redução da prevalência de DST nesses dois anos foi estatisticamente significante χ2=8,49, p
Palavras-Chave:
IST. Prevenção de HIV. Mulheres. Saúde reprodutiva.
Divulgação e/ou Publicações:

ANDRADE, M.C. et al. Atenção primária e saúde da mulher: ainda um locus estratégico. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA, 7., 2003, Brasília. Proceedings... Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 2003. v.8. p.773.

__. Incorporação da prevenção de DST/AIDS na rotina do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher. O preservativo como opção contraceptiva. In: FORUM 2000 - FÓRUM E CONFERÊNCIA DA COOPERAÇÃO TÉCNICA HORIZONTAL DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE, 1./2., 2000, Rio de Janeiro. Proceedings... Brasília, Ministério da Saúde: 2000.

LUPPI, C.G. et al. Infecções transmissíveis em mulheres: Intervenção em atenção básica. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA, 6., 2004, Recife. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2004.

__. Utilização do condom em usuárias do programa de saúde das mulheres: Avaliação da introdução do aconselhamento na coleta rotineira do papanicolau. In: CONGRESSO PAULISTA DE SAÚDE PÚBLICA, 6., 1999, Águas de Lindóia. Proceedings... São Paulo: Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 1999.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Domenico Feliciello
Instituição:
Ipads – Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Social.
Período de Vigência:
2001 - 2001
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Ipads – Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Social.
Introdução e Justificativa:
A pesquisa teve como finalidade caracterizar o PN-DST/AIDS com o objetivo de conhecer, em detalhes, as estruturas e os processos de gestão e de financiamento com vistas à ampliação da participação dos gestores estaduais e municipais, de acordo com as diretrizes de descentralização e municipalização do SUS. Para tanto, foi realizado um levantamento de dados junto a todos os setores do Programa, por meio de entrevistas com informantes chaves e grupos focais, para detectar as ações, os problemas e os obstáculos, bem como os desafios, avanços e potencialidades que poderiam auxiliar no desenho de alternativas de financiamento e gestão. Após o diagnóstico, foram elaboradas propostas e alternativas, de financiamento e gestão, de acordo com a legislação vigente do SUS à época.
Objetivos:
Propor formas alternativas de financiamento e sustentabilidade do PN-DST/AIDS, considerando as atuais diretrizes do SUS e seus mecanismos de repasse de recursos a Estados e municípios, bem como os processos de gestão do referido Programa e do Ministério da Saúde.
Materiais e Métodos:
Foi implementada uma metodologia participativa, dentro de concepções da pesquisa ação, com a organização de um grupo central composto por técnicos do Ipads e da área de Planejamento do PN-DST/AIDS, que realizou entrevistas e abordagens com grupos focais, de todas as áreas do Programa. Após o levantamento, foi organizada uma síntese do diagnóstico, apresentado ao colegiado de gestores e chefias do Programa, quando foram iniciadas discussões sobre as alternativas de financiamento e gestão. Posteriormente, optou-se pelo financiamento sob a forma de incentivo, tendo sido desenvolvida proposta detalhada sobre a legislação de suporte e seus mecanismos de implementação, com discussão e acompanhamento de todos os setores envolvidos. A proposta foi apresentada ainda ao comitê do Banco Mundial, para análise de viabilidade, e aos respectivos setores responsáveis do Ministério da Saúde. A proposta, na sua fase final, foi discutida e apresentada ao Conasems e Conass e, finalmente, ao conjunto de gestores municipais e de OSC/ONG que já vinham participando ativamente da implementação do Programa. A proposta final formulada foi resultante do consenso dos setores envolvidos.
Resultados - Parciais ou Finais:
Realizar diagnóstico sistematizado da atual gestão e financiamento do PN-DST/AIDS, especialmente dos repasses a Estados e municípios; Formular alternativas para a gestão e financiamento dos gestores estaduais e municipais; Indicar formas de implementação de novas alternativas, incluindo a criação de instrumentos administrativo financeiros e de planejamento, acompanhamento e avaliação.
Palavras-Chave:
Financiamento das ações em DST e Aids. Gerenciamento do PN-DST/AIDS. Descentralização em DST e Aids. Municipalização em DST e Aids.
Divulgação e/ou Publicações:

BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância de Saúde, Programa Nacional de DST/AIDS. Recent Developments in Policy on the Control of AIDS and other STDs in Brazil: Descentralization and Social Control. CD-ROM divulgado na XV International AIDS Conference, Bangkok, 2004. Título em português: Desenvolvimento Recente das Políticas de Controle de Aids e outras DST no Brasil: Descentralização e Controle Social.

FELICIELLO, D. Alternativas para descentralização do Programa Nacional de DST/Aids para Estados e Municípios (Comunicação oral). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO EM DST/AIDS, 4., 2001, Cuiabá.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Joel Sadi Dutra Nunes, Luciana da Silva Teixeira, Sérgio Francisco Piola
Instituição:
Iepes – Instituto de Estudos de Políticas Econômicas e Sociais.
Período de Vigência:
2005 - 2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
PN-DST/AIDS do Ministério da Saúde.
Introdução e Justificativa:
Levantamento e análise dos gastos públicos (União, estados e municípios) com HIV/aids para os anos de 2003 e 2004, segundo fontes de financiamento, funções de atenção (internação hospitalar, serviços de apoio de diagnóstico e de monitoramento, medicamentos, promoção, prevenção) e provedores. O estudo apresentará, ainda, como no estudo referente aos anos de 2001 e 2002, a distribuição regional dos gastos e evolução dos gastos no período de 1999 a 2004.
Objetivos:
Levantar, consolidar e analisar os gastos federais com DST/aids no período 2003/2004 e realizar estimativas dos gastos descentralizados (com recursos próprios dos Estados e dos municípios) para o ano de 2004.
Materiais e Métodos:
Será realizada a contabilização dos gastos relacionados com o controle da epidemia por meio da utilização de matrizes que apresentam os fluxos de financiamento de fontes de recursos a fundos, de fundos a instituições prestadoras de ser-viços; de instituições a programas, bem como de instituições a objetos de gastos. Os dados obtidos englobam os gastos federais em DST/aids realizados pelo PN-DST/AIDS e dispêndios realizados pelo Ministério da Saúde no custeio de atendimentos hospitalar e ambulatorial, distribuição de medicamentos e financiamento de exames para detecção e monitoramento da doença e para triagem de sangue. Os dados do gasto próprio de Estados e municípios serão coletados por meio de levantamento realizado por questionário disponibilizado no site do PN-DST/AIDS.
Palavras-Chave:
Contas em HIV/AIDS. Gastos públicos em HIV/AIDS.
Divulgação e/ou Publicações:

A divulgação será feita no site do PN-DST/AIDS – www.aids.gov.br – e em eventos diversos.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Regina Célia Menezes Succi
Instituição:
Sociedade Brasileira de Pediatria.
Período de Vigência:
2002 - 2004
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Universidade Federal de São Paulo (Disciplina de Infectologia Pediátrica, Departamento de Pediatria).
Introdução e Justificativa:
Estudo retrospectivo da revisão de prontuários que teve por objetivo conhecer e analisar a taxa real de transmissão vertical do HIV (TMI do HIV) em 62 centros médicos de diferentes regiões do território brasileiro entre nascidos no período compreendido entre os meses de janeiro de 2000 a dezembro de 2002. A taxa de transmissão materno-infantil do HIV no período estudado e em todo o País foi de 6,8% (CI 95%: 5.9% – 7.5%), sendo de 8,6% no ano de 2000, 7,1% no ano de 2001 e 3,8% no ano de 2003. As maiores taxas de TMI do HIV foram encontradas nas regiões Norte (12,2%) e Nordeste (10,4%), enquanto nas regiões Centro-oeste, Sudeste e Sul essas taxas foram, respectivamente, de 5,5%, 6,8% e 5,4%. As taxas de TMI foram maiores entre as crianças nascidas de mães que não fizeram acompanhamento pré­natal e naquelas que receberam aleitamento materno.
Objetivos:
Avaliar a taxa de transmissão vertical do HIV em serviços brasileiros que atendem crianças nascidas de mulheres infectadas pelo HIV; Avaliar fatores associados com a transmissão materno-infantil do HIV e os métodos utilizados para prevenir a transmissão do HIV da mãe para o filho nos diferentes serviços.
Materiais e Métodos:
Estudo retrospectivo de revisão de prontuários de 62 serviços localizados nas cinco regiões do País, com a seguinte distribuição: 4 serviços na região Norte (106 casos), 8 na região Nordeste (249 casos), 4 na região Centro-Oeste (215 casos), 39 na região Sudeste (2427 casos) e 7 na região Sul (1007 casos). Constituiu-se um “Grupo de Estudo da Sociedade Brasileira de Pediatria para avaliar a Transmissão Vertical do HIV”, que preencheu o instrumento de coleta construído para o estudo, no qual eram registrados os dados referentes às mães e às crianças. O estudo compreendeu crianças nascidas nos anos de 2000, 2001 e 2002 de mães sabidamente soropositivas para o HIV, cujo diagnóstico da infecção tenha sido feito antes do parto, no momento do parto ou nos primeiros três meses após o parto. Os dados foram colocados em banco de dados adequado e analisados por Estado, região e ano de nascimento.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram incluídas 4.004 crianças nos três anos estudados, das quais 271 estavam infectadas pelo HIV, o que determinou uma taxa de transmissão materno-infantil do HIV (TMI do HIV) de 6,8% (CI 95%: 5.9% – 7.5%). A TMI do HIV foi diferente, segundo o ano de nascimento das crianças estudadas: 8,6% no ano de 2000, 7,1% no ano de 2001 e 3,8% no ano de 2003. Essa diferença não foi estatisticamente significante quando comparada com os anos de 2000 e 2001 (Pearson = 0,131), mas diferiu quando comparada aos anos de 2001 e 2002 (Pearson
Palavras-Chave:
HIV. Transmissão vertical. Crianças.
Divulgação e/ou Publicações:

SUCCI, R.C.M. Grupo de estudo da SBP para avaliar a transmissão vertical do HIV. Estudo Colaborativo Multicêntrico Brasileiro para avaliar as taxas de transmissão vertical do HIV. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PEDIATRIA, 32., 2003, São Paulo. OR 840.

SUCCI, R.C.M.; KUMMER, S.C. Grupo de estudo da TMI do HIV da SBP. Avaliação de um programa para reduzir taxas de transmissão vertical do HIV no Brasil. Resultados de um estudo colaborativo multicêntrico. In: CONGRESO DE LA ASSOCIACIÓN ESPAÑOLA DE PEDIATRIA, 53., 2004, Madrid.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Joel Sadi Dutra Nunes, Luciana da Silva Teixeira, Sérgio Francisco Piola
Instituição:
Iepes – Instituto de Estudos de Políticas Econômicas e Sociais.
Período de Vigência:
2003 - 2004
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
PN-DST/AIDS do Ministério da Saúde.
Introdução e Justificativa:
Pesquisa que busca levantar, consolidar e analisar os gastos públicos federais com HIV/aids para os anos de 2001 e 2002, segundo fonte e função de atenção, fonte e provedores e por tipo de serviço preventivo e curativo. O estudo apresenta, ainda, a sistematização dos dispêndios com HIV/aids de forma regionalizada e uma comparação desses gastos federais para o período de 1999 a 2002.
Objetivos:
Determinar o montante de recursos destinados à prevenção e ao tratamento da aids, as fontes – públicas e privadas, internas e externas – que suportam o financiamento, as instituições que canalizam e gerenciam os recursos, assim como aquelas que os utilizam, as atividades executadas e os gastos realizados.
Materiais e Métodos:
Foi realizada a contabilização dos gastos relacionados com o controle da epidemia por meio da utilização de matrizes que apresentam os fluxos de financiamento de fontes de recursos a fundos, de fundos a instituições prestadoras de serviços; de instituições a programas, bem como de instituições a objetos de gastos. Os dados obtidos englobam os gastos federais em DST/aids realizados pelo PN-DST/AIDS e dispêndios realizados pelo Ministério da Saúde no custeio de atendimentos hospitalar e ambulatorial, distribuição de medicamentos e financiamento de exames para detecção e monitoramento da doença e para triagem de sangue.
Resultados - Parciais ou Finais:
No Brasil, o gasto público federal com HIV/aids foi de R$ 943,9 milhões, em 2001, e de R$ 800,2 milhões, em 2002, o que representou 3,18% e 2,83%, respectivamente, do gasto total do Ministério da Saúde, ou 3,7% e 3,23% do dispêndio do Ministério com ações e serviços públicos de saúde – excluídos os gastos com inativos, pensionistas e serviços da dívida nos referidos anos. Em 2002, houve uma redução de 12,8% no gasto público federal no combate ao HIV/aids em comparação a 1999. Destaca-se, na composição do gasto, a forte participação dos dispêndios para a aquisição de medicamentos anti-retrovirais. Esse gasto representou, de 1999 a 2002, em média, mais de 70% do total de dispêndios federais no combate à epidemia. A distribuição regional dos gastos obedeceu, de certa forma, à distribuição acumulada (período 1980-2002) dos casos de aids por região. As exceções são as Regiões Sul e Sudeste, que concentraram 81,8% dos casos e receberam 70,4% e 68,9% dos recursos em 2001 e 2002, respectivamente. A participação pública no financiamento das ações de controle da epidemia é o sustentáculo da resposta ao HIV/aids no Brasil. No ano de 2000, tal participação foi de 79,7%. Os gastos federais responderam por 66,7% do total do gasto com HIV/aids no Brasil.
Palavras-Chave:
Contas em HIV/AIDS. Gastos públicos federais em HIV/AIDS.
Divulgação e/ou Publicações:

NUNES, J.S.D.; TEIXEIRA, L.S.; PIOLA, S.F. Contas nacionais em aids: Brasil, 2001 e 2002. In: INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 15., 2004, Bangkoc.

SITE do PN-DST/AIDS. Disponível em: www.aids.gov.br. Acesso em: 26 abr. 2006.

