HEPATITES VIRAIS

Plano de Enfrentamento das Hepatites na região norte do Brasil é debatido em audiência pública na Câmara dos Deputados

O objetivo é ampliar o acesso à prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais nos estados do AM, AC e PA, envolvendo as três esferas de governo.

20.09.2017 - 16:55
04.11.2022 - 10:40

[node:title]A audiência pública, realizada na Câmara dos Deputados Federais, nesta terça-feira (19), teve como finalidade apresentar o Plano de Enfrentamento das Hepatites Virais na Região Norte do Brasil, cujo objetivo é ampliar o acesso a prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais nos estados do AM, AC e PA, envolvendo as três esferas de governo com enfoque na hepatite delta. O evento foi aberto pelo Presidente da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, deputado federal Valadares Filho. O plano, coordenado pelo Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), foi apresentado pela diretora Adele Schwartz Benzaken.

O plano de enfrentamento das hepatites virais na região norte do Brasil, com enfoque na hepatite delta, encontra-se em sua primeira fase, com período de atuação entre 2017 a 2019, vai começar pelos estados do Amazonas, Acre e Pará. Estes estados foram selecionados em razão de perfil epidemiológico, populações específicas de difícil acesso, dificuldades de acesso aos serviços de saúde. Estão incluídos seis municípios nesta primeira fase: Barcarena e Santarém (PA), Tabatinga, Benjamin Constant e Atalaia do Norte (AM), e Sena Madureira (AC).

A estratégia do plano é mapear a oferta de serviços de saúde para prevenção, diagnóstico e tratamento; identificar o itinerário terapêutico para ações efetivas; e incrementar ações para a vigilância epidemiológica das hepatites B, C e D; incentivar a ampliação da cobertura vacinal e estimular ações para reduzir a transmissão vertical da hepatite B.

Em sua apresentação, Adele mostrou a evolução dos principais avanços da política de enfrentamento das hepatites virais no país, desde 2002 até o presente. Pontuou a criação do Programa Nacional de Hepatites Virais, mobilização social, acesso ao diagnóstico e campanhas de utilidade pública. Destacou todo o empenho do departamento para ampliar o acesso e a integralidade da atenção às hepatites virais, com a oferta do teste rápido para auxiliar no diagnóstico; e as inovações terapêuticas com alto índice de cura (95%) dos 58 mil tratamentos ofertados desde 2015 até julho de 2017.

A diretora do DCCI ressaltou as atualizações dos Protocolos Clínicos de Diretrizes Terapêuticas de Hepatite B e C e Coinfecções, a partir de 2010 até 2017. Em seguida, mostrou o cenário nacional das hepatites virais no Brasil, as estratégias de ações implementadas e os resultados alcançados.

Ao concluir a apresentação, Adele Benzaken destacou que para atingir as metas globais e nacionais é preciso tratar todos os infectados da Hepatite C, atuar fortemente em todos os grupos, principalmente os mais vulneráveis, ampliar o acesso, o diagnóstico e o tratamento. E, também, trabalhar em parceria com as sociedades civil e médica e com a indústria farmacêutica.

Os deputados presentes comentaram a implementação dessas ações de enfrentamento das hepatites virais.  O deputado e médico Jorge Silva (PHS-ES) destacou: “Esperamos que a região norte implemente as ações necessárias de enfrentamento das hepatites virais. A proposta de diminuir o intervalo do esquema terapêutico da vacina de hepatite B é muito importante e eficaz, como mencionado pela Dra. Adele Benzaken, em sua apresentação”.

A deputada e vice-presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, Conceição Sampaio (PP-AM) completou: “Em nosso estado, o Amazonas, as nossas estradas são os nossos rios. Portanto, é importante levar para nossa região um plano como este, visando enfrentar as hepatites com a participação de todos. E devemos lutar para que essa campanha de vacinação da hepatite B continue permanente”.

O Deputado Marcos Reatégui (PSD-AP) comentou: “A participação da sociedade civil é fundamental nesta luta, muitas coisas importantes foram conquistadas somente a partir da luta da sociedade civil, principalmente nas questões de cobertura vacinal, saneamento básico e acesso à informação. Só assim conseguiremos trilhar o caminho da extinção das hepatites virais”.

Sidney Raimundo Silva Chalub, médico da Fundação Hospital Adriano Jorge, Manaus (AM) ressaltou: “Temos de enfrentar a questão das hepatites de forma coletiva, na elaboração de ações a serem implementadas, e realizar o sonho Amazônico de cura desses agravos”.

Ao final, Adele Benzaken respondeu a várias perguntas que chegaram por meio do sistema E-democracia, de pessoas que acompanharam a transmissão ao vivo pela internet.

A audiência pública foi realizada em conjunto com a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) e pela Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia.

Clique aqui e confira a íntegra da apresentação da Diretora do DCCI Adele Benzaken.

Assessoria de Comunicação
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis

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