Qualificar e capacitar os coordenadores e coordenadoras-adjuntos do Programa Estação Juventude 2.0, foi o objetivo da Oficina de Prevenção Combinada, que terminou hoje (14) em Brasilia. Iniciado na segunda-feira (12), o evento é uma parceria da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), da Presidência da República, e da Secretaria de Vigilância em Saúde por meio do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DCCI).

“A ideia da oficina surgiu no momento em que o Departamento discute a agenda estratégica para as populações-chave”, destacou a diretora do DCCI, Adele Benzaken. “Com prevalência do HIV em jovens, homens que fazem sexo com homens, até 29 anos, reforça-se a importância da construção das oficinas para essa população prioritária na prevenção”.

A Agenda Estratégica para Ampliação do Acesso e Cuidado Integral das Populações-Chave reúne um conjunto de ações para qualificar as ações de saúde destinadas às populações consideradas chave para o enfrentamento das epidemias de HIV, hepatites virais e sífilis no Brasil – gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), pessoas trans, trabalhadoras do sexo, pessoas que usam álcool e outras drogas e pessoas privadas de liberdade.

O Estação Juventude é um programa do Governo Federal onde a União disponibiliza equipamentos em um espaço público que acolha diretamente a juventude. Integrado ao pacote de ações do Brasil Mais Jovem 2018, lançado pelo governo federal em março de 2018, o projeto atende a 27 convênios e investimento total de R$ 5,2 milhões. A primeira unidade foi inaugurada em Palmas (TO), em março.

Para o secretário adjunto da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), Diego Antônio da Silva, o protagonismo juvenil é determinante para as ações desse público na divulgação da Prevenção Combinada. “Os jovens precisam saber a importância do papel deles, do quanto é essencial levar o protagonismo juvenil para o debate e conhecimento de ações de prevenção às doenças ligadas ao sexo”, disse.

O presidente do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), Andreson Pavin Neto, anunciou a realização da primeira reunião dos conselhos da juventude fora de Brasília, realizada recentemente em São Luís (MA). “É muito bom ver de perto os conselhos ativos, aproximá-los da realidade do jovem brasileiro. O encontro com os coordenadores ressalta a importância dos conselhos municipais e estaduais da juventude”, disse. “E falar em agenda estratégica para jovens, falar em prevenção combinada, de HIV/aids e das ISTs vai ao encontro da nossa preocupação com a juventude”.

Adele Benzaken lembrou, ainda, das oficinas para formação de jovens líderes, realizada desde 2015 pelo DCCI. “Os participantes desses encontros levaram a suas cidades temas ligados às IST, ao HIV/aids e às hepatites virais. Desde 2017 repaginamos as oficinas com edições regionais para jovens multiplicadores da Prevenção Combinada”, afirmou.

Prevenção Combinada - Na resposta brasileira à epidemia de HIV/aids, as ações de prevenção estão estruturadas na  Prevenção Combinada que propõe o uso simultâneo de diferentes métodos de prevenção, que inclui a testagem regular para o HIV; a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP); a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP); a testagem durante o pré-natal e o tratamento da gestante que vive com o vírus; a redução de danos entre pessoas que usam silicone industrial, hormônios álcool e outras drogas; a testagem e o tratamento de IST) e das hepatites virais; o uso de preservativo masculino e feminino; as imunizações; e o tratamento antirretroviral para todas as pessoas infectadas com HIV.

Programação - No primeiro dia foram realizados o “Painel Brasil Mias Jovem 2018”, que abordou as ações políticas para a juventude; apresentado o “ID Jovem 2.0” – documento que possibilita acesso aos benefícios de meia-entrada em eventos artístico-culturais e esportivos e também a vagas gratuitas ou com desconto no sistema de transporte coletivo interestadual aos jovens entre 15 e 29 anos e renda mensal familiar de até dois salários mínimos –; debatido o Guia Implementação do Plano Juventude Viva; e o painel “Como descobrir editais”. Também foram debatidos o Programa Estação Juventude 2.0 e aberto espaço para dúvidas dos convênios da Estação Juventude 2.0.

Na quarta-feira (13), foram debatidos os direitos sexuais e reprodutivos na promoção da saúde; estratégias da Prevenção Combinada do HIV com foco na juventude; relação entre riscos e vulnerabilidade ao HIV e outras IST; estigma, preconceito e distanciamento social. Na quinta-feira (14), a programação finalizou temas como a constituição de rede – articulações no contexto da Prevenção Combinada; divisão de grupos de trabalho para proposição de ações de Prevenção Combinada a serem operacionalizadas nos estados e municípios e apresentação das atividades elaboradas.

Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
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