Estudos visam fortalecer as Redes de Atenção para resposta rápida à sífilis
As ações focam em 100 municípios acima de 100 mil habitantes que concentram índices elevados de sífilis
Os resultados iniciais da análise de situação referente ao projeto “Resposta Rápida à Sífilis” foram apresentados em reunião no Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) na sexta-feira (09), em Brasília, pela equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), integrantes do projeto.
Um dos eixos do projeto é a análise de situação de saúde. Nesta etapa, é feito um estudo de todos os indicadores de sífilis, que inclui também dados socioeconômicos e demográficos. Esta análise situacional fornecerá subsídio e dará diretrizes para as ações do a serem implementadas em conjunto com estados e municípios, visando atuar localmente com objetivos precisos e eficazes.
“Este estudo preliminar é o ponto de partida do nosso plano de trabalho. O Ministério da Saúde, estados e municípios vão intensificar ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da sífilis”, explicou Adele Benzaken, Diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV).
A Diretora destacou ainda que o aumento nos índices significa uma melhora na identificação da doença. “Os aumentos nos índices indicam também que a cobertura da testagem está aumentando”. A estratégia, chamada de Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção, foi pactuada na Comissão Intergestores Tripartite (CIT).
Para o integrante da equipe de pesquisadores da UFRN, Ângelo Roncalli, para se obter uma atuação eficaz sobre a sífilis é preciso mapeá-la em toda a sua extensão, visando identificar de modo pontual todos os fatores que causam impacto nos índices epidemiológicos. “No eixo de pesquisa desse projeto é essencialmente entender por que houve crescimento, quais são os fatores, inclusive os fatores individuais, o contexto, o serviço. Porque alguns municípios são diferentes um do outro”, afirmou Roncalli.
Nesta fase, 100 municípios com população acima de 100 mil habitantes, e que concentram os maiores números dos casos da doença, farão parte do projeto.
PENICILINA - De acordo com reportagem publicada pelo DIAHV, em 01 de março (consulte aqui) o Ministério da Saúde vai distribuir para todos os estados e o Distrito Federal, em março, 526 mil frascos-ampola de penicilina benzatina – para tratamento da sífilis adquirida e em gestantes mais parcerias – e 116 mil da penicilina cristalina ou potássica – para tratamento da sífilis congênita, em bebês. A confirmação da distribuição está na Nota Informativa Nº 4, do publicada pelo DIAHV em 23 de fevereiro. A medida faz parte da Agenda de Ações Estratégicas para Redução da Sífilis no Brasil, lançada ano passado.
A agenda é um esforço conjunto do Governo Federal, estados e municípios para intensificar ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, para conter o avanço da sífilis no país.
Confira a lista dos 100 municípios prioritários da agenda.
Acesse a Agenda de ações estratégicas para redução da sífilis no Brasil
Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais
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