SÍFILIS

Sudeste encerra Seminário Interfederativo de Resposta Rápida à Sífilis

Encontro vai definir as prioridades para implantação de plano de trabalho para os quatro estados da região

02.05.2018 - 17:29
04.11.2022 - 10:42

 

[node:title]Com a participação de 19 apoiadores dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, teve início nesta quinta-feira (26) a última etapa do Seminário Interfederativo de Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção. O evento se encerra nesta sexta-feira (27) e vai definir as diretrizes e prioridades para a implementação de um plano de trabalho para a região sudeste; pactuar ações do projeto e apresentar a proposta de combate à sífilis desenvolvido pelo Ministério da Saúde aos gestores e seus representantes nos níveis municipais e estaduais.

O projeto é uma iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) por meio do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS), com apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS).

Para a diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais (DCCI) do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, o Seminário Interfederativo da Região Sudeste encerra o primeiro ciclo de intervenção rápida à sífilis de maneira satisfatória. “Começamos o trabalho em Natal, com a junção de todos os apoiadores da ‘Sífilis Não’. Fizemos o seminário das regiões nordeste, norte, sul, centro-oeste e agora finalizamos com o sudeste, tudo isso em um mês”, afirmou. “Avalio que o primeiro passo foi dado e agora partimos para outra etapa. Vamos fazer intervenções nas unidades básicas de saúde e preparar ações de educomunicação para alertar a população nos municípios. Temos uma extensa e intensa agenda pelos próximos três anos”.

Entre os objetivos do projeto está a introdução de linhas de cuidado focadas em populações mais vulneráveis ao agravo, como pessoas trans, gays e outros homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, pessoas que usam álcool e outras drogas e crianças expostas à sífilis.

Segundo a coordenadora Municipal de Saúde de DST/AIDS (SMS/SP), Cristina Abbate, a cidade de São Paulo já conta com um plano de enfrentamento a sífilis há alguns anos e esse projeto do Ministério da Saúde veio para agregar valor ao trabalho contra a doença. “Em São Paulo, o trabalho conta com a presença de agentes comunitários de prevenção nos territórios, dentro das comunidades com a parcela mais vulnerável da população. Temos uma atividade intensa de testagem extra muros, onde levamos o teste rápido para as ruas, por meio de unidades móveis”, disse.

A capital paulista tem, ainda, ações de controle da doença que são voltadas para gestantes com sífilis. Os profissionais das unidades básicas acompanham de perto toda gravidez até o desenvolvimento da criança que nasce com o treponema.

Além de Cristina Abbate e Adele Benzaken, estiveram presentes no seminário em São Paulo a representante da Secretaria Estadual de Saúde (SP), Maria Clara Gianna; a professora do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da UFRN, Lavina Uchoa; a chefe da sessão de apoio institucional do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde de São Paulo, Tania Maria Barbosa; a secretária de saúde de Taboão da Serra e representante do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Raquel Zaicaner; o representante do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Moyses Toniolo.

O coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde, Ricardo Valentim, explicou que o LAIS e o Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (NESC) têm um papel fundamental nessas ações. “O objetivo é o de articular e conduzir toda a pesquisa e toda ação de apoio nos municípios que foram selecionados. Para isso, precisamos contar com a ajuda dos apoiadores que estarão em campo, coletando dados primários para fortalecer as ações de pesquisa e monitoramento da sífilis”, afirmou.

“Todas essas atividades de combate ao treponema não seriam possíveis sem o apoio da tecnologia. Mas, mais essencial que isso é o empenho do Ministério da Saúde, dos articuladores da Universidade e, principalmente, do comprometimento dos apoiadores”, reforçou o coordenador do LAIS

Equipe de comunicação do LAIS/UFRN

Típo da notícia: Notícias do DCCI