HEPATITES

Portaria atualiza o PCDT para hepatite B crônica e coinfecções

Dentre as inovações do novo protocolo, estão a substituição dos medicamentos alfainterferona, lamivudina e tenofovir

12.12.2016 - 11:52
04.11.2022 - 10:21

Portaria atualiza o PCDT para hepatite B crônica e coinfecçõesO Diário Oficial da União publicou, nesta sexta-feira (9), a Portaria nº 42, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, de 7 de dezembro de 2016, que aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para hepatite B crônica e coinfecções no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Acesse aqui a versão integral do PCDT de Hepatite B e coinfecções.

Dentre as inovações oferecidas pelo novo PCDT, estão a substituição dos medicamentos alfainterferona pela alfapeguinterferona, aos portadores de hepatite B, e da lamivudina e adefovir por tenofovir e entecavir. Este último medicamento foi objeto da Portaria nº 47, também da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.

O novo PCDT foi desenvolvido a partir de recentes evidências científicas sobre o tratamento da hepatite B e outras infecções, tais como as coinfecções com hepatite Delta, hepatite C e HIV. Sua elaboração foi realizada por profissionais do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais com a colaboração do Comitê Técnico Assessor de Hepatites Virais, do Grupo de Trabalho de Hepatite Delta, de representantes da academia, de sociedades médico-científicas e da sociedade civil organizada. 

A substituição da lamivudina se justifica porque esse medicamento apresenta reduzida barreira genética e propicia o aparecimento de resistência viral, que induz a casos de reativação da doença. A alfainterforna acarreta problemas de adesão ao tratamento, tanto em virtude de efeitos colaterais quanto de dificuldades na administração do medicamento, principalmente nas localidades endêmicas com difícil acesso aos serviços de saúde. Já o adefovir apresenta efeitos colaterais devido à alteração da função renal e indução da resistência por mutação do vírus da hepatite B. 

O novo PCDT também contém outras indicações de tratamento e terapia antiviral de profilaxia para pacientes que serão submetidos a terapias imunossupressoras ou quimioterápicas. Em relação ao tratamento da hepatite Delta, elaborou-se um capítulo específico com nova recomendação de tratamento, que inclui o uso de tenofovir (medicamento com melhor supressão virológica e soroconversão) e entecavir (mais indicado para os pacientes portadores de doença renal).

 

Assessoria de Comunicação
Departamento das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais

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Típo da notícia: Notícias do DCCI