SOCIEDADE CIVIL

Abertura do 7º Encontro do MNCP reúne representantes de todo o país em Porto Alegre

Na pauta do Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas, temas como os direitos das mulheres vivendo com HIV/aids e a violência, o estigma e a discriminação a que estão sujeitas

30.09.2016 - 13:51
04.11.2022 - 10:37

Abertura do 7º Encontro do MNCP reúne representantes de todo o país em Porto AlegreParticipantes do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país lotaram na última quinta-feira um auditório do Hotel Continental, no centro de Porto Alegre (RS), para a abertura do 7º Encontro Nacional do Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas. O evento – que será encerrado neste domingo (25/09) – é resultado de um subprojeto firmado entre o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais e a Associação de Pessoas Vivendo com HIV/Aids do Rio Grande do Sul (APVHA/RS). A ideia é promover uma reflexão conjunta sobre a saúde integral das mulheres vivendo com HIV/aids, mas também ir além e articular agendas com outros movimentos de mulheres em que o tema é transversal. “Queremos ter uma só voz: estamos aqui para nos fazer ouvir por todos os movimentos que envolvem as mulheres – e vamos falar sobre todos os tipos de violência que elas sofrem”, disse a ativista e liderança nacional do MNCP Silvia Aloia, que coordena o evento. Outro importante objetivo do encontro é construir um relatório e encaminhamentos para a 2ª Conferência Nacional de Saúde da Mulher. DDAHV – “Eu trago um grande abraço da diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken”, disse a assessora técnica Elisiane Pasini, que representa o DDAHV no evento, lembrando o passado de forte militância da diretora. “Adele e o Departamento estão sempre à disposição para o enfrentamento das questões que nos reúnem aqui”, reiterou a assessora, afirmando que o Departamento tem trabalhado em crescente união com as organizações sociais – umas das marcas da política de IST e aids do Ministério da Saúde. “Não podemos trabalhar sem estar com vocês – e estamos aqui para compor essa resposta ao enfrentamento da epidemia”, disse Elisiane, acrescentando: “Estamos com vocês – e precisamos de vocês”. A assessora destacou a importância de fazer com que a agenda da saúde integral das mulheres vivendo com HIV/aids extrapole os limites dos fóruns habituais. “Que possamos sair daqui no domingo com outra perspectiva – e que essa discussão possa se expandir para o país inteiro”, disse Elisiane. MESA – Além da coordenadora do evento, Silvia Aloia, e da representante do DDAHV, Elisiane Pasini, a mesa de abertura do encontro contou com a participação de Georgiana Braga-Orillard, diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (Unaids); de Kelly Portolan, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); de Jennifer Gonçalves, do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa); de Simone Ávila, gerente de Políticas Públicas de Cuidado em Saúde para Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre; de Maria Luísa Pereira de Oliveira, da Rede Feminista de Saúde; de Telia Negrão, do Consórcio Nacional de Monitoramento da Cedaw; de Rubia Abs, do Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem); de Heliana Moura, do MNCP; de José Hélio Costalunga, da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+ Brasil); de Taiane Fagundes, da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNAJVHA); de Carmen Luiz, do Conselho Nacional de Saúde; de Mirta Zanker, do Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre; e de Adriano Caetano, da Seção Estadual de DST/Aids do Rio Grande do Sul. Para a diretora do Unaids Brasil, Georgiana Braga-Orillard, uma das grandes forças do MNCP é o fato de ele estar integrado com os outros movimentos – “quer sejam de mulheres, de mulheres negras, lésbicas, bissexuais, transexuais e jovens”. “É momento de unirmos forças nas causas que temos em comum – porque quem discrimina, discrimina a todos”, lembrou Georgiana, acrescentamos que é preciso “ir além do HIV”: “Precisamos falar de educação e de saúde sexual e reprodutiva; precisamos falar de violência e de discriminação”. Uma apresentação sobre aspectos da política nacional para o enfrentamento de infecções sexualmente transmissíveis, aids e hepatites virais encerrou a noite. Elisiane Pasini e as participantes do Encontro dialogaram sobre a relevância da prevenção combinada e de levar os insumos de prevenção – especialmente o preservativo feminino – a “todos os lugares deste país”, nas palavras da assessora. MNCP – O Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas surgiu em 1999, depois que quatro mulheres brasileiras vivendo com HIV/aids (MVHA) participaram de um encontro de MVHA em Bogotá, na Colômbia. De volta ao Brasil, iniciaram um projeto chamado “Cidadãs PositHIVas” – que rapidamente se expandiu, transformando-se em movimento com representantes de todo o país. Entre os objetivos básicos do MNCP está atuar como rede em defesa e garantia dos direitos e controle social de política de saúde para mulheres; formar mulheres do MNCP nas temáticas direitos humanos, estigma e discriminação, saúde sexual e saúde reprodutiva e controle social de políticas públicas; promover o fortalecimento individual e coletivo das mulheres que vivem com HIV e aids para atuação em ações de prevenção à infecção pelo HIV entre mulheres e na prevenção secundária, contribuindo no controle da epidemia e HIV/aids no Brasil; e construir nas diversidades existentes no Brasil uma identidade de mulheres com HIV/aids cunhada no exercício da cidadania.   Assessoria de Comunicação Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais  Conheça também a página do DDAHV no Facebook:  https://www.facebook.com/DSTAidsHV  

Típo da notícia: Notícias do DCCI