MÊS DAS MULHERES

Empatia e coragem marcam Roda de Conversa especial sobre “Mulheres, Saúde e Trabalho” no DCCI

Encontro lotou a Sala Lair Guerra com representantes de várias áreas do Ministério da Saúde

23.03.2017 - 10:57
04.11.2022 - 10:38

Alguns dos muitos temas que hoje permeiam o lugar das mulheres no mundo foram abordados nesta quarta-feira, 22/3, em uma Roda de Conversa especial sobre “Mulheres, Saúde e Trabalho” promovida pelo Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) para o Mês das Mulheres. Funcionárias de diversas áreas do Ministério da Saúde lotaram a Sala Lair Guerra do Departamento – onde, por duas horas, histórias foram compartilhadas para ilustrar as várias formas de ser mulher no mundo contemporâneo. A ideia foi debater a condição das mulheres na interface com as políticas públicas de saúde: a Roda abriu às mulheres presentes a possibilidade de fazer uma conexão entre suas histórias particulares e as políticas do Ministério da Saúde.

Com sentimento e respeito, abordaram-se temas como o sexismo e o machismo; a violência extrema sofrida por mulheres transexuais e travestis no Brasil; o estigma e a discriminação que perseguem profissionais do sexo e mulheres que usam álcool e outras drogas; as violências doméstica, institucional e simbólica; o assédio sexual e moral; a prevalência do HIV entre as mulheres; a transmissão vertical do HIV; e as políticas públicas que o Ministério formula para enfrentar essas questões no país – entre muitos outros assuntos transversais.

O tom intimista e arrebatador foi dado à Roda na abertura do encontro, nas palavras da diretora do Departamento, Adele Benzaken – que narrou um pouco de sua história particular para explicar por que trabalha há tantos anos, e com tanta paixão, por “pessoas que não estão incluídas na sociedade”: muito cedo, ouviu do pai que todas as discriminações devem ser incansavelmente combatidas. “Precisamos carregar conosco tudo o que nos faz ser mulheres no mundo”, disse a diretora, reiterando que eventos como a Roda são cruciais para “dar visibilidade aos desafios que as mulheres enfrentam”.

A consultora técnica Alícia Krüger mencionou a contundente luta das mulheres trans e travestis por reconhecimento e respeito, principamente no Brasil – o país onde mais se mata essas mulheres no mundo. Segundo um estudo da ONG Trangender Europe, 123 mulheres trans e travestis foram assassinadas no Brasil em 2016.

A consultora Elisiane Pasini, mediadora do evento, lembrou um fato muitas vezes esquecido pela sociedade: as mulheres são livres para fazerem suas próprias escolhas, sejam elas quais forem. “Nos dizem a toda hora o que temos de ser; como devemos caminhar, falar, nos vestir – mas temos o direito de ir e vir como quisermos e de fazer as nossas escolhas entre mais ou menos alternativas”, disse. Para mudar definitivamente esse status quo, “estamos todas aqui juntas, fazendo história”, concluiu.

Assessoria de Comunicação
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis

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Típo da notícia: Notícias do DCCI