Webdocumentário Poptrans é exibido ao público em Brasília
Filme mostra a experiência de seis pessoas trans e travestis; exibição foi seguida de debate com a participação das personagens participantes
O webdocumentário Poptrans, produzido pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DCCI), teve sua primeira exibição pública na quarta-feira (25), em Brasília, durante o cine-debate em comemoração ao Dia da Visibilidade Trans, lembrado em 29 de janeiro.
O filme tem a participação de seis pessoas que vivem em Brasília, Goiânia e Porto Alegre e que relatam suas experiências com o Sistema Único de Saúde – SUS, o enfrentamento ao preconceito e seu cotidiano, a reinserção na sociedade com o nome social. Os entrevistados foram escolhidos após seleção realizada por comitê formado por representantes do Instituto Brasileiro de Transmasculinidade (Ibrat), da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e do Coletivo de Homens Trans da Rede Nacional de Pessoas Trans (Rede Trans). Essas três entidades e o Departamento de Apoio à Gestão Participativa (SGEP/MS) também auxiliaram na realização do webdocumentário.
Na sessão de abertura, conduzida pela artista multimídia e rapper trans do Distrito Federal Rosa Luz, participaram a diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, Adele Benzaken; o secretário especial adjunto de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, Silvio José Albuquerque e Silva; o coordenador residente do Sistema das Nações Unidas no Brasil, Niky Fabiancic; o diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Secretaria de Apoio à Gestão Participativa, Esdras Daniel dos Santos Pereira; a presidenta da Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil, Tathiane Aquino de Araújo; a presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Keila Simpson; e o presidente do Instituto Brasileiro de Transmasculinidade, Lam Matos.
“É com muita emoção que consigo apresentar um projeto não só profissional mas também pessoal, que é o de levar o cotidiano das pessoas trans e travestis ao vídeo Poptrans. O filme mostra a relação dessas pessoas com a transformação em seu corpo e com o preconceito da sociedade”, afirmou Adele Benzaken.
Durante o evento, a ONU Brasil lançou a série de cartões postais “Sobre Viver Trans: histórias de afeto e empoderamento pela visibilidade das pessoas trans” e, após a exibição do webdocumentário, foi realizado o cine-debate com Eric Seger, Marcelly Malta, Glória Krystal, Cristiany Beatriz, Bernardo Mota e Ludymilla Santiago, participantes do filme, e a convidada Taya Carneiro. A mediação do debate ficou a cargo da consultora do DCCI Alicia Krüger.
CONQUISTAS – Há 16 anos, o DCCI realiza ações e contabiliza êxitos na luta em prol das pessoas trans e travestis. Em 2001, é lançada a primeira campanha contra a transfobia: “Travesti e Respeito”. Em 2004, é instituído o Dia da Visibilidade Trans (29 de janeiro), implantado o Programa Brasil Sem Homofobia e criado o Comitê Técnico para a Formulação da Propostas da Política Nacional de Saúde da População GLTB (Gays, Lésbicas, Travesis e Bissexuais). Em 2008, o Ministério da Saúde institui o Processo Transexualizador no SUS. Em 2009, a Carta de Direitos dos Usuários do SUS assegura o uso do Nome Social, independentemente do registro civil. A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) é publicada em 2001. Dois anos depois, é ampliado o Processo Transexualizador no SUS, com atendimento a travestis e homens trans. Em 2016, por meio do Decreto 8.727, é determinado o uso do nome social e do reconhecimento da identidade de gênero às pessoas transexuais e travestis no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
CIRURGIAS – Entre 2015 e 2016, o Sistema Único de Saúde (SUS) ampliou o atendimento ambulatorial ao público trans em 32%, passando de 3.388 para 4.467 consultas. Já as cirurgias de processo transexualizador aumentaram de 23 para 34 no período e, em 2016, outros quatro centros de atendimento foram habilitados para atender ao público trans, aumentando para nove as unidades que realizam esse serviço em todo o Brasil.
Assessoria de Comunicação
(61) 3315-7665
Departamento das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais
Conheça também a página do DCCI no Facebook:
https://www.facebook.com/ISTAidsHV