Os desafios da coinfecção HIV-HCV
Especialista aponta necessidade de avaliar o estilo de vida dos pacientes
Os médicos infectologistas Aline Vigani, do Grupo de Estudos das Hepatites Virais da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Estevão Nunes, do Instituto Nacional de Infectologia (INI-Fiocruz), participaram da conferência “Novas Perspectivas e Desafios na Conifecção HIV-HCV”, na manhã desta sexta-feira (29/09), último dia do 11º Congresso de HIV/Aids e 4º Congresso de Hepatites Virais (HepAids 2017), em Curitiba (PR). A diretora-adjunta do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), Fernanda Rick, moderou o encontro.
A conferência apresentou dados contundentes: entre 2007 e 2016, houve no Brasil 14.727 casos confirmados de hepatite C coinfectados com HIV.
No Brasil, as indicações para tratamento da hepatite C em coinfectados com HIV são idênticas às dos monoinfectados. Entre 2005 e 2017, 50.204 pacientes receberam tratamento para a hepatite C. Apesar do avanço no número de pacientes tratados e dos novos medicamentos, Aline Vigani alerta que há muito por fazer em termos de tratamento aos coinfectados. “Nós nos esforçamos para atender a população que sofre com o impacto da coinfecção”, afirmou.
O estilo de vida, a toxicidade do tratamento antirretroviral e as interações medicamentosas foram apontados por Estevão Nunes como aspectos a serem observados no enfrentamento à coinfecção. “É necessário que os profissionais de saúde façam um levantamento dos hábitos do paciente, que avaliem seu histórico”, disse – acrescentando que “precisamos, também, de esquemas curtos de tratamento para pessoas sem cirrose e da incorporação des avanços em pacientes monoinfectados”.
Assessoria de Comunicação
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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