O panorama das IST/aids no Brasil e as ações do Ministério da Saúde na prevenção e tratamento desses agravos foram apresentados pela diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, Adele Benzaken, no Seminário Dia Mundial de Luta Contra a Aids/2016 – Diálogo Institucional no Distrito Federal. O evento foi realizado nesta segunda-feira (28), no auditório do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), e contou com a participação de representantes do Governo do Distrito Federal, do Unaids e de entidades da sociedade civil.

“Esperamos no futuro ter apenas a notificação para o vírus HIV e não mais para a aids. A taxa de detecção (número de casos por 100 mil pessoas) da doença no Brasil apresenta estabilidade nos últimos cinco anos, mas apesar disso devemos trabalhar para que a curva se torne descendente, a partir do trabalho focado no tratamento para todos”, afirmou Adele Benzaken. A diretora também ressaltou a importância da realização da testagem para as mulheres grávidas já na primeira consulta do período pré-natal. “Os testes rápidos foram feitos para serem recomendados durante a consulta ao médico na primeira visita, e não agendado como ocorre habitualmente”.

Adele Benzaken também apresentou dados sobre a prevalência do HIV/aids nas populações-chave; os números do uso de preservativo no Brasil; as mudanças no tratamento antirretroviral; a distribuição de teste rápido de HIV e de preservativos; a implantação da Profilaxia Pós-Exposição (PEP); a Prevenção Combinada; e as ações conjuntas com a sociedade civil, como o “Viva Melhor Sabendo” e o “Close Certo”.

O representante do Conselho de Saúde do Distrito Federal Raimundo Lima destacou que a região necessita de mais atenção nos trabalhos e ações de tratamento ao HIV/aids. “É preciso que os serviços sejam melhorados e que o paciente chegue ao local para realizar o teste de imediato, sem precisar agendar o serviço, além de que haja estrutura suficiente para atender a população”. Paulo Barbosa, do Fórum ONG/Aids, lamentou que a procura da população e também de especialistas da área de saúde por eventos com temas ligados às IST e ao HIV/aids venha apresentando uma queda nos últimos anos. “Tenho observado que a cada encontro há uma redução de participantes. É preciso que divulguemos as ações e os eventos, e que a população seja motivada a participar e esclarecer suas dúvidas”, disse.

Também participaram do Seminário o assessor para Mobilização Social do Unaids Claiton Euzébio de Lima; a secretária-adjunta de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal, Raissa Rossiter; o subsecretário de Vigilância à Saúde da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Tiago Coelho de Sousa; a representante do Fórum ONG/Aids Tânia Arruda; a diretora de Educação do Campo e Eixos Transversais da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Renata Parreira; e o gerente de DST/Aids da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Sérgio D’Ávila. Das entidades da sociedade civil, participaram Paula Benett (Redetrans Brasil); Regina Cohen (Grupo Arco-Íris); Eric Diniz (Instituto Brasileiro de Transmasculinidades – Ibrat); Evaldo Amorim (Fórum ONG/Aids); Juma Santos (Movimento de Redução de Danos/Drogas); e Bianca Moura (Anav-Trans).

Assessoria de Comunicação
Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais
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