SOCIEDADE CIVIL

Prioridades do DCCI são apresentadas em assembleia do movimento social em Porto Alegre/RS

O encontrou reuniu organizações, redes e movimentos que atuam na prevenção ao HIV/aids. No evento, discutiu-se também os dados epidemiológicos do estado

16.05.2019 - 15:34
04.11.2022 - 10:43

Prioridades do DCCI são apresentadas em assembleia do movimento social em Porto Alegre/RSAs prioridades do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (DCCI/SVS) foram apresentadas pelo seu diretor Gerson Pereira no dia 13 de maio, na Assembleia Ordinária do Fórum de ONG Aids do estado do Rio Grande do Sul, evento que congrega várias organizações da sociedade civil que atuam na área do HIV/aids, dos movimentos LGBT.

Após a apresentação, o diretor foi indagado sobre a manutenção da política de prevenção, assistência e tratamento e também a respeito da necessidade de focalização da epidemia nas populações prioritárias. De acordo com o diretor do DCCI, “a epidemia no Rio Grande do Sul se diferencia das demais regiões do país, o que pode ser caracterizada como epidemia generalizada e por isso as ações devem considerar as populações chave, mas também todas as pessoas sexualmente ativas”, afirmou.

O caso é o mais delicado do país. Em 2017, o Rio Grande do Sul apresentou taxa de detecção de 29,4 casos para cada 100 mil habitantes. A taxa do Brasil foi de 18,3 casos/100 mil. Mesmo com índices altos, observa-se um declínio na taxa de detecção no Rio Grande do Sul se comparado entre os anos de 2007 e 2017. Segundo o Boletim Epidemiológico de 2018, a taxa decresceu 3,6%.

Quando analisadas as taxas de detecção de Aids entre menores de cinco anos por Unidade da Federação (UF), observa-se que os estados do Amapá e do Rio Grande do Sul também apresentaram as taxas de detecção mais elevadas em 2017, sendo 6,5 e 6,0 casos, respectivamente, para cada 100 mil habitantes.

Ainda de acordo com o Boletim Epidemiológico, em 2017, avaliando a mortalidade por UF, onze delas apresentaram coeficiente superior ao nacional, que foi de 4,8 óbitos por 100 mil habitantes. O maior foi do Rio Grande do Sul, com taxa de 9,0 óbitos/100.000 habitantes.

Ao final da Assembleia, o diretor ainda relatou sobre a possibilidade de continuidade do acordo de cooperação interfederativa entre o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da saúde do Rio Grande do Sul, além de afirmar o compromisso do Departamento em se trabalhar com as populações mais vulneráveis, em especial com as ONG´s de Aids que atuam diretamente com esses públicos.

Reunião de cooperação técnica

Após a Assembleia, representantes do DCCI em conjunto com a secretária de saúde do Rio Grande do Sul Arita Bergmann analisaram os resultados almejados do acordo de cooperação interfederativa, com intuito de potencializar ações e medidas para a resposta local da epidemia, considerando ser esse um estado prioritário para apoio técnico pelo DCCI, pela sua magnitude epidemiológica.

Os resultados esperados para essa cooperação são a redução da mortalidade das pessoas que vivem com HIV; ampliação do diagnóstico, e tratamento das hepatites virais, com foco na hepatite C; redução da Transmissão Vertical (TV) da sífilis e hepatite B, e eliminar a TV do HIV; Ampliação do acesso às ações de prevenção, diagnóstico e tratamento para populações-chave; e, por fim, ampliação do diagnóstico e tratamento de sífilis adquirida em gestantes.

Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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Típo da notícia: Notícias do DCCI