PROJETOS

Pesquisas em HIV e hepatite C são apresentadas em Seminário

Cooperação Brasil e EUA entre Ministério da Saúde, Ministério da Ciência e Tecnologia, CNPq e NIH apresentam os projetos científicos e tecnológicos em saúde

31.10.2018 - 19:07
04.11.2022 - 10:43

 

[node:title]O Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) do Ministério da Saúde participou, nos dias 30 e 31 de outubro, do seminário final de avaliação de pesquisas científicas. O evento “Cooperação Brasil e Estados Unidos - Pesquisa Científica e Tecnológica em Saúde” reuniu cientistas brasileiros que apresentaram resultados de pesquisas apoiadas na Chamada NIH/MCTI-CNPq/MS-SCTIE-DECIT-SVS-DST-Aids n° 30/2014 em IST, HIV e Hepatite C, além de outras áreas da saúde.

Durante a cerimônia de abertura, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Marcos Fireman, destacou a importância de pesquisas aplicadas que possam ser utilizadas na prática pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Avaliamos sempre a aplicabilidade e viabilidade dos projetos para a saúde pública. Estamos atrás de pesquisas que melhorem a gestão em saúde e que sejam efetivamente aplicados ao SUS. Por isso investimos em institutos de pesquisa e na comunidade científica e acadêmica”, afirma.

A consultora do DCCI Cristina Pimenta ressaltou a importância de pesquisas voltadas para o HIV e Hepatite C realizadas em conjunto com entidades nacionais e internacionais. Além disso, enfatizou o fortalecimento das redes de pesquisa no Brasil por meio da colaboração com os pesquisadores dos Institutos de Saúde Americanos (NIH), gerando evidência científica e aplicação nas áreas de assistência e prevenção em IST/HIV/Aids do SUS.

A diretora substituta do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis (DEVIT) do Ministério da Saúde, Wanessa Tenório, lembrou que “o evento estimula a inovação para a incorporação de novas tecnologias em saúde. O seminário serve para conhecer pesquisas que contribuem para uma significativa melhora nos sistemas de saúde e afetam diretamente nosso maior interessado: o usuário do SUS”.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC)  representado por  seu diretor Fábio Larotonda  destacou a parceria realizada entre a pasta e o CNPq. “O MCTIC promove diálogo contínuo com o CNPq. Discutimos várias parcerias para a promoção de novas tecnologias em saúde, por isso atendemos diversas áreas – de modo transversal – e tentamos implementá-las”, diz.

No total foram apresentados 63 projetos dos quais 19 foram aprovados pelo CNPq e pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos da América (NIH). “Estes projetos receberam 12 milhões de reais e hoje estamos aqui atendendo a este chamado para ver os resultados destas pesquisas”, relata Marcelo Morales, diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq.

Morales ainda relatou sobre o marco regulatório que rege os aprovados. Segundo ele, o foco é voltado para resultados práticos que “podem e devem virar política pública em saúde. Por isso, fazemos chamados nas etapas iniciais, intermediárias e finais para prestar uma consultoria permanente e avaliar suas viabilidades para implementação no SUS”.

Os resultados apresentados indicam uma parceria de sucesso entre o Brasil e os Estados Unidos. Prova disso foi a vinda do secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos Alex Azar ao Brasil no início de outubro, onde visitou Fortaleza e São Paulo para discutir a colaboração entre os dois países na área de segurança da saúde global, parceria científica e reforma do setor de saúde.

“Em Fortaleza, Azar se encontrou com famílias locais para saber mais sobre o vírus da zika e microcefalia. Ele discutiu como as duas nações podem trabalhar juntas para melhorar e proteger nossos cidadãos contra ameaças globais à saúde. Em São Paulo, Azar e o ministro da Saúde Gilberto Occhi visitaram o Hospital Sírio-Libanês e o hospital municipal infantil Menino Jesus. Ele também visitou as instalações do Instituto Butantã. Durante a visita ao instituto, o secretário Azar e o ministro Occhi discutiram a cooperação duradoura entre os EUA e o Brasil na pesquisa em saúde, incluindo biotecnologia e produção de vacinas”, afirmou Amy DuBois, Adida de Saúde na Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

Por fim, o diretor associado para Assuntos Internacionais de Pesquisa dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos Dr. Gray Handley reiterou a importância entre a colaboração dos países para a construção de pesquisas sólidas e aplicáveis nos sistemas de gestão em saúde. “É preciso melhorar e ampliar a destinação de recursos para pesquisas e investigações em saúde. Nossa contribuição é sempre com intuito de colaboração e intercâmbio entre Brasil e EUA. Basta ver o quão importante este investimento que, há décadas, o Brasil encontra-se em um patamar muito avançado em relação aos demais países em relação aos avanços na prevenção e tratamentos para o HIV. Isto é resultado de muito esforço aplicado em pesquisas e políticas públicas sérias para o enfrentamento desta epidemia”, conclui.

Projetos apresentados no seminário com temáticas em IST, HIV e hepatite C

  • Células T CD4+ em infecção aguda versus infecção crônica pelo vírus da hepatite C, de Lia Laura Lewis Ximenez de Souza.
  • Efeito da infecção pelo HIV em desfechos de câncer entre mulheres com câncer cervical matriculadas no Instituto Nacional de Câncer (INCA), de Marcelo Alves Soares.
  • Uma estratégia baseada em RNAseq para quantificar a expressão de genes HLA: desenvolvimento e aplicação a estudos com doenças infecciosas, de Vitor Aguiar.
  • Identificação, caracterização e modelagem de peptóides mimetizando estruturas de epítopos com alta afinidade para anticorpos pan-neutralizantes de HIV-1: rumo ao desenvolvimento de uma nova classe de antígenos vacinais, de Roberto Dias Lins Neto.
  • Métodos Mistos para estudo da prevalência da infecção pelo HIV, do conhecimento, disposição para utilizar, aceitabilidade de barreiras para adoção e adesão à profilaxia pré-exposição (PrEP) entre travestis no Rio de Janeiro, Brasil, de Emília Jalil.
  • Reaquisição da resistência a Interferon tipo 1 durante a infecção pelo HIV-1 e progressão à doença, de Enrique Roberto Argañaraz.
  • Terapia Antirretroviral Precoce e Remissão da Infecção Perinatal do HIV, de Esaú Custódio João Filho.
  • Auto Coleta de teste de HPV em mulheres não rastreadas: estudo de viabilidade no Brasil, de Marcia Edilaine Lopes Consolaro.

Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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Típo da notícia: Notícias do DCCITags: hepatites virais, hepatite c