Dia da Visibilidade Trans
Data é comemorada no dia 29 de janeiro
Para marcar a data da Visibilidade Trans, celebrada em 29 de janeiro, o Departamento de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde promove uma nova ação nas redes sociais, com a divulgação de websérie contando a história de seis brasileiros transexuais ou travestis que foram atendidos pelo SUS durante o processo transexualizador.
Também será realizado nesta quarta-feira, 25, em Brasília (no teatro do SESC, 504 sul), um debate que contará com as personagens do filme, gestores da saúde e entidades representativas dessa população, como a Rede Nacional de Pessoas Trans/RedeTrans, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais/Antra e o Instituto Brasileiro de Transmasculinidade/Ibrat.
OFERTA NO SUS
- Recentemente, o Ministério da Saúde ampliou a assistência para essa população, com a habilitação de quatro novos serviços ambulatoriais.
- Com isso, o Brasil contará com nove centros que ofertam procedimentos como: terapia hormonal; consultas pré e pós-operatório (incluindo acompanhamento psicológico); e a própria cirurgia de redesignação sexual (mudança de sexo).
- Dos nove centros, cinco oferecem cirurgia de redesignação sexual. É importante destacar que, antes do procedimento cirúrgico, o paciente faz um acompanhamento de dois anos com equipe multidisciplinar na unidade de saúde.
- Os procedimentos ambulatoriais podem ser realizados a partir de 18 anos, e as cirurgias, a partir de 21 anos.
- O SUS também realiza a histerectomia (retirada de útero e ovários), mastectomia (retirada das mamas), tireoplastia (cirurgia que permite a mudança no timbre da voz), plástica mamária e inclusão da prótese de silicone e outras cirurgias complementares.
CRESCIMENTO DA ASSISTÊNCIA
- 32% nos atendimentos ambulatoriais – de 3.388 atendimentos em 2015 para 4.467 em 2016.
- 48% nas cirurgias de mudança de sexo do masculino para o feminino – de 23 cirurgias em 2015 para 34 em 2016.
- 187% na terapia hormonal do processo transexualizador – de 52 procedimentos em 2015 para 149 em 2016.
CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO
- Desde 2008, o SUS oferece cirurgias de redesignação sexual (Portaria nº 457, de agosto de 2008) para a população transexual.
- Essa decisão foi anunciada durante a Conferência Nacional LGBT, em agosto de 2008.
- Essa população tem dificuldade de se adequar à sociedade por não se identificar com o gênero com o qual nasceu. Isso gera transtornos de saúde que vão desde mutilação até suicídio.
- O uso nome social nos prontuários de saúde por travestis e transexuais também é um direito assegurado pela Carta de Usuários do SUS (Portaria nº 1.820, de 13 de agosto de 2009).
ALERTA: a população travesti/trans critica a dificuldade de profissionais de saúde considerarem o nome social nas consultas e atendimentos de urgência/emergência.
Estabelecimentos que oferecem Processo Transexualizador
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MUNICÍPIO |
ESTABELECIMENTO - RAZÃO SOCIAL |
MODALIDADE DE HABILITAÇÃO |
RS |
Porto Alegre |
Hospital de Clínicas de Porto Alegre - Universidade Federal do Rio Grande do Sul/ Porto Alegre (RS) |
Ambulatorial e Hospital |
RJ |
Rio de Janeiro |
Universidade Estadual do Rio de Janeiro - HUPE Hospital Universitário Pedro Ernesto/ Rio de Janeiro (RJ) |
Ambulatorial e Hospital |
SP |
São Paulo |
Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina FMUSP/Fundação Faculdade de Medicina MECMPAS – São Paulo/SP |
Ambulatorial e Hospital |
GO |
Goiânia |
Hospital das Clinicas - Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás/ Goiânia (GO) |
Ambulatorial e Hospital |
PE |
Recife |
Hospital das Clínicas/Universidade Federal de Pernambuco/Recife/PE |
Ambulatorial e Hospital |
RJ |
Rio de Janeiro |
Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE) |
Ambulatorial |
MG |
Uberlândia |
Hospital das Clínicas de Uberlândia |
Ambulatorial |
SP |
São Paulo |
Centro de Referência e Treinamento (CRT) DST/AIDS |
Ambulatorial |
PR |
Curitiba |
Centro de Pesquisa e Atendimento para Travestis e Transexuais (CPATT) do Centro Regional de Especialidades (CRE) Metropolitano |
Ambulatorial |