COVID-19

Ministério da Saúde orienta dose adicional para pessoas vivendo com HIV

A vacinação para essa população deverá ser feita 28 dias após completado o esquema vacinal básica, independente do CD4

 
22.09.2021 - 14:10
04.11.2022 - 10:44

[node:title]O Ministério da Saúde, após ampla discussão na Câmara Técnica em Imunização da Covid19 (CTAI COVID-19), decidiu adotar a administração da dose adicional e de reforço, para alguns grupos populacionais, o que inclui as pessoas vivendo com HIV. A orientação é que a vacinação com a dose adicional seja feita com após 28 dias a última dose do esquema básico (D1 + D2). A vacina para a dose adicional deverá ser, preferencialmente, da Pfizer ou, de maneira alternativa, com as vacinas Janssen ou AstraZeneca.

A decisão foi tomada com base em estudos científicos que apontam que pessoas com imunocomprometimento pelo HIV usualmente apresentam resposta reduzida às diferentes vacinas do calendário vacinal necessitando de esquemas de vacinação adaptados. 

 

Dados de imunogenicidade de indivíduos vacinados têm demonstrado menores taxas de soroconversão e produção de anticorpos contra a covid-19 em indivíduos imunodeprimidos, variando conforme os diferentes graus de imunossupressão. Dessa forma, é possível que a menor resposta imune desta população esteja relacionada à menor efetividade esperada da vacina, potencialmente associada a menor duração da resposta imune. Com base nesses dados, recentemente o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos atualizou suas recomendações para incluir a possibilidade de doses adicionais de vacinas Covid-19 (terceira dose) em pessoas com alto grau de imunossupressão.

Dose Adicional

Esquemas com três doses foram avaliados em ensaios clínicos bem como em coortes de indivíduos imunossuprimidos com o uso de vacinas de RNA mensageiro. De maneira geral, observou-se importante ampliação da resposta imune tanto celular quanto humoral, após a administração de dose adicional nesses indivíduos. A incidência de eventos adversos da terceira dose foi semelhante ou levemente aumentada em relação à segunda dose, não tendo sido identificados eventos adversos graves atribuíveis à vacinação nesses estudos

Nesse sentido, as atualizações científicas atuais reforçam a capacidade das diferentes vacinas Covid-19 em produzir memória imunológica, bem como de amplificar a resposta imune com dose adicional ou o reforço de dose ao esquema vacinal inicial na população em geral e, particularmente em idosos e indivíduos imunocomprometidos. 

Confira quem poderá se beneficiar nessa etapa:

  • Uma dose de reforço da vacina para todos os idosos acima de 70 anos, que deverá ser administrada 6 meses após a última dose do esquema vacinal (segunda dose ou dose única), independente do imunizante aplicado.
  • Uma dose adicional ao esquema vacinal primário para pessoas com alto grau de imunossupressão na população que se segue:

I - Imunodeficiência primária grave. 

II - Quimioterapia para câncer. 

III - Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) uso de drogas imunossupressoras. 

IV - Pessoas vivendo com HIV/AIDS. 

V - Uso de corticóides em doses ≥20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por ≥14 dias. 

VI - Uso de drogas modificadoras da resposta imune (vide tabela 1). 

VII - Auto inflamatórias, doenças intestinais inflamatórias. 

VIII - Pacientes em hemodiálise. 

IX - Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.

 

Acesse a Nota Técnica aqui.

Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis

 
Típo da notícia: Notícias do DCCI