IST/AIDS

DCCI propõe ação conjunta com estados e capitais nos trabalhos de prevenção e atenção

“Os desafios são grandes e vamos dar força a vocês para a continuidade dessas ações”, disse Adele Benzaken ao final da Reunião de Coordenadores de Programas Estaduais e Municipais (das capitais)

16.02.2017 - 09:36
04.11.2022 - 10:37

“Foram dois dias de ótima convivência e quero dizer que o processo de escuta continua. Peço para que os coordenadores usem e abusem do nosso corpo de funcionários do Departamento. Estamos aí para auxiliá-los nas iniciativas que envolvam as hepatites virais, as IST e o HIV/aids nos estados e municípios. Os desafios são grandes e vamos dar força a vocês para a continuidade dessas ações”. Com essa declaração, a diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV), Adele Benzaken, encerrou na quinta-feira (9) a Reunião de Coordenadores de Programas Estaduais e Municipais (das capitais) de IST/Aids, em Brasília. 

No encontro, foram debatidos o panorama das IST/aids no país; as prioridades para 2017; a farmacologia do dolutegravir; a resposta do DIAHV à enquete realizada com as coordenações; a capilaridade dos testes rápidos; a apresentação da evolução do SIMC; o fortalecimento às respostas de IST, HIV/aids e hepatites virais nos centros de testagem e aconselhamento, com ênfase na estratégia da Prevenção Combinada; a experiência de estados e municípios.

Na abertura da reunião, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcante, alertou os coordenadores sobre a importância da atenção à prevenção. “A tecnologia dos medicamentos é importante, nos trouxe evolução no tratamento, mas é preciso ter atenção com a prevenção. É mais simples e mais barato prevenir e é importante que não percamos isso de vista”, observou.

A diretora do DIAHV, Adele Benzaken, apresentou as principais ações realizadas entre meados de 2016 e o início de 2017, dentre elas a incorporação do dolutegravir 50 mg no protocolo de tratamento do HIV; a realização de estudos de prevalência (em conscritos, homens que fazem sexo com homens - HSH, travestis e trans, além de hepatites) e de sobrevida e mortalidade; a aprovação da PrEP na Conitec; a redefinição das atribuições dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) na rede de atenção à saúde; as diretrizes para certificação municipal de eliminação da transmissão vertical do HIV; a nova abordagem de Prevenção Combinada; e a oferta da PEP na rede pública. “A incorporação do dolutegravir só foi possível graças ao empenho do Ministério da Saúde em negociar a redução do preço em até 85% com os fornecedores. Já quanto à PEP, foram oferecidas 23 mil dispensações até outubro de 2016, sendo 12% para a população HSH (homens que fazem sexo com homens)”, afirmou. Para 2017, será implantada a Certificação Municipal da Eliminação da Transmissão Vertical do HIV.

IST - Em relação à sífilis, Adele Benzaken apresentou a ampliação da administração de penicilina na Atenção Básica, por parte do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), pela equipe de enfermeiros; a publicação da MP que permite ajustar, excepcionalmente, o preço dos medicamentos em caso de falta de penicilina para incentivar a produção nacional e garantir a competitividade no mercado; a criação do painel de dados da doença nos 5.570 municípios do país (http://indicadoressifilis.aids.gov.br/); a compra emergencial, em 2016, de 2,7 milhões de frascos-ampola de penicilina benzatina e a de 230 mil frascos-ampola de penicilina cristalina para sífilis congênita (com distribuição prevista para março de 2017); a elaboração da Agenda Estratégica para Redução da Sífilis Congênita no Brasil. “A sífilis torna-se uma pauta nacional. O trabalho conjunto do Ministério da Saúde, do Conass, do Conasems, das associações, da sociedade e dos conselhos de classe tornou possível esse avanço. Também tivemos a ampliação de comitês de investigação de transmissão vertical de HIV/sífilis e a retomada da produção das campanhas na mídia”, afirmou Adele.

Para 2017, estão programadas a criação da Rede de Atenção de Resposta Rápida à Sífilis (RARRSI), que articulará a comunidade e o poder público para reduzir a doença em gestantes e em bebês; a implementação de linha de cuidado para acompanhamento de criança exposta ou com sífilis congênita; linhas de cuidado para prevenção; contratação e capacitação de recursos humanos; gestão e governança de redes de atenção à saúde.

HEPATITES – Na quarta-feira (8), foi realizada a Reunião de Coordenadores de Programas Estaduais e Municipais (das capitais) de Hepatites Virais, tendo sido debatidos o panorama das hepatites virais no Brasil; as prioridades para 2017; a resposta do DIAHV à enquete realizada com as coordenações; a farmacovigilância do dolutegravir; o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para hepatites B e Delta; a capilaridade dos testes rápidos; a vacinação das hepatites A e B, além da IG humana específica anti-hepatite B; e o novo PCDT para hepatite C e coinfecções. 

A diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle e das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, Adele Benzaken, apresentou as prioridades do DIAHV para 2017, tais como o enfrentamento das hepatites na região Norte – especificamente da hepatite Delta – e a ampliação dessa atenção para as demais regiões do país; a redução da transmissão vertical da hepatite B em ações conjuntas com as coordenações estaduais de hepatites virais; e o monitoramento de cura e eficácia do tratamento da hepatite C. “São ações que dependem do apoio das coordenadorias municipais e estaduais. Quem faz acontecer são vocês, os coordenadores, que em suas respectivas regiões fortalecem as ações de saúde e nos enviam informações atualizadas sobre as hepatites virais”, afirmou.

OFICINA - Na sexta-feira, 10, foi realizada a Oficina de Aplicação do Qualiaids e Avaliação dos Resultados, com o objetivo de instruir os coordenadores estaduais e municipais na aplicação nacional do Qualiaids para avaliação da qualidade dos serviços ambulatoriais do SUS aos adultos vivendo com HIV/aids no Brasil. 

Assessoria de Comunicação
Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais
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