Opas e Unaids lançam relatório às vésperas do Dia Mundial de Luta contra a Aids
Organização Pan-Americana da Saúde e Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids pedem intensificação da prevenção ao HIV
Lançado na última quarta-feira (29/11) pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), o novo relatório HIV Prevention in the Spotlight – An Analysis from the Perspective of the Health Sector in Latin America and the Caribbean analisa avanços e desafios enfrentados pelos sistemas de saúde da região em seus esforços para prevenir a transmissão do HIV. Os governos da região comprometeram-se a pôr fim à epidemia de aids até 2030 – e o novo relatório, lançado às vésperas do Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro, pretende ajudar esses países a acelerarem e expandirem seus esforços de prevenção ao HIV.
De acordo com o documento, a ampliação do acesso a todas as opções de prevenção ao HIV hoje disponíveis reduziria o número de novos casos do vírus na América Latina e no Caribe. Desde 2010, esse número se mantém estável em cerca de 120 mil casos por ano – mas estima-se um aumento no número de novas infecções em homens adultos entre 2010 e 2016. Em 2016, homens jovens entre 15 e 24 anos continuaram a representar um terço de todas as novas infecções por HIV.
O relatório recomenda levar adiante o enfoque de prevenção combinada, que é baseado em evidências científicas, respeitando os direitos humanos e a não discriminação, incluindo três elementos: a ampla oferta de intervenções biomédicas mais apropriadas aos usuários, a promoção de comportamentos saudáveis e o estabelecimento de ambientes que facilitem o acesso e a adoção de medidas de prevenção.
BRASIL – De acordo com o relatório, quase todos os países da região oferecem testes de HIV com foco em populações-chave – e cinco dos 32 países (19%) indicaram possuir o autoteste de HIV em território nacional. “No entanto, até agora”, diz o documento, “o Brasil é o país que mais avançou no esforço para tornar esse tipo de estratégia parte de suas políticas nacionais”.
O documento diz ainda que a adoção da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) por pessoas que estão em alto risco de adquirir HIV é crucial na resposta à epidemia na região – e que, com a implementação da PrEP no Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil será o primeiro país da região a abrigar todo o leque de alternativas inerentes à prevenção combinada, estratégia que hoje norteia os esforços nacionais de prevenção. A estratégia inclui, além da PrEP, a oferta da Profilaxia Pós-Exposição (PEP) em situações de emergência; a distribuição de preservativos e lubrificantes; a oferta de teste para sífilis de forma simultânea ao teste para HIV; e o acesso universal ao tratamento, entre outras iniciativas.
A publicação exorta governos, sociedade civil e organizações internacionais a trabalharem em parcerias para acelerar a introdução de novas tecnologias de prevenção, ampliar a disponibilidade de opções de prevenção e garantir o acesso universal aos serviços de prevenção ao HIV para reduzir novas infecções e acabar com a epidemia de aids até 2030.
Assessoria de Comunicação
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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