TEIXEIRA, L.S.; PIOLA, S.F.; NUNES, J.S.D. Contas nacionais em aids: Brasil, 2001 e 2002. ENCONTRO DE ECONOMIA DA SAÚDE DA AMÉRICA LATINA E CARIBE, 1., 2004, Rio de Janeiro.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Luiza Harunari Matida
Instituição:
CEALAG - Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão
Período de Vigência:
1999 - 2002
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Grupo Brasileiro de Estudo da Sobrevida em Crianças com Aids.
Introdução e Justificativa:
O Brasil foi o primeiro país emergente a realizar a entrega gratuita do tratamento anti-retroviral aos pacientes portadores da aids. Esta experiência possibilita a avaliação desse impacto na sobrevida das crianças infectadas pelo HIV por transmissão vertical. Foi realizado um estudo de coorte retrospectiva, utilizando os prontuários médicos para a avaliação das características da sobrevida de 914 casos de aids por transmissão vertical, em 10 cidades brasileiras, no período de 1983 a 1998 e com seguimento ambulatorial até 2002. Enquanto metade das crianças foi a óbito em 20 meses após o diagnóstico no início da epidemia, 75% das crianças diagnosticadas em 1997 e 1998 ainda permaneciam vivas após 4 anos de seguimento. Avanços no manejo e no tratamento influenciam substancialmente o aumento do tempo de sobrevida da criança brasileira com aids.
Objetivos:
Comparar o tempo de sobrevida ao longo de 18 meses após o diagnóstico de aids em crianças de 0 a 12 anos de idade, segundo os casos notificados ao PN-DST/AIDS do Brasil, no período de 1983 a 1998, e seguidas ambulatorialmente até 2002, de acordo com categoria de transmissão, ano do diagnóstico, sexo, ano do nascimento, data do diagnóstico, principais doenças indicativas, terapêutica utilizada e local de atendimento.
Materiais e Métodos:
Foram analisados casos notificados de aids em menores de 13 anos, ao PN-DST/AIDS, no período de 1983 a 1998, e seguidos ambulatorialmente até 2002. Houve a seleção de 10 cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Ribeirão Preto, Recife, Santos, Campinas, Brasília, Belém e São José do Rio Preto, que apresentavam o maior número notificado de casos (60% do total de casos) e também a representação das 5 regiões do País. Do total de 3.031 casos notificados nessas cidades, foram excluídos 206 por transfusão, 136 em hemofílicos e 9 por transmissão sexual ou uso de drogas injetáveis. Foram selecionados, randomicamente, 1.065 casos, dos quais, após nova investigação e posterior reclassificação, chegou-se a 914 casos a serem analisados. Os casos foram avaliados por técnicos padronizadamente treinados. Para os pacientes com data não conhecida de óbito, foi considerada sua última consulta ambulatorial. Foram utilizados os softwares: Excel 97, STATA versão 7.0, curvas de KaplanMeier, testes logrank. Este estudo foi aprovado pelo Comitê Nacional de Ética.
Resultados - Parciais ou Finais:
50,4% dos casos eram do sexo feminino; somente 16 casos foram diagnosticados antes de 1987. As infecções oportunistas mais citadas foram as infecções bacterianas e pneumonia por Pneumocystis carinii. 75% dos casos receberam terapêutica anti-retroviral. A sobrevida mediana para os casos diagnosticados antes de 1988 foi de 20 meses, aumentando para 24 meses para os casos diagnosticados entre 1988 e 1992, e para 50 meses para os casos diagnosticados entre 1993 e 1994. A sobrevida mediana não pôde ser calculada para os casos mais recentes, pois mais da metade ainda estava vivendo no final do seguimento do estudo. Houve mais de 75% dos casos ainda vivos, quatro anos após o diagnóstico, entre os casos de 1997 e 1998. A idade mediana de diagnóstico de aids aumentou de 14 meses, para os casos diagnosticados antes de 1988, para 19 meses, entre os diagnosticados em 1997-1998. No próximo estudo, já em processo de realização, serão analisados os casos de crianças infectadas pelo HIV, e não somente após o diagnóstico de aids. Esta experiência brasileira demonstra a possibilidade de um país em desenvolvimento estabelecer um efetivo sistema de assistência ao portador de HIV/aids, com o acesso gratuito e universal à terapêutica anti-retroviral, proporcionando o aumento de sobrevida.
Palavras-Chave:
Síndrome da imunodeficiência adquirida. Brasil. Vírus da imunodeficiência humana. Pediatria. Transmissão vertical. Sobrevida.
Divulgação e/ou Publicações:

MATIDA, L.H. et al. Improve Survival Among Brazilian Children With Perinatal Acquired AIDS. In: INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 15., 2004, Bankok. Proceedings... Bankok: International AIDS Society, 2004. Abstract ThPeC7297.

__. Improving survival among Brazilian children with perinatallyacquired AIDS. Braz J Infect Dis, v.8, n.6 p.419-423, Dec. 2004.

__. Survival analysis of pediatric AIDS in Brazil. In: INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 14., 2002, Barcelona. Poster 25.934.

MATIDA, L.H.; MARCOPITO, L.F. Grupo Brasileiro de Estudo da Sobrevida em Crianças com aids. O aumento do tempo de sobrevida das crianças com aids - Brasil. In: BRASIL. Boletim Epidemiológico AIDS, Ano XV, n.1, out. 2001/mar. 2002. Brasília: Ministério da Saúde; Secretaria de Políticas de Saúde; Coordenação Nacional de DST e Aids, 2002.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Paulo Roberto Telles Pires Dias
Instituição:
Sociedade de Estudos e Pesquisas em Drogadição.
Período de Vigência:
2001 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Introdução e Justificativa:
Mulheres que participam de intervenções preventivas que envolvem o preservativo feminino e o uso do mesmo por um período superior a 4 meses foram convidadas a participar da pesquisa, cujo objetivo era analisar fatores relacionados à adoção de práticas sexuais seguras e à adesão à utilização do preservativo feminino. A amostra de mulheres analisadas foi composta por parceiras de usuários de drogas injetáveis, usuárias de drogas, profissionais do sexo, mulheres soropositivas para o HIV e mulheres que freqüentam serviços de saúde da mulher, em 6 cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Belém e Itajaí). Inicialmente, pretendia-se entrevistar uma amostra de 280 mulheres e 60 homens, utilizando uma metodologia de pesquisa quantitativa e qualitativa, baseada em entrevistas em profundidade e grupos focais. As entrevistas qualitativas seguiram um roteiro com perguntas semi-estruturadas e foram gravadas, transcritas e codificadas para posterior análise. Também foi aplicado um pequeno questionário fechado e feitas anotações sobre o dia-a-dia da pesquisa em um diário de campo. Espera-se que os resultados deste estudo possam contribuir para melhorar a qualidade das intervenções preventivas para as DST/aids e mostrar a importância do preservativo feminino nestas estratégias.
Objetivos:
Analisar a adoção de práticas sexuais mais seguras e a adesão à utilização do preservativo feminino em uma amostra de mulheres composta por parceiras de usuários de drogas injetáveis, usuárias de drogas, profissionais do sexo, mulheres soropositivas para o HIV e mulheres que freqüentam os serviços de saúde da mulher; Analisar os fatores (sociodemográficos, dinâmicas de parceiro, culturais, regionais, etc.) que predispõe ao uso e à adesão ao preservativo feminino e à adoção de práticas sexuais mais seguras; Comparar os diversos grupos estudados em relação à adoção de práticas sexuais mais seguras e adesão ao uso do preservativo feminino; Analisar como um maior poder de negociação e as barreiras à negociação influenciam na adoção de práticas sexuais mais seguras; Identificar o que funcionou ou não na intervenção para cada grupo e identificar como melhorar as estratégias de intervenção; Avaliar como os parceiros sexuais das mulheres influenciam no uso dos preservativos femininos e na adoção de práticas sexuais mais seguras.
Materiais e Métodos:
Propôs-se um desenho de pesquisa não experimental transversal baseado em entrevistas qualitativas em profundidade, realizadas entre mulheres que utilizam o preservativo feminino ininterruptamente há pelo menos quatro meses e seus parceiros sexuais. Perguntas fechadas também foram feitas às participantes da pesquisa. Foram estudados cinco grupos distintos de mulheres, a saber, parceiras de usuários de drogas injetáveis, usuárias de drogas, profissionais do sexo, mulheres soropositivas para o HIV e mulheres que participam da intervenção em postos de saúde. Um desenho mais completo de pesquisa poderia incluir grupos de comparação (por exemplo, mulheres que não aderiram ao uso dos preservativos femininos); porém, devido às restrições logísticas, além de outras, preferiu-se não incluir esses grupos no atual estudo. As fichas padronizadas, utilizadas no acompanhamento da intervenção, foram usadas como importante fonte de informação adicional para a pesquisa. Procurando contemplar a diversidade existente nos cinco grupos estudados, considerou-se inicialmente entrevistar 10 mulheres de cada grupo. Em Belém, como não é desenvolvido o trabalho com mulheres de UDI – Usuários de Drogas Injetáveis, e mulheres UD – Usuários de Drogas, apenas foram entrevistados três grupos de mulheres. Dessa forma, planejou-se uma amostra inicial de 280 mulheres e 60 parceiros sexuais (10 por cidade) nas 6 cidades do estudo. Também foram registrados outros aspectos relativos ao trabalho de campo. Para tal, preencheu-se um diário de campo onde eram registrados aspectos relativos ao trabalho de campo, seu ambiente e interações com a comunidade. Também foi dada ênfase às observações e outras intercorrências durante a entrevista, em especial em relação a situações não abordadas no roteiro e que dependiam de uma observação atenta do entrevistador, tais como a forma como a entrevista foi conduzida, ocorrências e o “clima” da mesma, opiniões sobre o entrevistado, etc. As entrevistas foram gravadas e tiveram uma duração aproximada de 60 minutos.
Resultados - Parciais ou Finais:
O estudo teve como objetivo entender os fatores associados com o uso consistente do preservativo feminino (por mais de 4 meses) como um método de prevenção às DST e gravidez. Participaram de entrevistas qualitativas e quantitativas 255 mulheres que usaram o preservativo feminino e 29 homens cujas parceiras o tinham usado. As entrevistas procuraram analisar os fatores que influenciavam o uso bem sucedido e a adoção do preservativo feminino. O estudo foi feito em seis cidades brasileiras, representando quatro regiões do País, entre cinco grupos de mulheres (profissionais do sexo, usuárias de drogas, parceiras de usuários de drogas injetáveis, soropositivas para o HIV e pacientes atendidas em postos de saúde que utilizavam o preservativo feminino) e um grupo de homens (parceiros de mulheres que usavam o preservativo feminino). Os dados qualitativos foram analisados de forma a identificar as estratégias que os usuários do preservativo feminino consideravam importantes para a aceitabilidade e a adoção deste método de prevenção. Quatro temas primários foram identificados: “Assistência” pessoal (aconselhamento) durante a fase inicial de adoção, baseada na discussão sobre os principais problemas e desafios apresentados pelo uso do preservativo feminino; segurança; prazer; e aumento do poder de negociação para o sexo seguro. O relato do uso alternado de ambos os preservativos (masculino e feminino) foi bastante freqüente entre os entrevistados. Para aproximadamente um terço da amostra, o preservativo feminino era o preferido e, para alguns participantes, era o único método de prevenção utilizado para a prática do sexo seguro. Os resultados deste estudo sugerem que, para se alcançar a adoção e o uso consistente dos preservativos femininos, as intervenções devem oferecer estratégias explícitas e continuadas aos potenciais usuários do método.
Palavras-Chave:
Preservativo feminino.Prevenção ao HIV. Mulheres. Populações vulneráveis.
Divulgação e/ou Publicações:

TELLES, P.R. Estudo do Preservativo Feminino para o PN-DST/AIDS do Ministério da Saúde, entre 2002 e 2003.

TELLES, P.R.; SOUTO, K. Avaliando práticas de sexo seguro entre mulheres que usam o preservativo feminino. In: FORO 2003 – FORO EN VIH/SIDA/ITS EN AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE, 2., 2003, Habana.

__. Evaluating safer sex practices among women using the female condom. In: INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 14., 2002, Barcelona.

__. Preventing Sexually Transmitted Diseases among Injecting Drug Users (IDUs) and Their Sexual Partners. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE REDUÇÃO DE DANOS, 2002, Barcelona.

TELLES, P.R.; SOUTO, K.; PAGESHAFER, K. Longterm female condom use among vulnerable populations in Brazil. Trabalho submetido à revista “AIDS and Behavior”.

Apresentação em diversos seminários regionais (Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, etc.).

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
José Ricardo Pio Marins
Instituição:
CEALAG - Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão.
Período de Vigência:
1999 - 2002
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Este é um estudo de coorte não concorrente (coorte retrospectiva) que objetiva analisar o tempo de sobrevida de pacientes de aids com mais de 13 anos no Brasil, ao longo de 24 meses – de 01/07/95 a 30/06/97, com data de censura até 31/12/1998 e seguidos até 30/06/1999. Engloba o estudo das seguintes categorias – categoria de transmissão, ano de diagnóstico, sexo, ano de nascimento, idade na data do diagnóstico, principais doenças indicativas, terapêutica utilizada e local de atendimento. A amostra é de 2.450 pacientes, atendidos em Belém, Rondonópolis, Recife, Jaboatão dos Guararapes, São Paulo, Santos, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Campinas, São José dos Campos, Curitiba, Foz do Iguaçu e Londrina. A coleta de dados está baseada na revisão de prontuários dos casos selecionados, dentro desses 13 municípios eleitos.
Objetivos:
Estimar a sobrevida e seus fatores determinantes, para os pacientes de aids no Brasil, no período de 01/07/1995 a 31/06/1997; Avaliar a sobrevida de acordo com fatores sociodemográficos, epidemiológicos e clínico laboratoriais; Avaliar possível impacto dos esquemas de intervenções terapêuticas e profiláticas na sobrevida; Avaliar a possível repercussão do grau de complexidade dos serviços notificantes, na sobrevida dos doentes; Revisar a data de diagnóstico e doença ou condição definidora de caso de aids, no banco nacional – Sinan – dos casos analisados.
Materiais e Métodos:
A amostra foi definida com intervalo de confiança de 95%, com 20 dias bilateralmente em torno da mediana, e foi calculada em 1.225 doentes por ano de estudo, totalizando, assim, 2.450 doentes para o período proposto. A seleção dos casos deverá ser aleatória, quando não for o total de casos do município. Critério de exclusão: casos definidos pelo critério de óbito e casos com data do diagnóstico posterior à data do óbito. Data de censura: 31/12/1998. A coleta de dados será realizada a partir da análise do prontuário de atendimento, para coleta dos dados necessários, junto ao serviço notificador e/ou último local de atendimento. A seleção dos casos é aleatória, quando não for o total de casos do município. Os prontuários são incluídos em cada local de estudo segundo os critérios de inclusão e exclusão, até que seja atingido o número total da amostra prevista para o respectivo município. Foram incluídos os casos com data de diagnóstico de aids no período de 01/07/95 a 30/06/97; casos com idade maior ou igual a 13 anos e casos com intervalo maior que sete dias entre a data do diagnóstico de aids e óbito.
Palavras-Chave:
Sobrevida. Pacientes com aids. Tempo de sobrevida. Terapia anti-retroviral.
Edital/Chamamento:
Concorrência Sítio de Vacinas
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Enrique Medina Acosta
Instituição:
Secretaria de Saúde e Assistência Social de Campos dos Goytacazes (Programa Municipal DST/Aids de Campos)
Período de Vigência:
2003 - 2004
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro.
Introdução e Justificativa:
Trata-se de uma pesquisa que procurou determinar a prevalência da infecção pelo HIV no CTA de Campos, com foco na gestante devido sua vulnerabilidade, e os fatores de risco importantes para a transmissão materno-infantil do HIV no município de Campos dos Goytacazes, possibilitando a implementação de ações estratégicas para sua prevenção e ampliação da cobertura diagnóstica.
Objetivos:
Determinar a prevalência da infecção pelo HIV no CTA de Campos, com foco na gestante em razão de sua vulnerabilidade, e os fatores de risco importantes para a transmissão materno-infantil do HIV no município de Campos dos Goytacazes, visando a implementação de ações preventivas e assistenciais mais eficazes; Determinar a cobertura do diagnóstico em gestantes no município.
Materiais e Métodos:
Os dados foram coletados durante o aconselhamento individual pré e pós-teste conforme a rotina do Centro de Testagem e Aconselhamento de Campos. As análises estatísticas foram realizadas a partir da migração do banco de dados do Sistema SIGCTASAE para o EPI-INFO, no qual foram determinadas as freqüências, intervalos de confiança e realizadas as análises de associação univariadas, assim como as análises multivariadas.
Resultados - Parciais ou Finais:
O perfil majoritário de usuários do CTA Campos foi constituído por gestantes, jovens (idade menor que 30 anos), com baixa escolaridade (
Palavras-Chave:
HIV. Aids. Transmissão vertical. CTA.
Divulgação e/ou Publicações:

ARAUJO, L.C. et al. Prevalência da infecção pelo HIV na demanda atendida no Centro de Testagem e Aconselhamento de Campos do Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro, Brasil, em 2001 e 2002. Prevalência da infecção pelo HIV na demanda atendida no Centro de Testagem e Aconselhamento. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v.14, n.2, p. 85-90, 2005.

FERNANDES, R.C.S.C.; ARAUJO, L.C.; ACOSTA, E.M. O desafio da prevenção da transmissão vertical do HIV no Município de Campos dos Goytacases, Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.21, n.4, p.1153-1159, 2005.

