54º MedTrop reúne mais de três mil pesquisadores para discutir saúde pública
Debates darão ênfase às doenças tropicais de populações negligenciadas
Teve início neste domingo (02), o 54º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop), que acontece no Centro de Convenções de Pernambuco até o dia 5 de setembro. Com o tema “Doenças transmissíveis, predição e desafios para o enfrentamento de novas e velhas epidemias”, o encontro reúne cerca de três mil pesquisadores do Brasil e de outros países para debater os desafios das doenças tropicais no mundo.
A programação conta com 42 mesas-redondas, 21 palestras e 11 conferências magnas. Nesses espaços, a comunidade científica apresenta pesquisas e estudos voltados a vencer, entre outros desafios, o das arboviroses e demais doenças endêmicas transmitidas por mosquitos.
Serão discutidas, também, as questões de condições de vida e a falta de saneamento, que interferem na transmissão das enfermidades. De acordo com o presidente do Medtrop, Sinval Brandão Filho, que é também diretor da Fiocruz Pernambuco, “as condições precárias de saneamento favorecem diretamente a incidência e transmissão da maior parte destas doenças, chamadas hoje de doenças tropicais de populações negligenciadas”.
O Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DCCI) participa do Congresso. A mesa redonda “Epidemia de sífilis: o que você tem a ver com isso?”, conta com Ivo Brito, consultor do DCCI, que falará sobre as ações do projeto Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção à Saúde, para reduzir a sífilis adquirida e eliminar a congênita no Brasil.
Este projeto inclui a ampliação e qualificação do diagnóstico e o aumento da testagem, principalmente nas grávidas. A identificação ainda no primeiro trimestre da gestação e o tratamento adequado impedem a transmissão da doença da mãe para o bebê.
O projeto também prevê a implantação de linhas de cuidado para a sífilis com acompanhamento de crianças expostas à doença e intervenção entre populações-chave – gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, trabalhadores do sexo e pessoas que usam álcool e outras drogas.
No Medtrop, os pesquisadores poderão acompanhar ainda a programação que ocorre simultaneamente ao evento. São elas: Reunião de Pesquisa Aplicada em Chagas e Leishmaniose, o ChagasLeish 2018; Reunião Nacional de Pesquisa em Malária; Workshop da Rede de Tuberculose (REDE TB) e o Workshop de Genética e Biologia Molecular de Insetos Vetores de Doenças Tropicais, o Entomol7_SOVE Brazil.
VII Workshop da REDE TB
Paralelo ao MedTrop ocorre o VII Workshop Nacional da Rede de Pesquisas em Tuberculose (REDE-TB). O evento contará com oito miniconferências, 14 mesas redondas, seis simpósios e 20 temas livres. No dia 05 de setembro, a médica infectologista e consultora do DCCI, Fernanda Rick, participa da mesa redonda que discorre sobre o tema “TB e HIV - magnitude do problema e as perspectivas no Plano Nacional pelo Fim da TB”.
APLICATIVO
Toda a programação do 54º Congresso Brasileiro de Medicina Tropical pode ser conferida pelo aplicativo Medtrop 2018, que pode ser baixado para Android e IOS. A ferramenta disponibiliza todo conteúdo programático do congresso, resumos dos temas livres orais e e-posters, atividades pré-congresso, programação cultural e social, Cine Medtrop, informações das quatro reuniões satélites, dicas de turismo e meios de transporte.
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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