Estudo da taxa de transmissão materno-infantil do HIV em filhos de mulheres soropositivas: antes, durante ou até três meses após o parto – Brasil.

Edital/Chamamento: 
Estratégico
Número do Projeto: 
028/2002

Pesquisador(es)

Pesquisador(es) Responsável(eis): 
Regina Célia Menezes Succi

Instituição

Instituição: 
Sociedade Brasileira de Pediatria.
Parcerias institucionais: 
Universidade Federal de São Paulo (Disciplina de Infectologia Pediátrica, Departamento de Pediatria).
Período de Vigência: 
2002 - 2004
Situação: 
Concluída

Introdução e Justificativa

Estudo retrospectivo da revisão de prontuários que teve por objetivo conhecer e analisar a taxa real de transmissão vertical do HIV (TMI do HIV) em 62 centros médicos de diferentes regiões do território brasileiro entre nascidos no período compreendido entre os meses de janeiro de 2000 a dezembro de 2002. A taxa de transmissão materno-infantil do HIV no período estudado e em todo o País foi de 6,8% (CI 95%: 5.9% – 7.5%), sendo de 8,6% no ano de 2000, 7,1% no ano de 2001 e 3,8% no ano de 2003. As maiores taxas de TMI do HIV foram encontradas nas regiões Norte (12,2%) e Nordeste (10,4%), enquanto nas regiões Centro-oeste, Sudeste e Sul essas taxas foram, respectivamente, de 5,5%, 6,8% e 5,4%. As taxas de TMI foram maiores entre as crianças nascidas de mães que não fizeram acompanhamento pré­natal e naquelas que receberam aleitamento materno.

Objetivos

Avaliar a taxa de transmissão vertical do HIV em serviços brasileiros que atendem crianças nascidas de mulheres infectadas pelo HIV; Avaliar fatores associados com a transmissão materno-infantil do HIV e os métodos utilizados para prevenir a transmissão do HIV da mãe para o filho nos diferentes serviços.

Materiais e Método

Estudo retrospectivo de revisão de prontuários de 62 serviços localizados nas cinco regiões do País, com a seguinte distribuição: 4 serviços na região Norte (106 casos), 8 na região Nordeste (249 casos), 4 na região Centro-Oeste (215 casos), 39 na região Sudeste (2427 casos) e 7 na região Sul (1007 casos). Constituiu-se um “Grupo de Estudo da Sociedade Brasileira de Pediatria para avaliar a Transmissão Vertical do HIV”, que preencheu o instrumento de coleta construído para o estudo, no qual eram registrados os dados referentes às mães e às crianças. O estudo compreendeu crianças nascidas nos anos de 2000, 2001 e 2002 de mães sabidamente soropositivas para o HIV, cujo diagnóstico da infecção tenha sido feito antes do parto, no momento do parto ou nos primeiros três meses após o parto. Os dados foram colocados em banco de dados adequado e analisados por Estado, região e ano de nascimento.

Resultados - Parciais ou Finais

Foram incluídas 4.004 crianças nos três anos estudados, das quais 271 estavam infectadas pelo HIV, o que determinou uma taxa de transmissão materno-infantil do HIV (TMI do HIV) de 6,8% (CI 95%: 5.9% – 7.5%). A TMI do HIV foi diferente, segundo o ano de nascimento das crianças estudadas: 8,6% no ano de 2000, 7,1% no ano de 2001 e 3,8% no ano de 2003. Essa diferença não foi estatisticamente significante quando comparada com os anos de 2000 e 2001 (Pearson = 0,131), mas diferiu quando comparada aos anos de 2001 e 2002 (Pearson
Palavras-Chave: 
HIV. Transmissão vertical. Crianças.

Divulgação e/ou Publicações

SUCCI, R.C.M. Grupo de estudo da SBP para avaliar a transmissão vertical do HIV. Estudo Colaborativo Multicêntrico Brasileiro para avaliar as taxas de transmissão vertical do HIV. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PEDIATRIA, 32., 2003, São Paulo. OR 840.

SUCCI, R.C.M.; KUMMER, S.C. Grupo de estudo da TMI do HIV da SBP. Avaliação de um programa para reduzir taxas de transmissão vertical do HIV no Brasil. Resultados de um estudo colaborativo multicêntrico. In: CONGRESO DE LA ASSOCIACIÓN ESPAÑOLA DE PEDIATRIA, 53., 2004, Madrid.