__. Transmissão vertical do vírus HIV em Campos dos Goytacazes/RJ: um desafio permanente. Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia em Revista, Campos dos Goytacazes, v.2, n.1, p.14, 2004.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Wilza Vieira Vilela
Instituição:
Casa de Saúde Santa Marcelina.
Período de Vigência:
1999 - 2000
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Instituto de Saúde.
Introdução e Justificativa:
O projeto teve como objetivo implantar e avaliar em 12 meses uma proposta de integração de ações de prevenção e assistência as DST/aids às ações de saúde da mulher já desenvolvidas em uma unidade básica de saúde integrante do Programa de Saúde da Família, na zona leste do município de São Paulo, que conta com quatro equipes do PSF, atendendo, portanto, a 4.000 famílias.
Objetivos:
Implantar e avaliar um modelo de integração DST/aids e saúde reprodutiva em uma Unidade de Saúde da Família no Itaim Paulista, integrante do Projeto Qualis I, São Paulo. Realizar diagnóstico preliminar da UBS escolhida; Desenvolver uma proposta de integração Saúde reprodutiva/DST/aids para a unidade; Desenvolver metodologia de aconselhamento para testagem anti-HIV para mulheres que buscam ações de Saúde da Mulher na Unidade de Saúde; Desenvolver metodologia de convocação e aconselhamento de parceiros das mulheres com agravos ginecológicos para realização de testagem anti-HIV e uso de preservativo; Desenvolver metodologia de captação da população masculina para atividades de saúde reprodutiva e prevenção de DST/aids na Unidade de Saúde; Capacitar profissionais da UBS para o diagnóstico precoce e tratamento sindrômico das DST; Disseminar o conceito de sexo protegido, buscando quebrar a dicotomia entre prevenção da gravidez e prevenção das DST/aids; Estimular o uso de dupla proteção sexual; Avaliar a proposta; Divulgar o resultado do trabalho.
Materiais e Métodos:
O projeto foi realizado em cinco etapas. Na primeira, a proposta foi apresentada e discutida com as equipes, visando responder, coletivamente, a dúvidas e demandas da equipe relativas à prevenção das DST/aids em USF. Na segunda etapa, foram realizadas entrevistas individuais com profissionais de diferentes graus de escolaridade e formação, visando conhecer sua opinião a respeito dos problemas relacionadas ao HIV na região e da possibilidade de realização de ações integradas DST/aids/saúde da mulher. Na terceira, as agentes receberam treinamento específico, a partir de farto material educativo, posteriormente doado às unidades, sobre prevenção de DST/aids e ações integradas, incluindo a camisinha feminina e a contracepção de emergência. Na quarta etapa, acompanharam-se as agentes comunitárias em suas atividades de visita domiciliar, visando perceber em que medida os conteúdos discutidos nas reuniões e treinamentos haviam sido incorporados, enquanto práticas no trabalho cotidiano. Na quinta e última etapa foram entrevistadas cem usuárias das duas unidades, visando apreender em que medida elas haviam sido objeto de alguma ação voltada para a prevenção das DST/aids no contexto das ações rotineiras de saúde da mulher implementadas pelas unidades.
Resultados - Parciais ou Finais:
Os problemas apontados espontaneamente pela equipe na primeira reunião em relação à população atendida foram o alcoolismo, a violência relacionada ao tráfico e uso de drogas e ao desemprego masculino e, com menor importância, a gravidez entre as jovens; na entrevista individual, os profissionais, especialmente os de nível superior que atendiam diretamente a população, não se mostravam muito dispostos a incorporar novos conteúdos à sua ação, apresentando um discurso de que o PSF situavam-se bem próximo às demandas da população nas suas ações básicas, e que o HIV ali não era problema. Ao contrário, as agentes comunitárias mostraram-se bem motivadas durante as oficinas, em especial no que se refere ao uso da camisinha feminina. No entanto, durante as visitas domiciliares, foi possível perceber a reprodução de uma série de estereótipos de gênero, como a desqualificação das queixas de algumas mulheres, o uso do termo “mãezinha” e a pequena incorporação da discussão sobre o uso do preservativo, ou a realização da testagem anti-HIV, independentemente da situação de gravidez. Houve por parte das agentes, também, bastante dificuldade com a camisinha feminina, embora houvesse oferta e aceitação por parte de algumas usuárias. Nas entrevistas domiciliares com usuárias, foi possível perceber que houve uma boa disseminação das informações sobre a contracepção de emergência e uma problematização sobre o uso do condom, no âmbito da vida social e sexual, que até então não havia ocorrido. A camisinha feminina despertou curiosidade, mas uma parcela de menos de 40% das mulheres que a experimentaram continuavam usando esse método após três meses.
Palavras-Chave:
Programa Saúde da Família. Integração DST/aids. Saúde da mulher.
Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Luiz Carlos Junior Alcântara
Instituição:
Fundação Oswaldo Cruz; Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; Laboratório Avançado de Saúde Pública (Fiocruz/CPQGM/Lasp).
Período de Vigência:
2005-2006
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb); Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz (CPqGM); Fundação Bahiana para o Desenvolvimento das Ciências (FBDC)/Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP).
Introdução e Justificativa:
A unidade de bioinformática do Lasp/CPqGM/Fiocruz foi instalada em 2004, contendo um servidor e 16 estações de trabalho com todos os programas necessários para a realização de pesquisa genética em HIV-1 e HTLV. Possui também um website contendo um banco de dados (separado por regiões gênicas) de todas as seqüências brasileiras do HIV-1 e do HTLV 1. Um banco de dados completo de seqüências de HIV-1 e HTLV está sendo desenvolvido utilizando a database HIVBaseTM. Todas as seqüências (novas e já publicadas no GenBank) estão sendo importadas, organizadas e analisadas, e novas informações (clínicas e epidemiológicas dos pacientes) estão sendo adicionadas. Estes resultados serão de grande utilidade para o desenvolvimento de vacinas/terapia do PN-DST/AIDS.
Objetivos:
Capacitação da unidade de Bioinformática do Lasp/CPqGM/Fiocruz em um Núcleo de Referência em Bioinformática para dar suporte ao PN-DST/AIDS do Ministério da Saúde na criação de um repositório de seqüências genéticas do HIV-1, ministrar treinamento específico em bioinformática a outros pesquisadores da rede e transferir esta tecnologia para outros núcleos emergentes de bioinformática no Brasil; Reforçar a unidade de bioinformática do Lasp/CPQGM/Fiocruz, com a criação de um núcleo de referência em bioinformática para análise de organismos emergentes (HIV-1 e HTLV-1) no Brasil, em especial o HIV-1; Criar um repositório de seqüências genéticas do HIV-1 e do HTLV-1, coordenando e dando suporte aos estudos de monitoramento destas infecções, polimorfismo viral, infecção recente, resistência aos anti-retrovirais e transmissão materno fetal; Desenvolver treinamento específico em bioinformática, treinando pesquisadores brasileiros em análise genética e evolutiva de patógenos humanos, com ênfase no HIV-1 e HTLV-1; Transferir tecnologia para outros núcleos emergentes de bioinformática no Brasil, ampliando a vigilância do polimorfismo genotípico do HIV-1 no âmbito do PN-DST/AIDS, principalmente em relação ao desenvolvimento de vacinas e resistência anti-retroviral; Selecionar seqüências nucleotídicas do genoma do HIV-1 de interesse estratégico para o desenvolvimento de vacinas, investigar o polimorfismo genético do HIV-1, relacionando este com o fenótipo dos isolados e o perfil epidemiológico desses variantes na população; Elaborar um algoritmo de resgate terapêutico subsidiando a terapia anti-retroviral a ser estabelecida nos serviços clínicos associados.
Materiais e Métodos:
O laboratório de bioinformática do Lasp/CPqGM/Fiocruz foi instalado entre o final de 2003 e início de 2004, contendo servidores e estações de trabalho com todos os programas necessários para a realização de pesquisa genética em HIV-1 e HTLV-I. A interface integrada para análise de seqüências do HIV-1 baseada no “GDE” foi instalada no servidor Linux, sendo acessada remotamente (via “network”) pelas estações de trabalho. A interface GDE contém programas de bioinformática necessários para edição, alinhamento e análises filogenéticas de seqüências retrovirais (de Oliveira et al., 2003). No website do laboratório há um banco de dados (separado por regiões gênicas) de seqüências brasileiras do HIV-1 e de seqüências do HTLV-1 provenientes de todo o mundo. Estes bancos de dados estão separados por nome do vírus, números de acessos, procedências, subtipos, referências bibliográficas, além dos respectivos alinhamentos e análises filogenéticas geradas no laboratório do LASP. Todas essas informações encontram-se disponíveis para download. O banco de dados completo de seqüências de HIV e HTLV será desenvolvido usando o programa HIVBase. Este programa permite ao usuário além de adicionar as seqüências ao banco de dados, complementar com informações epidemiológicas e clínicas dos pacientes. Como exemplo das informações que serão depositadas no banco de dados temos: informações sobre o paciente (idade, sexo, descendência), exames clínicos (carga viral e/ou pró­viral, contagem de CD4, doenças oportunistas, genotipagem), tratamento (droga utilizada, nível de resistência) e seqüências (região genética, subtipo, etc.). O banco de dados será desenvolvido junto ao PN-DST/AIDS e será adaptado para conter informações necessárias para o estudo de resistência e desenvolvimento de vacinas no nível nacional.
Resultados - Parciais ou Finais:
Implantação do website do laboratório de bioinformática hospedando informações sobre treinamentos, aplicações dos programas e métodos de análises de seqüências do HIV-1 e HTLV-1, distribuídas nos bancos de dados de seqüências e ferramentas da bioinformática para análise filogenética viral. Para construir um local de capacitação de bioinformática foram realizados cinco workshops no início do ano de 2004. Foram analisados isolados de HTLV 1 brasileiros, previamente publicados no GenBank, sendo possível estimar a prevalência de subgrupos do Brasil. Para investigar a caracterização molecular do HTLV 1 no Brasil, também analisamos os sítios potenciais do gene env. A análise dos sítios de Nglycolisação demonstrou que em 100% das seqüências estão compreendidos entre os aa 404-407, quando estudamos a gp46, e em 63,6% das seqüências entre os aa 140-143, 222-225, 244-247 e 272-275, quando estudamos a gp21. Na análise dos sítios de Nmiristilação, encontramos dois domínios localizados entre os aa 327-338 e 391-396 em 100% das seqüências correspondentes a gp46, e outro domínio entre os aa 97-102 em 63% das seqüências correpondentes à gp21. Após análises dos sítios de fosforilação de CK2, encontramos somente dois sítios, em 63% das seqüências, entre os aa 103-106 e 194-197, ambos pertencentes à gp21. As análises dos sítios de fosforilação de PKC mostraram dois domínios entre os resíduos 310-312 e 342-344, em 100% das seqüências, pertencentes ao gp46, enquanto que outro foi identificado entre os aa 109-111, em 63% das seqüências, correspondentes à gp21. Sobre as análises de regiões ENV e GAG do HIV-1, também fizemos a análise filogenética das 216 seqüências do gene gag do HIV-1 (p17 e p24) selecionados do GenBank usando métodos e 187 seqüências do gene env (gp120 e gp41) também obtidos do GenBank, e subtipados em estudos anteriores. A prevalência do subtipo B foi de 83%, enquanto os subtipos F e C foram de 11% e 4%, respectivamente. Os subtipos A e D e recombinantes B/F apresentaram escores mínimos de 1% (A e D) e 0,98% (B/F). A análise de sítio potencial de todos os peptídeos p17 brasileiros, oriundos do GenBank, foi executada e encontramos o sítio de fosforilação da proteína kinase C entre os aa 111-113 em 72%, sítio de amidação entre os aa 24-27 em 30%, sítio de Nglicolisação entre os aa 109-110 em 88%, sítio de fosforilação da caseína kinase 2 entre os aa 70-73 em 89% e sítio de Nmiristilação entre aa 49-54 em 88% das seqüências. As análises do peptídeo p24 demonstraram as seguintes freqüências dos sítios potenciais: sítio de fosforilação da caseína kinase 2 em 98% entre aa 48-51, 95% entre aa 72-75, 66% entre aa 112-113 e 78% entre aa 149-152; o sítio de Nmiristilação entre aa 60-6599% e aa 101-111 em 78%; e o sítio da proteína kinase C entre aa 2-7 em 100% das seqüências. As análises dos sítios potenciais de peptídeos gp41 foram realizadas e mostraram 100% de sítio de Nmiristilaçãoe entre aa 1.095-1.100, 7,84% entre aa 1.058-1.059 e entre aa 1.061-1.064, 100% de sítios de Nglicolisação entre aa 112-1.115, 98% entre aa 1128-1129 e aa 1140-1142, e 5.88% entre aa 1163-1166. O sítio de fosforilação da proteína kinase C foi encontrado em 100% entre aa 1.101-1.102, e 0,98% entre aa 843-845, aa 986-988, aa 1.051-1.053 e aa 1.064-1.066. Finalmente, analisamos a freqüência dos sítios potenciais do peptídeo gp120: 77,10%, sítio de fosforilação da caseína kinase 2 entre aa 682-685, 14,45% entre aa 735-738, 21,68% entre aa 751-754 e 25,30% entre aa 757-760, 16,87% do sítio de Nmiristilação entre aa 653-658, 8,40% entre aa 724-729, 16,87% entre aa 737-742 e 10,84% entre aa 752-760. As freqüências dos sítios de Nglicolisação foram 71,10% entre aa 880-881, 91,56% entre aa 894-897, 68,67% entre aa 707-710, 85,54% entre aa 713-716, 93,97% entre aa 718-719, 97,60% entre aa 749-752 e 45,80% entre aa 758-757. A freqüência de sítio de fosforilação da proteína kinase C foi 93,97% entre aa 721-723, 13,25% entre aa 724-726 e 40,96% entre aa 758-760.
Palavras-Chave:
HIV-1. Bioinformática. HTLV. Vacina.
Divulgação e/ou Publicações:

ALCÂNTARA, L.C.Jr. et al. Mapping the genetic characteristics of the HIV-1 and HTLV-1 strains in Brazil with the development of the viral bioinformatics laboratory at Salvador, Bahia, Brazil. Health Informatics Journal. Submited.

__. Mapping the genetic characteristics of the HIV-1 strains in Brazil with the development of the viral bioinformatics laboratory at Salvador, Bahia, Brazil (oral presentation). In: OFICINA EM HIV/AIDS EM VACINAS E MICROBICIDAS DO PN-DST/AIDS PARA O “FLANDERS BI¬LATERAL COOPERATION”, 1., 2004, São Paulo.

__. The Brazilian Aids program data management and sequence analysis (oral presentation). In: HIV DATA MANAGEMENT AND DATA MINING FOR ANTI-RETROVIRAL DRUG RESISTENCE WORKSHOP, 2004, South African. Medical Research Concil (MRC), Durban.

