DCCI participa de oficina sobre as metas 90-90-90 a convite da IAPAC
“2017 90-90-90 Targets Workshop” da International Association of Providers of AIDS Care integrou as atividades pré-IAS 2017, em Paris
PARIS – O Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) do Ministério da Saúde foi convidado pela International Association of Providers of AIDS Care (IAPAC) a participar da “2017 90-90-90 Targets Workshop”, oficina promovida pela IAPAC e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), em parceria com a Global Network of People Living with HIV (GNP+) e a International AIDS Society (IAS). A data marca o meio do caminho rumo ao deadline para atingir as metas 90-90-90 e integra as atividades pré-conferência IAS 2017. O objetivo da oficina foi discutir as inovações que podem acelerar o alcance das metas e identificar os desafios inerentes ao acesso aos serviços de HIV e as formas de alavancar os avanços na resposta brasileira à epidemia.
O Brasil foi mencionado em algumas apresentações durante a oficina, na qual foi representando pela diretora do DCCI, Adele Benzaken, que falou das estratégias nacionais rumo às metas 90-90-90, norteadas pela prevenção combinada – que inclui a profilaxia pré-exposição (PrEP), a profilaxia pós-exposição (PEP) e o tratamento para todos. A incorporação do antirretroviral dolutegravir foi um destaque, bem como o aumento no número de pessoas em tratamento: “Em 2017, já há mais de meio milhão de pessoas em terapia antirretroviral no Brasil”, afirmou a diretora.
Adele Benzaken também destacou os avanços do Brasil referentes às metas 90-90-90: “Os dados de 2016 revelam que, no país, a testagem está quase chegando aos 90%, que é a meta para 2020”, reiterou, acrescentando que o tratamento no Brasil continua a ser um sucesso - uma vez que cerca de 90% dos brasileiros em tratamento antirretroviral têm carga viral indetectável. “A adesão é a grande mensagem deste dia de pré-conferência IAS 2017”, concluiu a diretora.
DECLARAÇÃO DE PARIS – A Fast-Track Cities é uma parceria global entre a cidade de Paris, a IAPAC, o Unaids e o Programa das Nações Unidas para os Assuntos Humanos (UN-Habitat), em colaboração com parceiros locais, nacionais, regionais e internacionais.
A iniciativa foi lançada no Dia Mundial da Aids 2014, na capital francesa, quando os prefeitos de várias cidades do mundo se reuniram para assinar a Declaração de Paris, comprometendo-se a acelerar e ampliar suas respostas locais à aids. Outras cidades subsequentemente assinaram a declaração e as negociações estão em andamento para recrutar mais cidades fast-track.
No Brasil, há quatro fast-track cities: São Paulo (SP), Curitiba (PR), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ). A diretora citou o caso de Curitiba, por exemplo: “Em uma iniciativa em parceria como o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos EUA, a cidade oferece testagem por autoteste, enviada pelo correio, após acesso a uma página web específica para gays e outros homens que fazem sexo com homens”. São Paulo, por sua vez, está colocando grandes dispensadores de preservativos por toda a cidade, oferecendo camisinhas gratuitamente para a população. “Mais de 65 milhões de preservativos foram distribuídos em 2015”, lembrou a diretora.
Assessoria de Comunicação
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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