A prevenção ao HIV e o uso do preservativo feminino foram temas de reunião e oficinas realizadas entre os dias 30 e 31 de março em Recife. Os eventos são parceria do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) com a Coordenação Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais de Pernambuco; Coordenação Municipal de DST/Aids do Recife; ONG Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero

A oficina “Desmitificação e Utilização do Preservativo Feminino” teve o objetivo de derrubar os mitos sobre o preservativo feminino e sensibilizar as pessoas participantes para serem multiplicadores do acesso e do uso do preservativo feminino em todo o Estado e realizada pelo Programa Estadual de DST/Aids do Pernambuco, contou com profissionais de saúde, da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) e dos CTAs de várias cidades do Estado e da capital, bem como, de representantes do Hospital de Clínicas, educadores sociais e de movimentos sociais e contou apoio do DCCI.

Uma das participantes da oficina, a enfermeira sanitarista do Departamento de DST/Aids de Pernambuco Shirllany Lopes, afirma usar o preservativo feminino há mais de 17 anos e vê na realização do evento a oportunidade de saber mais sobre esta forma de prevenção.  “A oficina transmite segurança para o aplicador passar a informação de forma mais clara e simples à população”.

O preservativo feminino tem também a aprovação dos homens. É o caso de Roberto Leandro, que atua em uma ONG que trabalha na educação social e na redução de danos. “O homem tem resistência cultural de se preocupar para se prevenir. É preciso combater esse tipo de resistência. Eu mesmo comecei a me prevenir desde a minha iniciação sexual”, afirma.

“Quando experimentei o preservativo feminino, fiquei surpreso. Foi melhor para mim e à minha parceira. O preservativo feminino é um avanço e temos que lutar pela ampliação de sua distribuição e da informação de uso. Assim, todas as pessoas vão desmitificar o seu uso”.

No último dia, na sexta-feira (31), mulheres moradoras da comunidade do Coque, em Recife, receberam informações sobre o uso do preservativo feminino durante oficina "Tarde das Mulheres", promovida pela ONG Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero. Primeiramente, as mulheres receberam a personagem “Camisilda”, que de maneira lúdica repassava informações sobre o acesso e o uso do preservativo feminino. As participantes opinaram sobre o uso do preservativo e da resistência que ainda existe perante esse insumo de prevenção. A estudante Andresa Martins de Melo, 19 anos, estranhou o preservativo no primeiro contato. “Depois, abri e vi como ele é. Achei legal, bem lubrificada. Nunca havia ouvido falar do preservativo feminino. Vou experimentar ainda hoje”, afirmou. Para Andriele Martins, 18, o preservativo não é novidade e recomenda seu uso. “Não incomoda e é melhor que a camisinha masculina. Meu namorado gostou e ele diz que se sente mais à vontade com o preservativo feminino”.

Assessoria de Comunicação
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
Conheça também a página do DCCI no Facebook:
https://www.facebook.com/ISTAidsHV