MIRANDA, A.C.A.M.; ALCÂNTARA, L.C.J; GALVÃO-CASTRO, B. The Genetic Characteristics Study of the Brazilian HTLV 1 Isolates Suggests the pre and Post-Colombian Origin of the Virus in this Country. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE HTLV NO BRASIL, 8., 2005, São Paulo. Trabalho Premiado como melhor trabalho em Epidemiologia e Saúde Coletiva.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Aluísio Augusto Cotrim Segurado
Instituição:
Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Programa de Pós-graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias.
Período de Vigência:
2004-2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Faculdades de Saúde Pública e de Medicina da USP.
Introdução e Justificativa:
O projeto se refere à elaboração de artigos científicos para publicação fora do País. Divide-se em duas etapas, sendo a primeira de elaboração de 16 artigos sobre pesquisas em aids realizadas no país, e a segunda a preparação de um número especial de Revista AIDS com as várias experiências de pesquisa em aids no Brasil. O objetivo é mostrar, para a comunidade internacional, as variadas e amplas ações voltadas ao conhecimento e ao combate da aids e da infecção pelo HIV realizadas no Brasil e apoiadas pelo PN-DST/AIDS.
Objetivos:
O projeto visou auxiliar os pesquisadores responsáveis na elaboração de artigos científicos para divulgação de resultados de pesquisas, por eles conduzidas em território nacional, nos periódicos estrangeiros de impacto. Dessa forma visou-se dar maior visibilidade da produção brasileira em HIV/aids no âmbito da comunidade científica internacional.
Materiais e Métodos:
A metodologia definida para o processo de elaboração dos artigos já vem sendo utilizada há alguns anos pelos pesquisadores envolvidos nesse projeto e tem se mostrado bastante eficiente. Consta de três momentos, partindo da seleção dos projetos participantes e da formação de grupos constituídos por dois ou três projetos e um orientador. Esses grupos irão trabalhar cada tema, elaborando os artigos e submetendo cada etapa produzida à revisão por pares. São realizados dois encontros de uma semana cada, em período integral. Nessas duas ocasiões são discutidos e redigidos os artigos. Em um terceiro encontro os artigos são submetidos à revisão por pares, sendo a primeira revisão por pares do Brasil e a segunda por pessoas de fora do país. Essas comissões de avaliação são compostas por pesquisadores nacionais e internacionais com experiência em produção de publicação de artigos assim como de avaliação dos mesmos. Após esse processo um conjunto de 16 artigos, em inglês, já submetidos à revisão de profissionais da área, tanto do Brasil como de fora, estarão prontos a serem submetidos à revista. A segunda etapa do projeto consta da reunião dos artigos da primeira fase com os textos submetidos diretamente ao grupo, pelos pesquisadores convidados. Assim, além dos 16 artigos preparados durante a primeira etapa, dos seminários, a coordenação do projeto reúne os artigos de pesquisadores convidados, com resulta-dos de pesquisas de excelência, e forma um conjunto de textos sobre as várias experiências do Brasil no combate à epi-demia de infecção pelo HIV.
Resultados - Parciais ou Finais:
A partir das discussões travadas durante o seminário, logrou-se concluir os artigos científicos com resultados das investigações conduzidas pelos pesquisadores. Após avaliação pelos editores responsáveis, os artigos foram selecionados para o suplemento especial da revista AIDS ou recomendados para publicação em outros periódicos do país ou do exterior.
Palavras-Chave:
Aids. Produção científica nacional. Publicação. Periódico de impacto.
Divulgação e/ou Publicações:

Aguarda-se a publicação do suplemento especial da revista AIDS.

Edital/Chamamento:
Eventos
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Dirceu Bartolomeu Greco
Instituição:
Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Centro de Estudos em Imunologia e Imunodeficiências.
Período de Vigência:
2005 – 2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
O VI Simpósio Brasileiro de Pesquisa em HIV/aids foi realizado de 28 de abril a 1º de maio de 2005 no Centro de Convenções da UFOP em Ouro Preto, Minas Gerais. O Simpósio Brasileiro de Pesquisa em HlV/aids já é um evento tradicional para a comunidade científica brasileira envolvida em diferentes questões de pesquisa clínica, epidemiológica e laboratorial, sendo realizado bianualmente desde 1995. Além dos pesquisadores brasileiros, participaram 10 pesquisadores estrangeiros de altíssimo gabarito, o que permitiu o contato entre pesquisadores e estudantes brasileiros com a comunidade científica internacional de pesquisa em aids. Foram discutidos temas como: desenvolvimento e avaliação de vacinas, desenvolvimento e resistência aos anti-retrovirais, imunologia e biologia molecular do HIV, transmissão vertical, epidemiologia, prevenção (incluindo a discussão sobre microbicidas). Houve apoio do PN-DST/AIDS, Fapemig, UFMG, UFOP além do apoio financeiro da indústria farmacêutica e de insumos para laboratório.
Objetivos:
Reunir profissionais de diversas instituições de pesquisa brasileiras para apresentação de trabalhos e discussão de projetos; Permitir a discussão de trabalhos sendo realizados em pesquisa de HIV/AIDS; Estimular colaborações entre institutos de pesquisa brasileiros; Estimular o interesse pela pesquisa em HIV/AIDS de estudantes brasileiros; Permitir o intercambio de informação entre cientistas brasileiros e estrangeiros; Expandir a pesquisa nas diversas áreas do conhecimento relacionados à infecção pelo HIV.
Materiais e Métodos:
Trata-se de um simpósio de 4 dias de duração, realizado em Ouro Preto, no Centro de Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto UFOP A escolha da cidade teve diversas razões: a acessibilidade ao local por pesquisadores e estudantes de diversas regiões do Brasil, com ótimo centro de convenção (de baixo custo), hotéis de diversos preços (acessível aos estudantes de graduação e pós-graduação) e, evidentemente, o ambiente agradável desta cidade histórica. A lista de pesquisadores brasileiros e estrangeiros é referência devido à participação dos mesmos em congressos da área e por importantes contribuições bibliográficas no estudo dos diversos aspectos da infecção pelo HIV/aids.
Resultados - Parciais ou Finais:
O VI Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Aids cumpriu seus objetivos, levando para Ouro Preto quase 300 pessoas interessadas em pesquisa sobre a infecção pelo HIV/aids. Foi intensa a interação dos diversos grupos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros e dos estudantes lá presentes. Houve a apresentação e discussão dos progressos nas áreas de prevenção, ética e direitos humanos, imunologia, virologia, clínica e epidemiologia.
Palavras-Chave:
Aids. Simpósio. Pesquisa.
Divulgação e/ou Publicações:

A divulgação foi feita no site do PN-DST/AIDS (www.aids.gov.br/simpaids) e os trabalhos apresentados (resumos e mesas redondas) nos anais do Simpósio.

Edital/Chamamento:
Pesquisas Científicas - Set/2001
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Naila Janilde Seabra Santos
Instituição:
CRT/AIDS – Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Período de Vigência:
2003 – 2004
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Instituto da Saúde da SES-SP (Wilza Vilella).
Introdução e Justificativa:
Este projeto pretende conhecer o comportamento sexual das mulheres, buscando informações sobre a sua vulnerabilidade no campo do comportamento, da parceria, das relações de gênero e do acesso aos serviços e insumos de saúde. Para sua realização será utilizado um estudo quanti-qualitativo com mulheres HIV+ atendidas em SAE e HIV negativas das cinco regiões brasileiras. O total da amostra será de 4.645, sendo 2.175 mulheres HIV positivas e 2.470 mulheres atendidas em serviços de Saúde da Mulher. Essas mulheres serão convidadas a preencher um questionário anônimo e estruturado. Para aprofundar essas questões, entre as mulheres HIV positivas, serão aplicadas entrevistas, em uma subamostra do universo das 2.175 mulheres, e realizados grupos focais.
Objetivos:
Conhecer o perfil das mulheres HIV positivas e as situações de vulnerabilidade feminina para o HIV no campo do comportamento sexual, das parcerias e do acesso aos serviços; Estudar as características sociodemográficas e comportamentais das mulheres HIV+ em serviços de referência para o atendimento de HIV/aids e das mulheres atendidas nos serviços de Saúde da Mulher.
Materiais e Métodos:
Estudo quali-quantitavivo realizado em serviços de referência para o atendimento de HIV/aids e em serviços de Saúde da Mulher, nas 5 regiões do Brasil. Serão utilizados dois questionários estruturados, um para cada grupo estudado, que serão auto-aplicáveis, contendo questões sobre características sociodemográficas, história sexual pregressa e atual, além de questões sobre assistência e tratamento. Para as mulheres HIV positivas será investigada a história da infecção e do diagnóstico do HIV e sobre as mudanças na vida sexual depois desse diagnóstico. As pessoas analfabetas serão incluídas apenas no estudo qualitativo. Após o cálculo das amostras, chegou-se a um total de 2.175 mulheres para as soropositivas e 2.470 para as mulheres atendidas nos serviços de Saúde da Mulher, considerando-se a possibilidade de perdas. As entrevistas em profundidade serão aplicadas em 50 mulheres soropositivas, sendo 10 mulheres por macrorregião. Tais entrevistas serão gravadas e transcritas na íntegra para posterior análise de conteúdo. Serão, ainda, realizados 10 grupos focais.
Resultados - Parciais ou Finais:
Pelo que se expôs, ainda não há dados disponíveis.
Palavras-Chave:
Mulheres HIV+. HIV. Vulnerabilidade. História sexual. Prevenção. Cuidados de saúde. Aids.
Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Mariana Thomaz
Instituição:
Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba; Coordenação de DST e HIV/aids.
Período de Vigência:
2005 – 2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Centro Paranaense da Cidadania - CEPAC.
Introdução e Justificativa:
Trata-se de uma pesquisa que visa obter um perfil da epidemia da aids em Curitiba, a partir de três fontes de informação. A aplicação de questionário sociocomportamental e testagem anti-HIV em pessoas soronegativas de risco acrescido para a infecção pelo HIV, com retorno e repetição deste processo a cada seis meses, visando também a eventual caracterização do vírus em casos de infecção recente, bem como o perfil dos fatores sociocomportamentais que estão levando à infecção. A análise molecular de amostras de sangue coletadas de pessoas que entram na pesquisa já soropositivas, com acompanhamento clínico e registro da evolução do caso. E, o estudo retrospectivo aleatório de prontuários de pacientes HIV positivos, também com o intuito de obter o perfil de eventuais fatores de risco para a infecção e da evolução dos casos.
Objetivos:
O projeto tem como objetivo geral caracterizar aspectos da aids em Curitiba, com identificação das características socio-comportamentais e características moleculares de isolados de vírus circulantes nessa população.
Materiais e Métodos:
A pesquisa se divide em vários elementos, sendo que o principal é a aplicação de questionário sociocomportamental de avaliação de risco para infecção do HIV junto a usuários do CTA, mediante Termo de Consentimento Esclarecido. Embora o CTA atenda a qualquer pessoa, independentemente de seu município de residência, a pesquisa se restringe a usuários moradores do município de Curitiba em virtude dos serviços laboratoriais e de acompanhamento clínico de pessoas soropositivas se darem de forma municipalizada. É coletada amostra de sangue quando da aplicação do questionário, a qual é analisada no Laboratório Municipal de Curitiba e o resultado é entregue no CTA. É feita uma análise dos fatores de risco para infecção relatados nos questionários e aqueles que apresentam maior risco são convidados a permanecer na pesquisa, devendo retornar para nova aplicação do questionário e testagem a cada seis meses. As respostas aos questionários são lançadas em banco de dados específico. As pessoas diagnosticadas como reagentes passam a ter acompanhamento médico cuja freqüência é determinada pelo estado clínico do paciente. Neste caso, no confirmatório, é coletado plasma para possibilitar a análise molecular do vírus. A ficha clínica do paciente também é lançada em banco de dados específico, visando registrar a evolução do caso. Um terceiro elemento da pesquisa é o levantamento aleatório dos prontuários de pacientes do ambulatório do CTA e de mais uma Unidade de Saúde de Referência em HIV/aids, visando obter um estudo retrospectivo da evolução destes casos, como parte da caracterização da epidemia em Curitiba.
Resultados - Parciais ou Finais:
Até 25/8/05, 501 voluntários foram entrevistados (do total de 2.983 testados no CTA - 16,8%). Destes, 161 (32%) foram agendados para seguimento sociocomportamental (setembro em diante). O “N” desejado = 200. Até 26/8/05, 20 pessoas entraram na pesquisa já HIV+ e 17 destes estão em seguimento clínico. Apenas 2 referem-se à infecção recente (1 ano). Com relação à caracterização do HIV dessas pessoas, 14 amostras já foram avaliadas, sendo todas de pessoas do sexo masculino(33% homossexual, 33% bissexual, 34% heterossexual). Do total, 12 foram seqüenciadas. Apenas uma apresentou mutação que confere resistência aos anti-retrovirais, a maioria apresentou apenas polimorfismos que são comuns nos vírus que circulam no país.
Palavras-Chave:
Testes com vacinas e microbicidas. Caracterização preliminar. Infraestrutura.
Divulgação e/ou Publicações:

