JUVENTUDE

DCCI se reúne com representantes da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids para debater ações conjuntas

Ideia é, além do HIV e da aids, incluir na pauta a prevenção à sífilis, vacinação para hepatite B e redução de danos em relação ao uso de álcool e outras droga

12.12.2018 - 17:16
04.11.2022 - 10:43

Representantes do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) e da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV (RNAJVHA) reuniram-se na segunda-feira (10) para debater as propostas de comunicação, campanhas e ações regionalizadas e de contato direto com a juventude em todo o Brasil.

Em razão do público jovem ser o que apresenta a maior alta de casos de HIV e de aids no Brasil, de acordo com o Boletim Epidemiológico 2018, o DCCI convocou a reunião para expor a importância das atividades a serem realizadas nas áreas mais próximas a essa população. “A gente precisa ir para dentro dos territórios, realizar práticas de regionalização. Para isso, temos que perguntar aos movimentos sociais como podemos chegar até os jovens”, afirmou a consultora do DCCI, Fernanda Rick. “A resposta da epidemia depende do contato com a juventude. Não é transferência de responsabilidade, mas como a ação pode ser otimizada”.

A RNAJVHA esteve representada por Lazaro Silva, Yura Espíndola e Giovane Noal, que agradeceram a parceria com o DCCI. “O Departamento sempre ouviu os jovens. Juntos, conseguimos trazê-los ao protagonismo, não os culpando pelo aumento das infecções”, observou Lazaro Silva. “Agradecemos o quanto o Departamento nos apoiou, pois é muito mais fácil apontar o erro nos jovens do que não entender as dificuldades que enfrentam em seu cotidiano”, concluiu o representante da RNAJVH.

A aproximação com as secretarias municipais e estaduais de saúde para compartilhar ações e campanhas a fim de focar na prevenção é outra preocupação do DCCI. “É preciso falarmos aos gestores que prevenir é muito mais barato que a hospitalização, que o tratamento, e que o jovem doente é perda da força de trabalho, de movimentação da economia”, disse Fernanda Rick.

Outro consultor do DCCI, Gil Casimiro, sugeriu aos membros do RNAJVH que ampliem seu foco de atuação, não se fixando apenas no HIV/aids, dando ênfase, também, ao pré-natal, à prevenção à sífilis e vacinação para hepatite B. A inclusão do álcool e outras drogas e redução de danos nas pautas da Rede foi outra recomendação do DCCI. Também participaram da reunião, pelo DCCI, os consultores Carina Bernardes e Américo Mori.

HIV/aids em jovens - De 2007 até junho de 2018, foram notificados 247.795 casos de infecção pelo HIV no Brasil. Em toda série histórica a maioria dos casos de infecção pelo HIV encontra-se nas faixas de 20 a 34 anos, com 52,6% dos casos. Em 2017 a maior parte dos casos de HIV concentrou-se entre homens jovens entre 20 e 29 anos.

No período de 2007 a junho de 2018, a maior parte dos casos de infecção pelo HIV foram registrados entre a população negra: 52,9% entre negros (pretos e pardos, sendo as proporções estratificadas 11,4% e 41,5%, respectivamente). 41,6% dos casos foram entre brancos.

A maior concentração dos casos de aids no Brasil está nos indivíduos com idade entre 25 e 39 anos, em ambos os sexos. Os casos nessa faixa etária correspondem a 52,6% dos casos do sexo masculino e, a 48,7% do sexo feminino. Do total de casos registrados em toda a série histórica (de 1980 a junho de 2018).

Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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Típo da notícia: Notícias do DCCI