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Mulheres Vivendo com HIV e que pretendem engravidar não devem utilizar o dolutegravir
NOTA INFORMATIVA
Mulheres Vivendo com HIV e que pretendem engravidar não devem utilizar o dolutegravir
Recomendação foi publicada pelo Ministério da Saúde após declaração da OMS sobre malformações congênitas em bebês nascidos de mulheres que engravidaram tomando dolutegravir
18.05.2018 - 20:18
última modificação:
04.11.2022 - 10:42
O Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DCCI) do Ministério da Saúde publicou nesta sexta-feira (18), Nota Informativa nº 10/2018 contraindicando a prescrição do medicamento dolutegravir para mulheres vivendo com HIV em idade fértil que pretendam engravidar. A recomendação segue a declaração emitida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quanto ao potencial risco de segurança do uso do antirretroviral dolutegravir naquelas mulheres no momento da concepção.
A declaração da OMS foi emitida após divulgação de resultados preliminares de estudo Tsepamo, conduzido em Botswana, que encontrou malformação congenita (defeitos de tubo neural) em crianças nascidas de mulheres que engravidaram enquanto tomavam o dolutegravir.
Para as mulheres que vivem com HIV em inicio de tratamento antirretroviral e que pretendem engravidar - a recomendação é usar preferencialmente esquema contendo o medicamento efavirenz. A nota recomenda ainda que mulheres que tiverem confirmação de gravidez durante o tratamento antirretroviral com o dolutegravir, devem buscar imediatamente consulta para substituição desse antirretrovial no seu esquema de tratamento.
Já para as mulheres que vivem com HIV em idade fértil e que tem indicação para o dolutegravir e não querem engravidar devem ter assegurado o uso de método contraceptivo eficaz, preferencialmente métodos que não dependam de adesão, como DIU e implantes anticoncepcionais. Já para as mulheres que não desejam usar contraceptivos, a recomendação é a substituição por esquemas sem o dolutegravir.
Ressalta-se que a terapia antirretroviral não deve ser interrompida sem consultar o médico, uma vez que isso pode causar danos para mulher e seu bebê.
As recomendações sobre o uso do dolutegravir por mulheres em idade fértil já foram incluidas no Protocolodo Clínico e Diretrizes Terapeuticas (PCDT) para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos e também de no PCDT para Prevenção da Transmissão Vertical.
Acesse aqui a Nota Informativa nº 10/2018.
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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Típo da notícia: Notícias do DCCI