Perguntas frequentes PEP
É uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio, tais como:
- Violência sexual;
- Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha);
- Acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).
Imediatamente após uma relação sexual desprotegida, ou seja, sem uso de camisinha, ou no caso de rompimento ou ainda quando houver o escape da camisinha e exposição ao esperma. A PEP também está indicada nos casos de violência sexual e acidente ocupacional.
Ela funciona tentando evitar que o HIV alcance o sistema imunológico, se reproduza e se dissemine, usando os medicamentos antirretrovirais.
Na PEP os medicamentos antirretrovirais para HIV devem ser tomados durante 28 dias, sem interrupção, sob orientação médica após avaliação do risco. O início desse tratamento deve ser iniciado, preferencialmente, nas primeiras duas horas após a exposição de risco e no máximo 72 horas.
A avaliação de risco é realizada no contato da pessoa com o profissional de saúde. É o momento em que o profissional procura compreender, a partir da fala do usuário, suas práticas sexuais e estilo de vida identificando assim estratégias de prevenção possíveis de serem adotadas.
Não, a PEP é indicada sempre que houver exposição de risco ao HIV.
Os medicamentos para a PEP devem ser tomados durante 28 dias ininterruptos para que faça efeito esperado.
Sim, pode haver alguns. Na maioria dos casos, eles nem aparecem, e mesmo quando aparecem podem sumir rapidamente. Durante sua consulta, você deve ser informado sobre esses possíveis efeitos e o que fazer.
Porque mais de 50% das pessoas apresentam efeitos adversos. Apesar de a maioria serem leves tipo dor de cabeça, desarranjo intestinal e cansaço é preciso verificar outras questões inclusive se é necessário fazer a troca dos medicamentos.
Você não deve abandonar o tratamento! Deve procurar o serviço de saúde que indicou a profilaxia e relatar a situação. O medicamento poderá ser trocado por outro. E lembre-se que é melhor terminar o mês de tratamento e se livrar do HIV do que ficar com o HIV pelo resto da vida!
O preservativo é uma barreira de proteção para várias infecções e a PEP é indicada apenas para evitar a infecção pelo HIV. Outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como a sífilis e a gonorreia e mesmo as hepatites virais não são evitadas com o uso da PEP. Logo para evitar outras infecções é necessário o uso consistente da camisinha.
Não. A PEP é uma profilaxia para evitar a reprodução do HIV no corpo. Ainda não existe vacina para o HIV.
A PEP – Profilaxia Pós-Exposição – é o uso de medicamentos antirretrovirais após um possível contato com o HIV em situações como: violência sexual; relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha), acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou em contato direto com material biológico).
Para que a PEP seja efetiva, ela deve ser iniciada logo após a exposição de risco, preferencialmente nas duas primeiras horas, e em até 72 horas; e o(s) medicamento(s) deve(m) ser tomado(s) por 28 dias. Você deve procurar imediatamente um serviço de saúde que realize atendimento de PEP assim que julgar ter estado em uma situação de risco de contato com o HIV. É importante observar que a PEP não serve como substituta à camisinha.
Já a PrEP – Profilaxia Pré-Exposição ao HIV – é o uso dos medicamentos antirretrovirais antes da exposição ao HIV, reduzindo a probabilidade da pessoa se infectar com o vírus. A PrEP deve ser utilizada se você se encontra em alto risco de contrair o HIV.
A PrEP não é para todos e também não é uma profilaxia de emergência, como é a PEP. Os públicos prioritários para PrEP são as populações-chave, que estão sob maior risco e que concentram o maior número de casos de HIV no país: gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH); pessoas trans; trabalhadores/as do sexo e parcerias sorodiferentes (uma parceria sexual onde uma pessoa está infectada pelo HIV e a outra não).
Se vc quiser saber onde ir na sua cidade, acesse http://www.aids.gov.br/pt-br/onde-encontrar-pep
O baixe o aplicativo Android: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ddstaidshv.pep&hl=en
O autoteste, assim como os demais testes rápidos ofertados no SUS, devem ser realizados após o período de janela imunológica. Clique aqui para saber mais sobre janela imunológica.
Além disso, se a relação de risco ocorreu em até 72 horas (3 dias), você deve procurar uma unidade de saúde, relatar a situação e verificar se é indicado fazer uma profilaxia pós exposição (PEP) ao HIV. Clique aqui para obter mais informações sobre PEP.
Serviços de Urgência 24 horas (UPAS), Hospitais de Referência, Serviços Especializados (SAE e CTA) e Unidades Básicas de Saúde, de acordo com a organização dos serviços de cada local, dessa maneira é importante que você conheça quais são os locais que disponibilizam PEP perto de onde você mora.
Tanto o Conselho Tutelar como o Ministério Público devem ser acionados se ocorrer abuso sexual em menores de 14 anos. Podem encaminhar para a realização da anticoncepção de emergência e as demais medidas de prevenção do HIV e de outras IST. Se for detectada gravidez, devem realizar os procedimentos legais para a interrupção.
O uso de medicamentos para prevenção teve início com a PEP do HIV em 1999. Está disponível no SUS e foi amplamente utilizada para a prevenção da transmissão vertical, em acidentes ocupacionais e violência sexual. A partir de 2008 foi implementada para exposição sexual consentida e em 2015, já inserida no paradigma da Prevenção Combinada, foi publicado o primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pós-Exposição, simplificando a prescrição da PEP e unificando em um mesmo documento as profilaxias para as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), HIV e Hepatites Virais.
O conceito de Prevenção Combinada foi adotado no Brasil em 2013, com a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos (BRASIL, 2013), que modificou o critério para início da terapia antirretroviral (TARV) independente de CD4, fortalecendo o paradigma do tratamento como prevenção.
A última intervenção biomédica a ser incorporada na Prevenção Combinada foi a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), em 2017, mas estudos em alguns sítios foram iniciados em 2013, financiados pelo Ministério da Saúde.
Portanto, a PEP hoje é uma tecnologia inserida no conjunto de estratégias da Prevenção Combinada, cujo principal objetivo é ampliar as ofertas de prevenção para atender às necessidades e possibilidades de cada pessoa.