PCDT para Hepatite C e coinfecções já está em consulta pública
Dentre as inovações apresentadas está a ampliação do tratamento com sofosbuvir e daclatasvir em pacientes com hepatite C crônica com cirrose
Está em consulta pública desde esta sexta-feira (24) o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Hepatite C e Coinfecções, que apresenta as novas propostas para aperfeiçoar a assistência ao portador dessa doença no SUS. O prazo para apresentação das contribuições é de 20 dias e o documento está disponível em http://conitec.gov.br/index.php/consultas-publicas
Dentre as inovações apresentadas na versão 2017, está a ampliação do tempo de tratamento com os medicamentos sofosbuvir e daclatasvir de 12 para 24 semanas em pacientes com hepatite C crônica genótipo 3 com cirrose – a ampliação de tempo é uma melhoria, porque o uso desses medicamentos durante 24 semanas mostrou-se mais efetivo no tratamento para esse grupo.
Outras novidades são a incorporação da associação medicamentosa veruprevir, ritonavir, ombitasvir e dasabuvir; a atualização dos esquemas terapêuticos e a extensão do tratamento aos pacientes com genótipos 5 e 6; a atualização das recomendações de tratamento para crianças; a reintrodução da indicação de filgastrina e eritropoietina no manejo dos eventos adversos; o aprimoramento dos critérios de seguimento clínico e de interrupção de tratamento, caso necessário; a ampliação da indicação de tratamento para grupos com maior risco (biópsia hepática ou elastografia hepática com resultado METAVIR F2 presente há mais de três anos; hepatite autoimune; hemofilia e outras coagulopatias hereditárias; hemoglobinopatias e anemias hemolíticas; coinfecção HBV/HCV); inclusão de capítulo para fluxo de dispensação de medicamentos; atualização do tratamento da hepatite C aguda em monoinfectados ou coinfectados pelo HIV.
DADOS – No Brasil, estima-se que de 1,4 milhão a 1,7 milhão de pessoas sejam portadoras da hepatite C. Em 2015, o Ministério da Saúde introduziu os tratamentos inovadores com os Antivirais de Ação Direta (AAD) e, desde então, foram tratadas cerca de 54 mil pessoas no país. De acordo com as evidências científicas, a taxa de cura com os novos medicamentos atinge aproximadamente 90%, reduzindo o risco de morte por câncer de fígado e cirrose hepática, além de diminuir a necessidade de transplante hepático.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, entre 130 milhões e 150 milhões de pessoas no mundo têm infecção crônica por hepatite C. Um número significativo de pessoas cronicamente infectadas desenvolverá cirrose hepática ou câncer de fígado. Aproximadamente 700 mil pessoas morrem a cada ano por complicações hepáticas decorrentes da infecção pelo vírus da hepatite C (HCV).
Assessoria de Comunicação
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
Conheça também a página do DCCI no Facebook:
https://www.facebook.com/ISTAidsHV