SOCIEDADE CIVIL

Ações e estratégias implementadas são tema de reunião sobre HIV com conselheiros de saúde

Em pauta, a promoção de equidade para populações vulneráveis

27.03.2018 - 17:11
04.11.2022 - 10:41

 

[node:title]O Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) reuniu-se nessa segunda-feira (26) com a Comissão Intersetorial de Políticas de Promoção da Equidade (Cippe) do Conselho Nacional de Saúde, para analisar o panorama de HIV/aids de 2017, as perspectivas para os próximos anos e a forma de otimizar os recursos destinados para as populações vulneráveis.

Para o diretor substituto do DCCI, Gerson Fernando Mendes, “a reunião é uma oportunidade para discutirmos temas importantes com a sociedade civil, como as ações e estratégias implementadas para as populações em contexto de maior vulnerabilidade”.

Gerson Pereira expôs o panorama da resposta brasileira à epidemia de HIV/aids no Brasil. Explicou o contexto epidemiológico e abordou também os estudos de prevalência de HIV por população, o monitoramento clínico, e realçou que o Brasil caminha rápido em direção ao cumprimento das metas 90-90-90. O diretor substituto lembrou, em sua apresentação, que o DCCI instituiu cooperações interfederativas com o objetivo de enfrentar a mortalidade por aids e coinfecções com tuberculose, enfocando populações mais vulneráveis, com ações de prevenção e melhoria dos serviços de saúde. Pereira destacou também o incremento de pesquisas com apoio do Departamento para implementar novas ações e estratégias de combate a esses agravos.

Sobre o tema prevenção e articulação social, o DCCI apresentou temas relacionados à agenda estratégica que são voltados para população-chave, cujo objetivo principal é ampliar o acesso às ações de prevenção combinada e cuidado integral ao HIV/aids, à sífilis e hepatites virais.

Esdras Gurgel, da Articulação Nacional de Luta contra Aids (Anaids), comentou que há pontos importantes na saúde pública que precisam ser enfrentados e melhorados. Um deles é dificuldade que a população em situação de rua enfrenta para acessar os serviços de saúde. “São números totalmente invisíveis; é impossível obter dados epidemiológicos desta população, seja por questões de falta de documentos pessoais ou endereço fixo”, reiterou.

Para Esdras Gurgel, estigma e preconceito ainda permanecem como entraves ao acesso aos serviços de saúde. “Mesmo após quatro décadas de enfrentamento ao HIV/aids, ainda são muito fortes – com discursos e práticas de culpabilidade”, observou.

O representante da Anaids ressaltou também que existem poucos serviços para atender povos ribeirinhos, rurais, indígenas, quilombolas e outras populações residentes em áreas de difícil acesso. “Os serviços estão concentrados em áreas urbanas, como capitais e grandes cidades, precisamos corrigir isso”, afirmou.

Ao finalizar, o diretor substituto Gerson Pereira mostrou a ampla gama de publicações do DCCI expostas no site para consulta pública, como, por exemplo, os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas (PCDT), o Kit HIV/Aids na Atenção Básica, os boletins epidemiológicos, e o Relatório de Monitoramento Clínico. Citou também o painel de indicadores epidemiológicos de aids, HIV, sífilis e hepatites, e o sistema TELELAB – um programa de educação continuada que disponibiliza cursos para os profissionais da área de Saúde. 

Consulte aqui os indicadores epidemiológicos.

Consulte aqui a biblioteca de publicações.

Vídeos educativos: http://www.aids.gov.br/pt-br/profissionais-de-saude/hiv/videos-educativos

TELELAB: www.telelab.aids.gov.br

Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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Típo da notícia: Notícias do DCCI