INTERAÇÃO

Primeira Roda de Conversa do ano debate o monitoramento clínico do HIV

Encontros vêm sendo realizados pelo DCCI desde julho de 2013

03.02.2017 - 16:32
04.11.2022 - 10:38

[node:title]O Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) sediou nesta sexta-feira, 3, a primeira Roda de Conversa do ano: “Monitoramento Clínico do HIV: o que você sabe sobre isso?”. Realizado periodicamente, o evento é uma ferramenta de gestão que favorece a interação entre as muitas áreas do departamento, promovendo a disseminação de informação e, em última instância, o aprimoramento da resposta nacional à epidemia de HIV/aids.

“Estamos continuamente em busca de informação”, disse Ana Roberta Pascom, responsável pela área de monitoramento e avaliação do departamento. “Com o monitoramento clínico das pessoas vivendo com HIV no Brasil, conseguimos responder às perguntas que devem ser feitas no momento da tomada de decisão, sempre com base em evidências científicas: ‘o quê’, ‘com quem’, ‘onde’ e ‘por quê’”, assegurou.

Durante o encontro, foram apresentados os sistemas utilizados para o monitoramento clínico do HIV/aids no Brasil: o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan, para casos de HIV e aids); o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM); o Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom); e o Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (Siscel, de CD4 e CV) – os dois últimos criados pelo DCCI.

Também na pauta do encontro, a cascata do cuidado contínuo do HIV – criada a partir de modelagens matemáticas e dos sistemas acima, e ilustrativa da cadeia de eventos que levam ao acesso à saúde –, as notórias metas 90-90-90 e as definições das seis “barras” que constituem a cascata anual do Brasil. Segundo o Manual Técnico de Elaboração da Cascata de Cuidado Contínuo do HIV (recém-lançado pelo DCCI para orientar estados e capitais), as barras são de pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), a “mais difícil de elaborar”, segundo Ana Roberta; de PVHA que conhecem seu status (PVHA diagnosticadas); de PVHA vinculadas ao cuidado (pessoas HIV+ diagnosticadas que foram vinculadas a serviços de cuidado em HIV); PVHA retidas no cuidado (com acesso contínuo a um atendimento médico adequado); PVHA em terapia antirretroviral (TARV); PVHA em TARV com supressão viral (há pelo menos seis meses com carga viral abaixo de 1.000 cópias por mm3).

De acordo com Ana Roberta, o maior desafio do Brasil é ainda o cumprimento da segunda das metas citadas: colocar as “pessoas HIV+ diagnosticadas que foram vinculadas a serviços de cuidado em HIV” em TARV. “Este ainda é nosso maior gap: apenas 64% dessas pessoas estão em TARV atualmente”, disse.

REFLEXÃO – As Rodas de Conversa vêm sendo realizadas pelo Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis desde julho de 2013 e são uma estratégia educativa “que provoca a reflexão sobre o nosso próprio trabalho – sobre as pautas que desenvolvemos e sobre as ações e estratégias que testamos e executamos”, diz o assessor Leonardo Ferreira de Almeida. Segundo Leonardo, essa oportunidade de interação é sempre rica para os funcionários da casa, por levar a uma articulação entre as áreas técnicas e ao compartilhamento de conhecimento e de ações, experiências e vivências: “Trata-se de um instrumento de gestão extremamente hábil, que contribui para o engajamento dos trabalhadores, para a sua autonomia frente às pautas e estratégias, e para a contínua reflexão e ressignificação do trabalho”.

As Rodas de Conversa estão abertas à participação do público externo.

Assessoria de Comunicação
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis

Conheça também a página do DCCI no Facebook:
https://www.facebook.com/ISTAidsHV

Típo da notícia: Notícias do DCCI