Participação do DCCI na IAS 2017
Na agenda desta semana, um simpósio sobre a relação entre HIV e IST, outro sobre a eliminação global do HIV e um debate do jornal britânico The Guardian, entre reuniões, apresentações e outras participações
PARIS, 24 de julho – A diretora do DCCI, Adele Benzaken, reuniu-se na última segunda-feira com a gerente de parcerias em Saúde da ONG Coalition PLUS, Kolia Bénié – que quis saber mais sobre a resposta brasileira à hepatite C; com o CEO da International Association of Providers of AIDS Care (IAPAC), José Zuniga; e com o novo diretor da France Recherche Nord & Sud Sida-HIV Hépatites (ANRS), François Dabis, para falar de novos projetos no âmbito da histórica e bem-sucedida Cooperação Brasil-França nessa área.
PARIS, 25 de julho – A diretora Adele Benzaken coordenou nesta terça-feira, 25 – ao lado do celebrado pesquisador Myron Cohen, da UNC School of Medicine (EUA) –, o simpósio HIV and STIs: the Terrible Lovers (HIV e IST: os Terríveis Amantes), como parte da conferência IAS 2017, realizada em Paris até quarta-feira, 26. A sessão abordou a epidemiologia das infecções sexualmente transmissíveis (IST) ao longo dos últimos 50 anos e na era do tratamento antirretroviral para a prevenção ao HIV; analisou o papel das IST na facilitação da aquisição do HIV; e discutiu novas estratégias para a testagem de IST. Além disso, examinou a emergência de resistência a antibióticos e o atual status da pesquisa de vacinas para IST bacterianas. O simpósio contou com a participação dos especialistas Darren Russell, da Cairns Sexual Health Service (Austrália); Scott McLelland e Connie Celum, da University of Washington (EUA); e Cécile Bébéar, da Université de Bordeaux (França).
Em seguida, a diretora participou de um debate promovido pelo jornal britânico The Guardian. O The Guardian Panel Debate – The Future of HIV Research: How Can We Ensure Treatment Leaves No One Behind? (Debate The Guardian – O Futuro da Pesquisa em HIV: Como Podemos Garantir que o Tratamento não Deixe Ninguém para Trás?”) abordou os desafios dos tratamento de HIV, diante do fato de que, globalmente, mais da metade das pessoas que vivem com HIV ainda não têm acesso a ele. Ainda assim, houve um consenso entre os panelistas de que – apesar de tantos ainda estarem à espera de tratamento globalmente – esse fato pode ser visto também como positivo; 20 anos atrás, poucos imaginariam um cenário tão abrangente e ousado. Indagada sobre a resposta brasileira aos desafios da prevenção e de trazer mais e mais pessoas ao tratamento, a diretora falou do Sistema Único de Saúde (SUS) e do projeto “Viva Melhor Sabendo”, inovadora iniciativa nacional que promove a testagem entre pares para a população mais vulnerável ao HIV. “No Brasil, a resposta à epidemia concentrada de HIV conta com um sistema público garantido a todos os cidadãos – e foi construída com base em uma parceria entre o governo e as agências internacionais, com forte e crucial participação da sociedade civil”, frisou. Com coordenação de Lucy Lamble, editor executiva da Guardian Global Development, o debate contou também com a presença de Rachel Baggaley (OMS); Reshmie Ramautarsing (Thai Red Cross Aids Research Centre, Tailândia); Papa Salif Sow (Gilead Sciences); Peter Godfrey-Faussett (Unaids); Nadia Sam-Agadu (Institute of Human Virology, Nigéria); Marijke Wijnroks (The Global Fund to Fight AIDS, Tuberculosis and Malaria, Suíça).
PARIS, 26 de julho – Nesta quarta-feira, a diretora Adele Benzaken coordenou – ao lado de François Dabis, da ANRS – o simpósio “Towards HIV Elimination”. Em pauta, a necessidade de alavancar as três grandes estratégias globais para dar fim à aids – a cura, a vacina e a eliminação da transmissão. Embora as duas primeiras estratégias ainda não tenham sido alcançadas, várias abordagens têm surgido com o intuito de reduzir e limitar a transmissão. As ferramentas necessárias para o sucesso na prevenção da transmissão – o envolvimento de populações-chave, a alta cobertura de prevenção e de testagem de HIV, o tratamento antirretroviral (TARV) precoce para todas as pessoas vivendo com HIV (PVHIV) para obter a supressão viral, a circuncisão médica masculina voluntária e a redução de danos – estão disponíveis; mas, na prática, apresentam desafios. O simpósio apresentou evidências para eliminar a transmissão do HIV em diferentes contextos; discutiu a eficácia das estratégias que conduzem à eliminação da transmissão; identificou obstáculos; e sugeriu pesquisas futuras. O simpósio contou com a participação de Marijke Wijnroks (The Global Fund to Fight AIDS, Tuberculosis and Malaria); Peter Ghys (Unaids); Don Des Jarlais (Icahn School of Medicine at Mount Sinai, EUA); Duong Thi Huong (Hai Phong Medical and Pharmacology University, Vietnã); Ly Penh Sun (National Center for HIV, Dermatology and STD (Camboja); e Cindy Kelemi (Botswana).
Assessoria de Comunicação
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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