A diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV), Adele Benzaken, participou nesta semana, em Brasília, do seminário de avaliação do projeto “Viva Melhor Sabendo Jovem”. Iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em estreita parceria com o DDAHV desde sua concepção, em 2012, o “Viva Melhor Sabendo Jovem” hoje promove a testagem para HIV entre adolescentes e jovens em seis cidades brasileiras: Fortaleza, Porto Alegre, São Paulo, Belém, Manaus e Recife. Além do apoio técnico e político do DDAHV, a iniciativa – realizada a partir do Fundo MAC AIDS e nos moldes do projeto “Viva Melhor Sabendo” do Ministério da Saúde – conta também com a parceria de secretarias estaduais e municipais de Saúde e ONGs locais. A estratégia vem se revelando uma forma eficaz de enfrentar a epidemia de HIV/aids entre adolescentes e jovens, levando unidades móveis com testagem para HIV a hotspots urbanos onde estas populações costumam se concentrar. Em São Paulo, à semelhança da iniciativa do DDAHV, a triagem é realizada por pares e por fluido oral; nas unidades móveis de Fortaleza, Porto Alegre, Belém, Manaus e Recife, o teste diagnóstico é realizado por profissionais de saúde. O objetivo do seminário em Brasília foi apresentar resultados, boas práticas e desafios da iniciativa implementada a partir de 2013. "Gostaria de parabenizar todos vocês, porque tudo o que foi mostrado aqui – o trabalho extra muros, a participação comunitária, a adesão, a vinculação – está em harmonia com as evidências de boas práticas que vêm sendo apresentadas globalmente", disse Adele. HISTÓRIA – A interface entre as estratégias “Viva Melhor Sabendo” do DDAHV e “Viva Melhor Sabendo Jovem” do UNicef – que se complementam na meta comum de aproximar jovens e adolescentes brasileiros aos serviços de HIV – é intensa. “No início de 2013, o Fundo MAC AIDS – ou MAC Aids Fund da MAC Cosméticos – disponibilizou recursos para estratégias inovadoras que ampliassem o acesso de adolescentes e jovens ao tratamento de HIV e serviços relacionados”, conta o oficial de HIV/Aids do Unicef Brasil Caio Oliveira. “No Brasil, o Unicef reuniu-se ao DDAHV para elaborar em conjunto uma estratégia para tentar reverter as tendências de aumento de novos casos e mortalidade entre jovens e adolescentes”, diz. Na época, havia no DDAHV um programa chamado “Fique Sabendo”, para a população em geral – mas o momento era de adaptá-lo ao perfil da epidemia concentrada no Brasil. “Decidimos então usar uma unidade móvel para levar a testagem, o vínculo aos serviços de saúde e o acesso ao tratamento a essas populações; juntamos todas as estratégias e fomos a Fortaleza com este piloto, após o mapeamento de hotspots”, diz Caio. Em Fortaleza, à época, o piloto era chamado de “Fique Sabendo Jovem” – mas, a pedido do ex-diretor do DDAHV, Fábio Mesquita, o nome foi alterado para “Viva Melhor Sabendo Jovem” para alinhar-se à nova estratégia do Departamento. Segundo o oficial do Unicef, profissionais de saúde capacitados e jovens da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids (RNAJVHA) e outras redes participam dessa mobilização desde o lançamento do projeto – oferecendo diagnóstico voluntário de HIV, aconselhamento, acolhimento e encaminhamento aos serviços de saúde, conforme cada caso. Tudo “com base nos protocolos do Ministério da Saúde e com abordagem jovem e amigável”. “No projeto, os casos reagentes são automaticamente vinculados aos serviços de saúde e, em seguida, ocorre o estreito acompanhamento da adesão”, explica Caio Oliveira. Assessoria de Comunicação Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais Conheça também a página do DDAHV no Facebook: https://www.facebook.com/DSTAidsHV