Vigilância de amostras multirresistentes de HIV nos indivíduos soroconversores recentes em CTA do Brasil.

Edital/Chamamento: 
Estratégico

Pesquisador(es)

Pesquisador(es) Responsável(eis): 
Amilcar Tanuri

Instituição

Instituição: 
Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Biologia; Departamento de Genética; Laboratório de Virologia Molecular Animal.
Parcerias institucionais: 
.
Situação: 
Concluída

Introdução e Justificativa

Com o advento de novas drogas anti-retrovirais (ARV) e da terapia que utiliza combinações destas drogas (coquetel anti-aids) o tratamento da aids tornou-se muito mais eficaz e possibilitou uma sobrevida de maior qualidade aos pacientes com aids. Por outro lado, o desenvolvimento de resistência viral aos ARV é uma das principais causas de falha terapêutica e a maior ameaça à eficácia desses medicamentos. O mecanismo que leva ao aparecimento dos vírus resistentes é a grande variação genética do HIV. A pesquisa, através de genotipagem de amostras soropositivas colhidas em 23 CTAs do País, pretende acompanhar a circulação de cepas do HIV-1 resistentes aos anti-retrovirais.

Objetivos

Estudar a circulação de amostras multirresistentes nos indivíduos recém infectados. A identificação de indivíduos recém infectados (

Materiais e Método

Nesta primeira fase, o projeto está sendo desenvolvido com amostras de 23 CTAs, selecionados devido ao volume de amostras HIV+ identificadas por ano e por estarem distribuídos em todo o território nacional (n amostral = 2.000). Os pacientes que voltarem para colher uma segunda amostra nos CTA para confirmar a sorologia para HIV terão um tubo de sangue c/EDTA colhido, assim como uma pequena alíquota de soro da 1ª coleta e remetido, juntamente com uma cópia do questionário epidemiológico, para o Laboratório do Hospital Pedro Ernesto (Uerj, RJ). Esse laboratório será responsável pela execução da sorologia “detuned” a fim de identificar as amostras com soroconversão recente e remeterá as amostras para os 4 laboratórios responsáveis pela realização dos testes de genotipagem (Laboratório de Virologia Molecular – UFRJ; Laboratório de Imunologia – Fiocruz; Laboratório de Retrovirologia – Ufesp e Instituto de Biologia do Exército – IBEX). A sorologia “detunned” é uma nova tecnologia desenvolvida para identificar os pacientes que foram infectados há menos de 129 dias. O método considera o baixo título de anticorpos anti-HIV produzido pelo indivíduo na fase inicial da infecção. A técnica se baseia na diluição do soro a ser pesquisado e, se esta diluição alta não apresentar reação sorológica, é uma evidência de que a quantidade de anticorpos nesse indivíduo é baixa e o mesmo está com menos de 129 dias de infecção. A genotipagem do HIV é feita com utilização de um seqüenciador automático de DNA, uma máquina de última geração que, através de raios laser, pode decifrar todo o código genético dos dois importantes genes virais responsáveis pela resistência às drogas (transcriptase reversa – TR e protease – prt). Devido à alta sensibilidade desse exame pode-se evidenciar misturas de vírus selvagens (não mutantes) e mutantes.
Palavras-Chave: 
Retrovírus do HIV. Sorologia detuned. Mutações do retrovírus HIV. Genotipagem do HIV. Resistência do HIV frente aos anti-retrovirais.