EVENTO

DCCI promove primeira oficina para profissionais de saúde para ampliação do uso dos testes rápidos

O objetivo do encontro foi incentivar a utilização dos testes rápidos  como ferramenta para ampliação  do diagnóstico e quebrar resistências

05.04.2017 - 18:11
04.11.2022 - 10:38

A  Primeira Oficina sobre as estratégias de ampliação do uso e distribuição dos testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C contou com a participação de representantes dos estados e capitais de todo o Brasil. O evento aconteceu em Brasilia nos dias 29 e 30 de março. O objetivo do evento foi qualificar profissionais de saúde responsáveis pela ampliação do diagnóstico utilizando testes rápidos e quebrar possíveis resistências que ainda existam em relação a esse tipo de teste.

A diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde (DCCI), Adele Benzaken, destacou a necessidade de ampliar a cobertura da testagem. “Precisamos ampliar o diagnóstico e dar respostas à população. Uma das iniciativas que deve nortear os profissionais de saúde é o zero novas infecções”.

Durante a palestra “O teste rápido como ferramenta de apoio para diagnóstico oportuno” a biomédica Miriam Franchini destacou a ampliação ao acesso do diagnóstico como desafio aos programas de saúde pública. “De todas as pessoas vivendo com HIV/aids no Brasil, cerca de 255 mil nunca teriam feito um teste de diagnóstico se os testes rápidos não tivessem sido introduzidos no país”, disse. “O teste rápido pode ser feito em qualquer local, não necessita equipamentos e podem ser utilizados diferentes tipos de amostras”.

A consultora de Laboratório do DCCI Mariana Villares, que apresentou o tema “Testes rápidos: da aquisição à utilização”, alertou sobre a necessidade de comunicar os fabricantes no caso de irregularidades em algum item do kit. “É preciso abrir um chamado à empresa sempre que notar algo diferente nos componentes do kit ou alguma não conformidade nos resultados”.

Na mesa redonda Diagnóstico oportuno e com qualidade, os consultores do Pâmela Gaspar (sífilis), José Boullosa (hepatites B e C) e Nazle Véras (HIV) apresentaram os fluxogramas para diagnóstico e as características de desempenho dos testes rápidos para cada agravo.

Os representantes das empresas fornecedoras de teste rápido Biomerieux, Bio-Manguinhos, Quibasa e Alere, mostraram as peculiaridades de seus produtos e as observações a serem relatadas em caso de imprevistos durante o uso do kit. “Para relatar uma ocorrência, é essencial o envio de fotos do material utilizado e guardar a amostra e o kit, além de enviar formulário de não conformidade preenchido”, observou Edimilson da Silva, de Bio-Manguinhos.

A plataforma de ensino à distância Telelab, voltada para o treinamento de profissionais da área de saúde, juntamente com a Avaliação Externa da Qualidade para Testes Rápidos foi tema da mesa redonda “Qualidade na realização dos TR & confiabilidade dos resultados”. Conforme apresentado pela consultora Regina Comparini, desde 1997, o programa de educação continuada do Ministério da Saúde já capacitou 78 mil alunos com certificado e obteve 816 mil visualizações aos 13 cursos oferecidos. E, dentre as experiências de uso do teste rápido nos estados, Ana Paula Reis, da Secretaria de Estado da Saúde da Bahia, afirmou que a ampliação do uso dos testes rápidos na Bahia foi alavancada pela capacitação dos profissionais no Telelab. “Realizamos ações sincronizadas a partir de 2014 com a capacitação dos profissionais das bases regionais de saúde e a busca pelo aumento da adesão ao Telelab”, disse. Na Bahia, os municípios são orientados a realizar habilidades práticas presenciais, após receberem os certificados dos  cursos oferecidos pelo Telelab. “É uma forma de convencer os profissionais de que a plataforma capacita o técnico”.

Também foram realizadas conferências e mesas redondas sobre às orientações pré e pós teste; Execução e emissão de laudos de TR; Ampliação da testagem rápida; Condutas frente as intercorrências com Testes Rápidos; Logística do fluxo de solicitação e distribuição dos TR; A importância do SISLOGLAB como ferramenta de gestão e ampliação da testagem rápida.

Ao final do evento, as consultoras do DCCI Ana Flávia Pires e Pâmela Gaspar reforçaram a importância das referências técnicas municipais e estaduais manterem contato frequente com o Departamento, a fim de apresentar os problemas ocorridos, as possíveis dificuldades para realização dos testes ou outros imprevistos que possam acontecer. “Certamente realizaremos outros encontros presenciais e videoconferências com as referências técnicas em testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites virais dos estados e municípios, para que possamos acompanhar a evolução na utilização dos testes rápidos como ferramenta para o apoio ao diagnóstico”, afirmou Ana Flávia Pires.

Assessoria de Comunicação
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis

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