Cofen ressalta parceria com Ministério da Saúde na aplicação do teste rápido
Nota técnica foi lida durante audiência em Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, na Câmara dos Deputados; diretoria do DCCI destacou a atenção no combate à doença
A atualização das normas para a realização dos testes rápidos por enfermeiros foi tema da participação do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) durante audiência pública realizada na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, na Câmara dos Deputados. A nota técnica foi lida pelo conselheiro Gilvan Brolini, durante solenidade no dia 24 de maio.
A diretora do Departamento de Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, HIV/Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken, ressaltou que a prevenção à sífilis precisa de maior atenção, por se tratar de um agravo que atinge toda a população. “A sífilis sempre foi uma doença negligenciada, que afeta pessoas de todos os perfis e que necessita de um olhar especial por parte dos serviços de saúde”. A compra emergencial da penicilina benzatina, em 2016, foi lembrada pela diretora do DCCI. “Mesmo em períodos críticos de abastecimento, o Ministério da Saúde se empenhou para adquirir lotes do medicamento, a fim de que a população não ficasse carente da penicilina e que não corresse o risco tanto de comprometer o tratamento bem como de não ter como se prevenir”, afirmou. “A penicilina benzatina é o único medicamento capaz de atravessar a barreira da placenta e prevenir o feto durante a gestação”.
Em setembro de 2016, um parecer normativo atualizou as normas para a realização dos testes rápidos, o que facilita a detecção da sífilis e de outras doenças. Segundo dados do Boletim Epidemiológico de 2016, entre os anos de 2014 e 2015, a sífilis congênita, que que pode provocar complicações graves, inclusive cegueira e morte do bebê, teve um aumento de 19%.
O Cofen é parceiro do Ministério da Saúde na luta contra a epidemia. Os testes rápidos não exigem infraestrutura laboratorial e ficam prontos em até 30 minutos. O encaminhamento para unidades de referência distantes representa uma barreira de acessibilidade, dificultando o tratamento, que, nos casos da sífilis em gestantes, é de máxima urgência. É essencial o tratamento imediato da gestante e seu parceiro, tão logo seja identificada a doença.
Assessoria de Comunicação
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
Conheça também a página do DCCI no Facebook:
https://www.facebook.com/ISTAidsHV