THOMAZ, M. Preparação para Testes com Vacinas e Microbicidas em Curitiba. In: JORNADA NACIONAL DE VACINAS ANTI-HIV/AIDS, 5., 2005, Curitiba.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Vera Bongertz
Instituição:
Fundação Oswaldo Cruz; Instituto Oswaldo Cruz; Departamento de Imunologia, Lab. Aids e Imunologia Molecular
Período de Vigência:
2005 – 2006
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Instituto de Pesquisas Evandro Chagas (José H. Pilotto e Beatriz Grinsztejn); Laboratório de Pesquisa e Análise do Gene, Florianópolis-SC (Maria Elizabeth Menezes); Prefeitura Municipal de Porto Alegre, Lab. Central da Prefeitura de Porto Alegre-RS (Luciene Cardoso Scherer, Cynara Carvalho Nunes e Simone M. de Castro).
Introdução e Justificativa:
Foi discutida a necessidade da padronização de metodologias de neutralização do HIV (OMS – UNAIDS, Milão, Itália, ago.2003) para comparar as 7 técnicas ora em uso utilizando os mesmos reagentes, para a seleção de metodologia a ser adotada na avaliação de testes de vacinas. Verificou-se a necessidade do uso de misturas (pools) de soros de indivíduos soropositivos para o HIV-1. Foi decidido formar os seguintes pools: (1) de indivíduos infectados misturados indiscriminadamente (África/América/Europa/Ásia); (2) A1/A2 Africano; (3) B Norte Americano, Europeu e Brasileiro; (4) BTailandês; (5) Bbr: Brasileiro; (6) C Africano, Brasileiro; (7) D Africano; (8) E Tailandês; (9) F1 Brasileiro; (10) F2 Africano; (11) G Africano; (12) H Africano. Também foi decidido usar isolados primários padrão de HIV-1, dois a quatro de cada subtipo. O projeto pretende a formação dos pools de soros e plasmas brasileiros e o isolamento de cepas padrão de HIV-1.
Objetivos:
Preparar material (pool de soros e/ou plasmas e isolados de HIV-1) para padronizar e comparar as 7 técnicas de neutralização do HIV-1 ora em uso nos diversos laboratórios; Aproveitar o projeto internacional de padronização da neutralização do HIV-1 para um estudo de caracterização imunológica de isolados primários de HIV-1 do subtipo genético C.
Materiais e Métodos:
1) Convidar à participação pela doação de sangue de pacientes infectados com HIV-1 em acompanhamento pelo Instituto de Pesquisas Evandro Chagas, Fiocruz, sob orientação do Dr José Henrique Pilotto: Pool 1 = soros de pacientes infectados com HIV-1 sem terapia antiretrovial; Pool 2 = soros de pacientes infectados com HIV-1 do subtipo B; Pool 3 = soros de pacientes infectados com HIV-1 do subtipo B variante Bbr; Pool 4 = soros de pacientes infectados com HIV-1 do subtipo F; 2) Convidar a participação de pacientes infectados com HIV-1 em acompanhamento na Prefeitura de Porto Alegre (Lacen), selecionados pela Dra. Luciene Scherer (40 pacientes) e do Laboratório de Pesquisa e Análise do Gene, em acompanhamento pela Dra. Maria Elizabeth Menezes; Pool 5 = soros de pacientes infectados com HIV-1 do subtipo C. Soros serão separados, aliquotados e estocados a 70ºC. Sangue colhido com citrato é submetido a gradiente de Hystopaque 1.077 para obtenção de plasmas (aliquotados para uso em testes de neutralização viral) e de células mononucleares a serem usadas no isolamento viral. A genotipagem do material oriundo do Sul do Brasil deve ser efetuada sob orientação da Dra. Mariza G. Morgado, por seqüenciamento dos genes gag/pol/env. Tentativas de isolamento seguindo as normas da WHO/UNAIDS serão feitas de todas as amostras obtidas (WHO-UNAIDS Guidelines, 2nd edition, 2002).
Resultados - Parciais ou Finais:
Até o presente foi feita a coleta de sangue de 13 pacientes infectados com o genótipo B de HIV-1, 15 pacientes infectados com o genótipo B variante Bbr de HIV-1, 12 pacientes infectados com o genótipo F de HIV-1, e 30 pacientes infectados com HIV-1, recentemente integrados ao acompanhamento no Ipec, Fiocruz; Tentativas de isolamento viral foram efetuadas, e até o presente momento temos 2 isolados que atingiram os títulos em cultura necessários para testes de neutralização viral.
Palavras-Chave:
HIV-1. Anticorpos neutralizantes. Brasil. Padronização. Rede internacional.
Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Mark Drew Crosland Guimarães
Instituição:
FUNDEP – Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa; Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva e Social.
Período de Vigência:
2003-2004
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Escola de Enfermagem e Faculdade de Farmácia da UFMG; Instituto de Psiquiatria da UFRJ; PN-DST/AIDS do Ministério da Saúde; Área Técnica de Saúde Mental do Ministério da Saúde.
Introdução e Justificativa:
Estudo de corte transversal preliminar com componentes quantitativo e qualitativo, tendo como principal objetivo avaliar e testar instrumentos para o estudo multicêntrico nacional sobre a prevalência da infecção pelo HIV, sífilis, hepatites B e C e os fatores associados com a positividade entre pacientes internados em hospitais psiquiátricos públicos e entre pacientes em acompanhamento em serviços substitutivos - Caps, em amostra representativa nacional. Os participantes foram submetidos a uma entrevista estruturada que abordou aspectos sociodemográficos, psicossociais, comportamentais, clínicos e aqueles relativos aos serviços. Dados complementares foram obtidos dos prontuários médicos. Foi avaliada a confiabilidade (interobservador, testereteste, splithalf) e validade de construto dos instrumentos. A análise quantitativa incluiu estimativa de Kappa, coeficiente de correlação, distribuição de freqüência, análise univariada e multivariada por meio do modelo de regressão logística binomial e polinomial. Foram estimados os odds ratios com intervalo de confiança 95%. A abordagem qualitativa incluiu entrevistas em profundidade abertas com pacientes dos centros envolvidos com a atenção à saúde de indivíduos portadores de sofrimento mental, procurando compreender o processo vivenciado pelos pacientes/profissionais durante o tratamento/acompanhamento. Os resultados do estudo preliminar serviram de subsídio para finalizar o protocolo do estudo multicêntrico nacional.
Objetivos:
Avaliar os instrumentos de coleta a serem utilizados no estudo multicêntrico (questionário semiestruturado, questionário de avaliação dos serviços e roteiro qualitativo) em dois serviços (um hospitalar e um substitutivo – Caps), no que se refere a sua confiabilidade e validade para perguntas selecionados, adequação à população, tempo de aplicação, forma de elaboração das perguntas, entre outros aspectos; Avaliar os procedimentos a serem utilizados no estudo multicêntrico para obtenção do termo de consentimento livre e esclarecido, o grau de participação e de recusas, bem como as condições clínicas e de autonomia dos participantes para responder ao questionário, em dois serviços (um hospitalar e um substitutivo – Caps); Avaliar o protocolo proposto para o estudo multicêntrico em seus aspectos operacionais, incluindo coleta de sangue, pesquisa de dados em prontuários e seleção da amostra em dois serviços (um hospitalar e um substitutivo – Caps); Avaliar o perfil sociodemográfico, de comportamento e situação de risco, e de atenção à saúde.
Materiais e Métodos:
Foi realizado estudo de corte transversal por um período de aproximadamente l mês. Durante este período, foram avaliados os instrumentos da pesquisa multicêntrica, nacional bem como o protocolo proposto. Foram selecionados para o piloto um hospital e um serviço substitutivo (CAPS), semelhantes aos centros do estudo principal. Informações sobre a atenção à saúde, incluindo aspectos clínicos, o perfil sociodemográfico e as características dos serviços foram coletadas retrospectivamente. Foi avaliada a confiabilidade (interobservador, testereteste, splithalf) e validade de construto dos instrumentos. A análise quantitativa incluiu estimativa de índice Kappa, coeficiente de correlação, distribuição de freqüência, análise univariada e multivariada por meio do modelo de regressão logística binomial e polinomial. A abordagem qualitativa incluiu entrevistas em profundidade e abertas com pacientes de alguns centros participantes procurando compreender o processo vivenciado pelos pacientes durante o tratamento.
Resultados - Parciais ou Finais:
Do total de 120 pacientes abordados, 14(12%) foram considerados não aptos a participar da pesquisa. Entre os 106 restantes, 90 (85%) aceitaram participar do estudo e assinaram o termo de consentimento, sendo 45(50%) em um hospital e 45(50%) em um CAPS. Entre os pacientes que responderam à primeira entrevista, 80 (89%) realizaram a reentrevista, 40 (50%) no CAPS e 40(50%) no hospital. Ao todo, 47 (59%) reentrevistas foram conduzidas pelo mesmo entrevistador e 33 (41%) por entrevistador diferente. Além disto, 76 (84%) realizaram coleta de sangue para as sorologias, sendo que 2 pacientes não aceitaram realizar a entrevista, somente a coleta do material. Assim, 63% (76/120) tiveram a entrevista e a coleta de sangue realizadas. Esse dado indica que a previsão inicial para o projeto principal de 40% de não participação está correta. A maioria dos participantes realizou a primeira entrevista logo na primeira tentativa em ambos os centros (93,4%). A comparação dos grupos participantes e não participantes mostrou diferença de participação somente em relação à idade. A não articipação foi maior entre aqueles mais velhos (> 35 anos) (72,4%), entre aqueles pacientes internados, com baixa escolaridade, e que moravam fora do município. A concordância observada variou de 55% a 100% para a variação intraobservador e de 54% a 100%, para a variação interobservador, mas, para ambas, a maior parte das concordâncias estiveram acima de 90%, o que indica uma boa confiabilidade observada.
Palavras-Chave:
DST. HIV. Aids. Saúde mental. Avaliação de serviços de saúde. Estudo piloto.
Divulgação e/ou Publicações:

GUIMARÃES, M. D. C. Estudo multicêntrico em HIV/AIDS e Saúde Mental. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PSIQUIATRIA, 23., 2005, Belo Horizonte. Relator do tema apresentado em Mesa Redonda intitulada “HIV/AIDS e Saúde Mental”.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Paulo Ricardo de Alencastro
Instituição:
Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul; Hospital Sanatório Partenon; Serviço de Atenção e Terapêutica em HIV/aids (SAT).
Período de Vigência:
2004 - 2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Lacen-RS; CDCT; CEARGS.
Introdução e Justificativa:
O projeto se propôs a preparar unidades do SUS da região metropolitana de Porto Alegre para participar de testes de eficácia com produtos vacinais ou microbicidas contra a aids. Este projeto pretende contribuir na obtenção de dados preliminares sobre a evolução clínica usual e favorecer a identificação e a organização da infraestrutura necessária a esta atividade. Ainda, acompanhar a evolução dos infectados em estudos mantendo um compromisso com os voluntários como uma necessidade de vigilância em saúde pública.
Objetivos:
Organizar e documentar o seguimento de indivíduos com diagnóstico recente de infecção pelo HIV que utilizam o serviço participante e testar a hipótese de que existe um impacto imunológico, definido aqui como o percentual de queda anual do número de linfócitos T CD4+ durante a infecção, distinta, entre indivíduos infectados por variantes HIV-1C em relação a indivíduos infectados com variantes HIV-1B.
Materiais e Métodos:
Desenho do estudo observacional, de acompanhamento de coorte, prospectivo com voluntários que consintam neste seguimento por consentimento esclarecido. A amostra foi de pacientes em seguimento no serviço associado SAT Sanatório Partenon conforme os procedimentos usuais, sendo convidados somente os que preencherem os critérios de inclusão com infecção recente ou até 200 casos incluindo aqueles com diagnóstico recente e CD4>400/mm3. Voluntários foram recrutados pelos médicos do serviço participante e colaboradores, sendo apresentados os detalhes do estudo e os que consentirem por escrito, após lerem atentamente ao consentimento informado, farão entrevista padronizada e seguirão plano de retornos regulares com o registro de dados clínicos laboratoriais em banco de dados específicos para o acompanhamento dos participantes deste estudo. Será utilizado o Consentimento Esclarecido após aprovação pelo Comitê de Ética das instituições participantes. Esses voluntários, caso consintam por consentimento obtido durante o seguimento, poderão ter também material biológico mantido no repositório de unidades públicas participantes para uso no desenvolvimento de estudos relacionados ao desenvolvimento de vacinas contra o HIV/aids. Critérios de inclusão: indivíduos infectados pelo HIV-1, com 18 anos ou mais, após lerem e assinarem o consentimento esclarecido e concordarem em participar do estudo. Exclusão: Gestantes; menores de 18 anos; indivíduos sob efeito de drogas, álcool ou com problemas psiquiátricos que os impeçam de decidir sobre a participação no estudo. Serão seqüenciados todos os casos de infecção recente e uma amostragem dos casos de infecção crônica selecionados, a partir da evolução clínica e laboratorial. Quantificação de Células CD4+ e CD8+ e estudo fenotípico celular por citometria de fluxo. A quantificação de marcadores de subpopulações celulares T CD4+ e T CD8+ será realizada seguindo as instruções do fabricante. Em uma parte da população em seguimento será realizada uma análise mais detalhada das características fenotípicas e funcionais destas células, envolvendo a determinação de parâmetros como a CD45RA CD45RO e marcadores de ativação celular de CD8+, CD62L HLADR e CD38. Resumidamente, as amostras serão coletadas em tubos com EDTA (ácido etilenodiaminotetracetico, Becton Dickinson, San Jose, CA, EUA) em temperatura ambiente, sendo adicionados a 100 pl de sangue total, 5 pl de anticorpo monoclonal conjugado com FlTC (isotiocianato de fluoresceina), Cy5 ou PE (ficoeritrina).
Resultados - Parciais ou Finais:
O Projeto de acompanhamento desta coorte de soropositivos está previsto para ter um seguimento de 2 anos, sendo que a primeira fase ocorreu entre novembro de 2004 e maio de 2005, e a segunda fase está em execução até dezembro de 2005. O recrutamento de voluntários iniciou em janeiro de 2005 e até setembro de 2005 haviam sido recrutados 63 pacientes sendo que 35 preencheram os critérios de inclusão e mais pacientes continuam sendo recrutados. Ainda não temos os resultados das genotipagens, pois o método in house está sendo implantado no CDCT Lacen-RS e teremos resultados no próximo mês. O estudo está em pleno andamento e coleta de dados, que ainda não podem ser analisados. O estudo necessita de continuidade de financiamento do PN-DST/AIDS com novo projeto pronto aguardando edital para ser apresentado e avaliado.
Palavras-Chave:
Patogênese viral. HIV. Aids. Coorte soropositivos.
Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Luciene Cardoso Scherer
Instituição:
Ceargs – Centro de Estudos de Aids/DST do Rio Grande do Sul.
Período de Vigência:
Agosto a dezembro de 2004
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Instituto Adolfo Lutz; UFRGS; FEPPS/Lacen/RS; FEPPS/CDCT/RS; UCS; Universidade de Caxias do Sul.
Introdução e Justificativa:
O projeto visou à implantação no laboratório Central do município de Porto Alegre da infraestrutura necessária para a coleta de amostras de sangue e a criopreservação de células infectadas por HIV de pacientes atendidos no serviço de referência em DST/aids deste município. As amostras serão criopreservadas e enviadas para serem analisadas em estudos de eficácia de produtos vacinais e estudos de caracterização molecular do HIV nesta região. A implantação de um sítio primário de coleta e recrutamento de voluntários permitiu a colaboração em projetos de caracterização do HIV, bem como em projetos que visassem a avaliação de produtos vacinais ou microbicidas contra o HIV. A estruturação deste laboratório possibilitou parcerias com diversas instituições públicas de pesquisa, tais como o Instituto Adolfo Lutz (SP) e Fiocruz (RJ), que já possuem a infraestrutura necessária para a caracterização molecular do HIV e para os testes de eficácia de produtos vacinais. A avaliação da patogenicidade dos diferentes subtipos do HIV 1 (B,C e B/C), bem como o seguimento destes pacientes implica na preparação deste sítio com equipamentos necessários aos procedimentos de coleta e criopreservação de amostras, com a finalidade de um maior entendimento da epidemia.
Objetivos:
Implementar a infraestrutura necessária para coleta e criopreservação de amostras de pacientes recrutados para estudos de eficácia de produtos vacinais e em estudos de caracterização molecular; Implantar a infraestrutura necessária para a coleta de amostras e criopreservação de células infectadas visando o suporte a ensaios clínicos de vacinas e ensaios de caracterização molecular; Capacitar e qualificar profissionais de saúde nesta área da saúde pública; Cooperar com outros núcleos de pesquisa do país com o objetivo de desenvolvimento institucional; Monitorar a variabilidade do HIV em populações com evidência de infecção recente, e/ou outras populações de interesse epidemiológico; Correlacionar a diversidade viral à doença.
Materiais e Métodos:
Os voluntários formam recrutados em um Centro de Referência para DST/aids, de acordo com os critérios de inclusão propostos nos estudos provenientes de cada instituição parceira que utilizou o sítio primário implementado e foram solicitados a assinarem consentimento esclarecido. Os dados clínicos dos pacientes, bem como os dados laboratoriais, foram coletados de forma padronizada e informatizada a fim de possibilitar o acesso de dados em qualquer momento pelos pesquisadores envolvidos no projeto. De acordo com os critérios de inclusão, propostos nos estudos provenientes de cada instituição parceira, os pacientes foram recrutados no ambulatório de DST/aids, por meio de clínicos treinados. Estes foram responsáveis pela eleição dos pacientes que participaram do estudo, pelo preenchimento das fichas clínicas e encaminhamento dos pacientes aos auxiliares de pesquisa.Os auxiliares de pesquisa, supervisionados por um técnico clínico, apresentaram o termo de consentimento aos pacientes, que era assinado neste momento e os pacientes encaminhados ao laboratório. Todos os prontuários do ambulatório de DST/aids foram cadastrados em EPIINFO, através de formulário padronizado; os dados clínicos e laboratoriais foram disponibilizados para análise estatística. Os auxiliares de pesquisa cadastraram os prontuários dos pacientes. No laboratório, os seguintes procedimentos foram realizados: recepção dos pacientes; coleta das amostras de sangue em tubos apropriados; identificação do projeto e das amostras; separação de soro e/ou plasma; separação de alíquotas; armazenamento das amostras em freezer – 70 °C; procedimentos de criopreservação, congelamento e descongelamento de células infectadas (de acordo com protocolos utilizados no Laboratório Avançado de Saúde Pública (Lasp)/CPqGM/ Fiocruz/Bahia e treinamento realizado pelo PN-DST/AIDS; envio das amostras às instituições de pesquisa envolvidas na análise dos dados. Uma vez que o sítio primário foi implantado com a infraestrutura adequada para a aplicação de projetos inter-institucionais, a coleta de amostras de diversos projetos na área de DST/aids pôde ser iniciada em março de 2004. Foi utilizado o proposto por cada estudo, o sítio primário de coleta de amostras em sua versão final, após aprovação pelo Comitê de Bioética das instituições participantes. Estes processos e fluxos foram gerenciados pelo coordenador do projeto.
Resultados - Parciais ou Finais:
Foram realizados reuniões com os profissionais: coordenação, assistência de pesquisa e auxiliares, para informar sobre a reforma das áreas, caracterização das salas específicas onde são realizadas as entrevistas dos pacientes, as coletas e separações de material clínico, compra de materiais permanentes, contratação de profissionais capacidados e processamento das amostras. Os orçamentos referentes às reformas das salas foram realizados em três empresas com experiência na área laboratorial. Estes orçamentos foram sempre baseados nas normas de biossegurança (Lei nº 9.974/1995). A infraestrutura visa à biossegurança e a correta conservação de amostras, necessárias a estudos de caracterização molecular do HIV, estudos de eficácia de vacinas, desenvolvimento de metodologias laboratoriais que possam contribuir no entendimento molecular do vírus, além de capacitar e qualificar profissionais de saúde nesta área da saúde pública. Portanto, a implementação da infraestrutura e a organização da pesquisa nesta unidade foram fundamentais para permitir o acompanhamento da evolução dos infectados em diversos estudos. A partir da análise dos dados foi possível o fortalecimento interinstitucional e um maior entendimento da epidemiologia, patogênese e história natural do HIV.
Palavras-Chave:
Divulgação e/ou Publicações:

Elaboração de relatórios integrando as informações sociocomportamentais com informação biomolecular inicial e preparação de banco para análise de dados.

