Janeiro Roxo é o mês da conscientização sobre a hanseníase
A doença tem cura e não deixa sequelas quando detectada, diagnosticada e tratada rapidamente após os primeiros sintomas
Você sabe o que é hanseníase? Muitas pessoas não sabem. Por isso, o mês de janeiro ganhou o título de ‘Janeiro Roxo’. A iniciativa de relacionar o mês a uma cor tem o objetivo de chamar a atenção para o tema e esclarecer à população sobre sintomas, prevenção e tratamento. A doença causa incapacidades físicas permanentes, principalmente nas mãos, pés e olhos. O Brasil ocupa a 2ª posição no mundo, entre os países mais acometidos pela doença, ficando atrás somente da Índia.
O Ministério da Saúde alerta que quanto mais cedo diagnosticar a hanseníase, mais cedo a pessoa poderá ser tratada, e assim evitar sequelas. A doença tem cura e o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente do diagnóstico ao tratamento. O diagnóstico, que tem início com consulta na Unidade de Saúde do seu município mais próxima de sua residência, é essencialmente clínico, com a análise da história e condições de vida do paciente. Também é feito exame para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, responsáveis pela parte motora e sensitiva dos membros superiores e inferiores do corpo.
Em alguns casos, o paciente é encaminhado às unidades de saúde de maior complexidade para a confirmação diagnóstica, a partir de novos exames e coleta de material.
O agente causador da hanseníase é o Micobacterium leprae, microrganismo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos. Caso não seja tratada, a hanseníase tem um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
TRANSMISSÃO E SINTOMAS
A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, que não faz o tratamento, elimina no ar, por meio da fala, tosse, espirro, o microrganismo, infectando outras pessoas. A doença pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece.
O período de incubação do vírus da doença, ou seja, tempo em que os sinais e sintomas se manifestam desde a infecção, dura em média de 2 a 7 anos. Assim que os sinais aparecem, progridem lentamente. Entre os principais sintomas estão:
- Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.
- Áreas com diminuição dos pelos e do suor.
- Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas.
- Inchaço de mãos e pés.
- Diminuição sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
- Úlceras de pernas e pés.
- Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
- Febre, edemas e dor nas articulações.
- Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz.
- Ressecamento nos olhos.
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