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Sai o primeiro registro para comercialização, em farmácia, do autoteste para o HIV
Testagem
Sai o primeiro registro para comercialização, em farmácia, do autoteste para o HIV
A previsão é que em até três meses seja definido o valor para comercialização
19.05.2017 - 11:58
última modificação:
04.11.2022 - 10:39
Destinado ao público geral e com permissão para venda em farmácias e drogarias, foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após dois anos de espera, o primeiro registro para o autoteste para diagnóstico do HIV. A agência já havia autorizado essa comercialização em 2015 – mas era necessário que as empresas fabricantes entrassem com o pedido de registro. Foi o que aconteceu agora. A decisão foi publicada na edição desta quarta-feira (17/5), no Diário Oficial da União.
Ainda não foi definido prazo para início da comercialização do produto, mas a aprovação da Anvisa permite a venda do autoteste nos estabelecimentos autorizados. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) ainda não avaliou o preço de venda. A previsão é que o valor seja definido em até três meses.
Atualmente, estima-se que, no Brasil, haja 112 mil pessoas vivendo com HIV sem sabê-lo. Para a diretora do Departamento das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV), Adele Benzaken, a comercialização do autoteste terá um efeito positivo na ampliação da oferta do diagnóstico no país. “O teste para o HIV sempre foi sigiloso – e, portanto, a principal vantagem desse teste é o conforto que permite ao usuário realizar o diagnóstico de forma privada, sem ter de se deslocar ao serviço de saúde público ou privado”, disse. Adele ressaltou, entretanto, que as pessoas precisam procurar o serviço especializado de saúde, caso o resultado seja reagente: “Assim, essa pessoa poderá fazer os testes complementares e iniciar imediatamente o tratamento para impedir que a infecção pelo vírus evolua para a aids”.
O autoteste tem o mesmo princípio de realização dos similares para glicose, colesterol e triglicérides, nos quais uma gota de sangue deve ser coletada; a leitura do resultado é muito parecida com a dos testes de gravidez. O resultado surge em até 20 minutos. O exame identifica a presença de anticorpos, produzidos quando o organismo reconhece a invasão do vírus. O indicado é que quem teve uma situação de risco ao HIV faça o teste depois de 30 dias desse contato; esse é o prazo em que o teste consegue identificar os anticorpos ao vírus produzidos pelo organismo. Por exigência da Anvisa, o fabricante do teste deve colocar à disposição do usuário um serviço de atendimento ao consumidor (SAC) 24 horas por dia, em todos os dias da semana, para que todas as dúvidas possam ser retiradas.
A possibilidade de adquirir o autoteste em farmácia é mais uma forma de acesso ao diagnóstico do HIV, vez que muitas pessoas ainda não buscam o serviço de saúde para se testar, apesar de terem se exposto a uma situação de risco. “É claro que se prevenir contra as infecções sexualmente transmissíveis, dentre elas o HIV, deve sempre ser a prioridade, mas se a situação de risco ao HIV já aconteceu, testar-se e ter o diagnóstico de forma precoce garantem o início do tratamento em momento oportuno”, ressaltou a diretora do DIAHV.
Assessoria de Comunicação
Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais
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Típo da notícia: Notícias do DCCI