Pesquisa em escolas sobre ações desenvolvidas em DST/aids e uso indevido de drogas.

Edital/Chamamento: 
Estratégico

Pesquisador(es)

Pesquisador(es) Responsável(eis): 
Alcinda Maria Machado Godoi, Cledy Eliana, Ellen Zita Ayer, Vera Lopes dos Santos

Instituição

Instituição: 
PN-DST/AIDS – SVS; MS.
Parcerias institucionais: 
Disque Saúde (Ministério da Saúde).
Período de Vigência: 
Novembro a dezembro de 1999
Situação: 
Concluída

Introdução e Justificativa

Este é um levantamento por amostragem, realizado junto a escolas da rede de ensino pública e privada do País, para o qual foi adotado o método de pesquisa telefônica. A coleta de dados foi realizada pelo serviço de telemarketing do disque saúde/pergunte aids, do Ministério da Saúde. Os dados foram coletados diretamente com os diretores das escolas ou com os coordenadores/orientadores pedagógicos. A coleta foi feita entre os dias 16/11 a 17/12 de 1999. Das 2.555 escolas selecionadas para a amostra, 2.186 participaram efetivamente da pesquisa.

Objetivos

Traçar o diagnóstico da situação das escolas brasileiras em relação ao trabalho de prevenção das DST/HIV/aids e do uso indevido de drogas.

Materiais e Método

Para o processo de amostragem adotou-se o desenho de uma amostra probabilística estratificada por regiões. Primeiramente, fez-se a estratificação proporcional por região. Em segundo lugar, foi feita a distribuição da amostra regional proporcionalmente entre os estados. A amostra final é representativa das escolas em escala nacional e regional. O universo amostral constituído por todas as escolas constantes do censo escolar do MEC, de 1998, localizadas em área urbana e que possuíam telefone, totalizando 46.443 escolas, considerando perdas da ordem de 40%. O tamanho da amostra calculado foi de 2.555 escolas, públicas e privada de áreas urbanas de todo o território nacional e a escolha foi feita de forma aleatória. A coleta de dados via telefone foi composta de instrumento dividido em duas partes: um questionário para as questões de prevenção de DST/HIV/aids e outro para as de prevenção ao uso indevido de drogas. Os dados foram coletados entre os dias 16/11 a 17/12. Cada escola selecionada foi chamada, em momentos diferentes, até 10 vezes. Se em nenhuma dessas tentativas a escola foi contatada, considerou-se como perda.

Resultados - Parciais ou Finais

Das 2.186 escolas participantes, 1.605 escolas referiram ter desenvolvido alguma atividade sobre DST/HIV/aids ou uso de drogas, o que corresponde a 73,4% delas. A maioria das escolas desenvolveu atividades sobre os dois temas. Quase 65% das escolas referiram ter realizado atividade tanto sobre prevenção de DST/HIV/aids como sobre uso de drogas, enquanto apenas um pequeno percentual só desenvolveu atividade em um dos dois assuntos: 5,2% das escolas abordaram apenas o tema das DST/HIV/aids, enquanto 3,7% das escolas abordou apenas o tema do uso indevido de drogas. Assim, em geral, vê­se que os dois temas correm praticamente juntos, enquanto uma eleição das escolas como assuntos a serem tratados com os alunos. Fica evidente que os temas em questão são preocupações presentes entre as escolas pesquisadas, uma vez que apenas 26,5% referiram não ter tratado do assunto no período de 1999, junto aos seus alunos. Proporcionalmente, as escolas que possuem ensino de nível médio são as que mais desenvolveram atividades voltadas para a prevenção das DST/HIV/aids e ao uso indevido de drogas – mais de 90% dessas escolas referiram esse tipo de trabalho, em 1999. As escolas com ensino supletivo e fundamental vêm a seguir, com mais de 80% delas referindo ter desenvolvido aquelas atividades. Já entre as de ensino fundamental, a proporção de escolas que realizaram esse tipo de atividade foi de 72% para as DST/HIV/aids e de 67% para as drogas. As escolas de ensino infantil são as que menos referiram a realização de trabalho com essa temática. As diferenças entre as proporções são estatisticamente significativas (p0,05).Verificamos que o desenvolvimento de atividades sobre as DST/aids e uso de drogas é mais prevalente nas escolas que possuem TV Escola. Essas escolas desenvolveram atividades preventivas sobre DST/HIV/aids e sobre o uso indevido de drogas cerca de 1,5 vezes mais que as escolas que não possuem TV Escola. A diferença entre as proporções das escolas com e sem TV Escola foi estatisticamente significativa (p
Palavras-Chave: 
Prevenção. DST/aids. Drogas. Escolas. Ensino fundamental. Ensino médio.