Morre virologista Luc Montagnier
É com pesar que o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis recebe a notícia do falecimento de Luc Montagnier, ocorrida nesta quinta-feira (10) em um hospital de Paris.
Em 1983, o cientista descobriu com a sua equipe, nos laboratórios do Instituto Pasteur, os retrovírus da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida. Essa descoberta teve e tem muita importância no desenvolvimento de testes e no tratamento da doença. Sua contribuição foi inestimável e merece o aplauso de todos.
Brasil
O tempo passou e hoje é possível viver com o HIV, mas a aids ainda é uma realidade. No Brasil, 694 mil pessoas estão em tratamento para a doença e, só em 2021, 45 mil novos pacientes iniciaram a terapia antirretroviral. Com isso, o tratamento já chega a 81% das pessoas diagnosticadas com HIV em todo o país. Desse total, 95% já não transmitem o HIV por via sexual, por terem atingido carga viral suprimida, graças ao tratamento ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Sempre vale lembrar que a pessoa que vive com o HIV pode não desenvolver a aids caso realize o tratamento adequado. Mesmo durante a pandemia da covid-19, o enfrentamento à doença não parou. O Ministério da Saúde ampliou o tempo de dispensa de medicamentos antirretrovirais de 30 para 60 ou até 90 dias, estratégia para garantir a manutenção do cuidado das pessoas vivendo com o HIV/aids. A pasta também enviou aos estados e ao Distrito Federal mais de 20,8 milhões de testes rápidos nos anos de 2020 e 2021, quando foram enviados 12 milhões de testes rápidos, um aumento de 37% em comparação com o ano anterior.
Todos os anos, em 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids, o governo promove campanhas de conscientização sobre a importância da prevenção ao HIV. Em 2021, o Ministério da Saúde lançou a campanha: “Prevenir é sempre a melhor escolha”.
Dentre as ações da pasta, Governo Federal expandiu as estratégias de prevenção e enviou quase 370 milhões de preservativos aos entes federativos. Desses, 360 milhões foram de preservativos masculinos e 9,4 milhões femininos.
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis