ONGs discutem estratégias para ações em rede contra o HIV/aids
Objetivo é alinhar esforços para o enfrentamento ao agravo, especialmente entre jovens e populações-chave
A primeira Oficina das Organizações da Sociedade Civil apoiadas pela Fundo PositHIVo e Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV/Aids e Hepatites Virais está sendo realizada em Brasília nesta terça (17) e quarta (18), reunindo 31 representantes de organizações não governamentais (ONGs) de várias regiões do país. O encontro é organizado pelo Fundo PositHIVo e conta com apoio do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV/Aids e Hepatites Virais (DCCI) do Ministério da Saúde.
Criado em 2014, o Fundo de Sustentabilidade às Organizações da Sociedade Civil que trabalham no campo do HIV/Aids e das Hepatites Virais (Fundo PositHIVo) tem como objetivo mobilizar recursos para financiar instituições que trabalham com a causa dessas enfermidades.
Os principais temas previstos na pauta da oficina são a estratégia Prevenção Combinada – que hoje norteia a resposta brasileira à epidemia de HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis – e a juventude; o fortalecimento de ações em rede das organizações da sociedade civil; a construção de alianças; e a sustentabilidade em torno da luta contra o HIV/aids.
A diretora do DCCI, Adele Benzaken, participou da abertura do evento e destacou que as ações de saúde desenvolvidas pela sociedade civil são fundamentais. “Quando se fala em passar informações e conhecimentos que reverberem nas populações-chave, é preciso envolver os pares de forma efetiva e comprometida no contexto da comunidade.”
A diretora observou também que, nos últimos anos, os avanços no enfrentamento ao HIV/aids foram expressivos, citando como exemplo a incorporação da profilaxia pré-exposição (PrEP) no Sistema Único de Saúde (SUS) e a mudança em esquemas de tratamento antirretroviral com a adoção do dolutegravir – o que diminuiu a ocorrência de eventos adversos. “Houve aumento de recursos para suprir as necessidades atuais, principalmente na questão do tratamento, que já somam 548 mil pessoas vivendo com HIV em tratamento antirretroviral, até dezembro de 2017”, explicou.
Adele também chamou a atenção para a consulta pública n° 2/2018, que trata da “Agenda Estratégica para Ampliação do Acesso e Cuidado Integral das Populações-Chave em HIV, Hepatites Virais e outras ISTs”, disponível desde 4 de abril para que sejam enviadas contribuições, devidamente embasadas, relativas a essa estratégia. “Nós esperamos que todos vocês participem com sugestões, opiniões, porque é uma construção coletiva, com a sociedade civil, com áreas do Ministério da Saúde e agências da Organização das Nações Unidas.” Segundo Adele, esse projeto estratégico é uma proposta de atividades e ações por um período em torno de dois a três anos. “É importante esse foco em populações-chave, principalmente para frear e reduzir o avanço do HIV”, afirmou.
O coordenador-geral do Fundo PositHIVo, Harley Henriques, explicou que esse encontro é a experiência prática de unir o público e o privado, realçando que o caminho é a articulação, com promoção de ações em rede. “Diante da dificuldade de acesso a recursos, devemos somar nossos esforços aos recursos já existentes, canalizar e otimizar suas aplicações no campo da prevenção ao HIV/aids, principalmente com foco nos jovens e populações-chave”, afirmou Harley.
Mais informações sobre a consulta pública n° 2/2018 aqui
Consulte aqui informações sobre o dolutegravir:
http://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/conheca-os-novos-criterios-para-substituicao-de-esquemas-de-tarv-para-o-uso-do-dolutegravir
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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