Elaboração de Boletins e artigos para disponibilizar para a Comunidade Cientifica, gerando dados de aplicação epidemiológica, clínica e molecular.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Inês de Moura Campos Pardini
Instituição:
Famespn – Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar.
Período de Vigência:
2005 – 2006
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
A carga viral plasmática reflete a dinâmica da infecção pelo HIV-1, uma vez que quantifica as partículas virais que estão sendo produzidas e lançadas na circulação. Atualmente, registradas no Brasil, existem três metodologias disponíveis para a realização do exame de carga viral: RT – PCR (Amplicor HIV-1 MonitorTM – Roche Diagnostic Systems); NASBA (NuclisensTM HIV-1 QT BioMerrieux); Branched – DNA – Quantiplex – Bayer). Hoje existe nova tecnologia capaz de quantificar os resultados gerados em uma reação de PCR: o Real Time PCR uma alternativa para a determinação da carga viral, mas que ainda necessita de um estudo comparativo no que se refere à sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade. O presente estudo busca verificar a equivalência das metodologias utilizadas em nível nacional, incluindo aqui a tecnologia do PCR em Tempo Real.
Materiais e Métodos:
PCR/Amplicor (Roche) – Nasba/Nuclisens (Bio Merrieux) – bDNA Quantiplex (Bayer) e PCR em Tempo Real – (fornecedor a definir). A fim de comparar os resultados obtidos utilizando PCR em tempo real com as três metodologias disponíveis no mercado nacional, serão realizadas análises estatísticas para comparação quantitativa (Análise de Medidas Repetidas) e qualitativa utilizando categorização da carga viral (Teste de Concordância). Plano de coleta dos dados: Coleta de sangue periférico de paciente assintomáticos e sintomáticos do Serviço Público de Saúde (SUS) obtidos no setor de coleta de cada uma das DIRs envolvidas no estudo. Tal coleta será realizada por profissional capacitado, funcionário do próprio setor. As amostras coletadas serão transportadas adequadamente, segundo as normas de biossegurança, até o Hemocentro de Botucatu, onde serão processadas pelos profissionais que já fazem parte dos Recursos Humanos do referido Hemocentro. O banco de dados ficará com o PN-DST/AIDS, que divulgará o estudo quando considerar oportuno.
Resultados - Parciais ou Finais:
A coleta de amostras de 500 pacientes da Região já foi realizada. As 3 tecnologias disponíveis no mercado já foram testadas simultaneamente e aguarda-se definição da metodologia de PCR em Tempo Real para conclusão do trabalho.
Palavras-Chave:
HIV. Carga viral plasmática. Quantificação de carga viral. PCR em tempo real. Comparação de tecnologias.
Edital/Chamamento:
Chamada de Pesquisa - 2004
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Paulo Eduardo Mangeon Elias
Instituição:
Cedec – Centro de Estudos de Cultura Contemporânea.
Período de Vigência:
18 meses
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Introdução e Justificativa:
Dada a importância dos Conselhos de Saúde na definição das políticas de saúde no País, o perfil da participação das organizações não governamentais de luta contra a aids nessas instâncias deliberativas assume importância crucial. Além disso, essa participação demanda dessas organizações a transição de uma prática política autônoma e descentralizada, regida por interesses específicos, para uma prática que busque uma possível conjunção de interesses a serem represen-tados nesses Conselhos. Daí por que a proposta desta pesquisa: averiguar, da perspectiva do controle social, a relação estabelecida entre esses movimentos e organizações sociais de luta contra a aids e o Estado (seu poder de pressão, as formas de negociação que pratica, suas fontes de legitimidade e os dilemas que enfrentam).
Objetivos:
Validação de metodologia de PCR em Tempo Real, em um estudo comparativo com as 3 tecnologias registradas e comercializadas no Brasil, no PN-DST/AIDS, com o intuito de ampliar o acesso e melhorar a qualidade de diagnóstico, tratamento e assistência.
Materiais e Métodos:
A pesquisa envolve levantamento bibliográfico sobre pesquisas que têm como objeto a participação e o controle social na saúde e nas demais políticas públicas sociais; levantamento de dados epidemiológicos sobre aids em estudos e nas publicações do Ministério da Saúde, para os municípios com maior concentração de casos serem um dos critérios de escolha de estudo de caso dos conselhos de saúde; levantamento de dados junto ao Fórum de ONG/aids e ao Setor de Articulação com a Sociedade Civil do PN-DST/AIDS e junto, eventualmente, aos próprios Conselhos de Saúde. Serão ainda levantadas informações junto aos representantes daquelas entidades, por meio de aplicação de questionários e entrevistas em profundidade, bem como por meio da observação das reuniões dos Conselhos de Saúde e da análise das atas de suas reuniões. As análises das atas e das reuniões permitirão reconhecer quem fala, de onde fala e, sobretudo, o quê se fala, podendo, portanto revelar formas de pressão e de legitimação de interesses específicos sustentados pelos distintos sujeitos sociais.
Resultados - Parciais ou Finais:
Ainda não há. Prevê­-se a publicação de artigos em revistas científicas; edição dos resultados da pesquisa em material impresso – livro ou apostila – para divulgação em centros de pesquisa e; divulgação para as entidades ligadas à área da saúde, tanto através dos documentos impressos quanto por meio de um seminário sobre o tema, a ser realizado pelo Cedec.
Palavras-Chave:
Controle social da aids no SUS. Luta contra a aids e organizações não governamentais. Aids e controle social no SUS.
Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Inês Batistella Nemes
Instituição:
Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva.
Período de Vigência:
2004 - 2005
Situação:
Concluída
Introdução e Justificativa:
Em 2002, a equipe Qualiaids do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP realizou uma avaliação de 322 serviços em 7 estados brasileiros eleitos pelo PN-DST/AIDS. Essa pesquisa produziu um instrumento de avaliação – questionário Qualiaids – e um modelo de análise com potencial de aplicação periódica, capaz, portanto, de gerar indicadores para monitoramento. O questionário original Qualiaids e o modelo de classificação dos níveis de qualidade foram revistos e adaptados para a elaboração de uma versão eletrônica do questionário. Também foram incluídas recomendações para a organização dos vários componentes da assistência ambulatorial, baseados nos indicadores de qualidade utilizados na pesquisa, sob a forma de hyperlinks.
Objetivos:
Elaborar sistema de monitoramento da organização da assistência ambulatorial do PN-DST/AIDS; Adaptar o questionário e o modelo de análise da pesquisa Qualiaids; Elaborar instruções de melhor prática para a organização da assistência ambulatorial; Criar software para uso “online” do sistema.
Materiais e Métodos:
O desenvolvimento desse instrumento online baseou-se nas seguintes etapas: revisão do questionário Qualiaids; revisão do modelo de análise; elaboração das recomendações (hyperlinks); elaboração e teste do software; e, teste de aplicabilidade.
Resultados - Parciais ou Finais:
O aplicativo já pode ser acessado através do seguinte Endereço eletrônico: www.netsim.fm.usp.br/qa.
Palavras-Chave:
Avaliação da qualidade dos cuidados à saúde. Monitoramento da qualidade em saúde.
Divulgação e/ou Publicações:

NEMES, M.I.B. et al. Monitoramento da Qualidade da Organização da Assistência Ambulatorial do Programa Brasileiro de DST/Aids. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST, CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO EM DST E AIDS, CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS, 5./5./1., 2004, Recife.

SISTEMA Qualiaids. Disponível em: www.netsim.fm.usp.br/qa. Acesso em: 07 abr. 2006.

Edital/Chamamento:
Chamada de Pesquisa 2005 - 324/2005
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Mariane Martins Araújo Stefani
Instituição:
Universidade Federal de Goiás; Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública; Departamento de Imunologia, Microbiologia, Parasitologia e Patologia Geral.
Período de Vigência:
2003 – 2004
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:

Informações sobre a diversidade do HIV-1 na Região Centro-Oeste são ainda escassas. O grupo do IPTSP/UFG tem avaliado a diversidade genética do HIV-1 em diferentes subgrupos populacionais do Estado de Goiás e em pacientes de Cuiabá­-MT, empregando Ensaio de Mobilidade de Heteroduplex (HMA) para duas regiões do genoma viral: env e gag. Ampliação da amostragem e inclusão de isolados do Mato Grosso do Sul contribuirão para o mapeamento genético molecular do HIV-1 na Região Centro-Oeste, área distante do epicentro da epidemia de aids no Brasil. Estudos regionais visando avaliar a prevalência dos subtipos do HIV-1 e caracterizar por seqüenciamento recombinantes intersubtipos são importantes para saúde pública em razão do potencial impacto da diversidade viral nos testes sorológicos, de carga viral e nos ensaios de vacinas.

Objetivos:

Caracterizar subtipos de HIV-1 em isolados de pacientes dos estados de Goiás e de Mato Grosso; Determinar a prevalência dos subtipos de HIV-1 nas regiões env e gag para posterior seqüenciamento automatizado de isolados com “perfil híbrido” sugestivo de recombinação intersubtipos.

Materiais e Métodos:

As principais áreas de estudo foram as capitais dos estados de Goiás e Mato Grosso: Goiânia e Cuiabá, e os pacientes foram incluídos no estudo após assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido. Os pacientes HIV+/aids de Goiânia foram recrutados em dois centros de referência regionais para diagnóstico, tratamento de pacientes infectados pelo HIV: Hospital Anuar Auad (HAA/HDT/SUS) e Hospital Materno-Infantil (HMI/SUS). Em Cuiabá, os pacientes foram recrutados a partir da demanda espontânea do Lacen. Após responder a questionário padronizado para identificação de variáveis sociodemográficas foi realizada coleta de sangue venoso. As amostras biológicas foram estocadas a -80ºC e processadas para identificação dos subtipos do HIV-1 no Laboratório da Imunologia da Aids e da Hanseníase do IPT-SP/UFG. A identificação do subtipo do HIV-1 foi realizada empregando-se o Ensaio de Mobilidade de Heteroduplex nas regiões env e gag do genoma viral segundo protocolos e reagentes fornecidos pelo AIDS Reagent Program / National Ins-titutes of Health/USA (Heteroduplex Mobility Analysis HMA env subtyping Protocol version 5; HMA gag subtyping Protocol; www.aidsreagent.org).

Resultados - Parciais ou Finais:

Resultados da triagem molecular em ~300 isolados sendo ~250 do Estado de Goiás e ~50 do Estado do Mato Grosso por HMA env e gag indicaram marcante diversidade genética do HIV-1 nesses dois estados brasileiros. Em geral, em ambos os estados observamos predomínio do subtipo Benv/Bgag (~75%), seguido de padrão discordante Benv/Fgag (~10%) e outros padrões híbridos envolvendo, principalmente, os subtipos B e C ou subtipos B e D. No Estado de Goiás detectamos casos esporádicos de infecção pelos subtipos F e C “puros” (env/gag), enquanto estes não foram detectados em isolados do Mato Grosso. Ampliação da amostragem e inclusão de isolados do Mato Grosso do Sul contribuirão para melhor entendimento do mapeamento genético molecular do HIV-1 na Região Centro-Oeste.

Palavras-Chave:
Subtipos do HIV-1. HMA env/gag. Co-infecção.
Divulgação e/ou Publicações:

