PAPILOMA VÍRUS

Encontro debate agenda estratégica para o enfrentamento da infecção por HPV

Agenda embasará a estratégia de vacinação contra o HPV, além de ações para o controle de outras IST e o direcionamento das políticas de saúde

26.09.2018 - 10:04
04.11.2022 - 10:42

 

[node:title]O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DCCI) e do Programa Nacional de Imunizações (PNI) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), realizou nesta segunda-feira (24), em Brasília, reunião técnica para construção da agenda estratégica para o enfrentamento da infecção por HPV no Brasil.

A agenda foi construída com base no relatório produzido pelo estudo POP-Brasil que avaliou a prevalência de infecção pelo HPV e seus tipos (em especial os tipos 6, 11, 16 e 18) no Brasil em suas diferentes regiões geográficas. Foram realizadas coletas de material biológico e levantamento de informações sobre fatores sociodemográficos e comportamentais que possam estar associados à infecção pelo HPV em 8.685 homens e mulheres de 16 a 25 anos, provenientes de todas as capitais brasileiras. A agenda irá embasar a política de vacinação, além de auxiliar no controle das infecções sexualmente transmissíveis (IST) e no direcionamento das políticas de saúde do SUS.  

A diretora do DCCI, Adele Benzaken, participou da sessão inaugural da reunião técnica e contextualizou os participantes dos dados por região demográfica e os desafios das políticas públicas voltadas para o enfrentamento do HPV. “É preciso melhorar as articulações entre saúde e educação, monitorar a caderneta de vacinação no ato da matrícula escolar, melhorar a qualidade das informações e avaliações disponíveis no SUS com implantação do sistema de informação do PNI, capacitar os profissionais de saúde e mapear as barreiras de acesso das populações chave aos serviços de saúde”, afirma.

Adele ainda reforçou a importância em aumentar o acesso à informação, com oficinas e ampliação da oferta do exame Papanicolau nas redes de Atenção Básica. Além de melhorar a atenção voltada a homens e mulheres em situação de violência, com ampliação das ações junto ao Ministério da Educação com uma agenda – já definida – com populações prioritárias.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues, ressaltou a importância das campanhas de vacinação para o controle dos casos de HPV. “Estamos falando de 15 mil novos casos por ano, com mortalidade de 5.000. É um problema muito sério. Para fazer uma comparação, quando falamos em mil óbitos pela de dengue, ficamos apavorados. Então, imaginem 5.000 óbitos por ano. Precisamos desta agenda para que a sociedade entenda definitivamente a gravidade desta doença”, enfatizou.

Outro ponto abordado pela coordenadora do PNI revela a importância da vacinação em jovens. Segundo Carla “é preciso desmistificar conceitos entre os familiares de que a vacina HPV pode promover o início precoce da atividade sexual”, diz ela sobre a diminuta taxa de imunização de jovens com idade entre 9 e 14 anos.

A construção da agenda foi produzida durante todo o dia pelos representantes e, ao final, ficou definido que o DCCI irá consolidar a planilha da agenda estratégica para o enfrentamento da infecção por HPV, acrescentar os indicadores que foram apresentados na reunião e enviar para revisão e considerações das áreas técnicas da SVS que farão a oficialização da agenda.

Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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