VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Publicação apresenta diretrizes para a distribuição de autotestes de HIV

A estratégia de diagnóstico é uma das opções ofertadas no Sistema Único de Saúde para ampliar a testagem para o HIV
31.03.2022 - 10:28
04.11.2022 - 10:44

[node:title]O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, lançou a publicação 

Diretrizes para a distribuição do autoteste de HIV no Brasil – 2022. O documento foi desenvolvido para orientar profissionais e gestores de saúde com relação ao público-alvo desta distribuição e as estratégias para o alcance dessas pessoas.

O documento apresenta também informações sobre comunicação, esclarecimentos a respeito do suporte oferecido ao usuário, monitoramento da estratégia e logística dos testes no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)

Prevenção

A distribuição dos autotestes é uma das estratégias da prevenção combinada para a ampliação do diagnóstico, elaborada pelo Ministério da Saúde. A oferta do autoteste é voltada às populações-chaves e prioritárias para o HIV, especialmente aquelas que não são alcançadas pelos serviços de saúde ou que precisam ser testadas com maior frequência, devido à contínua exposição ao risco.

O diretor do DCCI, Gerson Pereira, explica que diversos fatores podem afastar as pessoas da busca pelo diagnóstico em um serviço de saúde. “O diagnóstico tardio ainda se configura como um dos principais problemas no combate à epidemia de HIV/aids, pois permite a continuidade da cadeia de transmissão do vírus e dificulta a recuperação imunológica do indivíduo. Por isso, estratégias inovadoras, como o autoteste para o HIV, são fundamentais”, destaca.

No autoteste, o procedimento é simples: o indivíduo coleta sua própria amostra (fluido oral ou sangue) e, em seguida, faz o autoteste e interpreta o resultado sozinho ou com alguém em quem confia. Todos as pessoas com um resultado positivo (reagente) devem buscar um serviço de saúde para fazer testes complementares e ter a conclusão do diagnóstico.

Vale lembrar que o autoteste HIV é utilizado como uma estratégia adicional e não deve substituir a testagem rápida realizada nos serviços de saúde e o acolhimento integral do paciente, incluindo a possibilidade de oferta de outras estratégias preventivas que compõem a prevenção combinada e a abordagem para outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Distribuição

No País, inicialmente, foram adquiridos e distribuídos 400 mil autotestes no âmbito de um projeto-piloto. Com o resultado positivo, em 2020, a estratégia foi implementada como política pública, o que permitiu a aquisição de mais de 600 mil autotestes pela Pasta em 2021 e 2022.

Desses, cerca de 400 mil já foram distribuídos. Ainda como parte das estratégias de diagnóstico, o Ministério da Saúde distribuiu em 2021 12,5 milhões de testes rápidos de HIV.

HIV/aids no Brasil

De acordo com dados do Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2021, o Brasil tem registrado uma média anual de 36,8 mil novos casos de aids nos últimos cinco anos. Estima-se que, no País, existam cerca de 920 mil pessoas vivendo com HIV, destas 101 mil não têm conhecimento da sua infecção.

Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis

Típo da notícia: Notícias do DCCI