LINS, J.B.A. et al. Molecular screening of HIV-1 genetic diversity among children /adolescents and mothers. SIMPAIDS, 6.2005, Ouro Preto. Proceedings... Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Abstract TL. 66, p.52.
PEREIRA, G.A.S. et al. HIV-1 Subtypes in Pregnant Women and Risk behaviors assessment in Central Brazil. SIMPAIDS, 6., 2005, Ouro Preto. Proceedings... Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Abstract TL. 50, p.44.
Human Immunodeficiency Virus Type 1 (HIV-1) and Hepatitis C Virus (HCV) co-infection and viral subtypes at HIV testing center in Brazil. J Med Virol (in press).
Human Immunodeficiency Virus Type 1 (HIV-1) and Mycobacterium leprae co-infection: HIV-1 subtypes and clinical, immunologic, and histopathologic profiles in a Brazilian cohort. Am J Trop Med Hyg, v.71, n.5, p.679-684, 2004.
STEFANI, M.M. et al. Evidence of HIV-1 genetic diversity among pregnant women with AIDS or infected with HIV-1 in central Brazil. J Acquir Immune Defic Syndr, n.23, p.205-207, 2000.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Celio Lopes Silva
Instituição:
Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose - Rede TB.
Período de Vigência:
2004 – 2004
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP.
Introdução e Justificativa:
Existem no Brasil vários grupos de pesquisas trabalhando nas diferentes fases do desenvolvimento de medicamentos, desde a pesquisa básica até a produção e comercialização de medicamentos. As lacunas existentes na cadeia de desenvolvimento podem ser resolvidas pela introdução de novos atores que não atuam na área de ARV, mas que têm infra-estrutura, metodologias e recursos humanos adequados para suprir as atuais deficiências. A necessidade de investimentos deve ser significativa, porém, já existe uma boa infra-estrutura de laboratórios que pode ser otimizada, não sendo necessários investimentos vultosos que inviabilizem um bom arranjo institucional. Investimentos são importantes para alavancar grupos emergentes que já atuam no segmento.
Objetivos:
Identificar e detectar consultores e montar equipes de trabalho que sejam representativas de todos os setores envolvidos na área de P&D de novos medicamentos. Áreas: P&D, gestão, legislação, RH, empreendedores e produção; Realizar reuniões de trabalho e um seminário técnico envolvendo as partes interessadas na busca de resultados e/ou proposições do PN-DST/AIDS e Rede TB para a definição de novas estratégias para a sociedade e governo na área de novos medicamentos. Os consultores devem pertencer aos diferentes setores envolvidos no processo de P&D, além de os responsáveis por políticas públicas e empresariais nessa área; Elaborar um documento final consolidando o conjunto de proposições de P&D e de política governamental e empresarial para os setores envolvidos; Organizar evento para a divulgação do documento junto à comunidade acadêmica, empresarial, sociedade e governo, contando com a mídia no processo de divulgação.
Materiais e Métodos:
Levantamento da Plataforma Lattes (CNPq): Realizou-se o levantamento dos grupos de pesquisa no País que trabalham com HIV/aids e depois foi aplicado um filtro para identificar os que trabalham na cadeia de P&D de medicamentos ARV. Depois do levantamento, enviou-se, por correio eletrônico, os questionários aos grupos de pesquisa. A partir do recebimento dos questionários, os grupos a serem visitados foram selecionados com base na competência declarada nas diferentes etapas da cadeia de P&D. A produção científica e tecnológica dos pesquisadores brasileiros na área de medicamentos para HIV/aids foi avaliada por artigos indexados no Pubmed e patentes depositadas no INPI. A partir dos levantamentos e entrevistas realizadas, buscou-se traçar um perfil da pesquisa e desenvolvimento de medicamentos ARV e a necessidade de investimentos e articulação dos grupos. A partir de experiência prévia da Rede-TB, foi proposto um arranjo para a articulação dos grupos para se trabalhar na forma de Rede de Pesquisa.
Resultados - Parciais ou Finais:
O presente trabalho objetivou realizar um levantamento da infra-estrutura de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de medicamentos ARV, contra HIV/aids, buscando identificar as principais lideranças e subsidiar ações do Ministério da Saúde no sentido de fomentar o desenvolvimento de medicamentos contra HIV/aids no Brasil. O levantamento dos grupos foi feito por meio da Plataforma Lattes, do CNPq. Foram identificados 252 grupos de pesquisa que trabalham com HIV/aids, sendo 178 grupos que trabalham na área clínico operacional, ou outras áreas afins, e 74 grupos na cadeia de P&D de medicamentos. A partir desse levantamento, foi enviado aos grupos um questionário a fim de avaliar a capacidade instalada nas diferentes etapas da P&D de medicamentos, a destacar: pesquisa básica, desenvolvimento tecnológico, estudos pré­clínicos, produção em escala e estudos clínicos. O questionário buscou também identificar a familiaridade dos grupos com a legislação vigente acerca do desenvolvimento de medicamentos e proteção da propriedade intelectual. Do total de grupos que trabalham na cadeia de P&D, 62% responderam ao questionário. A partir das respostas, foram agendadas visitas aos principais laboratórios/grupos, a fim de detalhar as informações obtidas. No total, foram visitados 23 grupos, ou seja, 50% dos grupos que responderam ao questionário. Ficou evidenciada a falta de articulação entre os diferentes segmentos da cadeia de P&D, sendo verificada, no entanto, a existência de pequenos grupos que já vêm trabalhando em diferentes etapas de pesquisa e desenvolvimento. Foi identificada uma baixa interação em todos os segmentos, havendo grandes lacunas nas etapas de P&D elencadas. A interação entre grupos produtores e grupos de pesquisa é pequena, com exceção de grupos nos quais há envolvimento de pesquisadores vinculados em ambas as instituições (universidade e laboratório público), que apresentaram iniciativas no sentido de desenvolver novas formulações, mas não no desenvolvimento de novas moléculas. Foi identificado um único laboratório de biossegurança nível P3, devidamente instalado e capaz de fazer os testes de atividade ARV e a avaliação de novos fármacos e novos medicamentos ARV. No que se refere ao financiamento de projetos de P&D de novos medicamentos, há unanimidade em relação à inexistência de chamadas específicas: nunca houve uma chamada de financiamento para projetos de P&D de medicamentos ARV pelos órgãos de fomento estadual e federal. Os recursos captados informados pelos vários grupos são insuficientes para as exigências de desenvolvimento de medicamentos e, normalmente, vindos de outras fontes de financiamento. Dos grupos visitados, 14 declaram ter algum nível de capacitação em Pesquisa Básica. Entre 12 e 44% dos grupos essa capacitação era avaliada pelos próprios como de nível elevado em alguma das modalidades contempladas nessa fase da cadeia de P&D. Na etapa de Desenvolvimento Tecnológico, 4 grupos declararam possuir algum nível de competência. Entre 20 e 40% dos grupos, essa capacitação foi avaliada pelos mesmos como de nível elevado, em alguma das modalidades contempladas nesta fase da cadeia de P&D. O número de grupos que reconhecem ter algum nível de excelência na condução de Ensaios Pré­clínicos é de apenas 1 entre os 23 visitados. No caso da etapa de escalonamento da produção, esse número é de apenas 2, indicando que a condução de ensaios pré­clínicos e o escalonamento são dois dos principais gargalos exis-tentes nessa cadeia. Nesses casos, nenhum grupo se declarou com elevada competência para atuação nessas fases da cadeia de P&D. Dos seis grupos com competência na etapa de Estudos Clínicos, 100% declararam excelência na condução de seus trabalhos.
Palavras-Chave:
HIV. Medicamentos. Pesquisa e Desenvolvimento.
Divulgação e/ou Publicações:

Apresentação dos resultados parciais em Reunião Técnica para o Coordenador e Equipe do PN-DST/AIDS do Ministério da Saúde.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Victor Paes de Barros Leonardi
Instituição:
UnB – Universidade de Brasília; Núcleo de Estudos Amazônicos (NEAz).
Período de Vigência:
1999 - 2000
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
PN-DST/AIDS do Ministério da Saúde; Pnud; UNDCP; Funai e organizações indígenas.
Introdução e Justificativa:
O trabalho é uma reflexão crítica e situacional sobre as interdependências constitutivas das situações históricas da dominação envolvendo contato, conflito, contágio e doença sexualmente transmissível.
Objetivos:
Fornecer subsídios para a elaboração de uma política de prevenção de aids na fronteira norte do Brasil, tendo como foco a população de fronteira.
Materiais e Métodos:
Pesquisa de caráter qualitativo que combina a história oral e social com o método etnográfico, próprio do trabalho antropológico. Uso de fontes primárias, orais e escritas, como também fontes secundárias.
Resultados - Parciais ou Finais:
Do ponto de vista da transmissão do HIV/aids e outras DST, o contato sexual aparece como fator de maior risco, sendo que entre as populações de não-índios a prostituição é um problema de alto risco. Alguns grupos indígenas possuem maior vulnerabilidade coletiva, dentre estes os karipuna e os macuxi, em Roraima; os tikuna no Alto Solimões; os jaminawa no Acre e os suruí de Rondônia. As fronteiras com a Guiana, Guiana Francesa e Suriname geram uma interconectividade com região caribenha e criam novas redes que ampliam a difusão da aids, do que se depreende que a cooperação internacional para as ações de prevenção da aids é fundamental.
Palavras-Chave:
Fronteiras. Historia social. HIV. Aids. Contato interétnico. Área indígena. Processo saúde. Doença. Comportamento sexual. Fatores de risco. Interação social. Redes sociais. Vulnerabilidade. Aldeia. Cidade. Prostituição. Terras indígenas. Garimpeiros. Alcoolismo. Violência.
Divulgação e/ou Publicações:

LEONARDI, V. Fronteiras Amazônicas do Brasil: saúde e história social. Brasília: Paralelo 15; São Paulo: Marco Zero, 2000.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Alcinda Maria Machado Godoi, Cledy Eliana, Ellen Zita Ayer, Vera Lopes dos Santos
Instituição:
PN-DST/AIDS – SVS; MS.
Período de Vigência:
Novembro a dezembro de 1999
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Disque Saúde (Ministério da Saúde).
Introdução e Justificativa:
Este é um levantamento por amostragem, realizado junto a escolas da rede de ensino pública e privada do País, para o qual foi adotado o método de pesquisa telefônica. A coleta de dados foi realizada pelo serviço de telemarketing do disque saúde/pergunte aids, do Ministério da Saúde. Os dados foram coletados diretamente com os diretores das escolas ou com os coordenadores/orientadores pedagógicos. A coleta foi feita entre os dias 16/11 a 17/12 de 1999. Das 2.555 escolas selecionadas para a amostra, 2.186 participaram efetivamente da pesquisa.
Objetivos:
Traçar o diagnóstico da situação das escolas brasileiras em relação ao trabalho de prevenção das DST/HIV/aids e do uso indevido de drogas.
Materiais e Métodos:
Para o processo de amostragem adotou-se o desenho de uma amostra probabilística estratificada por regiões. Primeiramente, fez-se a estratificação proporcional por região. Em segundo lugar, foi feita a distribuição da amostra regional proporcionalmente entre os estados. A amostra final é representativa das escolas em escala nacional e regional. O universo amostral constituído por todas as escolas constantes do censo escolar do MEC, de 1998, localizadas em área urbana e que possuíam telefone, totalizando 46.443 escolas, considerando perdas da ordem de 40%. O tamanho da amostra calculado foi de 2.555 escolas, públicas e privada de áreas urbanas de todo o território nacional e a escolha foi feita de forma aleatória. A coleta de dados via telefone foi composta de instrumento dividido em duas partes: um questionário para as questões de prevenção de DST/HIV/aids e outro para as de prevenção ao uso indevido de drogas. Os dados foram coletados entre os dias 16/11 a 17/12. Cada escola selecionada foi chamada, em momentos diferentes, até 10 vezes. Se em nenhuma dessas tentativas a escola foi contatada, considerou-se como perda.
Resultados - Parciais ou Finais:
Das 2.186 escolas participantes, 1.605 escolas referiram ter desenvolvido alguma atividade sobre DST/HIV/aids ou uso de drogas, o que corresponde a 73,4% delas. A maioria das escolas desenvolveu atividades sobre os dois temas. Quase 65% das escolas referiram ter realizado atividade tanto sobre prevenção de DST/HIV/aids como sobre uso de drogas, enquanto apenas um pequeno percentual só desenvolveu atividade em um dos dois assuntos: 5,2% das escolas abordaram apenas o tema das DST/HIV/aids, enquanto 3,7% das escolas abordou apenas o tema do uso indevido de drogas. Assim, em geral, vê­se que os dois temas correm praticamente juntos, enquanto uma eleição das escolas como assuntos a serem tratados com os alunos. Fica evidente que os temas em questão são preocupações presentes entre as escolas pesquisadas, uma vez que apenas 26,5% referiram não ter tratado do assunto no período de 1999, junto aos seus alunos. Proporcionalmente, as escolas que possuem ensino de nível médio são as que mais desenvolveram atividades voltadas para a prevenção das DST/HIV/aids e ao uso indevido de drogas – mais de 90% dessas escolas referiram esse tipo de trabalho, em 1999. As escolas com ensino supletivo e fundamental vêm a seguir, com mais de 80% delas referindo ter desenvolvido aquelas atividades. Já entre as de ensino fundamental, a proporção de escolas que realizaram esse tipo de atividade foi de 72% para as DST/HIV/aids e de 67% para as drogas. As escolas de ensino infantil são as que menos referiram a realização de trabalho com essa temática. As diferenças entre as proporções são estatisticamente significativas (p0,05).Verificamos que o desenvolvimento de atividades sobre as DST/aids e uso de drogas é mais prevalente nas escolas que possuem TV Escola. Essas escolas desenvolveram atividades preventivas sobre DST/HIV/aids e sobre o uso indevido de drogas cerca de 1,5 vezes mais que as escolas que não possuem TV Escola. A diferença entre as proporções das escolas com e sem TV Escola foi estatisticamente significativa (p
Palavras-Chave:
Prevenção. DST/aids. Drogas. Escolas. Ensino fundamental. Ensino médio.
Edital/Chamamento:
Concorrência Sítio de Vacinas
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Silvia Moraes Chiaravalloti
Instituição:
Famerp – Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto.
Período de Vigência:
2004 - 2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Este estudo busca apreender a situação de vulnerabilidade das mulheres gestantes do município de São José do Rio Preto e identificar a prevalência do HIV neste segmento da população para contribuir no desenvolvimento de novos estudos e na proposição de estratégias de intervenção tanto para prevenção como para o controle.
Objetivos:
Caracterizar os fatores sociodemográficos e de comportamentos das gestantes usuárias das Unidades Básicas de Saúde e Programa de Saúde da Família (UBS e PSF) do município de São José do Rio Preto; Caracterizar, nessa população, o nível de informação relativo à infecção pelo HIV; Caracterizar práticas e comportamentos de risco, os quais as tornam mais vulneráveis à infecção pelo HIV; Detectar a intervenção oportuna dos serviços de saúde na redução da vulnerabilidade desta população à infecção ao HIV.
Materiais e Métodos:
Foi proposto um desenho de pesquisa não experimental transversal com questionários estruturados, aplicados às gestantes. As variáveis pesquisadas permitiram identificar o perfil socioeconômico, comportamentos de maior risco para a infecção pelo HIV, práticas sexuais e alguns aspectos do cuidado recebido nos serviços de saúde. O critério de inclusão foram as gestantes residentes no município de São José do Rio Preto, no período de maio de 2003 a abril de 2004, usuárias das UBS e PSF de São José do Rio Preto.
Resultados - Parciais ou Finais:
Em São José do Rio Preto, o uso de contraceptivo pelas gestantes se assemelha ao uso difundido tanto no Brasil como no município, entretanto ressalta-se o maior uso de preservativo masculino entre as gestantes da amostra. Na opinião das mulheres, a pílula é o melhor método para evitar a gravidez (48,9%) caso não queriam engravidar naquele momento. Chama a atenção que 49,9% não usavam método contraceptivo quando engravidaram e 17,3% usavam método contra ceptivo, não interromperam e mesmo assim engravidaram. No decorrer de suas vidas reprodutivas, 19,5% afirmaram ocorrência de aborto. Com relação às DST, 95,0% das mulheres declararam que a camisinha é o melhor método para evitá­las. De acordo com as mulheres entrevistadas, 60,6% não estavam freqüentando grupos de gestantes. O teste para o HIV foi realizado por 53,9% das gestantes e foram solicitados no segundo e terceiro mês de gestação. O uso de preservativo foi citado por quase todas as mulheres, entretanto chama a atenção que apenas 15,7% faz sempre uso de preservativo. Quando perguntado sobre o motivo do não uso de preservativo masculino, a justifica foi o risco pequeno de contrair aids. Entretanto, o risco de contrair aids no município de São José do Rio Preto foi considerado alto. O processo de gestação deve ser visto sob a ótica da mulher, podendo desta forma compreender o que ela pensa e define sobre si e, também reconhecer as influências contextuais para que se possa ajudá­la a tomar decisões em relação a esse período. Dessa forma, pode-se perceber a gestação como uma prática complexa e dinâmica evidenciando os condicionantes econômicos, políticos e culturais que o tornam um ato regulável pela sociedade. Quando as entrevistas se referem à religião, esta aparece como um fator importante na gestação.
Palavras-Chave:
Vulnerabilidade. Pré­natal. Planejamento familiar.
Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Nadja de Sá Pinto Dantas Rocha
Instituição:
Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (Nesc).
Período de Vigência:
2001 - 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Ministério da Saúde; Secretaria de Saúde Pública do RN; Conselho de Secretários Municipais de Saúde do RN; Secretaria Municipal de Saúde de Natal-RN; Secretaria Municipal de Saúde de Mossoró­-RN; e, Comissão Estadual da Aids do RN.
Introdução e Justificativa:
A epidemia da aids no Rio Grande do Norte segue as tendências nacionais de feminilização, juvenilização, heterossexualização, interiorização e pauperização, compreendendo um relevante problema de saúde pública. Durante três anos consecutivos, este projeto compreendeu uma estratégia de parceria e integração entre as instituições de ensino e serviço do SUS/RN, com ênfase nas áreas temáticas de DST/aids e Saúde da Família. Teve como objetivo capacitar as PSF para a implementação de ações, tendo como referência o protocolo do Ministério da Saúde sobre “Competências e habilidades das equipes do PSF nas ações de HIV/aids”. Um dos aspectos centrais nesta pesquisa foi a necessidade de implementar estas atividades de capacitação e educação permanente visando prepará­las para uma adequada abordagem em face das DST/aids no contexto familiar e comunitário, no âmbito da atenção básica.
Objetivos:
Capacitar no período de março a novembro de 2001, através de oito cursos, 200 profissionais de saúde nas ações de promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento das DST/aids, na perspectiva de contribuir com a melhora da qualidade da atenção; Capacitar, através de 6 cursos a serem realizados no período de maio a outubro de 2002, 150 profissionais de saúde dos Programas de Interiorização do Trabalho em Saúde (Pits) e Saúde da Família vinculados às Regionais de Saúde Pública (6) do Rio Grande do Norte, nas ações de promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento das DST/aids, na perspectiva de contribuir com a qualidade e humanização da atenção; Capacitar, no período de fevereiro a junho de 2003, 150 profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e odontólogos) dos Programas de Interiorização do Trabalho em Saúde (Pits) e Saúde da Família vinculados aos municípios de maior concentração de casos de aids nas ações de promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento em HIV/aids, na perspectiva de contribuir com a qualidade e humanização da atenção; Desenvolver oficinas de planejamento e avaliação das atividades envolvendo instituições, instrutores e coordenadores de programas DST/aids e Saúde da Família/Pits no período de 2001 a 2003; Adquirir materiais e equipamentos audiovisuais e de informática para o melhor desempenho das atividades no período de 2001 a 2003; Contribuir para a interação academia - serviço e integração das ações referentes ao cuidado do portador de HIV/aids no período de 2001 a 2003; Elaborar e divulgar documento técnico das experiências de capacitação desenvolvidas no período de 2001 a 2003.
Materiais e Métodos:
A metodologia adotada foi participativa baseada na aprendizagem significativa, oportunizando reflexões e discussões sobre os problemas reais vivenciados pelos alunos, facilitando sua aprendizagem por meio de dinâmicas participativas e vivenciais. Foram realizadas oficinas de trabalho com as instituições e atores envolvidos buscando a construção da proposta pedagógica e constituição de um grupo interinstitucional para seu desenvolvimento e acompanhamento. Os temas prioritários para as capacitações foram o processo saúde - doença, aspectos clínicos epidemiológicos e sociais da aids, sexualidade, aconselhamento, gênero, abordagem familiar, ética, e direitos do portador de HIV. Foram utilizadas várias técnicas de ensino, tais como: exposição oral, dramatização, estudo de caso, trabalho em grupo, exibição e discussão de vídeo, discussões coletivas, oficina do portador em HIV e outras técnicas. Possibilitou a reflexão sobre a vivência prática do profissional nestes municípios, na perspectiva de construir uma abordagem humanizada frente às situações de DST/aids, com elaboração de agenda de atividades, baseada na realidade inicial apresentada (problematização) e a reali-dade que se pretendeu alcançar (mudanças pactuadas). A estratégia da saúde da família foi definida como prioridade, cujos conteúdos resgataram o enfoque da interdisciplinaridade do tema aids.
Resultados - Parciais ou Finais:
Os objetivos traçados foram alcançados relacionados ao desenvolvimento de, no primeiro ano, oito cursos de capacitação para 182 profissionais das unidades de saúde da família e 18 dos hospitais de referência hospitalar em aids, totalizando 200 profissionais. No segundo ano, seis cursos de capacitação para 150 profissionais e, no terceiro ano, cinco cursos de capacitação para 150 profissionais, totalizando 19 processos de capacitação e 500 profissionais capacitados. Os cursos versaram sobre a reorganização das práticas do cuidado integral, com inserção dos conteúdos na agenda da ESF; estudos e pesquisas em DST/aids; e criação de espaços e mecanismos de qualificação interinstitucional, integrando academia - serviço e áreas de saúde da família e aids; implementação das ações em HIV/aids nos serviços de saúde, no interior do estado e na capital. Os atores envolvidos avaliaram que o espaço de discussão constituído pelo Projeto promoveu avanços tanto no conhecimento da situação da epidemia quanto na reorganização das práticas do cuidado integral.
Palavras-Chave:
Aids. Saúde da família. Educação permanente.
Divulgação e/ou Publicações:

