DCCI apresenta balanço anual para o Conselho Nacional de Saúde
Estratégias dos próximos anos passam também pela prioridade do Departamento no combate ao vírus linfotrópico de células T humana (HTLV)
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) se reuniu nos dias 12 e 13 de dezembro, em Brasília, para sua trecentésima décima segunda reunião ordinária, em que discutiu, entre diversos temas, o combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), ao HIV/Aids e ao vírus linfotrópico de células T humana (HTLV).
A diretora do Departamento das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, Adele Benzaken, participou no debate “O combate das infecções sexualmente transmissíveis, do HIV/Aids e do HTLV”. Também compuseram a mesa o representante da Articulação Nacional de Aids (Anaids), Moyses Longuinho, e a representante da Associação HTLVida, Adijeane Oliveira de Jesus.
“Agradeço a oportunidade de apresentar as ações, campanhas e avanços do Departamento e do Ministério da Saúde na prevenção, no tratamento e na atenção ao HIV/aids, sífilis e hepatites virais”, afirmou a diretora.
Adele Benzaken apresentou o panorama do HIV/aids no Brasil, com ênfase nos dados registrados pelos Boletins Epidemiológicos. Segundo o novo Boletim Epidemiológico HIV/Aids de 2018, entre 2014 e 2017 houve uma redução de 16% nos óbitos por aids. É a primeira vez em 20 anos que o país registra uma queda tão expressiva nas taxas da mortalidade. Adele, lembrou que a garantia do tratamento para todos, instituída em 2013, e a melhoria do diagnóstico contribuíram para a queda, além da ampliação do acesso à testagem e redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento.
“Apesar da melhoria nos dados deste ano, o departamento ainda tem vários desafios a serem enfrentados, o que nos estimula a continuar a luta pelo fim da epidemia”, disse a diretora do DIAHV, entre eles reduzir o número de novas infecções por HIV, especialmente entre a população de homens jovens.
Durante a reunião, as informações sobre o HTLV surpreenderam os membros do CNS, que afirmaram ser um novo desafio para a saúde pública do país, por ainda ser um vírus pouco conhecido e da mesma família do HIV.
Adele ressaltou a importância de formular políticas públicas para o manejo da infecção ao HTLV. “Temos que incorporar um Protocolo junto à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC). Para isto é importante que tenhamos estudos científicos para a construção de uma diretriz ao combate do HTLV, seja reformulando os protocolos atuais ou incluindo um PCDT para tratar especificamente”, afirma.
Sobre o HTLV - A Infecção causada pelo vírus T-linfotrópico humano (HTLV) atinge as células de defesa do organismo, os linfócitos T. O HTLV foi o primeiro retrovírus humano isolado (no início da década de 1980) e é classificado em dois grupos: HTLV-I e HTLV-II.
A transmissão do HTLV ocorre por via sexual em relações desprotegias (sem camisinha), pelo compartilhamento de seringas e agulhas, e da mãe para o recém-nascido (Transmissão Vertical), principalmente pelo aleitamento materno.
A maioria das pessoas infectadas pelo HTLV não apresentam sinais e sintomas durante toda a vida. O tratamento é direcionado de acordo com a doença relacionada ao HTLV. A pessoa deverá ser acompanhada nos serviços de saúde do SUS e, quando necessário, receber seguimento em serviços especializados para diagnóstico e tratamento precoce de doenças associadas ao HTLV.
Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais
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