Hepatite C é tema da primeira conferência do Congresso
A conferência “Hepatite C no Brasil e no mundo” abriu as atividades científicas do HepAids 2017 nesta quarta-feira (27/09). A conferência contou com a presença da diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DCCI), Adele Benzaken; do especialista do Toronto Center for Liver Disease, Jordan Feld (Canadá); e da coordenadora do Grupo de Infectologia de Hepatites Virais do Hospital das Clínicas (SP), Cássia Mendes Correa. Em sua apresentação, Jordan Feld apresentou um panorama da hepatite C no mundo – e destacou que é importante pensar de que forma as estratégias nacionais podem somar ao objetivo de alcançar o fim do agravo. “A eliminação global é nossa meta, mas ainda há muito a fazer: tratar e curar todas as pessoas é um desafio muito grande”, disse Feld – acrescentando que, apesar de as taxas de cura terem subido muito, “é necessário elevar as taxas de tratamento”. O especialista ressaltou que a eliminação local e nacional é possível – citando o Brasil como exemplo na capacidade de envolver a participação da sociedade civil organizada como aliada no enfrentamento da hepatite C.
PANORAMA – Em seguida, Cássia Mendes Correa traçou um panorama do agravo no Brasil; enumerou as estratégias preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para controle da epidemia de hepatites; e apresentou as estratégias estabelecidas para tal pelo Ministério da Saúde. Cássia destacou ainda os renitentes desafios no combate à hepatite C no Brasil, e os grandes avanços neste cenário – como a incorporação da medicação 3D em 2017. Segundo a especialista, o país avançou de maneira excepcional nas ações de tratamento, “porém, o gargalo ainda é o diagnóstico; precisamos ampliar as ações de diagnóstico, porque o tratamento oferecido hoje no país é muito eficaz”. Cássia citou ainda o lançamento do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Hepatite C e Coinfecções lançado em 2017, incorporando o tratamento para todos os pacientes com hepatite C aguda ou crônica. Ao concluir, Cássia destacou: “Para atingirmos as metas globais e nacionais, precisamos tratar a todos os infectados; atuar em todos os grupos, principalmente os mais vulneráveis; e aumentar o número de diagnósticos”. A especialista acrescentou que, nesse sentido, “é fundamental trabalhar em parceria com a sociedade civil, a indústria farmacêutica e as sociedades médicas”.
Assessoria de Comunicação
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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