ROCHA, N.S.P., RODRIGUES, M.P. Projeto Universidaids – Uma proposta de Capacitação em HIV/aids para os Profissionais da Estratégia Saúde da Família do Rio Grande do Norte. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA - ABRASCO, 7., 2003, Brasília.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Célia Landmann Szwarcwald
Instituição:
Fundação Oswaldo Cruz; Centro de Informação Científica e Tecnológica; Departamento de Informação em Saúde.
Período de Vigência:
Setembro a dezembro de 2003
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
PN-DST/AIDS do Ministério da Saúde; Centers for Disease Control and Prevention, Global Aids Program, Brazil (CDC/GAP/Brazil).
Introdução e Justificativa:
A partir da adaptação de um arcabouço teórico de avaliação de sistemas de saúde, que tem como eixo principal o princípio da equidade, formulado, conceitualmente, por um grupo de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz para avaliação do desempenho do sistema de saúde brasileiro, este projeto desenvolveu uma estratégia de definição de indicadores para avaliar a qualidade das ações programáticas desenvolvidas pelo PN-DST/AIDS, baseada na identificação dos objetivos e metas que o norteiam.
Objetivos:
Construir um conjunto de indicadores para avaliar a qualidade das ações programáticas desenvolvidas pelo PN-DST/AIDS, com base na identificação dos objetivos e metas que o norteiam.
Materiais e Métodos:
Após a formulação de um elenco mínimo de indicadores que possibilitem avaliar o Programa, será constituído um sistema de monitoramento, no qual, de acordo com a disponibilidade de informações, os indicadores serão acompanhados no tempo, no espaço geográfico e quanto à equidade, permitindo estabelecer comparações e metas para o Programa.
Resultados - Parciais ou Finais:
Sistema estabelecido e em funcionamento: www.aids.gov.br/monitoraids. Disponível em português, inglês e espanhol.
Palavras-Chave:
Monitoramento. Avaliação. Indicadores.
Divulgação e/ou Publicações:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância de Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Centers for Diseases Control and Prevention. MonitorAIDS: Sistema de Monitoramento de Indicadores do Programa Nacional de DST e Aids (Versão 2.0). Brasília: Ministério da Saúde, 2005. [Publicado em português (duas edições) e inglês (uma edição)].

SZWARCVALD, C.L. MONITORAIDS: a Useful Tool for Monitoring and Evaluating the Brazilian AIDS Program. Session: Constructing the Basis for the Brazilian AIDS Program Evaluation: Integrating Effforts for Building Local Capacity and Monitoring Information. In: 2005 JOINT CANADIAN EVALUATION SOCIETY/AMERICAN EVALUATION SOCIETY CONFERENCE: CROSSING BORDERS, CROSSING BOUNDARIES, 2005, Toronto.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Fernanda Rios Grassi
Instituição:
Fundação Oswaldo Cruz; Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; Laboratório Avançado de Saúde Pública (Fiocruz/CPQGM/Lasp).
Período de Vigência:
2004 - 2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
O objetivo do presente projeto é consolidar o núcleo de Imunologia do Lasp. Este núcleo dá apoio ao Programa Nacional de Vacinas anti-HIV/aids do Ministério da Saúde através do treinamento dos laboratórios primários nos sítios de ensaios vacinais, para obtenção de amostras biológicas e técnicas de criopreservação, e através do treinamento de laboratórios secundários nos testes de avaliação da resposta imune aos produtos vacinais. Para tal serão realizadas oficinas de treinamento em biossegurança, obtenção e criopreservação de células mononucleares do sangue periférico e de Elispot, linfoproliferação e detecção intracelular de citocinas por citometria de fluxo no Lasp/CPQGM/Fiocruz com participantes selecionados contemplando critérios preestabelecidos, como competência, região geográfica, e comprometimento futuro em participar na Rede a ser implantada.
Objetivos:
Consolidar o Núcleo de Imunologia do LASP. Este núcleo da apoio ao programa Nacional de Vacinas anti-HlV/AIDS do Ministério da Saúde através do treinamento dos laboratórios primários nos sítios de ensaios vacinais, para obtenção de amostras biológicas e técnicas de criopreservação, através do treinamento de laboratórios secundários nos testes de avaliação da resposta imune aos produtos vacinais.
Materiais e Métodos:
Realização de oficinas de treinamento em biossegurança, obtenção de amostras biológicas e criopreservação de células mononucleares do sangue periférico para realizar ensaios de avaliação da imunidade em vacinas anti-HIV/aids, especialmente através de ELISPOT no Lasp/CPQGM/ Fiocruz. Os participantes serão selecionados contemplando critérios pré-estabelecidos como pertencer à rede de laboratórios primários em sítios potenciais de avaliação de vacinas anti HIV/aids.
Resultados - Parciais ou Finais:
Realizamos nos dias 11 e 12 de setembro de 2003, no Lasp, o 1º Workshop Congelamento/Descongelamento de células mononucleares do sangue periférico (PBMC), para avaliação de vacinas anti-HIV/aids do Programa de Vacinas HIV/aids do Ministério da Saúde. Nesse evento foram discutidos biossegurança e boas práticas de laboratório, a importância da conservação de amostras para ensaios vacinais, repositório, protocolos de obtenção de plasma e soro, células mononucleares do sangue periférico e padronização de técnicas de congelamento e descongelamento de células. Participaram dez laboratórios de diversos estados brasileiros.
Palavras-Chave:
Vacinas anti-HIV/aids. Treinamento. Sítios primários. ELISPOT. Criopreservação. Lasp.
Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Margaret Amorim Fialho
Instituição:
Creaids – Centro de Referência Estadual de Aids.
Período de Vigência:
2004 - 2005
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
Laboratório de Retrovírus da UFBA DST/CTA/COAS Estadual; Fiocruz; Fundac; UNICEF; e, Juizado de Menores da Segunda Vara da Infância e Juventude de Salvador.
Introdução e Justificativa:
Somente em Salvador, no período de 2000 a 2003, 4.969 adolescentes passaram pelo sistema correcional o que demonstra ser fundamental a necessidade de se definir a magnitude das DSTs nesta população específica uma vez que o próprio estresse do confinamento potencializa os comportamentos de risco. Este é um estudo transversal realizado entre Maio de 2004 e Março de 2005 na Casa de Acolhimento ao Menor (CAM), uma das unidades da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), órgão executor da política pública de proteção e defesa dos direitos da criança e juventude no âmbito da Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social do Estado da Bahia. Foram avaliados 300 adolescentes privados de liberdade (APL), quanto aos aspectos biopsicossociais e quanto à prevalência de marcadores sorológicos para HIV, HTLV, HbsAg, Anti HBC, AntiHCV e Treponema Pallidum.
Objetivos:
Determinar a prevalência da infecção pelo HIV, HBV, HCV, HTLV, Treponema Pallidum e caracterizar biopsicossocialmente 600 adolescentes privados de liberdade de uma instituição correcional de Salvador na Bahia; Promover a saúde e a prevenção às DST/HIV/aids e estabelecer medidas profiláticas e terapêuticas para os adolescentes em situação de risco.
Materiais e Métodos:
A amostragem foi consecutiva e 300 adolescentes de ambos os sexos internados durante o período foram convidados a participar do estudo com esclarecimento sobre os objetivos, benefícios e riscos relativos à participação no projeto. Os adolescentes participavam semanalmente de uma “sala de espera” onde eram discutidos aspectos relacionados à saúde e sexualidade. Para a coleta dos dados biopsicossociais e exame físico foi utilizada a Ficha de Atendimento Individual para Adolescentes, instrumento estruturado do Centro Latino Americano de Perinatologia e Desenvolvimento Humano (Clapp) da Organização Mundial de Saúde (OMS). Foram coletados 10 ml de sangue periférico para análise sorológica para: HIV, HTLV, HBV, HCV e Sífilis, obedecendo às recomendações do Ministério da Saúde. As amostras foram encaminhadas no mesmo dia ao Laboratório de Retrovírus do Hospital Professor Edgard Santos UFBA Todos os participantes forneceram consentimento verbal após aconselhamento e, de acordo com a legislação específica de proteção de APL, foi também obtido o consentimento da instituição que os abriga. O projeto de pesquisa foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da UFBA e pelo Juizado da Segunda Vara da Infância e da Juventude.
Resultados - Parciais ou Finais:
Dos 300 adolescentes convidados a participar da primeira fase da pesquisa, 297 foram contemplados, sendo 273 do sexo masculino com idade média de 17,3 anos e 24 do sexo feminino com idade média de 16,4 anos. Observou-se uma baixa prevalência de HIV e alta prevalência de HCV e HBV. Em relação ao HTLV-I os resultados obtidos foram coerentes com os encontrados na população do estado, área endêmica para este vírus. Quanto à infecção pelo Treponema Pallidum, o resultado foi equivalente aos estudos sentinela de outras populações. A análise preliminar da avaliação biopsicossocial revela que esta população inicia vida sexual precocemente, de forma desprotegida e é vítima de violência intra e extrafamiliar, incluindo violência sexual além de envolver-se com uso e abuso de substâncias psicoativas.
Palavras-Chave:
Adolescente. HIV. Aids. Infrator. DST. Prevalência. Vulnerabilidade. Adolescência. Biopsicossocial.
Divulgação e/ou Publicações:

Manuscrito em preparação.

Edital/Chamamento:
Estratégico
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Elza Salvatori Berquó
Instituição:
CEBRAP - Centro Brasileiro de Análise e Planejamento.
Período de Vigência:
1997 - 1998
Situação:
Concluída
Parcerias institucionais:
.
Introdução e Justificativa:
Trata-se de um estudo nacional de base probabilística composto por 3.600 entrevistas de indivíduos entre 16 e 65 anos de ambos os sexos, distribuídos em 52 microrregiões do Brasil. A pesquisa visa compreender o comportamento, atitudes e práticas sexuais da população brasileira e suas interações com os fatores estruturais, relacionais e individuais, com o objetivo de estabelecer estratégias preventivas em relação às DST/aids.
Objetivos:
Pesquisar a interação sexo–uso de drogas e suas implicações no comportamento sexual; Avaliar níveis de conhecimento sobre HIV/aids e percepção de risco à infecção; Identificar o conhecimento e o acesso ao teste do HIV; Gerar indicadores de comportamento que permitam comparações espaciais e temporais.
Materiais e Métodos:
Estudo de base populacional a partir de inquérito domiciliar com plano amostral estratificado em múltiplos estágios, com probabilidades desiguais. Em cada estágio e estrato foram sorteadas microrregiões, setores censitários, domicílios particulares e pessoa adulta.
Palavras-Chave:
HIV. DST. Aids. Sexualidade. Comportamento sexual. Práticas sexuais. Preconceito. Uso de drogas e sexo. Testagem HIV.
Divulgação e/ou Publicações:

BERQUÓ, E. (coord.) et al. Comportamento Sexual da População Brasileira e Percepções da HIV/Aids. Termo de Cooperação 032/97-AD-BRA 94-815. São Paulo: Cebrap, 1998 (Relatório Parcial de Atividades, Período Dez./97 - Jul./98).

__. Comportamento Sexual da População Brasileira e Percepções da HIV/Aids. Termo de Cooperação nº 032/97-AD-BRA 94-815. São Paulo: Cebrap, 1998 (Relatório Parcial de Atividades, Período Jul./98 - Out./98).

__. Comportamento Sexual da População Brasileira e Percepções da HIV/Aids. Termo de Cooperação nº 032/97-AD-BRA 94-815. São Paulo: Cebrap, 1999 (Relatório Parcial de Atividades, Período Dez./98 - Mar./99).

__. Comportamento Sexual da População Brasileira e Percepções da HIV/Aids. Termo de Cooperação nº 032/97-AD-BRA 94-815. São Paulo: Cebrap, Jul.1999 (Relatório Final).

__. Comportamento sexual da população brasileira e percepções do HIV/Aids. Brasília: Secretaria de Políticas de Saúde, Coordenação Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, 2000, 248 p. Série Avaliação, nº 4. Disponível em: http://www.aids.gov.br/avalia4/home.htm.

Cerimônia de apresentação dos dados da pesquisa “Comportamento sexual da População Brasileira e Percepções do HIV/Aids”, realizada no Centro de Convenções Rebouças, com a presença do Ministro da Saúde José Serra. São Paulo, 20 Set.1999.