As ações e desafios de quatro capitais rumo à meta 90-90-90
Painel apresentou resultados de São Paulo, Curitiba, Salvador e Rio de Janeiro
Representantes das secretarias municipais de São Paulo, Curitiba, Salvador e Rio de Janeiro apresentaram na última quarta-feira (27/09) – no painel “Acelerando a resposta ao HIV para alcançar as metas 90-90-90 e de zero estigma e discriminação até 2020” – os resultados de ações promovidas neste contexto por essas quatro cidades. A apresentação integra a programação do 11º Congresso de HIV/Aids e 4º Congresso de Hepatites Virais (HepAids 2017), realizado em Curitiba até sexta-feira (29/09).
O acesso ao diagnóstico precoce às populações mais vulneráveis e que residem em áreas periféricas é um dos desafios do município de São Paulo. “Apesar de o Sistema Único de Saúde ser um dos sistemas mais inclusivos que conhecemos, o nosso desafio é o de oferecer tratamento diferenciado”, afirmou a coordenadora do Programa de DST/Aids de São Paulo, Maria Cristina Abatte, ao observar a necessidade de atendimento às populações-chave. Até julho de 2017 – na rede municipal de São Paulo –, 30.608 pessoas estavam em tratamento antirretroviral (TARV); dessas, 28.302 (92% do total) apresentavam carga viral indetectável. Este índice atende a uma das metas 90-90-90 – que estabelecem que, em um país, se atinja 90% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas; dessas, 90% em tratamento; e dessas, 90% com carga viral indetectável.
Participaram também do painel a consultora do Departamento de Prevenção, Vigilância e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DCCI) Ana Roberta Pati Pascom; a diretora do Programa Conjunto sobre HIV/Aids (Unaids) no Brasil, Georgiana Braga-Orillard; a técnica responsável pela vigilância IST/HIV/aids do Centro de Epidemiologia da Prefeitura de Curitiba Clea Lopes Ribeiro; a coordenadora do setor de IST/aids/hepatites virais da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, Helena Alves Vieira Lima; e a gerente do Programa das Doenças Infecciosas Sexualmente Transmissíveis do Município do Rio de Janeiro, Luciane Oscar.
RESULTADOS – Em Curitiba, por exemplo, dados de 2014 atestam que 95% das pessoas vivendo com HIV/aids (PVHIV) estavam diagnosticadas; dessas, 54% estavam em TARV; e dessas, 86% tinham carga viral indetectável. O município tem como metas a melhora dos instrumentos de monitoramento, avaliação e vinculação; a adesão ao tratamento; e a diminuição do estigma e da discriminação, com treinamento dos profissionais de saúde.
Já um dos desafios de Salvador rumo à meta 90-90-90 está na ampliação da oferta do diagnóstico e na realização da testagem rápida em todas as 47 unidades básicas de saúde da rede municipal.
Assessoria de Comunicação
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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