ImPrEP é tema de duas reuniões
O Projeto para Implementação da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (ImPrEP) foi debatido em duas reuniões nesta quarta-feira (27/09), durante o segundo dia do 11º Congresso de HIV/Aids e 4º Congresso de Hepatites Virais (HepAids 2017), em Curitiba. Na primeira reunião, pela manhã, foram analisados os estudos do projeto no Brasil, México e Peru. No segundo encontro, à tarde, foram discutidos os procedimentos de coleta de dados para o ImPrEP. Financiado pela organização financeira internacional Unitaid – um organismo para o controle do HIV/aids, da tuberculose e da malária – e apoiado pela Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o ImPrEP terá duração de três anos e deverá beneficiar, no total, 7.500 pessoas. O projeto será realizado por um consórcio constituído por centros de pesquisa e ministérios da Saúde dos três países participantes. Além de oferecer acesso à PreP, o projeto propiciará também a ampliação do diagnóstico das hepatites B e C, sífilis, HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST).
PrEP BRASIL – A pesquisadora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) Beatriz Grinsztejn apresentou os resultados do estudo PrEP Brasil, que avaliou a viabilidade do uso diário do medicamento truvada para homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres trans no Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa acompanhou 450 participantes em três centros de pesquisa no Rio de Janeiro e em São Paulo. Segundo a pesquisa, a prevalência de infecções sexualmente transmissíveis atingiu 20% dos participantes e apontou para a necessidade de desenvolver estratégias sobre a PrEP para a população mais jovem e com menor grau de instrução – faixas mais afetadas pelo HIV. A incidência maior de adesão à PrEP se deu com participantes maiores de 35 anos e com mais de 12 anos de escolaridade. Já em relação ao gênero, dos 375 participantes que compareceram à visita na semana 48, por exemplo, 354 eram homens cis (com adesão satisfatória de 74,6% em relação a este número total) e 21 mulheres trans (com adesão de 61,9%). No Brasil, a PrEP será implantada inicialmente nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Ribeirão Preto, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Salvador, Brasília e Manaus.
Assessoria de Comunicação
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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