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Seminário apresenta projeto “Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção” a profissionais de saúde
SÍFILIS
Seminário apresenta projeto “Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção” a profissionais de saúde
Representantes das regiões Centro-Oeste, Norte e Sul reuniram-se para pactuar ações locais e colocar em prática combate ao agravo
16.04.2018 - 16:22
última modificação:
04.11.2022 - 10:42
Terminou na última sexta-feira (13), em Brasília, o Seminário Interfederativo “Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção”. O encontro – que reuniu 140 representantes estaduais e municipais da área de Saúde durante dois dias – teve o objetivo de apresentar o projeto que leva o mesmo nome aos gestores; de pactuar as ações do projeto; e de definir diretrizes e prioridades para a implementação de um plano de trabalho local nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sul. O projeto inclui os 13 estados dessas regiões e o Distrito Federal. Participaram também os 17 profissionais de saúde que foram selecionados como “apoiadores” para atuar nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sul.
Também chamado de “Sífilis Não”, o projeto é uma parceria entre o Ministério da Saúde e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), e foi pactuado em 2017 na Comissão Intergestores Tripartite (CIT). O enfoque central é reduzir a sífilis adquirida e eliminar a sífilis congênita no Brasil. O projeto inclui a ampliação e qualificação do diagnóstico e o aumento da testagem, principalmente nas grávidas. A identificação ainda no primeiro trimestre da gestação e o tratamento adequado impedem a transmissão da doença da mãe para o bebê.
O projeto também prevê a implantação de linhas de cuidado para a sífilis com acompanhamento de crianças expostas à doença e intervenção em populações-chave –gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, trabalhadores do sexo e pessoas que usam álcool e outras drogas.
O Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Osnei Okumoto, reafirmou o compromisso da Secretaria com o enfrentamento do HIV, das hepatites virais, da sífilis e de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). “Precisamos, juntos, dar uma resposta rápida à sífilis; estamos falando de uma doença que é curável, e o abastecimento da penicilina benzatina está com o fornecimento em dia”, observou.
A diretora do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, explicou que o projeto visa traçar um plano de trabalho que será planejado para cada território no qual o profissional irá atuar para alavancar a resposta rápida à sífilis. “O processo está apenas começando e caminha no sentido de construir uma resposta ampla, forte e eficaz para impactar a sífilis no país. Será uma ação conjunta do Ministério da Saúde, estados e municípios para intensificar ações de prevenção, diagnóstico e tratamento”, afirmou Adele.
O representante da Opas/OMS no Brasil, Joaquin Molina, lembrou que a sífilis é uma doença muito antiga, de diagnóstico e tratamento fácil. “Temos de enfrentar juntos, de maneira integrada. A sífilis cresceu não só no Brasil, mas em vários países nos últimos anos. É uma doença que conhecemos perfeitamente, sabemos diagnosticar de maneira fácil e temos os remédios para a curar”.
Molina disse que Brasil é um bom exemplo de combate a sífilis, pois deu passos emergenciais importantes para evitar o ressurgimento de vários surtos de doenças epidêmicas. “Um país imenso como o Brasil, com um sistema único de saúde pública tão importante, não pode prescindir de todos os que estão presentes aqui hoje, para formar uma articulação necessária e forte diante da sífilis”. E ressaltou: “Este é um projeto muito oportuno, chegou no momento que mais precisamos, que vai marcar um novo momento no combate à sífilis no país”.
O coordenador geral do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da UFRN, Ricardo Valentim, destacou que a universidade está plenamente à disposição do Ministério da Saúde neste projeto, que vai atuar de forma horizontal, com ação direta de combate à sífilis.
Valentim explicou que o projeto é dividido em três grandes eixos: “Vigilância em saúde, pesquisa e educação – que chamamos de educomunicação, porque a comunicação tem um peso muito forte nesse projeto. Com um projeto dessa magnitude e com essa interlocução interfederativa, com ações integradas, vamos alcançar os resultados esperados”.
MUNICÍPIOS PRIORITÁRIOS – Nesta primeira fase, cem municípios com população acima de 100 mil habitantes – e que concentram os maiores números dos casos da doença – farão parte do projeto.
O seminário da Região Nordeste ocorreu em Natal nos dias 19 a 23 de março. Nos dias 26 e 27 de abril, será realizado em São Paulo para os profissionais da Região Sudeste.
MESA – Compuseram a mesa o secretário de Vigilância em Saúde, Osnei Okumoto; a diretora do DCCI, Adele Benzaken; o representante da Opas/OMS no Brasil, Joaquin Molina; o coordenador geral do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da UFRN, Ricardo Valentim; a diretora do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, Thereza De Lamare; o representante do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Moyses Toniolo; a representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Maria Beatriz Ruy; e o representante do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Jorge Tenório.
Confira a lista dos cem municípios prioritários da agenda: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/noticia/2018/65438/lista_dos_100_municipios_prioritarios_sifilis_aa1.pdf)
Acesse a Agenda Estratégica para Redução da Sífilis Congênita: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2016/agenda-de-acoes-estrategicas-para-reducao-da-sifilis-congenita)
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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Típo da notícia: Notícias do DCCI